A Igreja
Católica assinala hoje o terceiro aniversário da eleição de Jorge Mario
Bergoglio como Papa, um pontificado que nos últimos meses conheceu momentos
como o Sínodo sobre a Família ou a encíclica ‘Laudato si’.
As viagens
internacionais e a convocação de um Jubileu extraordinário da Misericórdia
foram outros pontos de destaque, a que se somaram o encontro histórico com o
patriarca ortodoxo de Moscovo e a visita à sede da ONU, em Nova Iorque.
Francisco tem
proposto uma mudança do paradigma econômico e financeiro internacional, como
tinha deixado bem vincado na exortação ‘Evangelii Gaudium’ ou no seu discurso
em Estrasburgo, perante o Parlamento Europeu, em defesa da democracia face ao
poder dos mercados.
Com a encíclica
'Laudato si', Francisco abriu as fronteiras do seu discurso e colocou a Igreja
Católica na liderança do movimento mundial para a defesa do ambiente,
congregando à sua volta apoios das mais diversas proveniências.
O Papa tem
estado próximo dos mais pobres e excluídos, na defesa de uma globalização mais
plural, que respeite a identidade de todos e os excluídos, um discurso marcado
pela vivência no Sul do mundo.
O primeiro
pontífice da América Latina tem mostrado preocupação com a situação do Velho
Continente, desejando uma ‘refundação da Europa', particularmente necessária
perante as crises de refugiados e do terrorismo internacional.
O Papa tem
repetido mensagens em favor da paz nas várias regiões do mundo afetadas por
conflitos, assumindo a defesa dos cristãos no Médio Oriente, perseguidos pelo
autoproclamado ‘Estado Islâmico’, e criticando quem justifica ataques
terroristas com as suas convicções religiosas.
O cardeal Jorge
Mario Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013,
após a renúncia do agora Papa emérito; assumiu o inédito nome de Francisco e é
o primeiro pontífice jesuíta na história da Igreja.
Em 36 meses, o
Papa argentino visitou o Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul,
Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba e Estados
Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, e o México, bem
como as cidades de Estrasburgo (França), onde passou pelo Parlamento Europeu e
o Conselho da Europa, Tirana (Albânia) e Sarajevo (Bósnia-Herzegovina).
Realizou também
dez viagens em Itália, incluindo passagens por Assis e pela ilha de Lampedusa,
bem como uma homenagem no centenário no início da I Guerra Mundial, para além
de outras visitas a paróquias na Diocese de Roma.
Entre os
principais documentos do atual pontificado estão as encíclicas 'Laudato si',
dedicada a questões ecológicas, e 'Lumen Fidei' (A luz da Fé), que recolhe
reflexões de Bento XVI, bem como a exortação apostólica 'Evangelii Gaudium' (A
alegria do Evangelho).