quarta-feira, 16 de março de 2016

O Ato Penitencial da Missa


Convidando os fiéis a um ato de arrependimento, o sacerdote celebrante os introduz ao rito, com a fórmula prevista no Missal. Após uma breve pausa, utiliza uma das três fórmulas: a) o Confiteor; b) o “Tende compaixão”; c) o Kyrie. Conclui com uma absolvição, que, por ser desprovida de força sacramental, não possui a eficácia do Sacramento da Penitência celebrado na confissão dos pecados ao sacerdote.

Podem ser cantadas músicas de Ato Penitencial, desde que a letra utilizada seja de alguma das formas prescritas. Quaisquer outros cantos, ainda que implorem o perdão de Deus e demonstrem arrependimento dos pecados, estão excluídos por não se encaixarem no ordinário da Missa, do qual o Ato Penitencial é integrante.

O Ato Penitencial é omitido quando se celebra, no início da Missa, o rito do Asperges, e também quando a celebração for imediatamente precedida de um ofício da Liturgia das Horas com caráter penitencial. Nos demais casos, muito mais comuns, é imprescindível!

Quando as invocações do Kyrie, “Senhor, tende piedade de nós...”, não forem utilizadas no Ato Penitencial, devem ser proferidas após a absolvição que se segue àquele. Isso significa que sempre que o Ato Penitencial consistir no Confiteor (“Confesso a Deus todo-poderoso...”) ou no “Tende compaixão”, o Kyrie é feito em um ato próprio. 

São João de Brébeuf e companheiros


São João de Brébeuf nasceu em 1593, na França. Entrou para a Companhia de Jesus, tornando-se Jesuíta no dia em que completava 29 anos. Em 1625, junto com um grupo de missionários, partiu para o Canadá, com a missão era evangelizar os índios algonquinos.

A região dos grandes lagos, nos confins entre os Estados Unidos e o Canadá, era habitada no século XVII por tribos, peles vermelhas, que não conheciam as vantagens do Evangelho. Nossos irmãos enfrentaram as dificuldades próprias da adaptação nas terras diferentes, climas, línguas e principalmente tribos indígenas guerreiras, que faziam da missão um perigo, mas assim mesmo, os santos missionários preferiram arriscar a vida por Jesus.

João Brebéuf era admirado e respeitado pelos indígenas. Batizou cerca de sete mil índios. Vivia em extrema pobreza, dividindo comida e casa com os índios. Apesar disso, dava testemunho de alegria, de esperança e de paciência cristã, a ponto de os índios dizerem a seu respeito: "Jesus voltou"! Aprenderam rapidamente a língua indígena a ponto de escrever para eles uma gramática e livros de catequese.

No dia 16 de março de 1649, uma tribo adversária, os iroqueses, invadiu a missão. João foi amarrado num pau e tremendamente torturado, tendo inclusive suas unhas arrancadas. Impressionados com a coragem do missionário, os índios arrancaram-lhe o coração a fim de comê-lo e herdar sua força.

Com João de Brébeuf foram martirizados seus sete companheiros: Isac Jogues, Antonio Daniel, Carlos Garnier, Gabriel Lalemant, João de la Lande, Natal Chabanel e Renato Goupil.  

ORAÇÃO


Deus todo-poderoso, que destes aos mártires Santos João de Brébeuf e companheiros a graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também a nossa fraqueza, para que possamos viver firmes em nossa fé, como eles não hesitaram em morrer por vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

terça-feira, 15 de março de 2016

Solidariedade de venezuelanos restaura imagem profanada da Virgem Maria


No último domingo, foi restaurada uma escultura da Virgem de Coromoto entalhada em madeira, a qual havia sido pichada por inteiro de vermelho e laranja por alguns desconhecidos no último dia 10 de março no município de ‘El Hatillo’ no estado Miranda (Venezuela).

A restauração desta imagem, Padroeira da Venezuela, foi promovida por vizinhos de ‘El Hatillo’ através de uma campanha de solidariedade nas redes sociais com o hashtag #VirgenDeCoromotoElHatillo.


Os promotores e as pessoas que atenderam a este apelo ajudaram com materiais e trabalho manual o autor da escultura: o arquiteto e escultor Isaías Villarreal.

“Como artista e cidadão, agradeço a assistência e participação de cada um dos vizinhos, amigos e transeuntes à convocação a fim de restaurar a Escultura Urbana em honra à Virgem de Coromoto. Hoje foi um dia maravilhoso, agradeço a ajuda, motivação, companhia e apoio de todos no meu trabalho artístico”, disse o arquiteto em sua conta de Instagram, depois receber o apoio de dezenas de venezuelanos.

Pequeno Manual para a Semana Santa


“A Liturgia da Semana Santa seja realizada de modo a poder oferecer ao povo cristão a riqueza dos ritos e orações; é importante que seja respeitada a verdade dos sinais, se favoreça a participação dos fiéis e seja assegurada a presença de ministros, leitores e cantores”.

É nessa perspectiva que nasce não sei se poderia chamar de “Pequeno Manual da Semana Santa”, e que se dirige de maneira peculiar às Equipes de Liturgia, Ministros Extraordinários da Distribuição da Comunhão Eucarística, enfim, a todas aquelas pessoas que estão empenhadas e colaboram com os sacerdotes nas comunidades paroquiais.

Pois, nas várias paróquias, comunidades e capelas por onde passei ainda como seminarista, senti as dificuldades e ao mesmo tempo a disponibilidade daqueles leigos e leigas em preparar bem a “GRANDE SEMANA”.

O nosso “pequeno manual” apesar de ser pautado no Magistério atual e nos livros litúrgicos renovados, têm falhas! E se você tem uma sugestão para o enriquecimento destes grandes dias, envie-nos.

E que seja para Maior Glória de Deus e Salvação das Almas!

DOMINGO DE RAMOS

a) Deve-se marcar uma única e grande, procissão. De preferência os fiéis se reunindo numa Igreja menor para a sede paroquial;

b) Para o sacerdote deve-se preparar um ramo maior e mais esplendoroso e amarrado com um laço de fita vermelha;

c) Deve-se preparar uma folha com cânticos apropriados, bem como um carro de som para o início da cerimônia e também para toda a procissão, de maneira que não haja improvisação.

d) Caldeirinha e hissope de água benta.

e) Após a benção dos ramos, segue-se precedidos pelo sacerdote e ministros a procissão com cânticos, turíbulo, cruz e velas (lanternas);

f) Toda a liturgia da palavra deve ser distribuída entre os leitores com antecedência para não haver improvisação;

g) Todo o caminho onde passará o cortejo processional, poderá ser decorado com ramos, e no chão podem-se jogar folhas de árvores picadas fazendo um grande tapete.

h) Na leitura da Paixão não se usa incenso, nem velas, sem a saudação do povo e sem o beijo no livro do sacerdote;

i) A cruz processional pode ser decorada com ramos bentos;

j) Na procissão, à frente do celebrante vai se o Evangeliário, ou na falta deste, o lecionário correspondente devidamente marcado;

k) O celebrante poderá usar na procissão pluvial vermelho ou na falta deste, casula de cor vermelha;

m) O celebrante ao chegar ao presbitério, se usou pluvial na procissão, retira-o coloca a casula (que está sobre o altar), reverencia o altar e incensa o mesmo.

n) Devem-se preparar ramos para os fiéis como também para serem guardados para a quarta-feira de cinzas do próximo ano (para se fazer as cinzas).

o) Na procissão do ofertório, podem ser conduzidos três símbolos evocativos dos três mistérios que a Igreja irá celebrar no Tríduo Pascal: O PÃO E O VINHO (lembrando a Ceia do Senhor na quinta-feira santa); UMA CRUZ (lembrando a crucificação do Redentor a ser celebrada na sexta-feira santa); CÍRIO PASCAL (lembrando a vitória da luz sobre as trevas com a Ressurreição de Cristo a ser celebrada na Vigília Pascal e no Domingo de Páscoa). 

Como a agência EFE reduziu 750 mil pessoas a 10 mil em Marcha pela Vida, no Peru.

 
A Marcha pela Vida 2016 fez história no último sábado, 12, no Peru, tornando-se o evento mais multitudinário em defesa da vida e rechaço ao aborto no país. Entretanto, sem precisar fonte alguma, a agência de imprensa espanhola EFE converteu a cifra oficial de 750 mil participantes a apenas 10 mil.

Às 19h (hora local) do dia 12 de março, o Arcebispo de Lima e Primaz do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani, anunciou a cifra oficial de participantes da Marcha pela Vida: 750 mil pessoas fizeram todo o percurso para defender “nosso primeiro direito”.

Nessa ocasião, uma matéria da agência espanhola EFE estava há cerca de duas horas em circulação, informando que apenas 10 mil pessoas participaram do evento.

Em declarações ao Grupo ACI, Carol Maraví, porta-voz da Marcha pela Vida 2016, explicou: “Nós temos internamente a quantidade de pessoas pelas medidas do percurso, pontos de concentração e as imagens do helicóptero”.

Ninguém na organização da Marcha pela Vida divulgou cifra alguma antes que o Cardeal confirmasse que 750 mil peruanos participaram do evento. O anúncio foi feito depois que a equipe de coordenação “mediu o percurso e verificou”, sublinhou Maraví.

“Nem mesmo quando o Cardeal Cipriani apareceu no palco sabia a cifra exata”, destacou a porta-voz da marcha.

À noite ainda havia pessoas descendo da avenida Brasil para a praia, na área conhecida como Costa Verde, para participar do concerto de encerramento do evento.

A porta-voz da Marcha pela Vida criticou que existam meios como EFE que “manipulam e tratam de criar com más intenções uma cifra inventada por eles”. “Quem lhes deu essa cifra? Ninguém!”, precisou.

Via-Sacra: 3ª Estação: “Jesus cai pela primeira vez” (Isaías 53,4-6).


“Ele foi castigado por nossos crimes!”

As Vossas quedas, Senhor Jesus, são um mistério de compaixão para conosco: foi na nossa fraqueza humana que Vós quisestes padecer. “O espírito está pronto – dissestes, mas a carne é fraca”. Vós, Deus-Forte, caístes sob o peso da cruz para que cada homem reconheça a sua fraqueza e não confie em si mesmo, mas encontre na Vossa graça a força para se levantar e retomar o caminho carregando atrás de Vós a sua cruz. Vós estais sempre onde e quando o homem desfalece; é com infinita misericórdia que o tomais nos braços para que não caia sobre as pedras da rua, mas se agarre a Vós, rocha de salvação.

Jesus, Filho de Deus, que carregastes sobre Vós toda a fraqueza do homem, tende piedade de nós!

“Vigiai e orai para que não entreis em tentação.” (Mt 26,41)

“Quando mim sinto fraco, então é que sou forte.” (2Cor 12,10)

“Procuremos sempre avançar e nunca retroceder na vida espiritual.” (São Padre Pio).

“Prepare-se para a paciência, mais do que à consolação; e a levar a cruz, antes do que a ter alegria.” (Imitação de Cristo, Lv,II. Cap.X, p.164)

“Onde não há obediência, não há virtude. Onde não há virtude, não há bem, não há amor; e onde não há amor, não há Deus; e sem Deus não se chega ao Paraíso. Tudo isso é como uma escada: se falta um degrau, caímos.” (São Padre Pio) 

A cruz de Cristo é fonte de todas as bênçãos e origem de todas as graças


Que a nossa inteligência, iluminada pelo Espírito da Verdade, acolha com o coração puro e liberto, a glória da cruz que se irradia pelo céu e a terra; e perscrute, com o olhar interior, o sentido destas palavras do Senhor, ao falar da iminência de sua paixão: Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado (Jo 12,23). E em seguida: Agora sinto-me angustiado. E que direi? “Pai, livra-me desta hora!”? Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. Pai, glorifica o teu Filho! (Jo 12,27). E tendo vindo do céu a voz do Pai que dizia: Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo! (Jo 12,28), Jesus continuou, dirigindo-se aos presentes: Esta voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, e eu, quando for elevado da terra, atrairei tudo a mim (Jo 12,30-32).

Ó admirável poder da cruz! Ó inefável glória da Paixão! Nela se encontra o tribunal do Senhor, o julgamento do mundo, o poder do Crucificado!

Atraístes tudo a vós, Senhor, para que o culto divino fosse celebrado, não mais em sombra e figura, mas num sacramento perfeito e solene, não mais no templo da Judéia, mas em toda parte e por todos os povos da terra.

Agora, com efeito, é mais ilustre a ordem dos levitas, maior a dignidade dos sacerdotes e mais santa a unção dos pontífices. Porque vossa cruz é fonte de todas as bênçãos e origem de todas as graças. Por ela, os que creem recebem na sua fraqueza a força, na humilhação, a glória, na morte, a vida. Agora, abolida a multiplicidade dos sacrifícios antigos, toda a variedade das vítimas carnais é consumada na oferenda única do vosso corpo e do vosso sangue, porque sois o verdadeiro Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo (Jo 1,29). E assim realizais em vós todos os mistérios, para que todos os povos formem um só reino, assim como todas as vítimas são substituídas por um só sacrifício.

Proclamemos, portanto, amados filhos, o que o santo doutor das nações, o apóstolo Paulo, proclamou solenemente: Segura e digna de ser acolhida por todos é esta palavra: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores (1Tm1,15).

E é ainda mais admirável a misericórdia de Deus para conosco porque Cristo não morreu pelos justos, nem pelos santos, mas pelos pecadores e pelos ímpios. E como a natureza divina não estava sujeita ao suplício da morte, ele assumiu, nascendo de nós, o que poderia oferecer por nós.

Outrora ele ameaçava nossa morte como poder de sua morte, dizendo pelo profeta Oséias: Ó morte, eu serei a tua morte; inferno, eu serei a tua ruína (cf. Os 13,14). Na verdade, morrendo, ele se submeteu às leis do túmulo, mas destruiu-as, ressuscitando. Rompeu a perpetuidade da morte, transformando-a de eterna em temporal. Pois, como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão (1Cor 15,2).



Dos Sermões de São Leão Magno, papa
(Sermo 8, De passione Domini, 6-8: PL 54,340-342)

(Séc.V)

Por que acólito é diferente de coroinha?


Coroinha (do latim puer chori, "menino do coro") é uma criança ou adolescente, geralmente do sexo masculino, que auxilia os sacerdotes nas funções do altar. Em 1994, o papa João Paulo II autorizou que meninas também servissem no Altar; A carta Redemptionis sacramentum prevê essa circunstância. Atualmente, em algumas paróquias a função de coroinha é estendida também às meninas.

No Brasil, confunde-se "coroinha" com "acólito", todavia, coroinha não é um ministro instituído, característica do acólito.

ORIGEM DO TERMO

O termo coroinha vem da antiga celebração da missa, em que as canções eram cantadas em coro. Ocasionalmente, alguns dos meninos do coro eram solicitados para auxiliar os padres na celebração da missa, donde lhes foi dado o nome coroinhas. Curiosamente, antigamente a função de coroinha era um degrau para o sacerdócio. Os clérigos recebiam a tonsura. Como o coroinha assim se caracterizava, recebia também uma pequena tonsura chamada "coroa". É também uma das prováveis origens do nome. As vestes do coroinha seguem um padrão: Ordinariamente, usam: Batina ou Túnica (de cor vermelha, branca ou bordô), com sobrepeliz ou cota branca. O Padroeiro dos coroinhas é São Tarcísio.

A túnica do acólito

Todos os que servem no presbitério usam uma veste branca, a começar pelo presidente da celebração e a acabar nos acólitos. A veste dos bispos, dos presbíteros e dos diáconos chama-se alva, palavra que quer dizer veste branca. À dos acólitos chama-se túnica, que é uma veste também branca mais ajustada ao corpo do que a alva.

O acólito não veste a túnica logo na primeira vez que exerce este serviço. É bom, primeiro, que faça o Curso para Acólitos, e que, mesmo sem túnica, durante alguns domingos, esteja junto dos outros companheiros que já são acólitos, e aprenda, pouco a pouco, a fazer as coisas com eles. Quando o responsável dos acólitos entender que algum dos candidatos está preparado para acolitar bem, informa disso o pároco e este, num domingo, depois da homilia, chama-o, nomeia-o acólito e entrega-lhe a túnica, o cíngulo e uma pequena cruz de madeira. A mãe do acólito ou outra pessoa sua amiga vem ajudá-lo a vestir-se e, nesse mesmo domingo, é ele o primeiro que leva para o altar o pão ou alguma das outras coisas que estão na credencia.

Geralmente é a mãe do acólito que lhe deve fazer a túnica, que será cingida à cintura por um cíngulo ou cordão, também branco. A túnica deve estar sempre muito bem lavada e passada a ferro. As túnicas dos acólitos também podem pertencer à paróquia. Nesse caso, deverão ser de tamanhos diferentes, para se adaptarem facilmente à altura de cada acólito.

A cor branca da túnica recorda ao acólito que ele deve viver na graça de Deus, ser puro de coração e servir o Senhor com alegria, dignidade e generosidade. O acólito deve aprender a atar o cíngulo e a arranjar a túnica, para não ir com ela de qualquer maneira, porque isso é feio. Se não sabe fazer o nó do cíngulo, peça ao senhor padre ou a outra pessoa que o ensine.

O acólito já deve ter a túnica vestida quando o senhor padre chega à sacristia, para poder ajudá-lo a vestir-se. Quando ele chega, cumprimenta-o e, quando ele veste a alva, dá-lhe o cíngulo e ajuda-o a arranjar a alva, para ficar à mesma altura, em baixo, tanto adiante como atrás.

O acólito nunca deve chegar atrasado. Isso é falta de educação e impede que a missa comece à hora marcada. O lema do acólito é constituído por três palavras, e todas começam por um "A": Amigo, Asseado, Atento. O acólito é amigo de todos mas particularmente do seu pároco, é asseado desde a ponta dos cabelos ao bico dos pés, e está sempre atento ao que é preciso fazer. E é Pontual.