segunda-feira, 4 de abril de 2016

Por que um marido se apaixona por outra mulher?


Esta pergunta: “Por que meu marido se apaixonou por outra mulher?”, pode tornar-se obsessiva e, no entanto, as respostas são tão variadas, que é impossível responder em uma única nota as razões específicas que levam um homem comprometido a se apaixonar por outra mulher. Sem dúvidas o amor e o casamento exigem um compromisso e ser fiel também é uma decisão, mas apesar desse compromisso e esse sentimento que você pensava ser eterno, a infidelidade pode acontecer, e quando acontece, a mulher se pergunta: “Por que acontece?”, “O que eu fiz de errado?”, “Por que meu marido se apaixonou por outra mulher?”, e quase sempre a resposta inclui um “Tenho sido uma excelente mãe e esposa”. Mas mesmo que seja doloroso aceitar, sempre temos alguma responsabilidade no que acontece dentro do casamento. Descubra através deste artigo um pouco sobre a natureza masculina e use-o para fortalecer seu relacionamento, arrisque-se:

Autores como John Gray e Walter Riso em seus livros “Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus” e “Intimidades masculinas”, alertaram: homens e mulheres são muito diferentes. Claro, isso não é um segredo: o problema é que dificilmente nos interessamos em conhecer a verdadeira natureza dos homens; de alguma forma os estigmatizamos com a frase “Todos são iguais”, mas, mesmo que pareçam previsíveis, há muito para descobrir. Vamos ver o que os especialistas nos dizem:

1. Procuram uma amiga

Quem iria imaginar? Homens esperam encontrar uma mulher com quem possam tornar-se emocionalmente íntimos. Quero dizer uma mulher que os escute, que os entenda, uma mulher com quem eles não tenham medo de falar sobre qualquer assunto que seja. Aquela mulher que não reage impulsivamente, que entende sem julgar, que não interrompe para dizer “eu avisei”, essa mulher os encanta. Os doutores Connell Cowan e Melvyn Kinder em seu livro “As mulheres que os homens amam, as mulheres que os homens deixam”, enfatizam permanentemente sobre a amiga que sempre esperam encontrar, dizem que todos os homens têm desejos profundos, por mais escondidos que estejam, de companheirismo.

2. Adoram a mulher que brinca

Alguém que não tem medo que o rímel escorra por brincar com ele. Os homens são seres lúdicos por natureza, precisam se expressar como crianças. Então não tenha medo de parecer infantil, jogue bola com ele, um videogame, deixe que ele mostre sua criança interior e mostre a sua.

3. Querem uma mulher que tenha sua própria vida

Apesar de serem egocêntricos, paradoxalmente morrem por uma mulher que tem uma vida, que não gira ao redor da deles, mas que com amor e gentileza os fazem entender que eles são parte de sua vida, mas não toda.

4. Amam mulheres felizes

Ana Von Rebeur, psicóloga e escritora argentina, expressou em seu livro “Quem entende os homens”, algo que me tocou profundamente sobre o que um homem espera de uma mulher, ela escreveu: “os homens só querem de uma mulher, que ela seja feliz”. Então, procuram uma mulher que se ame e se aceite, que sabe claramente quais são suas limitações, mas que sabe tirar o maior proveito de seus pontos fortes, uma mulher que não faz de tudo uma tragédia. 

Santo Isidoro de Sevilha


Isidoro nasceu no ano 560, em Sevilha, numa família muito cristã. Era o mais novo de quatro irmãos. Seu pai era prefeito de Cartagena e comandava sua cidade dentro dos mais disciplinados preceitos católicos. A mãe, Teodora, educou todos os filhos igualmente nas regras do cristianismo.

Isidoro começou a estudar a religião desde muito pequeno, mas tinha muitas dificuldades de aprendizagem, chegando a preocupar a família e os professores. Mas devagar foi superando as dificuldades, formando-se em Sevilha, onde, além do latim, ainda aprendeu grego e hebraico.

Tornou-se arcebispo em Sevilha, organizando núcleos escolares nas casas religiosas, que são considerados os embriões dos atuais seminários. Sua influência cultural foi muito grande, era possuidor de uma das maiores e mais bem abastecida biblioteca e seu exemplo levou muitas pessoas a dedicarem ao estudo e às boas leituras. Ele nos deixou uma obra escrita sobre Cultura, Filosofia e Teologia, considerada a mais valorosa do século sétimo. Sua obra parece uma verdadeira enciclopédia: comentou a Bíblia, a Filosofia, a História, o Direito e as Línguas.

Por seus profundos conhecimentos, presidiu o segundo Concílio de Sevilha e o quarto Concílio de Toledo. Por isso, foi chamado de "Pai dos Concílios" e "mestre da Igreja", da Idade Média. Isidoro era tão dedicado à caridade que sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados.

Nosso grande santo morreu em 636. O Papa Bento catorze proclamou Santo Isidoro de Sevilha, Doutor da Igreja. Santo Isidoro é também um dos padroeiros da Internet. 


Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de São Isidoro de Sevilha, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

domingo, 3 de abril de 2016

Pedagogia Litúrgica para o mês de Abril de 2016: "Missão evangelizadora da Igreja".


Acolhimento e misericórdia

O início do Tempo Pascal, que coincide com o início do mês de abril, neste ano de 2016, não é uma simples lembrança dos primeiros tempos do cristianismo, relatada nos Atos dos Apóstolos sobre a formação da Igreja, nos dias que sucederam à Ressurreição de Jesus. Mais que isso, o Tempo Pascal é uma memória viva da criatividade evangelizadora dos primeiros cristãos para que a Igreja, em todos os tempos e em todas as terras, não se deixe vencer pelos desafios, pelos confrontos e até mesmo pelos erros.

A descrição da porta fechada do Cenáculo, no 2º Domingo da Páscoa - C, é um símbolo indicativo de uma Igreja fechada em si mesma, medrosa e distante do povo. Uma Igreja que não vive misericordiosamente no meio do povo. A presença de Jesus ressuscitado na comunidade abre as portas da Igreja e a transforma em Igreja que misericordiosamente promove transformações sociais. Por isso, no Domingo dedicado especialmente à misericórdia divina (2DTP), nos deparamos com o modo misericordioso da Igreja estar no mundo: de portas abertas e testemunhando a Ressurreição de Jesus pelo acolhimento de todos os necessitados de misericórdia. De fato, Jesus não edificou uma Igreja para encarcerar pessoas entre paredes e com portas fechadas, mas para viver “a bem-aventurança da fé mesmo sem ver”, no meio da sociedade.

A partir deste enfoque, entende-se a atividade eclesial em sua missão evangelizadora, no 3º e 4º Domingo do Tempo Pascal – C em vista da transformação social a partir do Mandamento Novo (5DTP-C).

Missão evangelizadora

Lemos, no encontro de Jesus com os Apóstolos, na praia, narrado no 3º Domingo da Páscoa - C um simbolismo da missão da Igreja. O barco é a Igreja conduzida por Pedro, que não pescará nada se não ouvir a Palavra de Jesus para aprender a pescar diferente; só então a pesca será abundante. A evangelização não depende unicamente da boa-vontade humana e nem do desejo de abandonar a noite triste de um mundo que teima matar o Evangelho, mas depende da Palavra de Jesus. Diante dos desafios e das dificuldades de evangelizar, a Igreja não pode voltar para a praia do passado, com tentativas de pescarias que deram certo uma vez. É preciso entrar mar adentro – “duc in altum” – ouvindo a Palavra de Jesus para corajosamente testemunhar sua Ressurreição.  

Entidades assinam Conclamação Dirigida ao Povo Brasileiro


Conclamação ao Povo Brasileiro

Reunidos, por iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB,-

Ministério da Justiça,

Ministério Público Federal,

Instituto dos Advogados Brasileiros,

Considerando as graves dificuldades institucionais, econômicas e sociais da atual conjuntura nacional, que geram inquietação e incertezas quanto ao futuro;

Considerando que nenhuma crise, por mais séria que seja, pode ter adequada solução fora dos cânones constitucionais e legais em decorrência do primado do Direito;

Considerando que as divergências naturais, numa sociedade plural, não devem ser resolvidas, senão preservando-se o respeito mútuo, em virtude da dignidade da pessoa humana;

Considerando que, em disputas políticas, necessariamente haverá aqueles que obtêm sucesso e aqueles que não alcançam seus objetivos;

Considerando que, nestes casos, o êxito não pode significar o aniquilamento do opositor, nem o insucesso pode autorizar a desqualificação do procedimento;

Considerando que, sejam quais forem os grupos políticos, suas convicções e valores não devem ser colocados acima dos interesses gerais do bem comum do Estado, que tem o dever de priorizar os grupos mais vulneráveis da população;

Considerando, por fim, que às entidades subscritas cabe desenvolver o seu mais ingente esforço para assegurar a prevalência das garantias constitucionais, norteadas por nossa Carta Cidadã de 1988 no artigo 3º:

Abortistas profanam cruz em Universidade Católica do Chile


Na última terça-feira, 29, na entrada principal do Campus ‘San Joaquín’ da Pontifícia Universidade Católica (UC) do Chile, em Santiago, um grupo de desconhecidos profanou uma cruz, ao colocar nela a imagem de uma mulher abortando.

Sobre a cruz – usada na Via Sacra realizada na Sexta-feira Santa – colocaram uma imagem de uma mulher nua crucificada, com sangue em seus órgãos genitais, com um boneco que simulava um bebê no ventre e, em seus pés, o logotipo de ‘Siempre por La Vida’ (Sempre pela Vida), projeto da Fundação ‘ChileSiempre’, que reúne jovens para defender os não nascidos.

O Vice-reitor da Universidade Católica, Pe. Cristián Roncagliolo, disse que “profanar uma Cruz é um ato que violenta a fé das pessoas e por isso é uma situação que lamentamos profundamente, é triste e demonstra uma experiência de intolerância religiosa”.

“A cruz não é um lugar para discutir a ideologia”, disse o sacerdote ao jornal ‘El Democrata’.

Até o momento não identificaram os responsáveis desta profanação. A imagem causou indignação na comunidade universitária e alguns grupos pediram o pronunciamento da Federação de Estudantes (FEUC) que ainda não o fizeram.

Domingo da Divina Misericórdia: como obter indulgência plenária?


Hoje é celebrada a Divina Misericórdia. Neste ano, tal data se reveste de caráter especial, uma vez que a Igreja vive o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, durante o qual, ao passar pelas Portas Santas – seguindo as condições estabelecidas – obtêm-se indulgências. Mas, também esta própria festa litúrgica permite ao fiel alcançar a graça do perdão dos pecados.

“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores (...). Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças”, prometeu Jesus em suas aparições à Santa Faustina Kowalska.

“Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate”, assegurou-lhe o Senhor.

No ano 2000, o então Papa João Paulo II instituiu esta Festa da Misericórdia e, em 2002, foi publicado pelo Santa Sé o “decreto sobre as indulgências recebidas na Festa da Divina Misericórdia”, um dom que também pode ser alcançado pelos doentes e navegantes em alto mar.

Concede-se indulgência plenária no segundo domingo de Páscoa ao fiel que, com as condições habituais (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Santo Padre), “participe nas práticas de piedade em honra da Divina Misericórdia, ou pelo menos recite, na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou guardado no Tabernáculo, o Pai-Nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por ex., ‘Ó Jesus Misericordioso, confio em Ti’)”.

E a indulgência parcial é concedida “ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, eleve ao Senhor Jesus Misericordioso uma das invocações piedosas legitimamente aprovadas”.

Nova criatura em Cristo


Minha palavra se dirige a vós, filhos recém-nascidos, pequeninos em Cristo, nova prole da Igreja, graça do Pai, fecundidade da Mãe, germe santo, multidão renovada, flor de nossa honra e fruto do nosso trabalho, minha alegria e coroa, todos vós que permaneceis firmes no Senhor. 

É com palavras do Apóstolo que vos falo: Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não deis atenção à carne para satisfazer as suas paixões (Rm 13,14), a fim de que, também na vida, vos revistais daquele que revestistes no sacramento. Todos vós que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só, em Jesus Cristo (Gl 3,27-28). 

Nisto reside a força do sacramento: é o sacramento da vida nova que começa no tempo presente pela remissão de todos os pecados passados, e atingirá sua plenitude na ressurreição dos mortos. Pelo batismo na sua morte, fostes sepultados com Cristo, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, assim também leveis uma vida nova (cf. Rm 6,4). 

Agora caminhais pela fé, vivendo neste corpo mortal como peregrinos longe do Senhor. Mas o vosso caminho seguro é aquele mesmo para quem vos dirigis, Jesus Cristo, que se fez homem por amor de nós. Para os seus fiéis ele preparou um grande tesouro de felicidade, que há de revelar e dar abundantemente a todos os que nele esperam, quando recebermos na realidade aquilo que recebemos agora só na esperança. 

Hoje é o oitavo dia do vosso nascimento. Hoje completa-se em vós o sinal da fé que, entre os antigos patriarcas, consistia na circuncisão do corpo no oitavo dia depois do nascimento segundo a carne. Por isso, o próprio Senhor, despojando-se por sua ressurreição da mortalidade da carne e revestindo-se de um corpo não diferente mas imortal, ao ressuscitar consagrou o “dia do Senhor”, que é o terceiro dia depois de sua paixão, mas na contagem semanal dos dias, é o oitavo a partir do sábado, e coincide com o primeiro dia da semana. 

Por conseguinte, também vós participais do mesmo mistério, não ainda na realidade perfeita mas na certeza da esperança,porque recebestes a garantia do Espírito. Com efeito, se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória (Gl 
3,1-4). 



Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo 
(Sermo 8, in octava Paschae 1. 4: PL46, 838. 841) (Séc.V)

Uma carta do Inferno


Se o grande autor cristão C. S. Lewis estivesse vivo hoje, talvez pudesse acrescentar ao seu belo livro “Cartas de um Diabo a seu Aprendiz” uma carta mais ou menos assim:

“Meu caro diabinho aprendiz,

A banalidade do mal é um aspecto da nossa realidade que os seres humanos contemplam pouco, mas que nos é extremamente útil. Precisamos explorá-lo cada vez mais.

De fato, se fizéssemos uma leitura com olhos demoníacos do capítulo 3 do Livro do Gênesis, o célebre trecho da tentação de Adão e Eva pela serpente, nosso mestre diabólico maior, no Paraíso, surpreenderíamo-nos com a banalidade do gesto ali descrito: um animalzinho falante oferece uma fruta apetitosa ao casal, e o casal come. Descobrem que estão nus, vestem-se com folhas de figueira e escondem-se, envergonhados com a própria nudez, ao ouvirem os passos de Deus que se aproximava. E isto é tudo: um animalzinho, uma pequena mordida numa fruta apetitosa. E eis o mal instalado no mundo, eis o fim do paraíso, eis a humanidade inteira irremediavelmente comprometida (pelo menos até a redenção em Cristo) pela ferida hereditária do pecado original. Veja como a banalidade do mal é eficiente! E como, diante dela, a reação de Deus parece desproporcional e arrogante!

Como seria fácil até para um humano bem treinado em técnicas jurídicas de tribunal, se devidamente inspirado por um de nós, distorcer a reação aparentemente desproporcional de Deus à banalidade do gesto dos primeiros humanos, de modo a fazer com que pareça desproporcional e autoritária: por que excluir todo o gênero humano do Paraíso por causa de uma mordidinha numa fruta? Uma fruta que, diga-se de passagem, foi criada pelo próprio Deus, e por ele feita apetitosa aos olhos de sua criatura. Não é difícil a um argumentador treinado em retórica jurídica transformar Deus no grande culpado pelo que ocorreu nessa passagem bíblica; as criaturas, Adão e Eva, sem esquecer a serpente, não pediram para ser criadas. Não escolheram morar num paraíso em que uma das frutas lhe era proibida. Além disso, Deus não se comporta como um burguês egoísta, um capitalista possessivo, ao negar ao primeiro casal justo o fruto da árvore que “está no meio do jardim”? E o princípio da proporcionalidade, não estaria desatendido quando, por causa de uma frutinha, Deus condena a serpente a “caminhar sobre seu ventre e comer poeira todos os dias”, sem possibilidade de livramento condicional? Não seria machista, ao condenar somente Eva às dores do parto e a ser dominada pelo marido? Não seria explorador do proletariado ao condenar Adão a extrair seu sustento “com o suor do rosto”, expulsá-lo do Paraíso e retirar dele o acesso à Árvore da Vida, condenando-o, ademais, à crudelíssima “pena de morte”, que nossas sociedades já não admitem no atual estágio de civilização? Ademais, com um gesto militarista, põe à entrada do Paraíso seus “policiais militares”, os querubins com suas espadas em chamas fulgurantes.