sábado, 21 de maio de 2016

Aproximai-vos de Deus e ficareis luminosos




Suave, diz o Eclesiastes, é esta luz e extremamente bom, para nossos olhos penetrantes, é contemplar o sol esplêndido. Pois sem a luz o mundo não teria beleza, a vida não seria vida. Por isto, já de antemão, o grande contemplador de Deus, Moisés, disse: E Deus viu a luz e declarou-a boa. Porém é conveniente para nós pensar naquela grande, verdadeira e eterna luz que ilumina a todo homem que vem a este mundo, quer dizer, Cristo, salvador e redentor do mundo, que, feito homem, quis assumir ao máximo a condição humana. Dele fala o profeta Davi: Cantai a Deus, salmodiai a seu nome, preparai o caminho para aquele que se dirige para o ocaso; Senhor é seu nome; e exultai em sua presença.

Suave declarou o Sábio ser a luz e prenunciou ser bom ver com seus olhos o sol da glória, aquele sol que no tempo da divina encarnação disse: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida. E outra vez: Este o juízo: a luz veio ao mundo.Desta maneira, pela luz do sol, gozo de nossos olhos corporais, anunciou o Sol da justiça espiritual, tão suave àqueles que foram encontrados dignos de conhecê-lo. Viam-no com seus próprios olhos, com ele viviam e conversavam, como um homem qualquer, embora não fosse um qualquer. Era, de fato, verdadeiro Deus que deu vista aos cegos, fez os coxos andar, os surdos ouvir, limpou os leprosos, aos mortos devolveu a vida.

Todavia, mesmo agora é realmente delicioso vê-lo com olhos espirituais e contemplar demoradamente sua simples e divina beleza. Além disso, é delicioso, pela união e comunicação com ele, tornar-se luminoso, ter o espírito banhado de doçura e revestido de santidade, adquirir o entendimento e vibrar de uma alegria divina que se estenda a todos os dias da presente vida. O sábio Eclesiastes bem o indicou quando disse: Por muitos anos que viva o homem, em todos eles se alegrará. É evidente que o Autor de toda alegria o é para os que veem o Sol de justiça. Dele disse o profeta Davi: Exultem diante da face de Deus, gozem na alegria; e também: Exultai, ó justos, no Senhor; aos retos convém o louvor.


Do Comentário sobre o Eclesiastes, de São Gregório de Agrigento, bispo
(Lib. 10, 2:PG98,1138-1139)                        (Séc.VI)

Obrigado Mãe, Maria de Nazaré


Como falar das mães sem falar de Maria, sem falar da alegria de se ter uma Mãe no céu, mãe principal, uma santa mulher que se fez mãe de Jesus? Que se fez mãe de um Deus verdadeiro, porque Cristo é Deus.

Como falar das mulheres e não dizer que uma mulher firme e forte disse um sim a Deus aceitou sua determinação e tudo aconteceu naquela pequenina cidade de Nazaré? Maria, tu és magistral.

Como falar de Cristo, um Deus que se tornou gente para nos salvar dos pecados sem falarmos de uma Mulher, de uma mulher que teve a coragem de não abortar, mesmo com tantos comentários maldosos a seu respeito, foi em frente na sua gravidez, fez isto para que os planos do Senhor Deus acontecessem, ela quis ser fiel, e foi a seu Deus, mesmo sabendo que um possível apedrejamento poderia haver, pois isto era lei dos homens, mas ela confiava mais na lei do seu Deus, e nele se fortalecia com o filho Jesus em seu ventre.

Como falar da criatura humana, tão meiga e tão bela, como falar das mães, sem falar de Maria, santa Maria? Cumpriu sua missão elaborada por Deus sem muitas exigências mesmo sabendo que o seu gesto traria ao mundo uma mudança radical de vida, traria a muitos e muitos que aceitassem seu filho Jesus sem fanatismo nem demagogias, só crendo fielmente a salvação eterna. Tu és, Maria, fenomenal.

Como falar de afeto de Mãe sem nos lembramos da mãe maior, a Mãe Maria?

Como falar de amor de Mãe sem nos lembramos primeiro do amor de Maria, santa mãe de Deus, Maria que expõe ao mundo um amor sem cobranças, sem reticências, um amor sublime e divinal? Se podemos falar isto de uma mulher, falaremos principalmente de Maria, mulher que foi e é tudo isso e muito mais do que possamos imaginar.

Falaremos de Maria somente como a Maria de Nazaré, simplesmente mulher, simplesmente gente, simplesmente serva fiel do Senhor Deus, que traz ao mundo através do seu gesto de obediência a Deus, o filho Jesus que é a esperança de salvação, traz à humanidade o Justo Juiz por quem todos seremos um dia julgados. És sim, Maria, gente da gente, és sim, Maria, demais. 

Santo Eugênio de Mazemod


Carlos José Eugênio de Mazemod nasceu no sul da França, no dia 01 de agosto de 1782. Seu pai era um nobre e presidia a Corte dos Condes da Provença. Sua mãe pertencia à uma família burguesa muito rica. Sua infância foi tranqüila até 1790, quando a família teve que fugir da Revolução Francesa, deixando todos os bens e indo para a Itália. Embora Eugênio antes do exílio tivesse dado mostras de sua vocação religiosa, ela foi sufocada por esses problemas e pela lacuna existente na sua formação intelectual, devido a falta de uma moradia fixa. Ao retornar para a França em 1802, com vinte anos de idade, amadureceu a idéia de ingressar para a vida religiosa. Entrou no seminário em Paris, recebendo a ordenação três anos depois. Retornou para sua cidade natal, dedicando seu apostolado à pregação. Levou a Palavra de Cristo aos camponeses pobres, aos prisioneiros e aos doentes abandonados, à todos dando os Sacramentos como único meio de recompor os valores cristãos. Em 1816, fundou a congregação dos "Oblatos de Maria Imaculada". Eugênio foi nomeado bispo, cargo que exerceu durante trinta e sete anos. O povo pobre o amava e respeitava. Eugênio de Mazemod morreu no dia 21 de maio de 1861.


Ó Deus, que na tua misericórdia, quiseste enriquecer o santo Bispo Eugênio de Mazenod grandes virtudes apostólicas para anunciar o Evangelho às gentes, concede-nos, por sua intercessão, de arder no mesmo espírito e de tender unicamente ao serviço da Igreja e à salvação das almas. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Região do batismo de Jesus será desminada após quase 50 anos de guerra

 
Mais de 50 hectares de terreno minado impediram por aproximadamente meio século o acesso de milhares de fiéis a sete igrejas cristãs na região do rio Jordão, onde acreditam que Jesus foi batizado. Graças às doações e ao trabalho de uma fundação britânica esta situação mudará.

A região, conhecida como Qaser al-Yahud (Castelo dos Judeus, em árabe), foi fortemente minada e encheram-na de outros explosivos depois da Guerra dos Seis Dias, em 1967, na qual se enfrentaram Israel, o atual Egito (conhecido na época como República Árabe Unida), Jordânia e Síria.

A fundação britânica HALO realizou trabalhos para desminar diversas partes do mundo, da Colômbia até o Afeganistão. Em 1997, tornou-se conhecida nos meios de comunicação, quando a Princesa Diana de Gales visitou um dos lugares onde trabalhavam, na Angola.

HALO, que já tem a permissão das autoridades israelenses, jordanianas e religiosas, está há dois anos trabalhando na área e estima que, quando a região estiver limpa das minas e dos outros dispositivos explosivos, será visitada a cada ano por mais de 300 mil turistas e peregrinos.

Os templos que se encontram na região pertencem à Igreja Católica e às Igrejas ortodoxas copta, etíope, grega, romena, síria e russa. Um terreno da igreja anglicana também está localizado nesta região.

O Custódio da Terra Santa, sacerdote franciscano Pierbattista Pizzaballa, assinalou: “Esperamos ansiosamente o dia em que, graças a fundação HALO, possamos celebrar o Sacramento do Batismo de Cristo em paz”.

Cristão é encontrado morto e governo norte-coreano é apontado como responsável

 
Um pastor protestante chinês pertencente a uma igreja protestante com bastante atividade junto à fronteira entre a China e a Coreia do Norte foi encontrado morto em Changbai. Segundo associações de direitos humanos, há indícios de que teria sido assassinado pelo serviço secreto norte-coreano.

De acordo com a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), o corpo de Han Chung-ryeol, de 49 anos, foi encontrado bastante mutilado, próximo à fronteira com a Coreia do Norte.

Diversas associações de defesa dos direitos humanos na Coreia do Sul assinalam que tudo indica que este cristão teria sido assassinado por agentes dos serviços secretos norte-coreanos, aparentemente em retaliação pela recente deserção de 13 trabalhadores de um restaurante norte-coreano em Ningbo, na China, e que pediram asilo a Seul.

A Fundação ACN indica que, de fato, existem diversas comunidades cristãs ativas nas zonas de fronteira com a Coreia do Norte que auxiliam pessoas que buscam fugir deste país.

Arcebispo pede para evitar “gastos escandalosos” na Primeira Comunhão

 
O Arcebispo de Sevilha, na Espanha, Dom Juan José Asenjo, incentivou os pais a moderar os gastos relacionados à Primeira Comunhão de seus filhos, porque afastam as crianças do verdadeiro sentido do Sacramento, conforme apontou no último dia 11 de maio em um encontro digital organizado pelo arcebispado andaluz.

Nesse sentido, Dom Asenjo indicou que as grandes celebrações “não o entusiasmam”, por isso recordou que durante o período que serviu como Bispo de Córdoba, aconselhou aos sacerdotes que “implantassem um uniforme único para as crianças que receberão a comunhão: uma simples túnica branca com uma cruz de madeira no pescoço”.

Além disso, apontou que nesse tempo também aconselhou a celebrar a comunhão com uma refeição simples “para as crianças e suas famílias. Às vezes as despesas são escandalosas e desviam a criança do que deveria ser seu interesse fundamental: seu primeiro encontro com Jesus”.

Trata-se de uma opinião com a qual coincide o Pe. Manuel Sánchez, delegado diocesano de Catequese, que afirmou que seria necessário “fazer um apelo à austeridade”, por isso pediu aos pais que realizem um gesto para com os mais necessitados.

“Não deveríamos nos esquecer dos pobres. Nem daqueles que estão longes ou mais próximos”, afirmou o Pe. Sánchez. Além disso, pediu às famílias que por ocasião da primeira comunhão tivessem um gesto de reconciliação entre elas, deixando para trás as brigas.

México: Peña Nieto promove legalização de casamento gay e bispos recordam: "Uniões homossexuais não são matrimônio".

 
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), anunciou ontem (18) que o governo promoverá que o reconhecimento do “casamento” gay na Constituição e no Código Civil Federal, de aplicação obrigatória em todo o país.

Através da rede social Twitter, Peña Nieto assinalou: “Assinei iniciativas de reforma para impulsionar que o casamento igualitário fique plasmado na Constituição e no Código Civil Federal”.

Durante algumas horas, o presidente mexicano usou como foto de perfil no Twitter uma imagem com a bandeira que caracteriza o movimento homossexual como filtro.

Enrique Peña Nieto teve uma diminuição na sua popularidade desde que começou sua gestão em 2012. Em abril, o diário mexicano ‘Reforma’ assinalou que a aprovação do mandatário mexicano diminuiu até 30%, a menor aprovação que um presidente teve nesse país desde 1995.

A desaprovação de Peña Nieto chegou a 66%, na pesquisa que realiza o jornal ‘Reforma’ a cada quatro meses.

Para Carlos Alberto Ramírez Ambriz, presidente do movimento mexicano ‘Dilo Bien’, que defende a família, Peña Nieto com sua proposta de reforma constitucional busca “destruir a família como base social”, ao mesmo tempo que concederá “mais poder à ditadura gay, encarregada de oprimir e censurar toda a sociedade que pense diferente dela”.

O movimento ‘Dilo Bien’ apresentou um abaixo-assinado através da plataforma internacional CitizenGO, exigindo aos senadores e deputados mexicanos que não aprovem as reformas propostas por Peña Nieto.

“A família é a base da sociedade. A reforma proposta pelo presidente atenta gravemente contra a instituição da família, a infância e o estado democrático e de direito no qual vivemos”, indica a carta que acompanha o abaixo-assinado.

Ramírez Ambriz explicou que a reforma impulsionada pelo presidente mexicano está contra a democracia e usa a família para esconder outros problemas.

“Há grandes necessidades no país que devem ser atendidas com rapidez”, assinalou, como por exemplo “erradicar a corrupção e resolver o tema dos desaparecidos”.

“O presidente e o partido político que o apoia (PRI) devem pagar um preço político alto”, assinalou, pois “não é possível que os funcionários públicos façam todo tipo de ações que prejudicam o México e não haja consequências”.

Por sua parte, para o Conselho Mexicano da Família (ConFamilia), “a iniciativa que o Presidente Peña Nieto promove, apoiado pelo seu Partido Político (PRI), é uma proposta que o posiciona e o seu partido em uma situação antifamília, que violenta a Declaração Universal dos Direitos Humanos”.

‘ConFamilia’ promove uma reforma constitucional radicalmente contrária à proposta de Peña Nieto e busca que a Constituição mexicana reconheça explicitamente o matrimônio como uma união entre um homem e uma mulher. Sua proposta foi apresentada ao Senado em fevereiro deste ano, acompanhada por mais de 240 mil assinaturas.

A plataforma mexicana ‘Red Família’ se pronunciou também contra a proposta do presidente e questionou em um comunicado se sua proposta “tiver também a intenção de que o casamento seja para três ou mais pessoas”.

‘Red Família’ exortou o presidente do México a “repensar e evitar impor a visão particular de alguns grupos e comunidades. Acabar com a finalidade do casamento e danificar mais nosso ferido tecido social não é o caminho para reivindicar demandas e ofensas”.

Para apoiar o Movimento ‘Dilo Bien’, exigindo aos parlamentares mexicanos que não aprovem as reformas propostas por Peña Nieto, CLIQUE AQUI.

Exulte minha alma no Senhor




Vem, come com alegria teu pão e bebe com coração feliz o teu vinho, porque tuas obras já agradaram a Deus.

A explicação mais simples e óbvia desta frase parece-me ser uma justa exortação que nos dirige o Eclesiastes: abraçando um tipo de vida simples e apegados à instrução de uma fé sincera para com Deus, comamos o pão com alegria e bebamos o vinho de coração feliz; sem resvalar para as palavras maldosas, nem nos comportar com duplicidade. Pelo contrário, pensemos sempre o que é reto,e, quanto nos seja possível, auxiliemos com misericórdia e liberalidade os necessitados e mendigos, isto é, atentos aos desejos e ações com que o próprio Deus se deleita.

No entanto, o sentido místico nos leva a mais altos pensamentos e ensina-nos a ver aqui o pão celeste e sacramental que desceu do céu e trouxe a vida ao mundo. Ensina-nos também, com o coração feliz, a beber o vinho espiritual, aquele vinho que jorrou do lado da verdadeira vide, no momento da paixão salvífica. Destes fala o Evangelho de nossa salvação: Tendo Jesus tomado o pão, abençoou-o e disse a seus santos discípulos e apóstolos: Tomai e comei: isto é meu corpo que por vós é repartido para a remissão dos pecados; o mesmo fez com o cálice e disse: Bebei todos dele; este é o meu sangue da nova Aliança, que por vós e por muitos é derramado em remissão dos pecados. Aqueles que comem deste pão e bebem o vinho sacramental, na verdade enchem-se de alegria, exultam e podem exclamar: Deste alegria a nossos corações.

Ainda mais – julgo eu – este pão e este vinho designam, no livro dos Provérbios, a sabedoria de Deus, subsistente por si mesma, Cristo, o nosso salvador, quando diz: Vinde, comei do meu pão e bebei do vinho que preparei para vós; indicando assim a mística participação do Verbo. Aqueles que são dignos desta participação, trazem em todo o tempo vestes ou obras não menos luminosas do que a luz, realizando o que o Senhor diz no Evangelho: Que vossa luz brilhe diante dos homens, para que vejam vossas obras boas e glorifiquem vosso Pai que está nos céus. Igualmente se percebe que em suas cabeças core sempre o óleo, isto é, o Espírito da verdade que os protege e defende contra todo dano do pecado.



Do Comentário sobre o Eclesiastes, de São Gregório de Agrigento, bispo
(Lib. 8,6: PG 98,1071-1074)                        (Séc.VI)