segunda-feira, 11 de julho de 2016

Pe. Lombardi deixa direção da Sala de Imprensa da Santa Sé


O Papa Francisco acolheu a renúncia apresentada pelo Pe. Federico Lombardi SJ do cargo de Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

O novo Diretor nomeado pelo Pontífice é Greg Burke, até agora Vice-Diretor da Sala de Imprensa. Dr. Burke assume o cargo em 1° de agosto. A partir desta data, a Sala de Imprensa terá uma Vice-Diretora, Paloma García Ovejero.

Greg Burke é natural de Saint Louis, nos Estados Unidos e completará 57 anos em novembro. É membro numerário da Opus Dei. Em sua carreira como jornalista, trabalhou em empresas como Reuters, Metropolitan, National Catholic Register, Time e Fox News.

Em 2012 foi chamado pela Secretaria de Estado como consultor de comunicação. Desde 21 de dezembro de 2015 é Vice-Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.  

Paloma García Ovejero nasceu em Madri, na Espanha, em 12 de agosto de 1975. Reside em Roma desde 2012, colaborando com inúmeras emissoras de rádio e tevê. Atualmente, era correspondente do Vaticano para a emissora espanhola Cadena Cope. Trata-se da primeira mulher no cargo.

Nada absolutamente prefiram a Cristo


Antes de tudo, quando quiseres realizar algo de bom, pede a Deus com oração muito insistente que seja plenamente realizado por ele. Pois já tendo se dignado contar-nos entre o número de seus filhos, que ele nunca venha a entristecer-se por causa de nossas más ações. Assim, devemos em todo tempo pôr a seu serviço os bens que nos concedeu, para não acontecer que, como pai irado, venha a deserdar seus filhos; ou também, qual Senhor temível, irritado com os nossos pecados nos entregue ao castigo eterno, como péssimos servos que o não quiseram seguir para a glória.

Levantemo-nos, enfim, pois a Escritura nos desperta dizendo: Já é hora de levantarmos do sono (cf. Rm 13,11). Com os olhos abertos para a luz deífica e os ouvidos atentos, ouçamos a exortação que a voz divina nos dirige todos os dias: Oxalá, ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os corações (Sl 94,8); e ainda: Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas (Ap 2,7).

E o que diz ele? Meus filhos, vinde agora e escutai-me: vou ensinar-vos o temor do Senhor (Sl 33,12). Correi, enquanto tendes a luz da vida, para que as trevas não vos alcancem (cf. Jo 12,35).

Procurando o Senhor o seu operário na multidão do povo ao qual dirige estas palavras, diz ainda: Qual o homem que não ama sua vida, procurando ser feliz todos os dias? (Sl 33,13). E se tu, ao ouvires este convite, responderes: Eu, dir-te-á Deus: Se queres possuir a verdadeira e perpétua vida, afasta a tua língua da maldade, e teus lábios, de palavras mentirosas. Evita o mal e faze o bem, procura a paz e vai com ela em seu caminho (Sl 33,14-15). E quando fizeres isto, então meus olhos estarão sobre ti e meus ouvidos atentos às tuas preces; e antes mesmo que me invoques, eu te direi: Eis-me aqui (Is 58,9.

Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do Senhor que nos convida? Vede como o Senhor, na sua bondade, nos mostra o caminho da vida!

Cingidos, pois, os nossos rins com a fé e a prática das boas ações, guiados pelo evangelho, trilhemos os seus caminhos, a fim de merecermos ver aquele que nos chama a seu reino (cf. 1Ts 2,12). Se queremos habitar na tenda real do acampamento desse reino, é preciso correr pelo caminho das boas ações; de outra forma, nunca chegaremos lá.

Assim como há um zelo mau de amargura, que afasta de Deus e conduz ao inferno, assim também há um zelo bom, que separa dos vícios e conduz a Deus. É este zelo que os monges devem pôr em prática com amor ferventíssimo, isto é, antecipem-se uns aos outros em atenções recíprocas(cf. Rm 12,10). Tolerem pacientissimamente as suas fraquezas, físicas ou morais; rivalizem em prestar mútua obediência; ninguém procure o que julga útil para si, mas sobretudo o que o é para o outro; ponham em ação castamente a caridade fraterna; temam a Deus com amor; amem o seu abade com sincera e humilde caridade; nada absolutamente prefiram a Cristo; e que ele nos conduza todos juntos para a vida eterna.


Da Regra de São Bento, abade
(Prologus, 4-22;cap.72,1-12:CSEL75,2-5.162-163)            (Séc.VI)

5 coisas que você estava fazendo mal na Missa e não sabia

 

A Santa Missa é a renovação do sacrifício pascal de Cristo na cruz e a “fonte e o ápice de toda a vida cristã’’. Por esse motivo, e com o intuito de adentrarmos mais nos sagrados mistérios, é que a Igreja organizou a Missa dentro de uma ordem determinada (O reino de Deus é um reino de ordem). Por isso neste artigo compartilharemos 5 coisas que talvez você esteja fazendo errado na missa e não sabia.

1) “… E livrai-nos do mal AMÉM?”

Quando rezamos o Pai Nosso de maneira pessoal ou em nossos grupos de oração temos o hábito de concluí-lo com um “Amém”. Isso está correto, porém durante a Santa Missa é diferente. O Pai Nosso é a única oração que está integrada na liturgia como parte de uma oração maior. Por tal razão não devemos dizer “Amém” depois do “e livrai-nos do mal”, pois o sacerdote continuará com a oração dizendo “livrai-nos Senhor de todos os males, e concedei-nos a paz em nossos dias…’’

 

2) “Por Cristo com Cristo e em Cristo…”


Alguns fiéis geralmente comentem o erro de dizer partes da Missa que são correspondentes apenas ao sacerdote. Isto é muito comum no final da oração eucarística quando o padre reza “Por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós, Deus Pai todo poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória agora e para sempre…”. Os fiéis não devem dizer esta parte, pois é exclusivo para o sacerdote. Aos fiéis cabe responder com um ”Amém”.

São Bento, abade


Recebemos da tradição cristã o relato de que Bento viveu entre os anos de 480 e 547. Nasceu na cidade de Núrsia, na Itália. Pertencia à influente e nobre família Anícia e tinha uma irmã gêmea chamada Escolástica, também fundadora e Santa da Igreja.

Era ainda muito jovem quando foi enviado a Roma para aprender retórica e filosofia. No entanto, decepcionado com a vida mundana e superficial da cidade eterna, retirou-se para uma vida ascética e reclusa, passou a se dedicar ao estudo da Bíblia e do cristianismo.
 
Ainda não satisfeito, isolou-se numa gruta do Monte Subiaco. Assim viveu por três anos, na oração e na penitência, estudando muito. Depois, se agregou aos monges de Vicovaro, que logo o elegeram seu prior. Mas a disciplina exigida por Bento era tão rígida, que estes monges indolentes tentaram envenená-lo.

Bento abandonou então o convento e no sopé do Monte Cassino construiu o seu primeiro mosteiro. O símbolo e emblema que escolheu foram “ora e labora” (reza e trabalha) e a cruz e o arado passaram a ser o exemplo da vida católica dali em diante.

Deste modo, se estabelecia o ritmo da vida monástica: o justo equilíbrio do corpo, da alma e do espírito, para manter o homem em comunhão com Deus. Ainda registrou que o monge deve ser: "não soberbo, não violento, não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não detrator, não murmurador".

Este monge propôs um novo modelo de homem: aquele que vive em completa união com Deus, através do seu próprio trabalho, fabricando os próprios instrumentos para lavrar a terra. Celebrado pela Igreja no dia 11 de julho, São Bento foi declarado patrono principal de toda a Europa, pelo Papa Paulo VI em 1964. 


Glorioso São Bento, conhecido por vossa santidade e sabedoria, amparai os eremitas que hoje vivem à procura de uma íntima comunhão com Deus. Dai-lhes força em seus combates espirituais e a graça de perseverarem até o fim, no caminho da santidade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

domingo, 10 de julho de 2016

Sobre a "posição ad Orientem" para a celebração da Santa Missa na forma ordinária.

Papa Francisco celebra a Santa Missa Versus Deum (ad Orientem) na Capela Sistina

Muita gente me questionou sobre a sugestão do Cardeal Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, para um uso maior da chamada "posição ad Orientem" para a celebração da Santa Missa na forma ordinária (ou seja, no rito renovado pelo Concílio Vaticano II).

Não é minha intenção exprimir OPINIÃO, nem JUÍZO DE VALOR, nem qualquer coisa semelhante. Afinal, cada um dos lados da discussão têm os seus argumentos, e isso é necessário. Que fique claro: NÃO ESTOU DIZENDO QUE UMA FORMA SEJA MELHOR OU MAIS ADEQUADA QUE A OUTRA. Essa não é a questão (pelo menos para mim).

Quero apenas trazer algumas imagens para reflexão, para que a situação não fique restrita à "saudade" seja do que se viveu ou não, nem ao "tridentinismo agudo grave".

1) A celebração "ad Orientem" não foi abolida, nem proibida, nem desencorajada; simplesmente o seu uso diminuiu em todo o mundo.

2) A celebração "ad Orientem" não é contrária à teologia ou à liturgia renovada pelo Concílio Vaticano II: se assim o fosse, será mesmo que o Papa Francisco, com a coragem e lucidez que possui, teria celebrado desta forma em várias oportunidades (missa num altar lateral da Basílica Vaticana; missa na capela privada da Delegação Apostólica de Istambul; missa do Batismo do Senhor, na Capela Sistina, em 2014, 2015 e 2016), mesmo quando poderia fazer de outro modo?

3) Muitas Igrejas orientais, sejam católicas, sejam ortodoxas, celebram habitualmente "ad Orientem". E isso não apenas em Igrejas antigas, mas até em Divinas Liturgias celebradas em espaço aberto, fora de Igrejas. Alguns ritos, inclusive, impedem a visão dos fiéis na liturgia eucarística, fechando cortinas diante do altar.

Vietnã: Governo expropria terras de mosteiro católico e destrói cruz


O Pe. Antoine Nguyen Van Duc, abade do mosteiro ‘Thien An’ na província de Thua Thien-Hue (Vietnã), denunciou a expropriação ilegal – pelas autoridades comunistas – dos terrenos da comunidade religiosa, assim como o desmoronamento de uma cruz que estava localizada no jardim quando os sacerdotes estavam reunidos para rezar.

Segundo informou a Rádio Free Asia (RFA) no último 6 de julho, o sacerdote apresentou sua queixa em 27 de junho ante o Comitê Popular Provincial, a Arquidiocese de Hue, a comissão da União Europeia no Vietnã e na embaixada dos Estados Unidos, na capital Hanói.

O Pe. Cao Duc Loi, que vive no mosteiro, disse à rádio que as autoridades locais atuaram contra a Constituição e contra a própria ordem de expropriação, pois o objetivo era a terra que não estava em uso, entretanto, os funcionários locais incluíram o terreno que é usado pelos religiosos. “Ganharemos caso a lei se cumpra, mas perderemos se eles (as autoridades), a ignorarem”, assinalou.

Segundo informou, o objetivo do governo local é se apropriar de 40 hectares de terras do mosteiro e uma estrutura adjacente para construir um centro de ócio e um parque de diversões.

Catequese sobre os ritos anteriores ao batismo




Tivemos diariamente sermões sobre a conduta moral, quando foram lidos os atos dos patriarcas ou os preceitos do livro dos Provérbios. Assim instruídos, vos acostumaríeis a andar pelas vias dos antepassados, a pôr-vos no mesmo caminho e a obedecer às divinas escrituras. Uma vez renovados pelo batismo, viveríeis da maneira conveniente a cristãos.

Agora, já é tempo de falar sobre os mistérios e manifestar o conteúdo dos sacramentos. Antes do batismo, se pensássemos em insinuá-los a não iniciados, julgaríamos trair mais do que entregar. E também porque em pessoas sem ideia preconcebida, a luz dos mistérios se difunde melhor do que se precedida por alguma palavra.

Abri, pois, os ouvidos e senti o bom odor da vida eterna que se desprende para vós do dom dos sacramentos. Era isso que vos dávamos a conhecer, quando no momento do mistério da abertura dissemos: Efetha, isto é, abre-te, de modo que cada um que se aproximava da graça sabia o que lhe interrogariam e devia lembrar-se da resposta pronta. Cristo realizou este mistério, como lemos no evangelho, ao curar o surdo-mudo.

Em seguida, abriu-se para ti o santo dos santos e entraste no santuário do novo nascimento. Lembra-te da pergunta que te fizeram, reconhece o que respondeste. Renunciaste ao diabo e às suas obras, ao mundo e a suas pompas e delícias. Tua palavra está guardada não no túmulo dos mortos, mas no livro dos vivos.

Ali viste o levita, viste o sacerdote, viste o sumo-sacerdote. Não dês atenção aos indivíduos, mas à graça dos ministérios. Na presença de anjos falaste, como está escrito. Os lábios do sacerdote guardam a ciência e busca-se de sua boca a lei, porque é um anjo do Senhor onipotente. Não há ocultar, não há negar; é anjo quem anuncia o reino de Cristo, a vida eterna. Não leves em conta a aparência, mas o múnus. Atende àquilo que te entrega, pondera seu cargo e reconhece sua dignidade.

Tendo, pois, entrado, para veres teu adversário a quem julgaste dever renunciar frontalmente, tu te voltaste para o Oriente; quem renuncia ao demônio, converte-se para Cristo, contempla-o em face.


Início do Tratado sobre os Mistérios, de Santo Ambrósio, bispo
(Nn.1-7: SCh25 bis, 156-158)                               (Séc.IV)

Como reconhecer um falso padre?

 
Em vários países, multiplicou-se o número de falsos sacerdotes que se valem da boa fé dos fiéis para “oferecer seus serviços” em troca de dinheiro fácil.

Apenas o sacramento da Ordem Sacerdotal consagra aquele que o recebe, configurando-o de modo particular com Jesus Cristo e capacitando-o para atuar na própria pessoa de Cristo para o bem de todo o povo de Deus.

Na seguinte nota, é detalhado como identificar um falso sacerdote e as medidas preventivas para evitar ser enganado.

Como reconhecê-lo?

1. Os falsos sacerdotes não têm paróquia nem território designado porque não pertencem à Igreja Católica, portanto, não se encontram nos registros das dioceses.

2. Saem “oferecendo seus serviços” (missas, sacramentos) e é comum que deem de presente cartões de apresentação para que possam entrar em contato com eles.

3. Costumam atuar em lugares longínquos à paróquia da cidade como em pequenas comunidades onde não há sacerdotes. É necessário saber que os sacerdotes católicos não podem celebrar casamentos, batizados e, em geral, oficiar Missas fora da paróquia ou um templo público reconhecido.

4. Criam laços de amizade com os paroquianos e ministram “sacramentos” sem ter em conta os impedimentos.

5. Cobram dinheiro ao final da Missa que celebram “solicitando uma contribuição econômica”.

6. Pedem donativos para algum lar, orfanato ou asilo que não existe. Em alguns casos, até oferecem seus serviços aos próprios sacerdotes para ajudá-los na festa paroquial ou na Semana Santa.

7. Uma grande porcentagem deles são pessoas que estudaram no seminário, mas por diversas razões foram expulsos; outros serviram em alguma paróquia como sacristãos ou simplesmente encontraram uma forma de extorquir os fiéis e até os mesmos presbíteros porque conhecem as celebrações litúrgicas.