AUDIÊNCIA GERAL
Praça São Pedro
Quarta-feira, 7 de setembro de 2016
A decisão de João Batista de enviar um grupo de discípulos para perguntar a Jesus se Ele era o Messias, mostra como a imagem que alguns tinham não correspondia ao modo de ser de Cristo. Para muitos, o Messias deveria ser um juiz implacável. Jesus, ao contrário, se manifestava manso e misericordioso; Ele não veio punir os pecadores, mas sim convidá-los à conversão. De fato, a justiça de Deus, em Jesus, se manifesta como misericórdia. Esta visão equivocada da figura do Messias era motivo de escândalo, ou seja, era um obstáculo para aquelas pessoas. Também hoje, há quem possua uma imagem errônea de Deus que se torna um obstáculo para experimentar a presença divina na própria vida: alguns criam um deus sob medida, um falso ídolo, para encontrar refúgio psicológico, saciar os seus desejos e interesses, ou até mesmo para justificar o ódio e a violência; outros ainda consideram Jesus um mero mestre de ensinamentos éticos. Diante desses perigos, somos chamados a eliminar os obstáculos para poder crescer na fé e nos transformarmos em instrumentos de misericórdia.