segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Holywins ou Halloween? Festa de Todos os Santos!


Nos últimos anos, várias dioceses, paróquias e comunidades católicas de várias partes do mundo têm recuperado o 31 de Outubro como a Véspera de Todos os Santos. Assim nasceu a celebração do “Holywins” (A santidade vence) para comemorar com as crianças o dom da vocação universal à santidade.

  

Nesta matéria estão algumas fotos para ilustrar a grande festa infantil que muitas paróquias e dioceses vão realizar nesta sexta-feira 31 a partir de 18 horas.

Humorista Paulo Gustavo condena Parada Gay


O humorista Paulo Gustavo, conhecido pela atuação em programas  de TV fechado e shows por todo país declarou em entrevista ao jornal O Dia que é contra a Parada Gay. “Eu sou contra a Parada Gay, acho que não tem que ter isso. Não existe Parada Hétero. Acho que, com isso, a gente fica só valorizando os idiotas. Os que são preconceituosos devem ser ignorados simplesmente”.

“Eu não teria problema em falar se sou gay ou se sou hétero. Mas acho que ficar levantando bandeira para esse assunto é que gera o preconceito", disparou o humorista que interpreta personagens do universo gay em seus shows.

Papa: olhar ao nosso passado, reconhecer o erro e pedir perdão


Viagem do Papa Francisco à Suécia 
por ocasião dos 500 anos da Reforma Protestante

Oração ecumênica na Catedral Luterana de Lund
Segunda-feira, 31 de outubro de 2016


«Permanecei em Mim, que Eu permaneço em vós» (Jo 15, 4). Estas palavras, pronunciadas por Jesus no contexto da Última Ceia, permitem-nos sondar o coração de Cristo pouco antes da sua doação definitiva na cruz. Podemos sentir as suas palpitações de amor por nós e o seu desejo de unidade para todos os que creem n’Ele. Diz-nos que Ele é a videira verdadeira, e nós os ramos; e, como Ele está unido ao Pai, assim devemos nós estar unidos a Ele, se quisermos dar fruto.

Neste encontro de oração, aqui em Lund, queremos manifestar o nosso desejo comum de permanecer unidos a Ele para termos vida. Pedimos-Lhe: «Senhor, com a vossa graça ajudai-nos a estar mais unidos a Vós para darmos, juntos, um testemunho mais eficaz de fé, esperança e caridade». É também um momento propício para dar graças a Deus pelo esforço de muitos irmãos nossos, de diferentes comunidades eclesiais, que não se resignaram com a divisão, mas mantiveram viva a esperança da reconciliação entre todos os que creem no único Senhor.

Nós, católicos e luteranos, começamos a caminhar juntos pela senda da reconciliação. Agora, no contexto da comemoração comum da Reforma de 1517, temos uma nova oportunidade para acolher um percurso comum, que se foi configurando ao longo dos últimos cinquenta anos no diálogo ecumênico entre a Federação Luterana Mundial e a Igreja Católica. Não podemos resignar-nos com a divisão e o distanciamento que a separação gerou entre nós. Temos a possibilidade de reparar um momento crucial da nossa história, superando controvérsias e mal-entendidos que impediram frequentemente de nos compreendermos uns aos outros.

Jesus diz-nos que o dono da vinha é o Pai (cf. 15, 1), que cuida dela e a poda para dar mais fruto (cf. 15, 2). O Pai preocupa-Se, sem cessar, com a nossa relação com Jesus, vendo se estamos verdadeiramente unidos a Ele (cf. 15, 4). Fixa-nos, e o seu olhar de amor anima-nos a purificar o nosso passado e a trabalhar no presente para realizar aquele futuro de unidade por que tanto anseia.

Também nós devemos olhar, com amor e honestidade, para o nosso passado e reconhecer o erro e pedir perdão, só Deus é o juiz. E, com a mesma honestidade e amor, temos de reconhecer que a nossa divisão se afastava da intuição originária do povo de Deus, cujo anélito é naturalmente estar unido, e, historicamente, foi perpetuada mais por homens de poder deste mundo do que por vontade do povo fiel, que sempre e em toda parte precisa de ser guiado, com segurança e ternura, pelo seu Bom Pastor. Entretanto havia, de ambos os lados, uma vontade sincera de professar e defender a verdadeira fé, mas estamos conscientes também de que nos fechamos em nós mesmos com medo ou preconceitos relativamente à fé que os outros professam com uma acentuação e uma linguagem diferentes. Dizia o Papa João Paulo II: «Não devemos deixar-nos guiar pelo intento de nos tornarmos árbitros da história, mas unicamente pela intenção de compreendermos melhor os acontecimentos e de sermos portadores da verdade» (Mensagem ao Cardeal Johannes Willebrands, Presidente do Secretariado para a União dos Cristãos, 31 de outubro de 1983). Deus é o dono da vinha, que a cuida e protege com imenso amor; deixemo-nos comover pelo olhar de Deus; tudo o que Ele deseja é que permaneçamos como ramos vivos unidos ao seu Filho Jesus. Com este novo olhar ao passado, não pretendemos fazer uma correção inviável do que aconteceu, mas «contar essa história de maneira diferente» (Comissão Luterana-Católica Romana para a Unidade, Do conflito à comunhão, 17 de junho de 2013, 16). 

Crivella garante respeito ao Magistério Católico


Marcelo Crivella (PRB) elegeu-se o novo prefeito da cidade do Rio de Janeiro, derrotando Marcelo Freixo, o candidato do Psol, considerado o novo PT. Crivella é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, o que inspirou temor do voto a muitos católicos. 

Ainda durante a campanha Crivella escreveu uma carta compromisso em respeito à diversidade religiosa, enfatizando respeito ao Magistério Católico.”Eu, Marcelo Crivella, na qualidade de candidato ao cargo de Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, pelo PRB, nas próximas eleições de 2016, assumo o público compromisso de, se eleito for, respeitar o Magistério da Igreja Católica“.


O novo prefeito ainda se compromete a “defender e promover o direito pleno à vida, desde a concepção até a morte natural; a família, constituída de acordo com a doutrina da Igreja; a infância e a juventude; o respeito à fé católica e todos os seus símbolos, ritos, manifestações e templos; respeitar todas as crenças e a diversidade religiosa desta cidade na construção do bem comum”.

Renovar os sentimentos de paz


Evitem os homens confiar apenas nos esforços de alguns, sem tratarem de modificar a sua própria mentalidade. Os governantes dos povos, que são os responsáveis pelo bem comum do seu povo e ao mesmo tempo os promotores do bem do mundo inteiro, estão muito influenciados pela opinião pública e pela mentalidade geral dos homens. Nada poderão fazer em favor da paz, se os sentimentos de hostilidade, desprezo e desconfiança, os ódios raciais e as ideologias obstinadas dividem e opõem os homens entre si. Daí a urgente necessidade duma renovada educação das mentalidades e duma nova orientação da opinião pública. 

Aqueles que se consagram à obra da educação, sobretudo da juventude, ou contribuem para formar a opinião pública, têm o gravíssimo dever de inculcar no espírito de todos novos sentimentos de paz. Todos temos de reformar o nosso coração, de olhos postos no mundo inteiro e no trabalho que podemos realizar em conjunto, para o progresso do género humano. 

Não nos engane uma falsa esperança. Se não desaparecerem as inimizades e os ódios e não se estabelecerem tratados firmes e honestos para o futuro de uma paz universal, a humanidade, já hoje ameaçada por graves perigos, apesar dos seus admiráveis progressos científicos, talvez seja funestamente arrastada para aquela hora em que não conhecerá outra paz além da horrenda paz da morte. Mas enquanto recorda esta realidade, a Igreja de Cristo, que participa das angústias do nosso tempo, não deixa de alimentar a mais firme esperança. Aos homens de hoje ela propõe com insistência, quer queiram quer não, a mensagem do Apóstolo: Eis o tempo favorável para a conversão dos corações, eis os dias da salvação. 

Para edificar a paz, é preciso, antes de mais, eliminar as causas da discórdia que alimentam as guerras entre os homens, sobretudo as injustiças. Muitas delas provêm das excessivas desigualdades económicas e também da lentidão em lhes dar os remédios necessários. Outras, porém, nascem da ambição de domínio e do desprezo das pessoas; e se procuramos descobrir causas mais profundas, encontramos a inveja, a desconfiança, a soberba e outras paixões egoístas. 

Como o homem não pode suportar tantas desordens, a consequência de tudo isso é que o mundo, mesmo sem as atrocidades da guerra, vê-se continuamente envolvido em contendas e violências. Além disso, como estes mesmos males se verificam nas relações entre as diversas nações, é absolutamente necessário, para os vencer ou evitar e para conter as violências desenfreadas, que as instituições internacionais desenvolvam cada vez mais e melhor a sua cooperação e coordenação e que se estimule sem cessar a criação de organismos promotores da paz.


Da Constituição pastoral Gaudium et spes, do Concílio Vaticano II, sobre a Igreja no mundo contemporâneo (Nn. 82-83) (Sec. XX)

O que foi a Reforma Luterana?


1. Quando foi que começou o Movimento Protestante?

Depois de afixar, a 31 de outubro de 1517, as suas teses atacando o ensino tradicional do Cristianismo, a 18 de abril de 1520, Martinho Lutero rompeu com a Igreja Católica, e começou a edificar uma nova Igreja de acordo com as suas ideias.

2. Protestantes não são aqueles que protestam contra os erros de Roma?

Muitos protestantes hoje em dia aceitariam essa descrição da sua posição. Mas aquilo que eles acreditam ser erros de Roma não são realmente erros, se na verdade são ensinamentos da Igreja Católica. Acrescento esta última condição porque muitas doutrinas têm sido atribuídas à Igreja Católica, as quais ela nunca ensinou, ao passo que outras têm sido interpretadas de um modo que ela mesma condenaria. Por mal-entendido, muitos escritores protestantes têm gasto o seu tempo e o dos seus leitores refutando laboriosamente aquilo que a Igreja Católica absolutamente não ensina! E a sua linha de aproximação aos problemas do Catolicismo mal necessita de revisão.

3. Qual foi exatamente a origem do termo “Protestante”?

A palavra deriva do célebre “Protesto” tido pelos príncipes germânicos na Dieta de Espira em 1529. Grande número de príncipes alemães haviam-se aproveitado da revolta religiosa de Martinho Lutero para conseguir a independência política dos seus Estados. Naturalmente, em troca, eles apoiaram o Luteranismo como uma grande força entre o seu povo para os desprender de antigos laços, e começaram suprimindo a religião católica dentro dos seus territórios. Ora, o Decreto da Dieta de Espira concedia liberdade religiosa a todo aquele que já houvesse abraçado o Luteranismo nos Estados dos príncipes germânicos, mas exigia tolerância para com os católicos residentes dentro dos limites deles.  Os príncipes luteranos protestaram não conceder tolerância aos católicos, e disseram que a religião do povo deve ser a mesma que a dos seus príncipes. “Cujus regio, illus religio”, diziam aqueles príncipes. “Seja qual for o governante, dele deve ser a religião”.  Por outras palavras, os príncipes germânicos exigiam o direito de impor ao seu povo qualquer religião que lhes aprouvesse.  E o protesto deles era contra qualquer obrigação de tolerar os católicos. A palavra “Protestante”, portanto, de acordo com o seu significado histórico e religioso, nasceu de uma denegação de liberdade de consciência; e os que assim protestaram contra a liberdade de culto para os católicos foram denominados Protestantes.

4. Quais as causas que em primeiro lugar levaram à Reforma Protestante?

A Reforma Protestante não foi realmente uma reforma.  Foi antes uma revolução. Ela tirou reinos inteiros à Igreja Católica, e introduziu ideias inteiramente novas sobre as relações religiosas entre os cristãos e Cristo. Quanto às causas que levaram a essa revolução, é certo que não houve coisa alguma errada na religião católica em si mesma. Houve, porém, muita coisa errada em grande número de católicos, do contrário Lutero nunca teria alcançado o êxito que alcançou. Não é uma só e simples causa que pode explicar isto. Podemos dizer que aqueles que deixaram a Igreja Católica o fizeram por infidelidade à graça de Deus nas suas vidas pessoais. Mas que tantos devessem provar-se infiéis, isto reclama maior explicação; e essa maior explicação deve ser achada nas condições religiosas, culturais, políticas e sociais do tempo.

5. Qual era então o estado de coisas religioso e cultural?

Devemo-nos lembrar de que, durante o século anterior à Reforma, o Renascimento trouxera a revivescência dos clássicos pagãos gregos e latinos, e estes não só desviavam as mentes dos homens do estudo da filosofia católica, mas levavam à corrupção da vida entre as classes educadas. Ademais, muitos bispos e sacerdotes, grandemente desviados de Roma, haviam sido demasiado subservientes à autoridade secular, e haviam descurado reforçar a disciplina da Igreja, enfraquecendo-lhe assim a influência sobre o povo. O relaxamento no seio do clero produzira grande desedificação; e a demora na reforma dele preparara o caminho para uma reforma errônea, pelo rompimento com a Igreja. Sacerdotes descuidados haviam deixado o povo sem instrução e incrivelmente ignorante da sua religião; e, não conhecendo a sua própria fé, grande número de simples católicos não discerniam o verdadeiro mal contido no movimento separatista. Não conhecendo a verdade, eram manejados pelas ideias dos reformadores, que denunciavam Roma sem exigir qualquer padrão mais alto de virtude do que o que até ali prevalecera.

6. Então você admite que a queda da Igreja Católica se deveu á sua própria depravação?

A Igreja Católica não caiu.  Muitos dos seus membros haviam caído dos seus padrões de virtude, e multidões faziam disto pretexto para abandonarem a fé pela heresia. Um dos grandes opositores de Martinho Lutero foi Tomás More, na Inglaterra. Tomás More estava tão cônscio do triste estado das coisas como Lutero, mas não cometeu o erro de censurar a Igreja por causa dos membros relapsos nela existentes. Nem seria correto imaginar que só havia relaxamento na Igreja imediatamente antes da Reforma. Havia Santos naqueles dias tanto como havia pecadores. Leia esse maravilhoso livrinho A Imitação de Cristo, por Tomás a Kempis. Esse tesouro espiritual foi escrito por um monge católico durante aqueles anos de suposta corrupção universal. E esse livro reflete os verdadeiros ideais da Igreja Católica.

7. Você diria que Lutero errou declarando necessária uma reforma?

Não nego que era necessária uma reforma. Havia muitos abusos a ser corrigido. Mas Lutero não introduziu um movimento de real reforma. Fez dos abusos reinantes pretexto para ao mesmo tempo deixar a Igreja, ao invés de ficar nela e procurar efetuar a conversão dos seus membros relapsos para melhores caminhos. Ademais, ele manteve muitos dos próprios abusos, apenas procurando justificá-los pela negação de que eles fossem errados, e ainda sancionou ulteriores renúncias às normas do verdadeiro Cristianismo.

8. Você disse que, além dos fatores religiosos e culturais, condições políticas contribuíram para o sucesso de Lutero.

E assim foi. O prestígio do Papado em negócios de Estado através da Europa diminuíra sensivelmente durante os dois séculos anteriores à Reforma, e a autoridade do Imperador também havia sido grandemente minada. No tocante ao prestígio do Papado, importa lembrar que, na maior parte do século quatorze, os Papas tinham sido forçados a viver fora de Roma, em Avinhão, na França, expondo-se à acusação, por outras nações, de estarem sob influência política da França. Quase imediatamente após o regresso deles a Roma, teve lugar aquilo que é conhecido como “Grande Cisma do Ocidente”, quando, além do Papa legal, houve dois antipapas, cada qual pretendendo possuir a autoridade suprema sobre a Igreja. No seu reconhecimento desses papas as nações se dividiram sobre linhas políticas, e isto enfraqueceu grandemente a influência do Papado na Europa. Depois que esse desastre foi sanado pela eleição do Papa Martinho V, em 1417, e pela supressão de todos os Papas rivais, surgiram dificuldades de dinheiro. O Papado estava empobrecido. Era preciso dinheiro para a construção da basílica de S. Pedro em Roma, e neste sentido foram feitos apelos a toda a cristandade, concedendo-se indulgências a todos os que contribuíssem para a causa. A acusação de traficância nessas indulgências veio a ser a razão imediata para a revolta de Lutero; mas, se ele alcançou tamanho êxito foi porque Roma, havia muito, perdera em grande extensão o amor e o respeito. Enquanto isso, a autoridade imperial era apenas uma sombra do que tinha sido. O feudalismo estava desmoronando na Europa. Vassalos governantes nas províncias estavam-se tornando cada vez mais rebeldes e independentes. Lutero teve apenas de soprar sobre chamas já ateadas; e fê-lo explorando a ambição e o espírito de independência reinantes entre os príncipes germânicos, excitando à revolta contra o Imperador. E lisonjeou-lhes a cupidez e o orgulho aconselhando-os a esbulharem a Igreja da sua propriedade nos domínios deles, e a tomarem sobre si o controle da doutrina e da moral dos seus súditos.

9. Como foi que o estado da sociedade contribuiu para o êxito de Lutero?

Pelo simples fato de haver o descontentamento permeado cada camada dela. A sociedade sofre quando grande número de pessoas estão descontentes com a sua sorte. Além disto, clero, príncipes e camponeses estavam igualmente insatisfeitos. Os bispos eram mundanos, desfrutando ricos benefícios, ao passo que sacerdotes ignorantes e acossados pela pobreza abundavam como um “proletariado clerical”. Os mosteiros, igualmente, ressentiam-se da interferência e das exações dos bispos; e, por sua vez, eram de frouxa observância, com consequentes dissensões internas. Por isto, muitos membros do clero, tanto diocesano como regular, estavam prontos para jogar fora as suas batinas e para seguir o ainda mais atenuado Evangelho de Lutero. Entre os pequenos príncipes alemães reinava o ciúme e a anarquia, e eles estavam mais do que prontos para as guerras de religião que em breve deviam seguir-se. Os camponeses, espezinhados e miseráveis, pensavam também poder ganhar muito com a revolução protestante, embora na realidade viessem a achar-se logrados e trucidados.

10. O poder do Romanismo não foi quebrado por Martinho Lutero, de imoral memória?

Martinho Lutero é, sem dúvida, uma figura saliente na história. Mas, conforme o expliquei, a situação toda constituía o momento histórico em que um homem podia desencadear à tempestade. Enquanto isso, a memória imortal de Lutero tornar-se-á cada vez menos grata à medida que os fatos a ele concernentes forem sendo mais conhecidos. Os que o idealizam só podem fazê-lo ignorando uma imensa soma de informação inconveniente.

11. Sem dúvida os historiadores católicos têm pintado Lutero com as cores mais negras.

Estou de pleno acordo em admitir que muitos escritores católicos deram uma informação deturpada sobre Lutero, tal qual como livros escritos por protestantes têm dado uma visão deturpada da posição católica – e em extensão muito maior. Mas, ainda assim, digo que um estudo imparcial da história só pode é desacreditar Lutero como reformador religioso. 

Santo Afonso Rodrigues


Afonso Rodrigues nasceu na Espanha, em 25 de julho de 1532. Pertencia à uma família pobre e profundamente cristã. Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé. A primeira provação foi a morte do pai. Diante da ausência paterna, Afonso assumiu os negócios da família. 

Com 23 anos Afonso casou-se e o seu matrimônio gerou dois filhos. Mas aí veio a segunda provação: sua esposa adoeceu gravemente e faleceu. Em seguida seus filhos também faleceram. A perda da família fez Afonso descuidar-se dos negócios. 

Afonso entrou então numa profunda crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou e meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente à serviço de Deus servindo os semelhantes. Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571 e um noviciado de sucesso, foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas na ilha de Maiorca. 

No colégio exerceu somente a simples e humilde de porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura. 


Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Afonso Rodrigues, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 

domingo, 30 de outubro de 2016

O Dia Nacional da Proclamação do Evangelho


Pela lei 13.246 de 13/ 01/ 2016 foi substituída a festa chamada de Samhain (fim do outono) mais conhecida como o dia das bruxas ou Halloween, como se denomina nos EEUU, pelo Dia Nacional da Proclamação do Evangelho, a ser comemorado no 31 de outubro. 

Nos alegra muito pois a nossa cultura é vitalmente cristã, e as tradições druidas e célticas não pertencem a nossa matriz religioso-espiritual, tratando-se apenas de um mimetismo da indústria midiática e cultural. Esta comemoração reúne a todos os cristãos pois em razão do batismo assumimos o direito-dever de anunciar e testemunhar o Evangelho. 

Para os católicos e luteranos e também em chave ecumênica envolvendo a todos os que promovem a unidade dos cristãos, esta data lembra a assinatura do acordo sobre a doutrina da justificação no dia 31 de outubro de 1999. Esta caminhada nos faz olhar com uma perspectiva mais esperançosa e alvissareira rumo a comemoração dos 500 anos da Reforma que vai acontecer em 2017.

É importante assinalar que o processo histórico denominado como Reforma tem antecedentes que vão desde Cluny, passando pelos mendicantes, a devotio moderna, com muitas nuances e movimentos, fazendo lembrança da frase conciliar Ecclesia semper reformanda. Por primeira vez será lembrada conjuntamente por católicos e luteranos, mostrando que estamos fazendo um caminho muito edificante, que vai do conflito para a comunhão, como se intitula a Carta da Comissão Católico-Luterana que prepara esta comemoração conjunta.