Pela lei 13.246 de
13/ 01/ 2016 foi substituída a festa chamada de Samhain (fim do outono) mais
conhecida como o dia das bruxas ou Halloween, como se denomina nos EEUU, pelo
Dia Nacional da Proclamação do Evangelho, a ser comemorado no 31 de outubro.
Nos alegra muito pois a nossa cultura é
vitalmente cristã, e as tradições druidas e célticas não pertencem a nossa
matriz religioso-espiritual, tratando-se apenas de um mimetismo da indústria
midiática e cultural. Esta comemoração reúne a todos os cristãos pois em razão
do batismo assumimos o direito-dever de anunciar e testemunhar o
Evangelho.
Para os católicos e luteranos e também em
chave ecumênica envolvendo a todos os que promovem a unidade dos cristãos, esta
data lembra a assinatura do acordo sobre a doutrina da justificação no dia 31
de outubro de 1999. Esta caminhada nos faz olhar com uma perspectiva mais
esperançosa e alvissareira rumo a comemoração dos 500 anos da Reforma que vai
acontecer em 2017.
É importante assinalar que o processo
histórico denominado como Reforma tem antecedentes que vão desde Cluny,
passando pelos mendicantes, a devotio moderna, com muitas nuances e movimentos,
fazendo lembrança da frase conciliar Ecclesia semper reformanda. Por primeira
vez será lembrada conjuntamente por católicos e luteranos, mostrando que
estamos fazendo um caminho muito edificante, que vai do conflito para a
comunhão, como se intitula a Carta da Comissão Católico-Luterana que prepara
esta comemoração conjunta.
O ano de 2017 terá uma densidade ecumênica
muito forte, pois nos fará descobrir novas perspectivas sobre Martinho Lutero e
a Reforma, trazendo o resultado da pesquisa histórica mais recente, uma resenha
dos temas básicos da teologia de Lutero à luz dos diálogos luterano-católicos,
uma avaliação do passado com o reconhecimento das duas Igrejas pelos pecados
contra a unidade, e finalmente um empenho maior no ecumenismo e na missão
conjunta de testemunhar o Evangelho com a alegria, da graça e da liberdade
cristãs, a serviço dos pobres, da pessoa humana e da integridade de toda a
Criação. Deus seja louvado!
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
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