quarta-feira, 30 de novembro de 2016

STF dá golpe e diz: “Aborto até o terceiro mês não é crime”.


A maioria da primeira turma do STF (Supremo Tribunal Federal) firmou o entendimento, nesta terça-feira (29), de que praticar aborto até o terceiro mês de gestação não é crime. Votaram favoráveis a este entendimento os Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Edson Fachin.

O golpe do Supremo no judiciário se deu ao julgar um habeas corpus da prisão preventiva de cinco pessoas que trabalhavam numa clínica clandestina de aborto em Duque de Caxias (RJ).

A decisão é tal sorte sórdida que pode ser considerada um marco na descriminalização do aborto no Brasil, desde que no início da gravidez.

O ministro legislador Gilberto Barroso deu seu voto favorável indicando a autonomia da mulher, a sua integridade física e psíquica, seus direitos sexuais e reprodutivos e a igualdade de gênero. “Na medida em que é a mulher que suporta o ônus integral da gravidez, e que o homem não engravida, somente haverá igualdade plena se a ela for reconhecido o direito de decidir acerca da sua manutenção ou não”, escreveu o ministro sobre o direito à igualdade de gênero. A toda essa cartilha de esquerda, Barroso anexa que a criminalização do aborto causa uma discriminação contra as mulheres pobres, que não podem recorrer a um procedimento médico público e seguro, enquanto as que têm condições pagam clínicas particulares.

Foram omissos à questão do aborto Marco Aurélio e Luiz Fux. Ambos assistiram o manifesto ideológico do relator sem nada dizer. Contudo, dando o assentimento ao assassinato ao revogar as prisões preventivas, com base apenas na ausência dos requisitos legais para mantê-las. 

Encontramos o Messias


André, tendo permanecido com Jesus e aprendido com ele muitas coisas, não escondeu o tesouro só para si mas correu depressa à procura de seu irmão, para fazê-lo participar da sua descoberta. Repara o que lhe disse: Encontramos o Messias (que quer dizer Cristo) (Jo 1,41). Vede como logo revela o que aprendera em pouco tempo! Demonstra assim o valor do Mestre que o persuadira, bem como a aplicação e o zelo daqueles que, desde o princípio, já estavam atentos. Esta expressão, com efeito, é de quem deseja intensamente a sua vinda, espera aquele que deveria vir do céu, exulta de alegria quando ele se manifestou, e se apresa em comunicar aos outros a grande notícia.

Repara também a docilidade e a prontidão de espírito de Pedro. Acorre imediatamente. E conduziu-o a Jesus (Jo 1,42), afirma o Evangelho. Mas ninguém condene a facilidade com que, não sem muita reflexão, aceitou a notícia. É provável que o irmão lhe tenha falado pormenorizadamente mais coisas. Na verdade, os evangelistas sempre narram muitas coisas resumidamente, por razões de brevidade. Aliás, não afirma que acreditou logo, mas: E conduziu-o a Jesus (Jo 1,42), e a ele o confiou para que aprendesse com Jesus todas as coisas.Estava ali, também, outro discípulo que viera com os mesmos sentimentos.

Se João Batista, quando afirma: Eis o Cordeiro e batiza no Espírito Santo (cf. Jo 1,29.33), deixou mais clara, sobre esta questão, a doutrina que seria dada pelo Cristo, muito mais fez André. Pois, não se julgando capaz de explicar tudo, conduziu o irmão à própria fonte da luz, tão contente e pressuroso, que não duvidou sequer um momento.




Das Homilias sobre o Evangelho de João, de São João Crisóstomo, bispo (Hom. 19,1: PG 59,120-121)             (Séc.IV)

A grande diferença que uma pequena imagem do Sagrado Coração pode fazer


Quando minha esposa e eu fomos acolhidos na Igreja Católica, há cinco anos, recebemos um presente: um retrato emoldurado de Jesus. Nele, Jesus segura a mão direita para cima, como se dando uma bênção, e sobre o peito o seu coração está exposto para todo mundo ver. Na época, eu gostei da imagem e apreciei o presente. Desde então, mudamos algumas vezes, e eu sempre pendurei a imagem em um lugar de destaque na parede, porque, para nós, é reconfortante. Ele ajuda a tornar a casa um lar e nos lembra que Deus está cuidando de nossa família.

Mas eu nunca percebi o quão especial verdadeiramente era esta imagem até recentemente. Esta imagem particular, muitas vezes referida como O Sagrado Coração de Jesus, pendurada também nas paredes de inúmeras outras casas. Uma amiga, Christine, diz da imagem: “Eu muitas vezes rezo diante da imagem, sentindo que Ele está conosco”. Nesta época do ano, quando os cristãos fazem uma pausa para lembrar o Sagrado Coração, gostaria de saber se outros também estão tirando um momento para olhar suas imagens e sentir que Deus está olhando por eles.


O Sagrado Coração é popular por causa de uma mulher chamada Margarida Maria Alacoque, que, no ano de 1673, teve uma visão de Jesus em que ela descansou a cabeça em seu coração. Ele lhe disse: “Eis o Coração que tem amado tanto as pessoas a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor”. Quando eu aprendi sobre a origem da imagem e entendi que o coração de Jesus representa o seu amor, tornou-se ainda mais significativo. Aqui está uma imagem do Deus que me ama tanto, que está disposto a morrer para que eu pudesse viver, e que está conosco até mesmo em nossas casas.

Jesus também deu a Margarida Maria Alacoque 12 promessas. Um delas me chamou a atenção: “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”Nossa casa é um hospício. Ontem à noite, sozinho, nosso filho menor pegou água do vaso sanitário e derramou por toda parte, as duas filhas mais velhas pegaram um fósforo gritando que colocariam fogo em uma escova de plástico; e os dois meninos exigiam que eu os ensinasse “habilidades com canivetes”. 

Santo André, Apóstolo


Hoje a Igreja está em festa, pois celebramos a vida de um escolhido do Senhor para pertencer ao número dos Apóstolos.

Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus, e de início foi discípulo de João Batista até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e com São João, começou a segui-lo, por isso André é reconhecido pela Liturgia como o “protocleto”, ou seja, o primeiro chamado: “Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!”

Santo André se expressa no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus; entre o menino do milagre da multiplicação dos pães e Cristo; e, por fim, entre os gentios (gregos) e Jesus Cristo.

Aparece no episódio da multiplicação dos pães, onde depois da resposta de Felipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes (Jo 6,8-9). 

André participou da vida pública de Jesus, estava presente na Última Ceia, viu o Cristo Ressussitado, testemunhou a Ascenção e estava presente em Pentecostes. 

Conta-nos a Tradição que depois de receber a Efusão do Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro.

Apóstolo da coragem e alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X, a qual recebeu do santo este elogio:“Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”.


Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X". Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua festa.

Ó Deus, que a vossa Igreja exulte sempre no constante louvor do Apóstolo Santo André, para que, sustentada por sua doutrina e intercessão, seja fiel a seus ensinamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.


Santo André Apóstolo, rogai por nós!

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Papa e CNBB prestam solidariedade às famílias dos envolvidos em tragédia na Colômbia


Após a tragédia do avião que caiu na Colômbia nesta madrugada, no qual morreram mais de 70 pessoas, o Papa Francisco expressou seu profundo pesar, assim como sua proximidade e orações pelas vítimas e seus entes queridos.

No avião, que ia de Santa Cruz (Bolívia), viajava a equipe brasileira da Chapecoense, que ia disputar a final da Copa Sul-Americana na quarta-feira com o Atlético Nacional de Medellín. Também viajavam 21 jornalistas.

O avião caiu por volta das perto do município La Unión, em Atioquia, quando se registrava um clima complicado, segundo informou a Aeronáutica Civil da Colômbia.

Em uma mensagem enviada ao Bispo de Sonsón Rionegro, Dom Fidel León Cadavid, através da Secretaria de Estado do Vaticano, assinala-se que “o santo Padre, profundamente triste ao saber da dolorosa notícia do grave acidente aéreo que ocasionou inúmeras vítimas, eleva orações pelo eterno descanso dos falecidos”.

Do mesmo modo, roga a vossa excelência que transmita o sentido pêsame de Sua Santidade aos familiares e a quantos choram tão sensível perda, junto com expressões de afeto, solidariedade e consolo aos feridos e atingidos pelo trágico ocorrido”, acrescenta.

Por sua parte, o Bispo de Sonsón Rionegro também divulgou um comunicado no qual lamenta a morte das mais de 70 pessoas no acidente aéreo.

“Expressamos nosso mais profundo sentimento de dor às famílias das pessoas que perderam a vida neste acidente fatal; animamos os sobreviventes e todos os esportistas do mundo a seguir, como disse o Papa Francisco, na construção de um mundo mais fraterno e solidário através do esporte”, assinala o comunicado do Bispo.

O Prelado expressou votos de que “Deus abençoe e acompanhe as famílias dos defuntos e lhe dê o consolo nesta situação difícil; aos sobreviventes e a todos os que fazem parte desta família desportiva, fortaleça neste momento de dor e pronta recuperação. A todos nos abençoe o Pai, o Filho e o Espírito Santo”.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou carta ao bispo da diocese de Chapecó, dom Odelir José Magri. O texto é assinado pelo secretário geral da entidade, dom Leonardo Steiner.

Na carta, a entidade manifesta pesar a todas as famílias e comunidades da diocese. Além disso, presta solidariedade e oferece preces aos familiares e amigos das vítimas. “Recomendamos a vida dos falecidos à misericórdia de Deus”, lê-se em um trecho. 

Confira, abaixo, a carta na íntegra: 

A onda de secularização que assola os países da América Latina


O aborto, o casamento gay e os ataques à liberdade religiosa são realidades que o Uruguai, Chile e Argentina têm em comum e que desafiam diretamente a família e o direito inalienável à vida de toda pessoa. O Grupo ACI conversou com alguns representantes da sociedade civil para conhecer esta realidade mais de perto e propor alternativas a respeito.

Uruguai: Aborto e ausência de Deus

No Uruguai, o aborto está despenalizado até as 12 semanas de gravidez e, segundo cifras de 2015 do Ministério de Saúde Pública, são praticados aproximadamente 780 abortos por mês.

A ideologia de gênero teve mais força em 2013, quando o Uruguai se tornou o segundo país na América Latina a autorizar o casamento gay e, em 2014, com a Guia “Educação e Diversidade Sexual”, na qual incentivam a população a “sair do armário”, “desconstruir o modelo tradicional de família e favorecer a construção de novos modelos”.

Além disso, o Estado vive um profundo processo de secularização há mais de 100 anos, o qual constitui um desafio para os católicos que procuram manifestar a sua fé na esfera pública.

Um exemplo disso é a solicitação da Igreja em Montevidéu para instalar uma imagem da Virgem Maria em um lugar público, algo que causou reclamações de algumas pessoas que asseguram que afetará a laicidade do país.

Frente a este panorama, a secretária executiva da Comissão Nacional para a Pastoral Familiar e a Vida do Episcopado do Uruguai, Gabriela López, advertiu sobre as “correntes ideológicas, educativas e pressões internacionais muito fortes sobre nossos países para que tomemos determinadas formas, programas e metas, que muitas vezes são contra o que a Igreja propõe”.

“Todos estes anti-valores propostos pelo Estado evidentemente geram uma quebra e, quando a Igreja começa a dizer estas coisas, pedem para que fique calada e volta à esfera privada”, disse ao Grupo ACI.

“Hoje não há laicidade, mas laicismo. A laicidade respeitava todas as crenças, mas hoje é a absoluta ausência de religião e, além do mais, eu diria que é até anticlerical”, afirmou López.

Apesar disso, “vem sendo criado a nível social um movimento, não só católico, que vê que isto não nos convém e tentamos levar avante esta sociedade de uma maneira distinta, educando em virtudes, em valores, promovendo outros critérios, como o papel irrenunciável dos pais como os primeiros educadores”, observou. 

“Guardem a minha aliança”: o arrepiante pedido do sobrevivente Alan Ruschel.


O lateral-esquerdo da Chapecoense Alan Ruschel, um dos cinco sobreviventes da tragédia com o avião que levava o time de futebol até Medellín, perguntava insistentemente pela famíliaquando chegou, em estado de choque, ao hospital da cidade colombiana de La Ceja, a mais próxima do local do acidente.

Alan fez um pedido comovente à equipe do hospital antes de entrar na sala de cirurgia: ele pediu apenas que guardassem bem a sua aliança de casamento.

Amanda, a esposa do atleta, comunicou através de sua conta na rede social Instagram que o estado de saúde de Alan é “estável”:

Graças a Deus o Alan está no hospital, estado estável. Estamos orando por todos que ainda não foram socorridos, e força para todos os familiares. Situação complicada, difícil. Só Deus para dar força mesmo. Obrigada, Deus”.


CNBB manifesta veemente repúdio à anistia do "Caixa dois".


NOTA DE REPÚDIO À ANISTIA DO "CAIXA DOIS"

"...nada acontece em segredo que não venha a se tornar público" (Mc 4,22)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através de sua Presidência, manifesta veemente repúdio a qualquer iniciativa que vise anistiar o crime de “caixa dois”, ou mesmo, abrandar suas penalidades. 

Vivemos uma profunda desconfiança institucional no país, particularmente com relação aos Poderes da República. Notícias de que estaria sendo gestado, na Câmara Federal, um acordo para anistiar o crime de “caixa dois” foram recebidas com indignação pelo povo brasileiro. A reação da população é sinal de que a mesma vem acompanhando com mais atenção a vida política.

A CNBB sempre participou, com outras instituições democráticas, do esforço por valorizar a consciência política. Prova disso é a coleta de assinaturas em apoio aos projetos de iniciativa popular que resultaram na Lei 9840/1999, “Lei contra a compra de votos”, e na Lei Complementar 135/2010, “Lei da Ficha Limpa”. Mais recentemente, participou do movimento que pediu e conquistou a inconstitucionalidade do financiamento empresarial das campanhas eleitorais.