Segundo os Evangelhos, Jesus nosso Senhor anunciou
e trouxe a este mundo o Reinado do Pai, convidando Seus ouvintes à conversão.
Esta, a conversão, é uma ideia central do cristianismo.
Mas, que significa, realmente, converter-se?
Mudar de rumo, mudar de atitude, de modo de ver, sentir, pensar, agir...
Mas, gostaria de colocar outra questão:
Qual o critério da conversão?
Em outras palavras: se para alguém converter-se,
deve mudar de uma atitude para outra, qual o critério de tal mudança?
Como saber o que mudar e para qual direção apontar?
Uma vez mais: qual o critério?
O critério é a Palavra de Deus revelada em Jesus
Cristo e anunciada, geração após geração, pela Igreja, sustentada pelo Espírito
do Cristo ressuscitado.
Somente escudando o Senhor, Nele pensando, contemplando-O, observando Seus modos, Sua vida, Suas atitudes, Seus apelos, apreendendo Seus sentimentos, comungando com Ele nos sacramentos por Ele instituídos na Sua Igreja, somente assim, abertos para o Senhor, poderemos perceber o que Ele espera de nós, a que destino, a que objetivo nos quer levar.
Olhando o Senhor e, depois, nos olhando, descobrimos a defasagem entre o que Ele espera de nós e o que nós somos de fato.
À Sua luz contemplamos a luz verdadeira e percebemos nossas incoerências, infidelidades e egoísmos...
Nasce, daí e aí, a compunção, aquela dor no coração, aquele aperto na alma, por não termos sido generosos para com Deus. O coração compungido é o coração ferido de amor, de pesar por não ter sido fiel ao Deus que tanto nos ama. Brota, então, o sincero arrependimento e o verdadeiro pedido de perdão, sem máscaras, sem desculpas esfarrapadas: Senhor Jesus Cristo, tem piedade de mim, pecador!