terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Dois sacerdotes foram atacados na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma


Dois sacerdotes ficaram feridos durante o ataque de um homem com antecedentes por drogas e que recentemente havia abandonado um centro de reabilitação, perpetrado dentro da Basílica Santa Maria Maior, uma das quatro basílicas papais de Roma.

A Basílica Santa Maria Maior é o lugar aonde o Papa Francisco costuma se dirigir antes e depois de suas viagens internacionais para rezar ante o ícone da devoção mariana da Salus Populi Romani, a protetora do povo romano.

O atacante, um italiano natural da cidade de Roccasecca (região de Lácio) tem 42 anos, é conhecido como Renzo Cerro. Ele invadiu a sacristia da Basílica com uma garrafa de vidro quebrada e atacou as duas vítimas sem dizer nem uma palavra diante dos fiéis e turistas que estavam dentro da igreja naquele momento.

Uma patrulha da polícia, localizada na praça de Dante, foi até a Basílica e encontrou o agressor, que apresentava uma alteração e, supostamente, sofre de problemas psicológicos.

As duas pessoas atacadas foram o Pe. Angelo Gaeta, sacristão da basílica, e o Pe. Adolfo Ralph, da Fraternidade da Imaculada.

As duas vítimas foram levadas ao Policlínico Umberto I com diversos ferimentos, alguns deles no rosto. Embora não estejam correndo perigo, estão em estado de choque. O Pe. Gaeta está em estado grave, com um corte profundo da maçã do rosto até o queixo. 

Está dentro de nós a força do amor


O amor de Deus não se aprende com normas e preceitos. Assim como não é preciso ensinar-nos a gozar da luz, a desejar a vida, a amar os pais ou educadores, assim também, e com maior razão, o amor de Deus não procede de uma disciplina exterior, mas é na própria constituição natural do homem que está inserida, como que em germe, uma força espiritual que contém em si a capacidade e a necessidade de amar. Esta força espiritual inata é depois cultivada diligentemente e alimentada sabiamente na escola dos preceitos divinos, que, com a ajuda de Deus, a conduz à perfeição.

Por isso, conhecendo o vosso desejo de chegar a esta perfeição, com a ajuda de Deus e das vossas orações nos esforçamos, na medida em que no-lo permite a luz do Espírito Santo, por avivar a centelha do amor divino escondida em vosso interior.

Digamos em primeiro lugar que Deus nos comunicou previamente a força e capacidade para cumprir todos os preceitos, e por isso não há razão para os encarar de má vontade como se de nós fosse exigido algo superior às nossas forças, nem para nos orgulharmos como se retribuíssemos mais do que aquilo que nos foi dado. Se fazemos bom uso destas energias recebidas, levaremos com amor uma vida cheia de virtudes; mas, se fazemos mau uso delas, viciamos a sua finalidade.

Nisto consiste precisamente o vício: usar mal, e contra os preceitos divinos, das faculdades que o Senhor nos concedeu para fazer o bem; ao contrário, a virtude, que é o que Deus pede de nós, consiste em usar dessas faculdades com reta consciência, segundo a vontade do Senhor.

Sendo isto assim, o mesmo podemos afirmar da caridade. Tendo recebido o preceito de amar a Deus, na nossa própria natureza possuímos a força e a faculdade de O amar; não é preciso demonstrá-lo com argumentos exteriores, mas qualquer de nós o pode experimentar por si mesmo e em si mesmo. Por instinto natural desejamos o que é bom e belo, embora nem a todos pareçam boas e belas as mesmas coisas; do mesmo modo, sem que ninguém no-lo tenha ensinado, amamos aqueles que nos são mais próximos por parentesco ou convivência e espontaneamente mostramos simpatia para com os nossos benfeitores.

Pergunto então: que há de mais admirável que a beleza divina? Que pensamento é mais agradável e suave que a magnificência de Deus? Que desejo de alma é tão forte e veemente como o que Deus infunde na alma purificada de todo o vício e que diz com verdadeiro afeto: Estou ferida de amor? Como são inefáveis e inenarráveis os esplendores da beleza divina!


Da Regra monástica maior de São basílio Magno, bispo

(Resp. 2, 1; PG 31, 908-910) (Sec. IV)

Guardai-vos dos falsos profetas! (Mt 7,15a).


Fico impressionado, ao ver um simples mortal ousar fundar uma religião e uma igreja. Parece-me até brincadeira. Com que autoridade? Com que direito? Só mesmo a soberba humana pode explicar isto.

Os fundadores de religiões são homens, na maioria das vezes problemáticos, embotados de iluminismo, exibicionismo, messianismo, às vezes charlatanismo…

Na maioria das vezes usa-se da boa fé do povo simples, que, às vezes desesperados com os seus problemas, caem nos laços desses malvados. Jesus os chamou de falsos profetas e lobos vorazes (Mt 7, 21).

Os Evangelhos narram os grandes milagres de Jesus. Assim Ele provou-nos que é Deus. Provou que é Deus e deu a maior prova de amor que alguém pode dar: deu a Sua vida por nós! Se a nossa vida não tem preço, quanto vale, então, a vida do “autor da Vida”? No entanto, essa Vida, de valor infinito, Ele a deu por nós, por mim e por você. Só Ele tem o poder e a autoridade de fundar A Religião e A Igreja. O resto é falsidade, loucura de homens que ficaram cegos pela própria soberba.


É o caso de se perguntar: Será que algum desses pretensos “iluminados” provou que era Deus e morreu pelos seus adeptos e discípulos numa cruz? Consta que Buda ressuscitou? Consta que Maomé ressuscitou? Consta que o reverendo Moon, aceitou ser pregado numa cruz? Será que o Sr. Martinho Lutero provou a sua divindade? Será que João Calvino, João Knox, John Smith, John Weley, Joseph Smith, Charles Ruzzel, Charles Parham, etc, provaram que eram deuses? Nada consta. Será que os Srs. Edir Macedo, Confúcio, Lao Tsé, Massaharu Taniguchi, Meishu Sama, David Brandt, Helena Blavastky, etc, etc, etc, podem ser comparados com Jesus Cristo?… Que loucura! Que soberba! Quanta ofensa Àquele que disse: “Eu  sou  a luz  do  mundo!” (Jo 8,12). “Antes  que Abrãao existisse, Eu Sou” (Jo 8,58).

Como dói, jovem, ver milhões e milhões enganados, saindo da Luz para viver nas trevas do erro. Ele já nos tinha avisado: “Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós com vestes de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes” (Mt 7,15). 

A água e o Espírito*


Jesus foi ter com João e recebeu dele o Batismo. Admirável realidade! O rio infinito, que alegra a cidade de Deus, com um pouco de água é batizado. A fonte inexaurível e perene, que alimenta a vida de todos os homens, imerge num pequeno e fugaz curso de água. 

Aquele que está presente sempre e em toda a parte, Aquele que é incompreensível aos Anjos e invisível aos homens, vem receber o Batismo por sua própria vontade. E eis que se Lhe abriram os céus e ouviu-se uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, no qual pus toda a minha complacência.

O amado gera o amor, e a luz imaterial gera uma luz inacessível. Este é o que chamam filho de José e é também o meu Unigênito segundo a essência divina. 

Este é o meu Filho amado. Passa fome e dá de comer a multidões inumeráveis; fatiga-Se e reconforta os fatigados; não tem onde reclinar a cabeça e tudo sustenta com sua mão; sofre e dá remédio a todos os sofrimentos; é esbofeteado e dá ao mundo a liberdade; é ferido no seu lado e cura o lado de Adão. 

Prestai-me muita atenção: quero recorrer à fonte da vida, quero contemplar a nascente donde brotam as medicinas. 

O Pai da imortalidade enviou ao mundo o seu Filho e Verbo imortal, que veio ao encontro dos homens para os lavar com a água e o Espírito; e, para os regenerar com a incorruptibilidade da alma e do corpo, insuflou em nós o espírito de vida e revestiu-nos da armadura incorruptível. 

Portanto, se o homem se tornou imortal, também será divinizado. E se é divinizado pela regeneração do Batismo na água e no Espírito Santo, também será herdeiro com Cristo depois da ressurreição de entre os mortos. 

Por isso proclamo com voz de arauto: Vinde, todas as tribos dos povos à imortalidade do Batismo. Esta é a água unida ao Espírito, com que se rega o paraíso e se fecunda a terra, crescem as plantas e se multiplicam os animais; em resumo, esta é a água pela qual o homem regenerado recebe nova vida, com a qual Cristo foi batizado, sobre a qual desceu o Espírito Santo em forma de pomba. 

Quem desce com fé a este banho de regeneração renuncia ao diabo e entrega-se a Cristo; renega o inimigo e confessa que Cristo é Deus; renuncia à escravidão e reveste-se da adoção; sai do Batismo resplandecente como o sol, despedindo raios de justiça; e, o que é mais que tudo, volta na condição de filho de Deus e herdeiro com Cristo. 

A Ele a glória e o poder, com o seu Espírito santíssimo, bom e vivificante, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.


Do Sermão atribuído a Santo Hipólito, presbítero, sobre a santa Teofania 
(Nn. 2. 6-8. 10: PG 10, 854. 858-859. 862) (Sec. III)
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*Terça-feira após a Epifania do Senhor

São Gonçalo do Amarante


Na freguesia do divino salvador de Tagilde, situada no coração do Minho que é um povoado muito antigo, as margens das caldas de Vizela, em Portugal. Nasceu em 1200, Gonçalo Pereira, o nosso São Gonçalo de Amarantes.

Seus pais, pelo que se sabe, eram nobres. Gonçalo Pereira era também o nome de seu pai. Conta-se também, que ao ser batizado, no exato momento do derramamento da água, o pequeno Gonçalo fixou os olhos na imagem de Jesus Crucificado, levantou os bracinhos e fez um gesto como querendo abraçá-lo, o que causou admiração a todos.


Desde a mais tenra idade, recebe de seus pais as primeiras noções básicas da religião, e um intenso amor a Jesus e sua mãe Maria Santíssima.


No mosteiro beneditino de Tagilde concluiu o 1º ciclo de estudos, destacando-se como aluno brilhante, sendo em seguida admitido para estudos no Paço de Braga, sob direção dos monges beneditinos.


Com o passar dos anos, o jovem Gonçalo sente-se chamado a viver a plenitude do amor de Deus, na entrega total de sua vida ao senhor, como sacerdote.


Foi ordenado sacerdote pelo arcebispo de Braga, Dom Estevão Soares, e pouco depois foi nomeado pároco da abadia de São Paio de Riba-Vizela. Como pároco foi incansável, teve uma vida intensa no ministério paroquial. Conquistar almas para Jesus, suprir as necessidades espirituais e materiais de seu rebanho eram prioridade do jovem padre Gonçalo.
Depois de alguns anos como pároco, decidiu, como peregrino andante, visitar Santiago de Compostela, Roma e a Terra Santa. Assim viveu 14 anos e após este período resolveu voltar para Portugal.


Ao voltar, ficou desolado com o estado de sua paróquia, mal dirigida pelo seu sobrinho e que, além de tudo, o maltratou quando foi por ele repreendido. Decidiu tornar-se ermitão e construiu uma capela dedicada a Nossa Senhora, num lugar ermo, junto ao rio Tâmega, local onde hoje se encontra a cidade de Amarante, não deixando porem, de exercer suas funções sacerdotais junto a população da redondeza.


Desejando cada vez mais se aperfeiçoar nas virtudes cristãs, suplicou a Virgem Maria que lhe mostrasse o caminho da perfeição. Nossa Senhora lhe apareceu e o aconselhou a tomar o habito de São Domingos. Imediatamente dirigiu-se para Guimarães, ali fez o noviciado, e, após solene profissão, pediu ao prior para voltar ao eremitério de Amarante, onde com o auxilio de um companheiro dominicano, prosseguiu sua vida evangélica caritativa.


O rio Tamega era muito perigoso, principalmente durante as cheias do inverno, o que dificultava a vida dos moradores e paroquianos de Amarante. Frei Gonçalo resolveu edificar uma ponte, conforme local indicado por um anjo, sempre contando com a graça de Deus e com o trabalho dos moradores da região. Esta obra foi considerada, em sua época, algo impossível. Frei Gonçalo foi o arquiteto desta obra, na qual empregou o melhor de seus esforços. Por este feito, foi eleito o padroeiro dos engenheiros.


Num determinado momento de penúria da região, elevou seus olhos a Deus e traçando o sinal da cruz sobre as águas do rio o milagre aconteceu, e uma enorme quantidade de peixes apareceu para saciar a fome de todos por muitos dias.


Segundo a tradição, Frei Gonçalo era muito alegre, tocava viola e sua alegria era contagiante. Promovia festas familiares com danças e modas de viola. Vestia-se com roupas dos camponeses e operários da época: calção preso pouco baixo do joelho, meia preta, bota braguesa, chapéu na cabeça e capa nas costas; era essa a roupa de trabalho na construção da ponte.


Através de seus bailes familiares, impediu que as jovens fossem trabalhar nos prostíbulos da região para sobreviver, e assim todas conseguiam bons casamentos.

Frei Gonçalo tocava e dançava, porém em seus sapatos colocou pregos como penitencia, daí o surgimento da dança de São Gonçalo. Ninguém sabia o porque dele dançar todo torto.

Frei Gonçalo sempre promoveu o encontro de jovens, preparando-os para o matrimonio e mostrando a riqueza da santificação na vida conjugal.


Frei Gonçalo, o notável santo Português, morreu a 10 de janeiro de 1259, no seu humilde leito de palha do eremitério, confortado pelo companheiro de habito. Foi beatificado pelo Papa Julio III em 1561 e canonizado por Clemente XI. É invocado em Portugal e também aqui no Brasil, como padroeiro das mulheres, de todas as idades, que desejam um bom casamento.

Diz uma lenda, que a mulher que tocar o tumulo de São Gonçalo do Amarante, em Portugal, terá casamento garantido, dentro de no máximo, um ano.


O que devemos sempre buscar nos santos, são suas virtudes e seus exemplos. Somos convidados a viver em santidade independentemente do nosso estado de vida. “Sede Santos”.

Que o notável homem da santa alegria, São Gonçalo do Amarante, nos ensine que a alegria é um dom de Deus.




Ó admirável São Gonçalo! Gloria de Portugal, Luz de Amarante e de toda a Santa Igreja, apóstolo com todos os predicados e cheio da gloria de Deus, mártir do desejo, virgem puríssimo, vaso ungido de celestial pureza, espelho de perfeita humildade e sabedoria, é o gozo dos coros angelicais, terror dos hereges e dos espíritos infernais que o teu nome temem e tremem e com seus estupendos milagres e graças, é o refúgio e consolo de seus devotos. Hoje dou mil graças por tão singulares excelências que foi adornada tua alma puríssima e me alegro que agora sejas glorificado na pátria celestial em companhia do coro dos anjos. Ó milagroso Santo! Que por sua virtude o Divino Infante deu a vida temporal e espiritual a tantos mortos, vista a tantos cegos, ouvidos a tantos surdos, pernas aos aleijados, fala aos mudos e saúde a inúmeros enfermos, converte a nós para que se retire dos nossos corações as culpas que são a morte da alma e para que possamos ouvir as divinas aspirações e caminhemos com fervor a cumprir a Divina Vontade e a proferir o seu santo nome. Cure os doentes, sossega o rio, suste a ira do Senhor, redime os encarcerados, a miséria, recupere bens e membros perdidos, e dê saúde aos anciãos e afasta o perigo. São Gonçalo, eu tenho confiança na tua intercessão. Peça por mim junto ao Senhor para que eu consiga a especial graça da salvação de minha alma. Tudo para a maior gloria de Deus. Assim seja. Amém.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Papa analisa conjuntura mundial ao encontrar embaixadores


DISCURSO DO SANTO PADRE FRANCISCO
POR OCASIÃO DO ENCONTRO COM OS MEMBROS DO CORPO DIPLOMÁTICO
ACREDITADO JUNTO DA SANTA SÉ

Sala Régia
Segunda-feira, 9 de janeiro de 2017


Excelências, queridos Embaixadores, Senhoras e Senhores!

Dou-vos as boas vindas e agradeço a vossa presença tão numerosa e atenta neste encontro tradicional que nos permite trocar entre nós votos de que o ano, há pouco iniciado, seja um tempo de alegria, prosperidade e paz para todos. Expresso-os ao Decano do Corpo Diplomático, Sua Excelência o Senhor Armindo Fernandes do Espírito Santo Vieira, Embaixador de Angola, com um sentimento de especial gratidão pelas deferentes palavras de saudação que me dirigiu em nome de todo o Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, que recentemente se viu ampliado na sequência do estabelecimento de relações diplomáticas com a República Islâmica da Mauritânia, ocorrido há um mês. Desejo igualmente exprimir a minha gratidão aos numerosos Embaixadores residentes na Urbe, tendo o seu número aumentado durante o último ano, e também aos Embaixadores não residentes, que hoje, com a sua presença, pretendem sublinhar os vínculos de amizade que unem os seus povos à Santa Sé. Ao mesmo tempo, gostaria de deixar uma palavra de condolências ao Embaixador da Malásia, recordando o seu antecessor, Dato’ Mohd Zulkephli Bin Mohd Noor, falecido em fevereiro passado.

Ao longo do ano passado, as relações entre os vossos países e a Santa Sé puderam aprofundar-se ainda mais com as gratas visitas de numerosos chefes de Estado e de governo, muitas delas em concomitância com os vários eventos que constelaram o Jubileu extraordinário da Misericórdia, recentemente concluído. Vários foram também os Acordos bilaterais assinados ou ratificados, quer de carácter geral, visando reconhecer o estatuto jurídico da Igreja, com a República Democrática do Congo, República da África Central, Benim e com Timor-Leste, quer de caráter mais específico como o Avenant assinado com a França, ou a Convenção em matéria fiscal com a República Italiana, que entrou recentemente em vigor, e ainda o Memorando de Acordo entre a Secretaria de Estado e o Governo dos Emiratos Árabes Unidos. Além disso, na perspetiva do empenho da Santa Sé por respeitar as obrigações assumidas pelos acordos subscritos, foi também dada plena implementação ao Comprehensive Agreement com o Estado da Palestina, que entrou em vigor há um ano.

Egito: Suspeitos de atentado contra catedral onde morreram 28 cristãos são presos


O ministério do interior do Egito anunciou que a polícia prendeu quatro suspeitos de ter participado do atentado suicida perpetrado em dezembro de 2016 pelo Estado Islâmico (ISIS) contra a Catedral Copta de São Marcos, no Cairo, enquanto era celebrada Missa, no qual 23 pessoas morreram.

Segundo informou ‘AP’, na última quarta-feira o ministério divulgou um comunicado no qual assinalava que os suspeitos planejavam realizar outras “operações terroristas” e encontraram um deles com armas e explosivos.

Também assinalaram que entre os detidos está Karam Ahmed Abdel-Aal Ibrahim, um dos dois principais suspeitos do atentado contra a catedral copta. O outro é Mohab Mostafa el-Sayed Qassem, mais conhecido como “O Doutor”, o qual continua sendo procurado pelas autoridades. 

O batismo de Cristo*


Cristo é iluminado no batismo, recebemos com ele a luz; Cristo é batizado, desçamos com ele às águas para com ele subirmos.

João batiza e Jesus se aproxima; talvez para santificar igualmente aquele que o batiza e, sem dúvida, para sepultar nas águas o velho Adão. Antes de nós, e por nossa causa, ele que é Espírito e carne santificou as águas do Jordão, para assim nos iniciar nos sacramentos mediante o Espírito e a água.

João reluta, Jesus insiste. Eu é que devo ser batizado por ti (cf. Mt 3,14), diz a lâmpada ao Sol, a voz à Palavra, o amigo ao Esposo, diz o maior entre todos os nascidos de mulher ao Primogênito de toda criatura, aquele que estremecera de alegria no seio materno ao que fora adorado no seio de sua Mãe, o que era e seria precursor ao que já tinha vindo e de novo há de vir. Eu é que devo ser batizado por ti. Podia ainda acrescentar: e por causa de ti. Pois sabia que ia receber o batismo de sangue ou que, como Pedro, não lhe seriam apenas lavados os pés.

Jesus sai das águas, elevando consigo o mundo que estava submerso, e vê abrirem-se os céus de par em par, que Adão tinha fechado para si e sua posteridade, assim como o paraíso lhe fora fechado por uma espada de fogo.

O Espírito, acorrendo àquele que lhe é igual, dá testemunho da sua divindade. Vem do céu uma voz, pois também vinha do céu aquele de quem se dava testemunho. E ao mostrar-se na forma corporal de uma pomba, o Espírito glorifica o corpo de Cristo, já que este, por sua união com a divindade, é o corpo de Deus. De modo semelhante, muitos séculos antes, uma pomba anunciara o fim do dilúvio.

Veneremos hoje o batismo de Cristo e celebremos dignamente esta festa.

Permanecei inteiramente puros e purificai-vos sempre mais. Nada agrada tanto a Deus quanto o arrependimento e a salvação do homem, para quem se destinam todas as suas palavras e mistérios. Sede como luzes no mundo, isto é, como uma força vivificante para os outros homens. Permanecendo como luzes perfeitas diante da grande luz, sereis inundados pelo esplendor dessa luz que brilha no céu e iluminados com maior pureza e fulgor pela Trindade. Dela acabastes de receber, embora não em plenitude, o único raio que procede da única Divindade, em Jesus Cristo, nosso Senhor, a quem pertencem a glória e o poder pelos séculos dos séculos. Amém.


Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo
(Oratio in sancta Lumina, 14-16. 20:PG 36, 350-351. 354. 358-359) (Séc. IV)
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*Festa do Batismo do Senhor