sábado, 4 de março de 2017

Papa: "Modernizar a música nas igrejas, mas sem banalidades".


Na manhã de sábado (04/03), o Pontífice recebeu no Vaticano cerca de 400 participantes de um congresso internacional organizado pelo Pontifício Conselho da Cultura e a Congregação para a Educação Católica em Roma. “Música e Igreja: culto e cultura, há 50 anos da Musicam sacram” é o nome do evento, uma experiência de encontro, diálogo e reflexão sobre a música sacra e seus aspectos culturais e artísticos.

O objetivo do congresso foi aprofundar, do ponto de vista interdisciplinar e ecumênico, a relação atual entre a música sacra e a cultura contemporânea; entre o repertório usado pela comunidade cristã e as atuais tendências musicais. Foi analisada ainda a formação estética e musical do clero e dos leigos engajados na vida pastoral.

O discurso do Papa ao grupo        

Discursando ao grupo, o Papa Francisco lembrou que o primeiro documento elaborado pelo Concílio Vaticano II foi precisamente a Constituição sobre a liturgia Sacrosanctum Concilium. As Instruções nela contidas são ainda hoje atuais, principalmente a sua premissa: “A ação litúrgica tem uma forma mais nobre se celebrada em canto e com a participação dos fiéis”.   

Várias vezes, o Documento evidencia a importância da ‘teofania’ que se realiza em toda celebração eucarística em que o Senhor se manifesta em meio a seu povo, chamado a participar realmente da salvação atuada por Cristo, morto e ressuscitado.

“A participação ativa e consciente consiste em saber penetrar profundamente neste mistério, em saber contemplar, adorar e acolher; em sentir o seu significado, graças especialmente ao religioso silêncio e à ‘musicalidade da linguagem com que o Senhor nos fala’”.

Para o Papa, o desafio da Igreja neste campo é salvaguardar e valorizar o patrimônio herdado do passado utilizando-o com equilíbrio no presente e evitando o risco de uma visão ‘nostálgica ou arqueológica’. 

Qual a diferença entre o batismo de João Batista e o batismo cristão?


João Batista pregou um "batismo" de arrependimento, era algo simbólico.

Já o de Cristo nos confere a graça, e o Espírito Santo.

Alguns protestantes confundem o batismo de João Batista (antes do calvário) com o batismo dos apóstolos (depois do calvário).

(At 19,3): "Então em que batismo fostes batizados? perguntou Paulo. 
Disseram: no batismo de João."

(At 19,4): "Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo."

(At 19,5): "E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus."

O batismo do arrependimento é o batismo de João Batista:

(Mt 3,11): "E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento [...]”.

O batismo de Jesus (Mt 3,11): “Disse João: Eu vos batizo com água, em sinal de penitência, mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu [...] ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo."

As crianças são batizadas para apagar o pecado original e se tornarem membros do corpo de Cristo.

Novo Adão


A Igreja, celebrando o primeiro domingo da Quaresma, começa seu itinerário espiritual para chegar às alegrias pascais. Para isso, na oração de coleta, o sacerdote, unido com a toda comunidade, pede para que “possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa”. O binômio conhecer - santificar-se é, de fato, o caminho eclesial assumido na espiritualidade quaresmal. Através de uma contínua leitura orante da Escritura, os fiéis podem se deixar plasmar pela graça divina convertendo-se dos seus pecados e configurando-se ao Senhor.

O elenco de leituras pertencentes ao primeiro domingo da Quaresma se forma com as seguintes passagens escriturísticas: Gn 2,7 – 3,7 (a narrativa da desobediência de Adão e Eva); Sl 50 (oração de arrependimento do rei Davi); Rm 5,12-19 (a justificação em Cristo); e Mt 4,1-11(a tentação de Jesus no deserto). Elas foram escolhidas para servir como uma catequese bíblica sobre o tema do pecado e da salvação.

Na narrativa da desobediência de Adão e Eva, podemos encontrar a raiz do mal no coração do homem. Criado por Deus bom e livre, ele, pela influência enganadora da serpente, delibera em comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, atentando diretamente contra o preceito divino. A Igreja entendeu que tal atitude dos primeiros pais ocasionou uma ferida, chamada de pecado original. Desta forma, os homens estariam chagados e inclinados em sua vontade ao mal. Esta situação não poderia ser revertida pelas próprias forças humanas, mas apenas pela intervenção salvífica divina.

O salmo 50 possui como contexto o episódio da relação entre Davi e a mulher de Urias. O rei de Israel, arrependido do seu duplo pecado (adultério e assassinato), pede a Deus o seu perdão e o seu favor. Tal oração sálmica se tornou o modelo da prece elevada ao Senhor para expressar dor, arrependimento e vontade de conversão. Tudo isso, baseado no amor misericordioso divino que “não pune os homens conforme suas faltas nem os trata como exigem suas culpas” (Sl 102). Na liturgia deste domingo, esta peça se ajusta como resposta diante da narrativa do pecado de Adão e Eva. 

Pequenas coisas que partem do coração


Estimados Diocesanos! Neste tempo de Quaresma, a mãe Igreja propõe aos seus filhos e filhas a prática do jejum. A Bíblia Sagrada menciona o jejum de quarenta dias de Moisés, do profeta Elias e principalmente aquele de Jesus Cristo.

Moisés por dois períodos de quarenta dias esteve sobre a montanha de Deus fazendo jejum. Num primeiro momento, para receber as tábuas da lei; em um segundo, para aplacar a ira de Deus e implorar a sua misericórdia sobre o povo que tinha se afastado do Deus que o havia libertado da escravidão do Egito.

O jejum do profeta Elias é o jejum de quem caminha no deserto, de quem vai para um encontro com o Senhor. É o jejum que o prepara para encontrar-se com Deus, para escutar a sua voz e estar na sua presença.

O jejum dos quarenta dias de Jesus o prepara para combater contra o mal e assim obter a vitória sobre as tentações do inimigo, mantendo-se fiel à Palavra de Deus. Neste contexto, durante a Quaresma, os quarenta dias de jejum de cada cristão tem por finalidade a penitência para obter o perdão dos pecados, a preparação ascética para o encontro com Deus e para combater as tentações e o maligno, guiados pelo exemplo e pela ajuda de Jesus Cristo. 

Dispôs de seus tesouros segundo os preceitos do Altíssimo


Uma caridade quase inacreditável, não fingida mas sincera, inflava o coração de Casimiro no amor de Deus todo-poderoso, pela ação do Espírito divino. E de tal modo este amor transbordava espontaneamente para com o próximo, que não havia alegria maior, nada lhe era tão agradável quanto dar o que era seu e entregar-se inteiramente aos pobres de Cristo, aos peregrinos, aos doentes, aos prisioneiros e aos sofredores.

Para as viúvas, órfãos e oprimidos não era apenas tutor e defensor: era pai, filho e irmão.

Seria necessário escrever uma longa história, se quiséssemos narrar uma por uma as obras de caridade com que demonstrava seu amor para com Deus e os homens.

Dificilmente se poderá descrever ou imaginar o seu amor pela justiça, a sua temperança, a sua prudência, a sua constância e fortaleza de ânimo. E tudo isso, justamente naquela idade da juventude em que os homens costumam ser mais impetuosos e inclinados para o mal.

Lembrava diariamente ao pai o dever de governar com justiça o reino e povos que lhe estavam submetidos. E se, às vezes, ocorria que, por descuido ou fraqueza humana, alguma coisa era negligenciada no governo, nunca deixava de chamar com delicadeza a atenção do rei.

Abraçava e defendia como suas as causas dos pobres e infelizes; por isso o povo se pôs a chamá-lo “defensor dos pobres”. Apesar de filho do rei e de ascendência nobre, nunca se mostrou orgulhoso, no trato ou nas palavras, com qualquer pessoa, por mais humilde e pequena que fosse.

Sempre preferiu estar no meio dos humildes e pobres de coração – dos quais é o reino dos céus – a se ver entre os ilustres e poderosos deste mundo. Nunca ambicionou nem aceitou o poder, mesmo quando o pai lhe ofereceu. Temia, na verdade, que seu ânimo fosse ferido pelo aguilhão das riquezas, que nosso Senhor Jesus Cristo chamava de espinhos, ou pudesse ser contaminado pelo contágio das coisas terrenas.

Todos os de casa, seus camareiros e secretários, homens de grande valor, dos quais alguns ainda vivem, que o conheciam por dentro e por fora, afirmam e testemunham que ele viveu e se conservou virgem até o fim de seus dias.



Da vida de São Casimiro, escrita por um autor quase contemporâneo.

Por que os padres não podem se casar?


Será oportuno, antes do mais, reconstituir brevemente a histórico da questão.

Na Era Apostólica, São Paulo recomendava que o bispo fosse “marido de uma só esposa” (1Timóteo 3,3; Tito 1,6). Com isto, certamente não queria afirmar que todo bispo tinha a obrigação de ser casado, pois nesta hipótese contradiria à palavra do Senhor, que reconhece e preza “aqueles que se castraram (=se conservaram virgens) por causa do reino dos céus” (Mateus 19,12); contradiria também a si mesmo, visto que Paulo desejava aos fiéis “fossem todos como ele mesmo era” (1Coríntios 7,7), isto é, celibatários, a fim de se entregarem sem divisão ao serviço do Senhor (cf. 1Coríntios 7,32-34). Na verdade, o Apóstolo queria inculcar que, no século I da nossa era, quando as comunidades cristãs constavam de muitos adultos e casados recém-convertidos, não se escolhesse para o episcopado algum varão casado em segundas núpcias (bígamo em sentido lato); estas [segundas núpcias], com efeito, eram geralmente desaconselhadas (não, porém, condenadas) pela antiga Igreja, por parecerem uma expressão de incontinência.

Houve, pois, nos tempos iniciais do Cristianismo, bispos, sacerdotes e diáconos legitimamente casados; nenhuma lei lhes proibia o uso do matrimônio.

Mais frequentes, porém, desde os primórdios eram os clérigos que espontaneamente abraçavam o celibato. A razão disto era o conselho do Senhor que exortava à continência (“quem o pode entender, entenda” – Mateus 19,12); eram também os dizeres de São Paulo que, sem derrogar a santidade do matrimônio, afirmava ser a virgindade um estado superior, estado no qual se pode servir ao Senhor sem solicitude supérflua (cf. 1Coríntios 7,32-34).

No século IV esta praxe espontânea começou a ser sancionada por leis de concílios regionais, que visavam assegurar aos eclesiásticos os benefícios do celibato. Diversas, porém, foram as prescrições promulgadas no Oriente e no Ocidente.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Nicarágua: igreja protestante queima jovem viva em “ritual de exorcismo”.

Vilma Trujillo passou vários dias internada em estado grave antes de morrer

O Arcebispo de Manágua (Nicarágua), Cardeal Leopoldo Brenes, lamentou a morte de Vilma Trujillo, uma jovem que foi queimada em uma fogueira durante um “ritual religioso de exorcismo” em uma igreja protestante na Nicarágua.

Segundo ‘El Nuevo Diario’, a mulher de 25 anos morreu no último dia 2 em um hospital da capital com queimaduras em 80% do seu corpo. “Sofreu queimaduras de segundo e terceiro grau na cabeça, no tórax, no abdômen, nos membros superiores e inferiores”, indica o jornal.

Detidos pelo crime de Vilma Trujillo/ Foto: Cintya Tinoco Aráuz (Polícia Nacional da Nicarágua)

O “ritual de exorcismo” foi realizado pelo pastor Juan Gregorio Romero e outras quatro pessoas na igreja evangélica “Visión Celestial de las Assembleas de Deus”, no município de Rosita. Os cinco envolvidos foram detidos pelas autoridades.

Card. Müller sobre Mejugorje: "É preciso tempo. Futuro da Igreja não depende disto".


“Alguns exageram a importância destes fenômenos, quase como se fosse um dogma. Mesmo quando a Igreja declara-se a favor de acontecimentos deste gênero, nenhum católico é obrigado a ir até lá ou a acreditar nele”.

Foi o que afirmou o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Müller, ao comentar os fenômenos ocorridos em Medjugorje desde a década de 80 e que já atraíram 40 milhões de peregrinos.

Para um pronunciamento oficial do Vaticano sobre a veracidade das aparições – observou o Cardeal - “é necessário tempo. Neste momento, é mais importante se dedicar à pastoral e as confissões”.

Ao comentar as declarações do Bispo de Mostar, Dom Ratko Peric, que afirmou esta semana não reconhecer o fenômeno das aparições, o Cardeal Müller afirmou: “Sei que a Igreja local tomou esta decisão. Devemos no entanto dizer, que o futuro da Igreja não depende” nem de Medjugorje, nem “de conhecidos Santuários como Fátima e Lourdes: ajudam, podem ajudar a fazer mais presente a mensagem da penitência para o mundo de hoje”, mas a fé, é aquela que se vive na vida do dia-a-dia “na família, no trabalho, na paróquia”.

Sobre “o papel dos videntes devo dizer, como católico, que devemos concentrar-nos em Jesus cristo. Existe a sã mariologia, a veneração da Mãe de Deus, a veneração dos Santos. Existem possivelmente também algumas revelações privadas, mas estas não substituem a única revelação de Deus em Jesus Cristo”.