Hoje é chamado
Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor. A Liturgia evoca dois mistérios: a
entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, celebrada com a bênção e a procissão
dos ramos, e a paixão de Jesus Cristo com a proclamação do Evangelho da paixão
segundo São Mateus. Desta forma tem início a Semana Santa. Hoje se encerra a
Campanha da Fraternidade com o recolhimento, no momento das oferendas, das
doações em favor dos projetos de defesa da vida e preservação da criação. Não
esqueçamos que a Palavra de Deus que inspirou a Campanha da Fraternidade/2017
nos convida a “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15), como uma atitude
permanente.
Como
sabemos, a Semana Santa é a semana mais importante do ano, porque nela a Igreja
celebra os mistérios da paixão, morte e ressurreição do Senhor, numa palavra a
Páscoa do Senhor. O ponto alto é o tríduo pascal – Quinta-feira, Sexta-feira e
Sábado Santo. E a Vigília pascal está no centro não só da Semana Santa como do
Ano Litúrgico. Nesta noite santa da Vigília pascal, celebra-se a vida nova do
Cristo morto e ressuscitado que, entregando-se por amor na cruz, deu também a
vida nova aos cristãos. Por isso é que se diz que a Páscoa é a festa da Páscoa
de Cristo e dos cristãos. É assim como devemos entender o que afirma o apóstolo
Paulo quando ressalta que ressuscitamos com Cristo: “Quando Cristo, que é a
nossa vida, se manifestar, então nós também seremos manifestados com Ele em
glória” (Cl 3, 1-4).
Acompanhemos
Jesus entrando triunfalmente em Jerusalém, conforme nos conta São Mateus – Mt
21, 1-11. Mateus, que escreveu o seu Evangelho especialmente para os judeus
convertidos, diz que a entrada de Jesus em Jerusalém aconteceu da forma como
previu o profeta: “Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e
montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta”. Os discípulos
trouxeram um jumentinho e puseram sobre ele suas vestes, Jesus montou e foi
descendo do monte das Oliveiras à cidade, enquanto a numerosa multidão estendia
suas vestes pelo caminho e por ele espalhavam ramos de oliveira esperando Jesus
passar. As multidões que O acompanhavam gritavam: “Hosana ao filho de Davi!
Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!” Entrando em
Jerusalém, a cidade inteira se movimentou e diziam: “‘Quem é este homem?’ E as
multidões respondiam: ‘Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia’”. Não
sabia o povo, mas o sabia Jesus, que sua entrada triunfal em Jerusalém
terminaria no monte do Calvário, e que o fim daquele percurso seria a
cruz.