segunda-feira, 17 de abril de 2017

Santa Catarina Tekakwitha


Catarina nasceu em Auriesville, Nova Iorque (Estados Unidos), em 1656. Sua mãe era uma cristã membro da tribo algonquina, que tinha sido capturada pelos iroqueses e libertada por quem seria o pai de Tekakwitha, um chefe tribal Mohawk.

Quando ela tinha quatro anos, seus pais e seu irmão morreram pela epidemia de varíola. Por causa dessa mesma doença, ela ficou com o rosto desfigurado, a visão seriamente danificada e sob a responsabilidade de seus tios.

Aos seus 11 anos, Catarina conheceu a fé cristã quando chegaram ao seu povo os missionários jesuítas que acompanhavam os deputados mohicanos para assinar a paz com os franceses.

Embora tenha aceitado rapidamente, a jovem pediu para ser batizada aos 20 anos, enfrentando a oposição de sua família e para a recusa de sua comunidade. Teve que fugir de seu povo até chegar a algumas comunidades cristãs no Canadá.

Mais tarde, fez a Primeira Comunhão no dia de Natal e realizou o voto de castidade. Durante sua curta vida, manteve uma intensa devoção ao Bendito Sacramento.

Partiu para a Casa do Pai em 17 de abril de 1680, na Semana Santa daquele ano, e com apenas 24 anos. Após sua morte, o povo desenvolveu imediatamente uma grande devoção por ela e muitos peregrinos iam visitar sua tumba, em Caughnawaga.

Conta a tradição que as cicatrizes que a santa tinha no rosto sumiram depois que faleceu e que muitos enfermos que foram ao funeral se curaram.

Em 1884, o Pe. Clarence Walworth mandou erguer um monumento junto a sua sepultura e chegou a ser conhecida como “O Livro dos Mohawks”.

Santa Catarina foi beatificada por São João Paulo II, em 1980, e canonizada pelo Sumo Pontífice Emérito Bento XVI, em outubro de 2012.

Embora sua festa seja celebrada no dia 14 de abril nos Estados Unidos, no restante do mundo, de acordo com o martirológio, hoje se recorda santa Catarina Tekakwitha.



Concedei-nos, Senhor, o dom de Vos conhecer e amar sobre todas as coisas, a exemplo da vossa serva Santa Catarina Tekakwitha, para que, servindo-Vos com sinceridade de coração, possamos agradar-Vos com a nossa fé e as nossas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém

Papa Francisco expulsa sacerdote que roubou milhares de dólares, há 2 casos pendentes


O Papa Francisco expulsou do estado clerical o sacerdote Edward J. Arsenault, após ter sido condenado a quatro anos de prisão por roubar cerca de 300 mil dólares da sua Diocese, de um hospital e da herança de um sacerdote falecido.

Através de um comunicado, a Diocese de Manchester, no estado de New Hampshire (Estados Unidos), à qual pertencia Arsenault, indicou que o Santo Padre decretou em 28 de fevereiro deste ano liberar o clérigo “de todas as obrigações sacerdotais, inclusive do celibato”.

Enquanto exerceu o seu ministério sacerdotal, Arsenault ajudou a lidar com um escândalo de abuso sexual no estado e a criar novas políticas para proteger as crianças.

Segundo informou Associated Press, Arsenault foi declarado culpado por assinar cheques para o benefício próprio da propriedade do Pe. John Molan, um sacerdote falecido. Também recebeu faturas do Catholic Medical Center (Centro Medico Católico) por uma consultoria que nunca realizou.

Arsenault admitiu que gastou o dinheiro em viagens e refeições em restaurantes luxuosos para ele e para um companheiro.

Em 2014, Arsenault foi condenado a quatro anos de prisão e teve que pagar 300 mil dólares em restituição. Na semana passada, estava sob prisão domiciliar e foi concedida a liberdade condicional até fevereiro de 2018. 

O que é a Oitava de Páscoa?


No domingo de Ressurreição começa os cinquenta dias do tempo pascal e termina com a Solenidade de Pentecostes.

A Oitava de Páscoa é a primeira semana destes cinquenta dias; é considerada como se fosse um só dia, ou seja, o júbilo do Domingo de Páscoa é prolongado durante oito dias.

As leituras evangélicas estão centralizadas nos relatos das aparições de Cristo Ressuscitado e nas experiências que os apóstolos tiveram com Ele. 

Semelhantes e Opostos


Chegaram a um antiquário duas peças raras: um confessionário e um divã. Dizem que no silêncio da noite as coisas conversam entre si (e ninguém contesta, pois a maioria dos humanos está dormindo nessa hora). O divã olhou o confessionário de alto a baixo e perguntou:

– Quem e o que é você? Eu nunca vi algo semelhante.

O confessionário muito educado, respondeu:

– Boa noite, Doutor Divã! Eu sou um confessionário, outrora muito utilizado e, vim de um tradicional Mosteiro. Era em mim que os monges atendiam a confissão dos fiéis. E você de onde é?

O divã mirou o confessionário com arrogância:

– Eu sou deveras importante. Pertenci a um conceituado consultório de psiquiatria, cujo profissional, era um ilustre psiquiatra e, que atendia às figuras mais famosas da sociedade.

O confessionário com humildade disse:

– Os monges que atendiam as confissões em mim, eram homens santos e desconhecidos, que recebiam carinhosamente qualquer tipo de gente, famosa ou não, que desejasse o perdão de Deus aos seus pecados.

O divã ensoberbeceu-se ainda mais:

– Deus? Isso é uma crendice popular. Todo o homem que conseguir usar bem a sua inteligência, torna-se o seu próprio deus.

Bastante chateado, o confessionário replicou:

– Você diz assim, creio que influenciado pelo ambiente em que vivia e, ignora que, até Sigmund Freud (o pai da psiquiatria), mesmo sendo ateu, disse, certa vez: “Se aumentarem os confessionários, diminuirão os consultórios psiquiátricos”.

Bênção Urbi et Orbi 2017: "O Pastor ressuscitado está próximo dos sofredores".


MENSAGEM URBI ET ORBI
DO PAPA FRANCISCO
PÁSCOA 2017

Sacada Central da Basílica Vaticana

Queridos irmãos e irmãs,
feliz Páscoa!

Hoje, em todo o mundo, a Igreja renova o anúncio maravilhoso dos primeiros discípulos: «Jesus ressuscitou!» – «Ressuscitou verdadeiramente, como havia predito!»

A antiga festa de Páscoa, memorial da libertação do povo hebreu da escravidão, alcança aqui o seu cumprimento: Jesus Cristo, com a sua ressurreição, libertou-nos da escravidão do pecado e da morte e abriu-nos a passagem para a vida eterna.

Todos nós, quando nos deixamos dominar pelo pecado, perdemos o caminho certo e vagamos como ovelhas perdidas. Mas o próprio Deus, o nosso Pastor, veio procurar-nos e, para nos salvar, abaixou-Se até à humilhação da cruz. E hoje podemos proclamar: «Ressuscitou o bom Pastor, que deu a vida pelas suas ovelhas e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia!» (Missal Romano, IV Domingo de Páscoa, Antífona da Comunhão).

Através dos tempos, o Pastor ressuscitado não Se cansa de nos procurar, a nós seus irmãos extraviados nos desertos do mundo. E, com os sinais da Paixão – as feridas do seu amor misericordioso –, atrai-nos ao seu caminho, o caminho da vida. Também hoje Ele toma sobre os seus ombros muitos dos nossos irmãos e irmãs oprimidos pelo mal nas suas mais variadas formas.

O Pastor ressuscitado vai à procura de quem se extraviou nos labirintos da solidão e da marginalização; vai ao seu encontro através de irmãos e irmãs que sabem aproximar-se com respeito e ternura e fazer sentir àquelas pessoas a voz d’Ele, uma voz nunca esquecida, que as chama à amizade com Deus.

Cuida de quantos são vítimas de escravidões antigas e novas: trabalhos desumanos, tráficos ilícitos, exploração e discriminação, dependências graves. Cuida das crianças e adolescentes que se veem privados da sua vida despreocupada para ser explorados; e de quem tem o coração ferido pelas violências que sofre dentro das paredes da própria casa.

O Pastor ressuscitado faz-Se companheiro de viagem das pessoas que são forçadas a deixar a sua terra por causa de conflitos armados, ataques terroristas, carestias, regimes opressores. A estes migrantes forçados, Ele faz encontrar, sob cada ângulo do céu, irmãos que compartilham o pão e a esperança no caminho comum.

Nas vicissitudes complexas e por vezes dramáticas dos povos, que o Senhor ressuscitado guie os passos de quem procura a justiça e a paz; e dê aos responsáveis das nações a coragem de evitar a propagação dos conflitos e deter o tráfico das armas.

Concretamente nos tempos que correm, sustente os esforços de quantos trabalham ativamente para levar alívio e conforto à população civil na Síria, a amada e martirizada Síria, vítima duma guerra que não cessa de semear horrores e morte. Ontem mesmo teve lugar o último ataque vergonhoso aos refugiados em fuga, que deixou numerosos mortos e feridos. Conceda paz a todo o Médio Oriente, a começar pela Terra Santa, bem como ao Iraque e ao Iémen.

Não falte a proximidade do Bom Pastor às populações do Sudão do Sul, do Sudão, da Somália e da República Democrática do Congo, que sofrem o perdurar de conflitos, agravados pela gravíssima carestia que está a afetar algumas regiões da África.

Jesus ressuscitado sustente os esforços de quantos estão empenhados, especialmente na América Latina, em garantir o bem comum das várias nações, por vezes marcadas por tensões políticas e sociais que, nalguns casos, desembocaram em violência. Que seja possível construir pontes de diálogo, perseverando na luta contra o flagelo da corrupção e na busca de soluções pacíficas viáveis para as controvérsias, para o progresso e a consolidação das instituições democráticas, no pleno respeito pelo estado de direito.

Que o Bom Pastor ajude a Ucrânia, atormentada ainda por um conflito sangrento, a reencontrar a concórdia, e acompanhe as iniciativas tendentes a aliviar os dramas de quantos sofrem as suas consequências.

O Senhor ressuscitado, que não cessa de cumular o continente europeu com a sua bênção, dê esperança a quantos atravessam momentos de crise e dificuldade, nomeadamente por causa da grande falta de emprego, sobretudo para os jovens.

Queridos irmãos e irmãs, este ano, nós, os crentes de todas as denominações cristãos, celebramos juntos a Páscoa. Assim ressoa, a uma só voz, em todas as partes da terra, o mais belo anúncio: «O Senhor ressuscitou verdadeiramente, como havia predito!» Ele, que venceu as trevas do pecado e da morte, conceda paz aos nossos dias.

Feliz Páscoa! 

"A Igreja não cessa de proclamar: Cristo ressuscitou!", diz Papa


DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR
Missa do dia

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Praça de São Pedro 
no domingo de Páscoa, 16 de abril, 2017


Hoje, a Igreja repete, canta e grita: “Jesus ressuscitou!” Mas como? Pedro, João, as mulheres foram ao sepulcro, mas estava vazio, ele não estava lá.

Eles foram o coração fechado por tristeza, a tristeza da derrota: o Mestre, seu Mestre, aquele que tanto amava foi executado, ele morreu. E da morte, não há retorno. É a derrota, que o caminho para derrotar o caminho para o túmulo.

Mas o anjo disse: “Ele não está aqui, ele ressuscitou.” Este é o primeiro anúncio: “Ele ressuscitou.”  E, em seguida, a confusão, o coração fechado, aparições. 

Mas os discípulos permanecem trancados durante todo o dia no Cenáculo, porque tinham medo que às vezes a mesma coisa que Jesus.

E a Igreja continua a contar a nossas derrotas, a nossos corações fechados e com medo, “Pare, o Senhor ressuscitou! ”

Mas se o Senhor ressuscitou, como podem essas coisas acontecem? Como pode acontecer tantas desgraças, doenças, tráfico de pessoas, guerras, destruições, mutilações, vinganças, ódio? Mas onde está o Senhor?

Ontem liguei para um jovem que tem uma doença grave, um jovem educado, um engenheiro. E falando para dar um sinal de fé, eu disse: “Não há explicação para o que aconteceu com você. Olhe para Jesus na cruz: Deus fez isso com seu filho, e não há outra explicação”. E ele me respondeu: “Sim, mas ele pediu ao seu Filho, e o Filho disse que sim. Para mim, não foi perguntado se eu queria. Não perguntar a qualquer um de nós: “Mas você está feliz com o que está acontecendo no mundo? Você está pronto para carregar esta cruz?” E continua a cruz e a fé em Jesus cai. 

domingo, 16 de abril de 2017

Sair do túmulo


É próprio de cada criatura viva preservar-se e defender-se de tudo o que a tente levar para a sepultura. No entanto, os mecanismos de morte acontecem se cada um de nós não trabalhar para a preservação da vida de todos. O solo terrestre, com tudo o que ele tem em baixo ou em cima da superfície, está sendo ameaçado, arruinado ou destruído. Não vale o “só cada um por si”! Enquanto todos não estiverem dispostos a se ajudarem para a superação da destruição e não tiverem o cuidado com a vida de cada um (solo, minas d’água, biomas, vegetação, animais e seres humanos), todos são prejudicados.

Jesus deu-se totalmente pela causa abraçada de mudar o rumo da história do planeta e do ser humano. Não reservou sequer a última gota d’agua e do sangue jorrados do alto da cruz. Mostrou o que devemos fazer para preservar e desenvolver a vida na terra. Sua ressurreição nos garante a certeza de que não seguimos simplesmente um fundador de religião humano a mais. Entregou a vida na natureza humana, mas a ressuscitou porque tem também a natureza divina. Com Ele somos capazes de também dar de nós pelo bem da natureza e da vida humana. Mesmo que tenhamos infelizmente caído no “sepulcro” de nossos egoísmos, injustiças, degradação da terra e das relações com o semelhante, há esperança de ressurreição. Podemos e devemos mudar a mentalidade da ganância, da busca do ter a todo custo, da concentração das riquezas nas mãos de poucos e consequentes injustiças sociais, da monocultura em diversas regiões, da destruição de grande parte das matas ciliares, das mineradoras que destroem e poluem, da falta de políticas públicas que não levam em conta a preservação do meio ambiente e a promoção de benefícios sociais principalmente às classes mais prejudicadas... 

Anuário Pontifício 2017 revela os dados da Igreja no mundo


O Anuário Pontifício 2017 e o Anuarium Statisticum Ecclesiae 2015, cuja redação esteve sob a responsabilidade do Departamento Central de Estatística da Igreja foi distribuídos nestes dias nas livrarias. O trabalho de impressão dos dois volumes é da Tipografia Vaticana. Reproduzimos aqui a análise dos dados do L’Osservatore Romano.

Da análise dos dados referidos no Anuário Pontifício pode-se deduzir algumas novidades relativas à vida da Igreja Católica no mundo, a partir de 2016. Como por exemplo: durante o referido período foram eretas quatro novas sedes episcopais, uma eparquia, dois exarcados apostólicos, um ordinariato e um exarcado apostólico foi elevado à eparquia. Os dados do Annuarium Statisticum, por sua vez, relativos ao ano de 2015, fornecem um quadro de síntese dos principais andamentos que interessam o desenvolvimento da Igreja Católica no mundo.

A seguir são descritas as tendências verificadas no quinquênio recém transcorrido, quer dos católicos batizados, quer dos clérigos, religiosos professos não-sacerdotes e religiosas professas e do número de vocações sacerdotais. As informações serão fornecidas em nível global, assim como para cada área geográfica.

Na presente nota, os dados de 2015, além de serem sistematicamente confrontados com aqueles relativos ao ano precedente, são comparados também com aqueles do quinquênio que teve início em 2010, com o objetivo de extrapolar as dinâmicas evolutivas prevalentes no médio período.

O arco de tempo considerado cobre os últimos dois anos do Pontificado do Papa Bento XVI e os primeiros três anos do atual pontificado do Papa Francisco, com importantes indicações sobre a Igreja Católica no novo milênio.