terça-feira, 1 de agosto de 2017

Pedagogia Litúrgica para Agosto de 2017: "Liturgia e Vocação".


Minha proposta é considerar as celebrações litúrgicas de agosto 2017 a partir do contexto vocacional, considerando que agosto é um daqueles meses temáticos instituídos pela CNBB, dedicado às vocações. 

Toda vocação, do ponto de vista de Bíblico, consiste basicamente em três movimentos: o chamado divino, o tempo da escuta e a resposta pessoal. Mesmo havendo casos em que a escuta pareça inexistente, sempre existe um momento para interrogar, como é o caso da vocação de Maria, a Mãe de Jesus. Ela foi chamada por Deus, escutou e questionou a proposta divina e, depois disso, deu sua resposta definitiva acolhendo o chamado. Este é um tema que mantém relação com a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora.


É um dado importante considerar estes três movimentos — chamado, escuta e resposta pessoal — para não se correr o risco de precipitação, em se querer responder de maneira apressada. Deus chama e dá um tempo para que a pessoa decida. Não existe, portanto, uma obrigação, mas sempre a liberdade de optar entre aceitar ou não aceitar. O papel da Liturgia, através das celebrações, é fazer memória das respostas vocacionais presente na Palavra que a Eucaristia propõe nos Domingos de agosto.

Como estes três momentos estão presentes nas celebrações do mês vocacional 2017

Chamado divino

Existe um chamado vocacional, da parte de Jesus, ao escolher três de seus discípulos para que subissem com ele no Monte Tabor (Domingo da Transfiguração). É a dimensão do chamado como escolha pessoal, da parte de Deus e, de certo modo, escolha privilegiada. Nem todos são chamados, apenas alguns. Um chamado de destaque é aquele feito a Pedro, quando recebe a missão de ser “pedra”, fundamento da Igreja de Jesus Cristo (21DTC-A).

O chamado divino costuma ser com uma linguagem marcada pela serenidade. O exemplo está no modo como Deus entra em contato com Elias: não através de tempestades e trovões, mas pelo vento suave de uma brisa. É o que celebramos no 19DTC-A. Esta mesma experiência de chamado pela serenidade aconteceu na vocação de Maria Santíssima, na Anunciação.

Tempo da escuta

O segundo movimento da experiência vocacional é o tempo da escuta. O cenário vocacional da Transfiguração sugere que este tempo necessita ser vivenciado na contemplação. É o vocacionado que sente o chamado, mas precisa distanciar-se do mundo, como fez Jesus com seus três discípulos, para silenciosamente contemplar e ouvir Deus falando com outros vocacionados: Abrão, Moisés e Elias. Escutar através da contemplação é um modo de não responder à vocação somente pelo entusiasmo, mas entendendo a necessidade de ter tempo para si antes de responder.

Elias é o vocacionado que treme de medo e foge (19DTC-A). Mas Deus o busca e o toca com sua brisa suave. Elias é aquele vocacionado que (podemos dizer) tem medo do chamado divino e se esconde. Com esse tipo de vocacionado, Deus não se serve da força e nem de ameaças, mas o conforta e o fortalece com a ternura de uma brisa suave fazendo-se presente em seu coração. É a experiência mística pela qual todo vocacionado passa.

Já fizemos referência ao tempo de escuta da Virgem Maria. Um tempo de escuta que representa aquele vocacionado que questiona Deus, que precisa de algumas explicações, que necessita de confirmações. Escuta, mas questiona. Toda experiência vocacional passa por um momento de questionamento.

O terceiro exemplo está em Pedro. É chamado e o seu tempo de escuta dura três anos de convivência. É o vocacionado que convive por muito tempo com Jesus até ter a certeza que, de fato, é o Senhor que o chama (21DTC-A). A vocação de Pedro representa a necessidade de conhecer profundamente o chamado através da convivência com Jesus. 

Mês Vocacional destaca exemplo da Virgem Maria e necessidade de vocações


Todos os anos, durante o mês de agosto, a Igreja no Brasil convida os fiéis a refletirem sobre as vocações, em diferentes aspectos. Em 2017, o chamado “mês vocacional” irá focar no exemplo de Nossa Senhora.

Com o tema “A exemplo de Maria, discípulos missionários” e o lema “Eis-me aqui, faça-se”, a CNBB busca motivar a oração pelas vocações nas comunidades, paróquias e dioceses, além de conscientizar adolescentes e jovens ao chamado de servir a Igreja.

De acordo com o presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, a escolha da temática se deu por ‘Nossa Senhora ser exemplo de mulher de oração’.

“A oração é também o pedido que Nosso Senhor faz aos discípulos quando vê o tamanho da messe sem o número suficiente de pastores, a messe é grande mas os operários são poucos”, explica.

Para ele, a intenção deste ano é justamente alertar para o número de vocações sacerdotais e religiosas no Brasil. “É pedir ao Senhor da messe que envie operários. A oração é o meio privilegiado para suplicar, pedir ao Senhor que envie esses operários que a Igreja tanto precisa. O nosso povo sedento de Deus, sedento de transcendência, sedento do Evangelho necessita de pastores, de pessoas capazes de anunciar essa palavra como fez Maria, isto seja no Ministério Ordenado, seja através da Vida Consagrada, seja através do anuncio catequético, nas diversas atividades do cotidiano e também no mundo leigo”, destacou.

O mês vocacional é também celebrado no contexto do Ano Nacional Mariano, proclamado pela CNBB, por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no Rio Paraíba do Sul. Por isso, a escolha da temática dedicada a Nossa Senhora também se fez presente.

“A Igreja no Brasil realmente deseja neste mês de agosto de 2017 promover um grande mutirão e dentro das comemorações dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida realmente suplicar ao céu que não falte operários para a vinha. Esperamos que muitos jovens do sexo feminino, do sexo masculino possam responder como fez Maria: Eis-me aqui, faça-se segundo a tua palavra”, finalizou.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

A figueira amaldiçoada (Mt 21,18-22): justiça


São Lucas, o evangelista da misericórdia, não trata da figueira amaldiçoada, mas São Mateus (21,18-22) e São Marcos (11,12-14.20-24) sim. Fazem-no de forma concisa e forte, de modo que é oportuno observar a lição que essa passagem nos traz.

Trata-se do seguinte: O Senhor Jesus, ao voltar para Jerusalém, de manhã, sentiu fome e dirigiu-se a uma figueira cheia de folhas. Como, porém, ela não tinha frutos (não era época, diz São Marcos 11,13), Cristo amaldiçoou a planta e ela secou de repente. Os discípulos se espantaram com a eficácia das palavras do Mestre, mas Ele nada comentou sobre o feito. Disse apenas que a fé remove montanhas e pela oração tudo se alcança.

Como entender esse trecho bíblico muito rico em simbolismos e lições? – Cinco pontos vêm ao caso:

a) o Senhor sente fome… Fome de almas para Deus.

b) a figueira é frondosa (cheia de folhas), mas nada produz. Em outras palavras: só tem aparência ou vistosidade, mas não oferece o principal que são os frutos. Assim são os hipócritas aqui retratados: vivem da aparência, mas sem eficiência.

c) não era tempo de fruto, pois devia ser mês de abril, antes da Páscoa, época em que não há figos; portanto, a simples árvore não tem culpa. No entanto, o que o Evangelho deseja ensinar é que Israel se acha estéril ante a mensagem divina. Isso, contudo, não diz respeito só àquele povo, mas, sim, a todos nós, negligentes ante a Palavra de Deus e sua mensagem nos dias de hoje.

d) a maldição é enfática e típica das sentenças fortes dos judeus (cf. Mt 21,19), mas não se aplica a todo o povo de Israel, e, sim, aos escribas e fariseus mentores da massa. Israel não é nação maldita. Ela foi escolhida por Deus e há de cumprir o seu papel no reino messiânico (cf. Rm 9,11).

e) ante o susto dos Apóstolos, o Senhor evita comentar a questão da figueira seca em si, mas lhes incute o valor da oração. Ela é muito poderosa quando feita com fé ardente (cf. Mt 17,19), e é atendida não conforme os nossos caprichos, mas, sim, segundo a vontade de Deus: Ele, por exemplo, não afasta o cálice de Cristo – a Paixão – como Este pede (cf. Mc 14,36-37), mas Lhe dá algo muito maior: O faz vencedor da morte e – mais que isso – Senhor dos vivos e dos mortos (cf. Hb 5,7; Ap 2,8).

domingo, 30 de julho de 2017

Como interpretar a frase “Seja feita a vossa vontade”?


Sempre achei que a frase do Pai-Nosso “Seja feita a vossa vontade” fosse um convite a aceitar a vontade de Deus; de fato, em momentos difíceis da minha vida, sempre foi muito útil refletir sobre estas palavras que dizemos com frequência na oração. Recentemente, durante um encontro, um padre nos convidou a ler esta frase como um convite a agir, a trabalhar para que a vontade de Deus seja feita no mundo: uma exortação ao compromisso dos cristãos na construção de uma sociedade segundo o que Deus quer. Qual seria, então, a interpretação mais correta, para a Igreja? Ou será que as duas leituras são corretas e podem ser integradas?
  
Para entender o Pai-Nosso, é preciso olhar para Aquele que nos ensinou esta oração. É a sua oração que se torna nossa. Não existe oração mais santa, mais exata, mais verdadeira que esta, porque ela surge da própria relação que Jesus tem com o Pai no Espírito Santo. Ele não nos passou uma formulação, e sim nos transmitiu o conteúdo do seu diálogo com o Pai. Por isso, a graça destas palavras é imensa, e a riqueza do seu significado, como de cada palavra que sai da boca de Deus, é inesgotável.

Por este motivo, inclusive sua interpretação ao longo da história até o dia de hoje não deixou de interpelar teólogos, exegetas e santos escritores (recordemos os mais antigos e famosos, como Tertuliano, Orígenes, Cipriano, Agostinho, Tomás de Aquino), bem como indivíduos fiéis e pastores. E é bom que seja assim, para que estas palavras não se atrofiem em uma fórmula estereotipada.

A pergunta, portanto, é pertinente, e a resposta se encontra dentro da sua formulação. De fato, não se pode separar a disposição interior do cristão de sua prática efetiva. Dessa maneira, não se pode simplesmente concordar com o coração e a vontade à vontade divina sem que esta disposição interior tenha uma correspondência em nossa maneira de agir e atuar nas diversas situações da vida.

O problema que a pergunta traz implicitamente me parece ser outro, ou seja, uma concepção estática, determinista do que é a vontade divina, à qual o homem deveria, inevitavelmente e muitas vezes de má vontade, ceder. De fato, esta é a impressão que frequentemente temos da vontade de Deus, ou seja, como se ela fosse algo inamovível e que não corresponde à nossa vontade. Daí o esforço em aceitá-la. 

São Leopoldo Mandic


São Leopoldo Mandic foi um herói dos confessionários. Nasceu em Castelnovo de Cátaro, na Dalmácia (ex-Iugoslávia) em 12 de maio de 1866 e foi batizado como Adeodato Mandic. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens.

Com 16 anos, ingressou na Ordem dos Capuchinos, em Bassano del Grappa, em 1884 e em 1890 já era Sacerdote, quando tomou o nome de Leopoldo.

Em 20 de Setembro de 1890 foi ordenado sacerdote em Veneza. Convencido que o Senhor o chamava a um grande ideal, pediu, com insistência, aos seus Superiores que o deixassem partir para o Oriente a fim de poder dedicar a sua vida à reunificação na Igreja Católica dos cristãos ortodoxos. Porém, as suas precárias condições de saúde não lho permitiram e teve, assim, de se submeter à vontade dos seus Superiores e passou então por diversos Conventos, entregando-se ao ministério das confissões até que, em 1909, foi destinado ao Convento de Santa Cruz, em Pádua, na Itália, com o encargo de atender de forma estável o sacramento da Reconciliação. Ali permaneceu até a morte.

Chegou aos 76 anos. Um tumor no esôfago prostrou-o na manhã de 30 de Julho de 1942, no momento em que se preparava para celebrar a Eucaristia. Naquela manhã, ele mesmo se converteu em vítima sobre o altar do Senhor. As suas últimas palavras foram uma invocação a Nossa Senhora da qual tinha sido sempre devoto.


As vozes e a convicção de todos era que tinha morrido naquele momento um santo. Começaram a invocá-lo para obterem conforto e graças do Céu. O seu corpo, sepultado numa capela junto ao seu confessionário, foi encontrado incorrupto.

Em 2 de Maio de 1976, durante o Sínodo da Evangelização, o Papa Paulo VI beatificou-o, em São Pedro, afirmando, nessa altura: “Que o nosso Beato saiba chamar ao sacramento da Penitência, a este, certamente, severo tribunal, mas não menos amável refúgio de conforto, de verdade, de ressurreição para a graça e de exercício para a autenticidade cristã, muitas almas para lhes fazer experimentar as secretas e renovadas alegrias do Evangelho no colóquio com o pai, no encontro com Cristo, na consolação do Espírito Santo”.

O papa João Paulo II o incluiu no catálogo dos santos em 1983, declarando-o herói do confessionário e “apóstolo da união dos cristãos”, modelo para os que se dedicam ao ministério da reconciliação.

Ele tornou-se santo principalmente por trazer a paz e o perdão. Sua vida lembra aos padres a importância do Sacramento da Reconciliação, o seu bem incomparável e a poderosa ajuda da penitência.



Deus de bondade infinita e sumo bem, que fizestes de São Leopoldo um instrumento da Vossa misericórdia para com os pecadores e um fervoroso promotor da unidade entre os cristãos, concedei-nos por sua intercessão, a graça de nos renovarmos cada vez mais para podermos levar a todos os homens o Vosso amor, e cooperar eficazmente na união de todos os crentes mediante o vínculo da paz. Por nosso Senhor, amém.

sábado, 29 de julho de 2017

7 fatos sobre a vida dos leigos nos primeiros séculos do cristianismo


Apesar de costumeiramente não receber uma descrição melhor do que “o leigo é aquele que não é padre nem religioso”, é da vida leiga que a Igreja é principalmente composta. O ministério ordenado, como sabemos, não é um fim em si mesmo. Bispos, padres e diáconos estão a serviço do crescimento na fé, na esperança e no amor daquela multidão de homens e mulheres que fecundam com o Espírito de Deus a vida do mundo.

O protagonismo do leigo na vida da Igreja é um tema que foi retomado com mais força em tempos recentes pelo Concílio Vaticano II, sobretudo nas constituições Lumen Gentium e Gaudium et Spes e no decreto Apostolicam Actuositatem. Por “vida da Igreja”, entenda-se tanto a sua participação na sociedade realizada a partir do Evangelho e, assim, como presença de Cristo no mundo, quanto a sua colaboração, ao lado de clérigos e religiosos, na missão evangelizadora da Igreja, assumindo serviços pastorais.

Desde o Concílio, leigos têm lentamente assumido postos na Cúria Romana e nas dioceses. São mais numerosas – mas ainda tímidas – as beatificações e canonizações de leigos. Os leigos passaram a poder estudar teologia e lecionar nessa área. Mas como vivia o laicato nos primórdios da Igreja? Confira aqui sete fatos sobre como era a vida dos leigos nos primeiros séculos do cristianismo.

Laikós

A palavra “leigo” – do grego λαϊκός (“laikós”), que vem de λαός (“laós”), “povo” – não aparece no Novo Testamento. Seu primeiro registro em contexto cristão está na carta de Clemente aos coríntios, no final do século I.

Eles anunciam, ensinam e participam

Mas é claro que leigos e leigas estão presentes na Igreja nascente: eles participam da eleição de Matias para a vaga que surgiu entre os doze apóstolos com a morte de Judas (cf. At 1, 23), bem como da escolha dos sete primeiros diáconos (cf. At 6, 1-6). Anunciam o Evangelho, até aproveitando as dispersões que as perseguições ocasionam (cf. At 8,4; 11,19), e assumem ministérios como o de didáscalos (mestre, doutor), como o casal Áquila e Priscila, que dá uma formação mais aprofundada da fé a Apolo (cf. At 18,26).

“Já enchemos tudo”

Estava claríssimo que a missão evangelizadora da Igreja era responsabilidade tanto dos ministros ordenados quanto dos leigos. Era nas conversas do dia-a-dia, nas cidades e nos campos, que o nome de Jesus era anunciado. Tertuliano, no final do século II, louvava diante dos pagãos os frutos do testemunho cristão no meio do mundo: “Nós somos de ontem e já enchemos tudo que é vosso: cidades, ilhas, fortalezas, prefeituras, aldeias, os próprios campos, tribos, decúrias, palácio, senado, fórum; deixamo-vos apenas os templos…”

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Se Deus é imutável, ele não sente alegria, tristeza ou raiva?


Deus é imutável? Sim. Vejamos alguns textos bíblicos:

– “Eu sou aquele que sou” (Ex 3,14).

– “Recebi ordem de abençoar; ele abençoou: nada posso mudar” (Nm 23, 20).

– “Mas os planos do Senhor permanecem para sempre, os propósitos do seu coração são para todas as gerações” (Sal 33,11).

– “Porque eu sou o Senhor e não mudo; e vós, ó filhos de Jacó, não sois ainda um povo extinto” (M 3,6).

– “Tu os envolvas como uma capa, e serão mudados. Tu, ao contrário, és sempre o mesmo e os teus anos não acabarão” (Hb 1, 12).

Deus é imutável, mas é preciso entender em que consiste essa imutabilidade ou inalterabilidade. Quando dizemos que Deus não muda, não estamos falando de sentimentos humanos, menos ainda de indiferença a respeito do que acontece com o ser humano, mas que Deus eternamente será o mesmo, ontem, hoje e sempre (Hb 13, 8).

“”Deus não é homem para mentir, nem alguém para se arrepender. Alguma vez prometeu sem cumprir? Por acaso falou e não executou?” (Nm 23, 19)

Em Deus não há nenhuma mudança, transformação, variação ou algo assim. Deus é imutável em sua essência, em seus atributos e em seus propósitos.
Ele, sendo três vezes santo, não pode se desviar do que é mal nem ser a causa da escuridão, porque “”Deus é inacessível ao mal e não tenta a ninguém.”  A Bíblia é clara: Deus não muda sua forma de ser, de pensar, nem vontade ou natureza.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

4 razões práticas pelas quais muitos sacerdotes jovens voltaram a usar batinas


A batina já foi a forma mais comum dos sacerdotes se vestirem no ambiente paroquial, mas a partir do final dos anos 1960 foi quase universalmente abandonada. Entretanto, atualmente vários sacerdotes jovens começaram a usá-la.

O sacerdote católico Charles Pope escreveu um artigo no ‘National Catholic Register’, intitulado “Why Traditional Priestly Cassocks are Making a Comeback”, no qual explica algumas razões pelas quais os sacerdotes jovens preferem a batina, roupa qualificada como “distintiva e eminentemente sacerdotal”.

“As pessoas me agradecem por usar a batina, mas ninguém nunca me agradeceu por usar uma roupa. Isso me diz que a batina tem um significado especial para o povo de Deus”, indicou.

A seguir, confira as razões pelas quais a batina voltou a estar na moda, de acordo com Mons. Pope:

1. É fresca

De acordo com Mons. Pope, muitas pessoas se surpreendem quando garante que a sua “batina é mais fresca do que o habitual terno clerical”.

“Sem proporcionar muita informação, basta dizer que não preciso usar a minha roupa completa por baixo da batina. No verão, umas calças curtas largas com uma cintura elástica confortável, uma camiseta de algodão e meias são suficientes”, assinalou.

Do mesmo modo, disse que usa “batinas de verão”, feitas com “um material leve e transpirável” e que é “agradavelmente fresca comparado com um terno”.

2. É larga

“Nunca foi um fã de roupas apertadas que atualmente estão na moda. A batina, quando está desgastada ??sem a fáscia (um cinto largo), fica larga no corpo”, assegurou o sacerdote.

Além disso, disseque pode esconder o excesso de peso, “ao contrário das calças apertadas ou do cinto”, que “constantemente mostram este problema”.