quinta-feira, 24 de agosto de 2017

RN: Homem invade Igreja durante a Missa e destrói imagem de São João Batista, em Natal.


A intolerância religiosa vem crescendo absurdamente no Brasil, com isso, deixando nas Igrejas as marcas da violência e da falta de respeito com a religião dos cristãos. Registramos mais um caso deste ataque a fé católica, desta vez, foi na Igreja de São João Batista, em Lagoa Seca, no Rio Grande do Norte.

Segundo informações dos fieis, um homem encontrou silenciosamente na celebração da Santa Missa, dirigiu-se pela lateral e foi até a imagem de São João Batista, padroeiro da Paróquia, e de forma agressiva empurrou a coluna de granito, jogando ao chão, quebrando a imagem.  

PI: Protestante é preso em Teresina por invadir Igreja Católica e quebrar imagem de santo


Na terça-feira (22) um homem foi preso em flagrante pela Polícia Militar de Teresina, capital do Piauí, por ter quebrado a imagem de Santa Teresinha que estava dentro de uma Igreja Católica no bairro de São Pedro, zona Sul da cidade.

Identificado apenas como Elias, o acusado entrou na igreja, quebrou a imagem e, diante do barulho que chamou atenção de quem estava rezando na igreja, saiu correndo, mas foi reconhecido e preso.

“Nós estávamos rezando o terço, quando ouvimos um barulho muito grande, pensávamos até que tinha acontecido um acidente de carro. Quando nos viramos, vimos a santa no chão e um homem correndo pra fora da igreja.”

Na hora conhecemos que era o Elias, pois ele já foi catequista aqui conosco. Entramos em contato com a polícia e ele acabou preso”, explica a bancária Marineide Albuquerque, que estava na igreja na hora da depredação. 

PB: Padre é encontrado morto dentro de casa paroquial em Borborema


Chega à nossa redação a informação de que um padre da paróquia de Nossa Senhora do Carmo, de Borborema-PB, por nome de Pedro Gomes foi encontrado amarrado e morto dentro da casa paroquial, onde residia, na manhã desta quinta-feira (24). Ainda segundo detalhes ele teria sido esfaqueado. A informação foi confirmada por um secretário do padre.

De acordo com informações repassadas pelo Capitão J. Ferreira, da CIA da PM da cidade de Solânea, a secretária do Padre informou que ao chegar na residência, para trabalhar, por volta das 08:00h da manhã, encontrou a porta fechada, mas sem ser na chave. Ainda segundo ela, o corpo do Padre estava enrolado num lençol e a casa estava revirada. Ela de imediato ligou para a Polícia Militar que foi ao local e constatou o fato, porém ficou aguardando a chegada da perícia para que desenrolasse o corpo e confirmasse se realmente era o Padre Pedro Gomes.

De acordo com o Capitão J. Ferreira, a casa apresentava sinais de que teria acontecido uma luta corporal em seu interior e que não havia sinais de arrombamento. Como o carro do Padre, um Fiat Strada, foi levado e a porta estava fechada, a polícia acredita que o assassino poderia ter acesso livre à residência.

Uma das hipóteses é que o religioso tenha sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), mas todo o dinheiro do ofertório e do dízimo estava no quarto do Padre. Mas alguns objetos pessoais que estavam no carro também foram levados. 

Deputado aciona Ministério Público contra pastor que zombou da Virgem Aparecida


O Deputado Federal católico Flavinho decidiu acionar o Ministério Público de São Paulo contra o pastor Agenor Duque, que em um vídeo zombou da imagem de Nossa Senhora Aparecida e incentivou a quebrá-la.

No vídeo, que começou a circular nas redes sociais na última semana, o pastor aparece com uma garrafa de coca-cola na mão, a qual compara com a imagem da Padroeira do Brasil e profere insultos contra ela, chegando a incentivar as pessoas a jogar fora suas imagens de santos.

“Como Deputado Federal, estou oficiando o Ministério Público de São Paulo, pois o ato deste pastor configura dois crimes: vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso e de racismo”, disse o deputado em um vídeo publicado em sua página no Facebook.

Segundo ele, em casos como este é preciso ter em consideração o artigo 208 do Código Penal Brasileiro, o qual afirma que afirma que configura crime “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso” com pena de detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Além de “vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”, Flavinho sublinhou que o pastor também incorreu no crime de racismo, ao fazer referência à cor escura da coca-cola para se referir à cor da imagem da Padroeira do Brasil.

“Quero deixar muito claro que respeito profundamente meus irmãos evangélicos. Aqui na câmara dos deputados temos uma convivência muito harmoniosa, alinhamo-nos na defesa de temas como da família, da vida”, ressaltou o deputado, assinalando, por outro lado, que é “contrário a qualquer intolerância religiosa”.

Segundo o Deputado Flavinho, “inclusive no meio evangélico , esse próprio pastor Agenor é tido como herege”.

“Nós, como católicos, não vamos mais aceitar esse tipo de crime contra nossa fé, porque a Constituição nos respalda. No Estado laico, eu posso ser católico, esse senhor chamado Agenor pode ser evangélico e a gente tem que se respeitar”, completou.

A atitude do pastor Agenor gerou diversas reações no meio católico, entre as quais a do Pe. Zezinho, que condenou este ato e sublinhou aimportância de Maria para os católicos.

De acordo com o sacerdote, “esse tipo de pregação ridicularizando Maria raramente dá certo” e “até mesmo entre seus ouvintes e fiéis haverá crentes chocados com o desrespeito do pregador pela Mãe de Jesus”.

Chile: ataque incendiário contra igreja em Santiago


Um ataque à liberdade de culto, uma violação de um lugar sagrado, mais do que um dano ao patrimônio histórico da cidade.

Assim a Congregação Salesiana de São Gabriel Arcanjo definiu em um comunicado o último ataque incendiário perpetrado na manhã da última terça-feira, 22 de agosto, contra a "Iglesia de la Gratidud Nacional", em Santiago do Chile.

Ataque realizado por jovens com rosto coberto

Os responsáveis pelo ataque foram jovens estudantes participantes de uma manifestação. Dois deles, com o rosto coberto e vestidos de branco, por volta das 8 horas, pouco depois do final da Missa, aproximaram-se do local de culto lançando coquetéis molotov contra a porta de entrada.

As chamas foram controladas com extintores pelo sacristão e pelo porteiro do Colégio salesiano Alameda, evitando que queimassem toda a porta e se propagassem pela construção. Imediata também a chegada da polícia, que passou a proteger o prédio. 

Reforma litúrgica é irreversível, afirma Papa Francisco


“Não basta reformar os livros litúrgicos para renovar a mentalidade (...), a educação litúrgica de Pastores e fiéis é um desafio a ser enfrentado sempre de novo”." Depois deste magistério e  depois deste longo caminho, podemos afirmar com segurança e com autoridade magisterial que a reforma litúrgica é irreversível”.

Ao encontrar na manhã desta quinta-feira (24) na Sala Paulo VI os participantes da Semana Litúrgica Nacional italiana, o Papa Francisco falou sobre a irreversibilidade da reforma litúrgica, recordando - ao começar seu pronunciamento - os acontecimentos “substanciais e não superficiais” ocorridos no arco dos últimos 70 anos na história Igreja e em particular, “na história da liturgia”.

O Concílio Vaticano II e a reforma litúrgica – disse o Papa – são dois eventos diretamente ligados, “que não floresceram repentinamente, mas foram longamente preparados”, como testemunha o movimento litúrgico “e as respostas dadas pelos Sumos Pontífices às dificuldades percebidas na oração eclesial”. “Quando se percebe uma necessidade – observou – mesmo se não imediata a solução, existe a necessidade” de começar a fazer algo.

Francisco começa por citar, neste sentido, São Pio X, que dispôs uma reordenação da música sacra e a restauração celebrativa do domingo, além de instituir “uma comissão para a reforma geral da liturgia, consciente de que isto comportaria” um grande e longo trabalho, mas que daria “um novo esplendor” à dignidade e harmonia do “edifício litúrgico”.

Um projeto reformador que foi retomado mais tarde por Pio XII com a Enciclica Mediator Dei e a instituição de uma comissão de estudo, sem falar em decisões como “a atenuação do jejum eucarístico, o uso da língua viva no Ritual, a importante reforma da Vigília Pascal e da Semana Santa”.

O Concílio Vaticano II fez amadurecer mais tarde – recordou o Papa -  “como bom fruto da árvore da Igreja, a Constituição sobre a Sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium”, cujas linhas da reforma geral respondiam às necessidades reais e à concreta esperança de uma renovação, “para que os fiéis não assistam como estranhos e mudos espectadores a este mistério de fé, mas compreendendo-o por meio dos  ritos e das orações, participem da ação sagrada conscientemente, piamente e ativamente (SC, 48)”. 

Papa: "Deus nos quer herdeiros de uma promessa e incansáveis cultivadores de sonhos"


PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Quarta-feira, 23 de agosto de 2017


Bom dia, prezados irmãos e irmãs!

Ouvimos a Palavra de Deus no livro do Apocalipse: «Eis que eu renovo todas as coisas» (21, 5). A esperança cristã baseia-se na fé em Deus que cria sempre novidades na vida do homem, cria novidades na história, cria novidades no cosmos. O nosso Deus é o Deus que cria novidades, porque é o Deus das surpresas.

Não é cristão caminhar cabisbaixo — como os porcos: eles caminham sempre assim — sem erguer os olhos rumo ao horizonte. Como se todo o nosso caminho acabasse aqui, no arco de poucos metros de viagem; como se na nossa vida não houvesse meta alguma, nenhum ponto de chegada, como se nós fôssemos obrigados a um perambular eterno, sem qualquer razão para todos os nossos cansaços. Isto não é cristão.

As páginas finais da Bíblia mostram-nos o derradeiro horizonte do caminho do crente: a Jerusalém do Céu, a Jerusalém celeste. Ela é imaginada antes de tudo como um imenso tabernáculo, onde Deus acolherá todos os homens para habitar definitivamente com eles (cf. Ap 21, 3). Esta é a nossa esperança. E o que fará Deus quando, finalmente, estivermos com Ele? Terá uma ternura infinita por nós, como um pai ao receber os seus filhos que se cansaram e sofreram prolongadamente. No Apocalipse, João profetiza: «Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens! [...Ele] enxugará todas as lágrimas de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição [...] Eis que eu renovo todas as coisas!» (21, 3-5). O Deus na novidade!

Procurai meditar sobre este trecho da Sagrada Escritura, não de maneira abstrata, mas depois de ter lido uma crônica dos nossos dias, depois de ter visto o telejornal ou a primeira página dos jornais, onde há muitas tragédias, onde se anunciam notícias tristes às quais todos nós corremos o risco de nos habituarmos. Saudei algumas pessoas de Barcelona: quantas notícias tristes vêm dali! Saudei algumas pessoas do Congo, e quantas notícias tristes chegam de lá! E muitas outras! Para mencionar apenas dois países, de vós que estais aqui... Procurai pensar no rosto das crianças apavoradas pela guerra, no pranto das mães, nos sonhos interrompidos de tantos jovens, nos refugiados que enfrentam viagens terríveis e muitas vezes são explorados... Infelizmente, a vida é também isto. Por vezes diríamos que é sobretudo isto.
Talvez. Mas há um Pai que chora conosco; existe um Pai que verte lágrimas de piedade infinita pelos seus filhos. Temos um Pai que sabe chorar, que chora conosco. Um Pai que nos espera para nos consolar, porque conhece os nossos sofrimentos e preparou para nós um futuro diverso. Esta é a grandiosa visão da esperança cristã, que se dilata ao longo de todos os dias da nossa existência e deseja consolar-nos. 

Mensagem do Papa Francisco para o Dia mundial do migrante e do refugiado 2018


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO 
PARA O DIA MUNDIAL DO MIGRANTE E DO REFUGIADO 2018
[14 de janeiro de 2018]


“Acolher, proteger, promover e integrar 
os migrantes e os refugiados”


Queridos irmãos e irmãs!

«O estrangeiro que reside convosco será tratado como um dos vossos compatriotas e amá-lo-ás como a ti mesmo, porque foste estrangeiro na terra do Egito. Eu sou o Senhor, vosso Deus» (Lv 19, 34).

Repetidas vezes, durante estes meus primeiros anos de pontificado, expressei especial preocupação pela triste situação de tantos migrantes e refugiados que fogem das guerras, das perseguições, dos desastres naturais e da pobreza. Trata-se, sem dúvida, dum «sinal dos tempos» que, desde a minha visita a Lampedusa em 8 de julho de 2013, tenho procurado ler sob a luz do Espírito Santo. Quando instituí o novo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, quis que houvesse nele uma Secção especial (colocada temporariamente sob a minha guia direta) que expressasse a solicitude da Igreja para com os migrantes, os desalojados, os refugiados e as vítimas de tráfico humano.

Cada forasteiro que bate à nossa porta é ocasião de encontro com Jesus Cristo, que Se identifica com o forasteiro acolhido ou rejeitado de cada época (cf. Mt 25, 35.43). O Senhor confia ao amor materno da Igreja cada ser humano forçado a deixar a sua pátria à procura dum futuro melhor.[1] Esta solicitude deve expressar-se, de maneira concreta, nas várias etapas da experiência migratória: desde a partida e a travessia até à chegada e ao regresso. Trata-se de uma grande responsabilidade que a Igreja deseja partilhar com todos os crentes e os homens e mulheres de boa vontade, que são chamados a dar resposta aos numerosos desafios colocados pelas migrações contemporâneas com generosidade, prontidão, sabedoria e clarividência, cada qual segundo as suas possibilidades.

A este respeito, desejo reafirmar que «a nossa resposta comum poderia articular-se à volta de quatro verbos fundados sobre os princípios da doutrina da Igreja: acolher, proteger, promover e integrar».[2]

Considerando o cenário atual, acolher significa, antes de tudo, oferecer a migrantes e refugiados possibilidades mais amplas de entrada segura e legal nos países de destino. Neste sentido, é desejável um empenho concreto para se incrementar e simplificar a concessão de vistos humanitários e para a reunificação familiar. Ao mesmo tempo, espero que um número maior de países adote programas de patrocínio privado e comunitário e abra corredores humanitários para os refugiados mais vulneráveis. Além disso seria conveniente prever vistos temporários especiais para as pessoas que, escapando dos conflitos, se refugiam nos países vizinhos. As expulsões coletivas e arbitrárias de migrantes e refugiados não constituem uma solução idónea, sobretudo quando são feitas para países que não podem garantir o respeito da dignidade e dos direitos fundamentais.[3] Volto a sublinhar a importância de oferecer a migrantes e refugiados um primeiro alojamento adequado e decente. «Os programas de acolhimento difundido, já iniciados em várias partes, parecem facilitar o encontro pessoal, permitir uma melhor qualidade dos serviços e oferecer maiores garantias de bom êxito».[4] O princípio da centralidade da pessoa humana, sustentado com firmeza pelo meu amado predecessor Bento XVI,[5] obriga-nos a antepor sempre a segurança pessoal à nacional. Em consequência, é necessário formar adequadamente o pessoal responsável pelos controlos de fronteira. A condição de migrantes, requerentes de asilo e refugiados exige que lhes sejam garantidos a segurança pessoal e o acesso aos serviços básicos. Em nome da dignidade fundamental de cada pessoa, esforcemo-nos por preferir outras alternativas à detenção para quantos entrem no território nacional sem estar autorizados.[6]