domingo, 22 de outubro de 2017

Para entender o Antigo Testamento (Introdução)


"Quando nasceu..., padeceu, ressuscitou e subiu aos céus, Cristo abriu o livro do Antigo Testamento, pois realizou por atos quanto ali por figuras era insinuado". (Berengáudio, séc. IX)

Quem sinceramente procura a Deus, é não raro detido por dificuldades que lhe provêm do contato com a própria Palavra de Deus, em particular com os livros sagrados ditos do "Antigo Testamento".

Os problemas surgem, mais avultados talvez, para aqueles que não possuem a fé, mas em sua lealdade estão dispostos a se render a tudo que seja bom e belo. Tais pessoas leem o Evangelho, que lhes apresenta a figura do Cristo, com sua doutrina, e julgam-na muito nobre; sem dificuldade reconhecem-na como digna e autêntica mensagem de Deus. Mas, desde que se lhes anuncie o nexo indissolúvel existente entre os Santos Evangelhos e o Antigo Testamento, arrefecem em seu entusiasmo: o fundo ao qual se sobrepõe a Revelação cristã, lhes parece muito diverso desta e, por isto, inaceitável.

Em consequência, deixam-se ficar hesitantes diante da porta da Igreja do Cristo ou vão perder-se por novos "caminhos" de procura da Verdade, longe do Cristo, que é justamente o Caminho, a Verdade e a Vida (cf. Jo 14,6)!

Dúvidas existem também na mente de não poucos fiéis católicos, os quais por vezes se veem um tanto surpresos diante de passagens do Antigo Testamento; preferem, por isto, deixar fechada a parte inicial, a metade ou mais da metade da Bíblia Sagrada. Esta - embora a reconheçam como Palavra de Deus - lhes parece ter quase esgotado em séculos anteriores a sua mensagem; nos tempos atuais, pouco teria que dizer.

Sugeridas pelo desejo de auxiliar a uns e outros, originaram-se estas páginas. Têm por finalidade ir ao encontro daqueles que revolvem problemas de ordem religiosa ou filosófica, problemas capitais entre todos os demais, e não raro cruciantes, pois tocam as questões de origem, fim, significado do homem e de sua existência na terra.

Visando, pois, despertar a alegria que jorra do conhecimento da Verdade, os capítulos deste livro tendem a mostrar que as Escrituras antigas não contêm apenas episódios complicados, desconcertantes, e que, mesmo quando apresentam coisas deste gênero, são sempre portadoras, em seu âmago, de mensagem valiosa, perene como a própria Palavra de Deus (cf. Is 40,8).

Inspirado pelo Espírito Santo antes do Cristo e em vista do Cristo, o Antigo Testamento não perdeu seu significado após a vinda do Messias; antes, como diz a tradição cristã, adquiriu novo poder de expressão, tornou-se o "cântico novo" (cf. Is 42,10), que glorifica o Redentor outrora aguardado, hoje presente entre nós. 1

Com efeito, os escritores sagrados de Israel se referiam ao Messias por meio de símbolos e sentenças misteriosas; a vinda do Cristo só fez tornar patente o significado profundo de tais acenos. Estes agora, num só coro com os escritos do Novo Testamento, concorrem para ilustrar a figura do Senhor Jesus, figura que está esculpida sobre a face da história inteira do gênero humano. 

São Gaudêncio


O nome do santo que lembramos neste dia, é Gaudêncio, que vem do latim “gaudere”, que significa alegrar-se. Muito sugestivo, pois é com alegria que contemplamos a vida deste santo Bispo de Bréscia, na Itália.

Provavelmente, era natural daquela cidade que conheceu no século II o Cristianismo, e onde fazia parte do seu Clero diocesano. Muito conhecido e respeitado pela santidade, zelo pastoral e eficácia na pregação, São Gaudêncio foi amigo de vários outros Bispos santos (principalmente Santo Ambrósio de Milão).

No ano 400, como peregrino, foi conhecer a Igreja de Cristo e as grandes igrejas da antiguidade. Nesta viagem, fez amizade com o Patriarca de Constantinopla, São João Crisóstomo, e também no Oriente adquiriu relíquias de mártires, que levou para sua cidade episcopal, a fim de motivar a pureza da fé.

Admirado pela oratória, deixou como riqueza numerosos sermões, tratando do mistério pascal, festas litúrgicas e comentários sobre o Evangelho. Após uma vida muito frutuosa no culto e no cuidado das ovelhas do Bom Pastor, principalmente de amor aos pobres, Gaudêncio entrou no Céu no ano de 410.

Desde logo recebeu o culto de veneração que a Igreja ratificou em seu Martirológio. Suas relíquias conservam-se na Igreja de São João Evangelista em Bréscia.

Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Gaudêncio, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, ara participarmos de sua glória. Amém.


São Gaudêncio, rogai por nós!

sábado, 21 de outubro de 2017

MG: SSVM presta homenagem ao Pe. Henrique Munaiz falecido em Montes Claros


A Sociedade da Santíssima Virgem Maria – SSVM* agradece publicamente todo o apoio e dedicação do Reverendíssimo Padre Henrique Munaiz Puig à causa da Missa no rito romano extraordinário (conhecido como Missa Tridentina) na Arquidiocese de Montes Claros.

A SSVM e todos os católicos que frequentam o Santuário do Senhor Bom Jesus (às segundas-feiras, 19h) receberam com pesar a notícia do falecimento do querido sacerdote. De fato, ele foi pioneiro na acolhida e divulgação da Missa Tridentina no Norte de Minas. Também sempre foi unido a seus superiores, nossos Reverendíssimos bispos, e de paternal atenção para com os que compõem a confraria da Missa de São Pio V.

Como afirmou o Sr. João Soares de Oliveira Jr., diretor-presidente da Sociedade da Santíssima Virgem Maria – SSVM (o qual, há alguns dias, ouvira dos lábios do padre que pouco tempo lhe restava nessa Terra) Pe. Henrique conseguiu o que mais queria: se preparar bem para estar unido a Deus por toda a eternidade, sempre confiante no colo maternal de Maria Santíssima, de quem era muito devoto.

Mais uma vez, muito obrigado por tudo querido padre Henrique Munaiz!

Pastor Valdemiro cria primeiro reality show evangélico da TV brasileira


Olha ele mais uma vez. Valdemiro Santiago, o apóstolo tão conhecido da Igreja Mundial do Poder de Deus, está com seu nome envolvido mais uma vez em uma polêmica. Desta vez, veja o que ele fez, o que gerou bastante insatisfação entre as pessoas, tanto evangélicos quanto pessoas de outras religiões, reprovaram muito.

Certamente o apóstolo percebeu que essa onda de Reality Shows pode ser bastante lucrativa e idealizou fazer um tipo de Big Brother Brasil só que em uma versão “Gospel”. Será que vai colar? Já tem até nome, o reality dos crentes irá se chamar “Extreme With God”

O programa já teve sua estreia que aconteceu no último sábado e conta com uma produção que ninguém irá botar defeito, que inclui super gravações e até um helicóptero para auxiliar nas filmagens aéreas.

Drag Queen ativista afirma: “A gente quer acabar com a família tradicional brasileira”.


O drag queen contratado por uma escola para fazer apologia à ideologia de gênero com a mensagem de que “não existe” diferenças entre menino e menina, voltou a atacar a família tradicional dizendo que seu objetivo é “destruir esse formato”.

No vídeo, o travesti Femmenino classifica como “binarização escrota” a diferenciação de que existem brinquedos, roupas e hábitos exclusivos para meninos e meninas, pois de acordo com a ideologia de gênero, tudo não passa de “construção social, características que a gente vai se colocando, se moldando”.

Acompanhando o vídeo, o drag queen publicou um texto admitindo que o projeto da ideologia de gênero e toda a agenda “progressista” da esquerda é pôr fim ao modelo de família tradicional baseado nos valores judaico-cristãos da sociedade ocidental.

“Queremos acabar com a família? Sim, mas apenas com um tipo de família, é um formato muito específico de família patriarcal que mantem homens e mulheres presos em padrões do passado”, afirmou Femmenino.

“Não existe a separação entre brinquedos de meninos e brinquedos de meninas”, escreveu, reiterando o que já havia dito durante a apresentação na escola infantil. 

Minoridade, a arte de ser pequeno


Palavra nova esta! Dá a impressão de que foi Francisco de Assis quem inventou! Se não foi ele, o certo é que foi ele quem a encarnou e viveu! Vem do latim “minor” e pode ser traduzida como humildade, pequenez, serviço, despojamento, desapropriação, simplicidade. A minoridade se opõe a poder, prestígio, fama, status, aparência, deslumbre!

“O maior seja como o menor, e quem manda, como quem serve” (Lc 22, 26).

“Sendo de condição divina, não considerou o ser igual a Deus como algo a se apegar ciosamente, mas esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo. Humilhou-se e foi obediente até a morte e morte de cruz” (Epístola de São Paulo).

É uma característica essencial para quem quer levar uma vida franciscana! Pode-se dizer que MINORIDADE É A ARTE DE PASSAR DESPERCEBIDO. É como numa partida de futebol: quando não se fala do juiz, quando ele nem é percebido, é porque é um ótimo árbitro!

É A ARTE DA DESCOMPLICAÇÃO! É ser como a água, que procura sempre o lugar mais baixo, mais simples para passar, e ali escorre calma e tranquila; mesmo quando encontra um obstáculo, bate de leve, mas passa de lado sem criar maiores problemas.

“A minoridade nos faz solidários com os últimos da sociedade” (Regra Não-Bulada, 9).

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Vaticano publica nova edição do Catecismo da Igreja Católica


A Santa Sé publicou uma nova edição do Catecismo da Igreja Católica com uma breve apresentação do Papa Francisco e um comentário teológico-pastoral elaborado por Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Esta nova edição, por ocasião do 25º aniversário de sua primeira publicação no ano de 1992, não contém nenhuma modificação em relação à edição anterior.

Na apresentação, o Santo Padre afirma que “o Catecismo da Igreja Católica se apresenta como um caminho que, através de quatro etapas, ajuda a entender a dinâmica da fé”.

Essas quatro etapas são “o desejo de cada ser humano que carrega consigo o anseio de Deus”, “a vida da graça expressa em particular nos Sete Sacramentos”, “o estilo de vida do fiel como uma vocação a ser vivida segundo o Espírito” e “a oração como expressão de um encontro em que o homem e Deus se olham, falam e escutam”.

Esse percurso é necessário “para entender plenamente a identidade do fiel como discípulo missionário de Jesus Cristo”. 

Além disso, esta nova edição do Catecismo da Igreja Católica contém um comentário teológico-pastoral escrito por Dom Fisichella, “de grande ajuda para entrar sempre mais na compreensão do mistério da fé”, explica Francisco.

Assim, o Catecismo se torna “uma ulterior mediação por meio da qual promover e apoiar as Igrejas particulares em todo o mundo no compromisso de evangelização, como instrumento eficaz para a formação, sobretudo dos sacerdotes e catequistas”. 

Cartaz da CF 2018: “Superação da violência só será possível com a união de todos”.


Um grupo de pessoas com as mãos dadas, de diferentes idades e etnias, representando a multiplicidade da sociedade brasileira é a mensagem exposta no cartaz da Campanha da Fraternidade 2018. Especialmente no Ano do Laicato, a Igreja no Brasil convida a todos, por meio da CF 2018, a refletir sobre a problemática da violência, particularmente em como superá-la.

No cartaz, segundo o secretário-executivo das Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Luís Fernando, as pessoas que nele formam um círculo e unem as mãos indicam que a superação da violência só será possível a partir da união de todos. “A violência atinge toda a sociedade brasileira em suas múltiplas esferas, o caminho para superar a violência é a fraternidade entre as pessoas que se unem para implementar a cultura da paz”, explica. 

A escolha do Cartaz, de acordo com o padre Luís Fernando, foi feita com base em duas etapas. A primeira foi aberta a participação da população que pôde enviar sugestões de arte por meio de um edital aberto ao público e a segunda passou pela avaliação do Conselho Permanente da CNBB. “A partir dessa escuta é que chegou a atual configuração do Cartaz”, sublinhou.

Com o tema “Fraternidade e superação da violência”, a CF 2018 além de mapear a violência, colocará também em evidência as iniciativas que existem para superá-la, bem como despertar novas propostas com esse objetivo.  “A Igreja no Brasil escolheu o tema da superação da violência devido ao crescimento dos índices de violência no Brasil. Esse tema já foi discutido na década de 80, num contexto em que o país vivia a recessão militar e dentro desse contexto foi possível mapear diversas formas de violência”, afirma padre Luís.

Ele explica ainda que o lema da CF “Vós sois todos irmãos” foi extraído do capítulo 23 do Evangelho de São Mateus, no qual Jesus repreende os fariseus e mestres da lei, por suas práticas não serem coerentes com os seus discursos: “Os fariseus e mestres da lei valorizavam a sociedade hierarquizada. Jesus propõe-lhes então um novo modelo mais comunitário e fraterno “Vós sois todos irmãos”.

“O lema da Campanha da Fraternidade 2018 é um convite para a superação da violência por meio do reconhecimento de que cada pessoa humana é irmão, é irmão e se assim o é então não se pode deferir contra ele (a) atos de violência”, finaliza padre Luís.