quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Igreja no Brasil conta com mais uma diocese no estado da Bahia


São 10 municípios, 12 paróquias e 185 comunidades que compõem a nova diocese, localizada no recôncavo Sul da Bahia. Distante 146 quilômetros da capital Salvador (BA), a diocese de Cruz das Almas (BA) foi erigida nesta quarta-feira, 22 de novembro, pelo papa Francisco. Na mesma ocasião, foi nomeado o primeiro bispo: dom Antônio Tourinho Neto, então bispo auxiliar de Olinda e Recife (PE).

O território da nova diocese foi desmembrado da arquidiocese de Salvador. Desta forma, as 12 paróquias localizadas em 10 municípios farão parte da nova circunscrição. Cabaceiras do Paraguaçu, Cachoeira, Cruz das Almas, Governador Mangabeira, Maragogipe, Muritiba, Santo Amaro, São Félix, Sapeaçu e Saubara, todas cidades baianas, somam juntas 185 comunidades, as quais refletem em seus padroeiros a devoção a Bom Jesus da Lapa e a Nossa Senhora.

O município de Cruz das Almas tem em torno de 63.300 habitantes. A história diz que o nome Cruz das Almas refere-se a antigos tropeiros que passavam pela região e que, ao chegarem à vila de Nossa Senhora do Bonsucesso paravam e rezavam diante da cruz localizada no centro da vila, na intenção das almas de seus mortos.

De acordo com a história do município divulgada pela prefeitura, os primeiros povoadores procederam de São Félix e Cachoeira, no século XVIII, atraídos pela capacidade produtiva do solo. Várias paróquias da região datam ainda do século XVII.

Novo Bispo

Natural de Jequié na Bahia, dom Antônio, foi nomeado bispo auxiliar de Olinda e Recife (PE) em 2014, pelo papa Francisco. Desde janeiro de 2015 ajuda dom Fernando Saburido a administrar a arquidiocese que é formada por 19 municípios, além do Arquipélago de Fernando de Noronha. A região eclesiástica tem 115 paróquias e uma população estimada em quatro milhões de habitantes.

Nascido em 9 de janeiro de 1964, em Jequié (BA), foi ordenado presbítero em 20 de janeiro de 1990.É formado em Ciências Contábeis e Psicanálise pela Sociedade Psicanalista do Estado da Bahia (SPEB). Aos 18 anos, ingressou no Seminário Central da Bahia onde obteve o título de bacharel em Filosofia. No Seminário de São José no Rio de Janeiro, cursou Teologia. Possui pós-graduação em Direito Canônico pelo Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Corporal e Sanguíneo: objetos litúrgicos.


O Corporal


O corporal (do latim corporalis, relativo ao corpo) é um pano quadrado, dobrado em nove pequenos quadrados, colocado sobre o altar durante a Liturgia Eucarística e sobre o qual são colocados o cálice, a patena e os cibórios.

Geralmente o corporal é feito de linho ou outro pano branco e permanece sempre dobrado, a fim de preservar possíveis fragmentos das Sagradas Espécies que venham a cair. E esta é justamente sua principal finalidade: reter possíveis fragmentos das Sagradas Espécies que caiam.

O corporal, sobretudo quando tem de ser transportado, convém ser colocado dentro de uma bolsa própria, de nome bursa. A bursa pode ser da cor litúrgica da celebração ou sempre branca.

Para a Celebração Eucarística, o corporal é colocado dobrado sobre o cálice e levado ao altar junto deste no momento da Apresentação das Oferendas. Não se deve estender o corporal sobre o altar desde o início da celebração. Durante toda a Liturgia Eucarística o corporal permanece estendido no altar, tendo sobre si os vasos sagrados. Após a Comunhão, é novamente dobrado e levado com o cálice novamente para a credência.

Para dobrar o corporal, dobrem-se primeiramente os três quadrados mais próximos da pessoa em direção aos três do meio. Em seguida, dobram-se os três mais distantes sobre os três do meio. Dobram-se então os dois quadrados das extremidades sobre o do centro. Para desdobrar o corporal, proceda-se de modo inverso.

Para a lavagem do corporal, bem como de todas as alfaias que têm contato com as Sagradas Espécies, enxague-se uma primeira vez e jogue-se a água em uma planta ou em água corrente. Só então lave-se normalmente.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Você realmente crê em Jesus na Eucaristia?


O Evangelho de Marcos 5,21-43, nos traz o caso da mulher que há doze anos sofria com uma hemorragia. Ao ver Jesus passar, acompanhado por uma multidão, pensou consigo: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. Assim o fez e nunca mais padeceu desse sofrimento.

É notável a imensidão da fé daquela mulher em acreditar que apenas com um toque no manto de Jesus seria curada de um mal que nenhum médico conseguira. Essa atitude foi um exemplo claro da definição de fé feita pelo apóstolo Paulo, em Hebreus 11,1: “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem”. Acreditar sem ver, esperar aquilo que aos olhos humanos é impossível de se concretizar. Isso é fé!

Ao ler essa passagem, comecei a refletir sobre como Jesus é visto hoje e as nossas expectativas em relação àquilo que ele pode realizar. Será que nossa fé chega ao menos perto da fé daquela mulher com hemorragia?

Talvez hesitamos em depositar tamanha fé em Jesus por pensar que naquela época, em que conviveu no mundo em forma de homem, sua ação seria mais poderosa. Algumas pessoas até costumam dizer que naquele tempo era mais fácil viver a fé devido à convivência lado a lado com Jesus.

Esse pensamento é inteiramente equivocado, pois o Cristo que nasceu numa manjedoura, anunciou a salvação, realizou curas e milagres, morreu numa cruz e depois de três dias ressuscitou, é o mesmo hoje! A única coisa que mudou foi a sua forma. O Catecismo da Igreja Católica (CIC 1373) nos explica que Jesus se faz presente em diversas maneiras, na Palavra, na oração, nos sacramentos, nos pobres, dentre outros. Mas principalmente, Jesus está presente na Eucaristia!

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Padre não trabalha!


Se um Professor estuda, se prepara e dá uma aula de 45 minutos, ele está trabalhando.

Se um Padre estuda, se prepara e prega uma mensagem de 45 minutos, ELE NÃO TRABALHA.

Se um Psicólogo atende e aconselha pessoas, ele está trabalhando.
Se um Padre atende e aconselha pessoas, ELE NÃO TRABALHA.

Se um Administrador se organiza, faz reforma, contrata mão de obra, e gerencia uma empresa, ele está trabalhado…

Se um Padre se organiza, faz reforma, contrata mão de obra e gerencia uma igreja, ELE NÃO TRABALHA.

Se um contador faz os cálculos, economiza, equilibra as finanças e faz investimentos, ele está trabalhando…

Se um Padre faz cálculos, economiza, equilibra as finanças e faz investimentos na igreja, ELE NÃO TRABALHA.

Se qualquer um desses tirar férias, é justo, afinal, eles trabalham…
Já um Padre não pode tirar férias, não deve receber salário, e não merece respeito…

Afinal, ELE NÃO TRABALHA.

VALORIZE SEU PADRE! 

domingo, 19 de novembro de 2017

Espero que esta cruz seja o princípio para se levantarem muitas outras


Voltando pouco depois para lá encontrei um local onde podia ficar: uma pequena choupana perto do rio; e, passado algum tempo, ofereceram-me uma palhoça maior. Dois meses mais tarde, o Padre Reitor enviou o Padre Diogo de Boroa. Este chegou finalmente na segunda-feira de Pentecostes. Com muita consolação considerávamos como o amor de Deus nos juntava naquelas terras tão longínquas. Dividimos entre nós o limitado espaço da nossa morada, com um tabique feito de canas. Ao lado tínhamos uma capela, pouco maior que o próprio altar em que celebrávamos a Missa. Por eficácia deste supremo e divino sacrifício, em que Cristo se ofereceu ao Pai na Cruz, começou ele a triunfar ali, pois os demônios que antes costumavam aparecer a estes índios não se atreveram a aparecer mais, como testemunhou algum deles. Resolvemos continuar na mesma palhoça, embora tudo nos faltasse. O frio era tanto que nos custava adormecer. O alimento também não era melhor: milho ou farinha de mandioca, que é a comida dos índios; e porque começamos a buscar pelos bosques umas ervas de que se alimentam os papagaios, com este apelido nos chamavam.

Prosseguindo as coisas deste modo, e temendo os demônios que, se a Companhia de Jesus entrasse nestas regiões, eles perderiam em breve o que por tanto tempo tinham possuído, começaram a espalhar por todo o Paraná que nós éramos espiões e falsos sacerdotes, e que trazíamos a morte em nossos livros e imagens. Divulgou-se isto a tal ponto que, estando o Padre Boroa a explicar aos índios os mistérios da nossa fé, eles temiam aproximar-se das sagradas imagens, com receio de algum contágio mortífero. Mas estas ideias foram-se desfazendo pouco a pouco, sobretudo quando viram com os próprios olhos que os nossos eram para eles como verdadeiros pais, dando-lhes de bom grado quanto tinham em casa e assistindo-os nos seus trabalhos e enfermidades,de dia e de noite, auxiliando-os não só em proveito das suas almas, o que é certamente mais importante, mas também dos seus corpos.

E assim, quando vimos consolidar-se o amor dos índios para conosco, pensamos em construir uma igreja, que, embora pequena e modesta e coberta com palha, apareceu a esta gente miserável como um palácio real, e ficam atônitos quando levantam os olhos para o teto. Ambos tivemos de trabalhar com barro para fazer o reboco e para ensinar os indígenas a fazer tijolos. Deste modo conseguimos ter a igreja pronta para o dia de Santo Inácio do ano passado de 1615. Neste dia celebramos lá a primeira missa e renovamos os nossos votos. Houve ainda outros ritos festivos, quanto era possível segundo a pobreza do lugar. Também quisemos organizar umas danças, mas estes rapazes são tão rudes que não conseguiram aprendê-las. Levantamos depois uma torre de madeira e pusemos nela um sino que a todos encheu de admiração, pois nunca tinham visto nem ouvido semelhante coisa. Também foi ocasião de grande devoção uma cruz que os próprios indígenas levantaram: tendo-lhes nós explicado por que razão os cristãos adoram a cruz, eles se ajoelharam conosco para adorá-la. Desconhecida até agora nestas terras, espero em nosso Senhor que esta cruz seja o princípio para se levantarem muitas outras.


Das Cartas de São Roque González, presbítero

(Lit. Annuae P. Rochi González pro anno 1615 [s. d.] datae ad P. Provincialem Petrum Oñate. Ed. [in lingua hispanica] in: Documentos para la Historia Argentina, vol.20, Buenos Aires 1920, pp. 24-25) (Séc.XVII)

Sabe por que 3 da manhã é a “hora do diabo”?


Filmes de terror e programas de TV sobre fenômenos paranormais sempre falam sobre a “hora do diabo”, que, dependendo da fonte, pode variar entre o período das três às quatro horas da manhã ou entre a meia-noite e as três da manhã. A opinião unânime é que o diabo seria mais poderoso durante  a escuridão da madrugada.

Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas nos dizem que Jesus morreu durante a “nona hora”. No cálculo moderno, seria às 3 da tarde. Satanás, então, virou o simbolismo em sua cabeça, tomando para si o horário das três da madrugada , em zombaria direta de Deus. Outra razão para essa escolha é o fato de ser no meio da noite; o sol ainda vai demorar algumas horas para nascer.

As Escrituras também se referem à noite e à escuridão como um período de pecado. Este conceito é perfeitamente resumido no Evangelho de João: “Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más. Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas” (João 3, 19029).

Além disso, Jesus foi traído por Judas durante a noite e Pedro negou Jesus antes do “galo cantar”. Acredita-se também que o “julgamento” de Jesus no Sinédrio ocorreu durante a “hora do diabo”.

sábado, 18 de novembro de 2017

Reino Unido obriga escolas católicas a trocarem ‘pai’ e ‘mãe’ por 'tutores'


Governo do Reino Unido comunicou às escolas católicas que elas, a exemplo das demais, vão ter de eliminar nos formulários dos alunos os termos “pai” e “mãe”, substituindo-os por “tutor 1” e “tutor 2”.

Essa determinação faz parte do Código de Admissão às Escolas do Estado, que também se aplica às escolas confessionais.


O objetivo desse item do código é impedir que progenitores gays, separados, madrastas e padrastos e seus filhos se sintam discriminados.


Após haver reclamações de tutores, o governo “lembrou” à Igreja Católica que o código vale também para os seus estabelecimentos.

Um Padre desabafa: "Querem-nos casar à força!"


Querem-nos casar à força! Graças a Deus, a hipótese que se pode vir a pôr em cima da mesa é a de aceitar homens casados para a Ordenação e não o que muitos pensam (e até, sei lá porquê, queriam!) de permitir que os Padres se casem.

Também eu desejei casar e ter filhos. Mas Deus concedeu-me este dom que é o celibato. Insisto: é um DOM. O celibato não é fruto de um esforço inumano, desumano ou super-humano. É um dom de Deus a acolher, a cuidar e a rezar!

A Igreja (especialmente a latina) ao longo dos tempos tem percebido que este dom é de grande ajuda para que os seus Padres sejam mais claramente sinal da realidade do Céu, para a qual todos somos chamados a caminhar. Mas se se perde o horizonte, perde-se a razão. Se o Padre deixa de ser sinal da vida futura e é apenas uma profissão como qualquer outra neste mundo, então porque não podem ser casados? A pergunta é claramente pertinente.

Com a contínua perda do conceito sagrado de vocação (de modo especial da vocação sacerdotal), perdeu-se a noção do plano de Deus. Hoje tudo se escolhe segundo critérios que, por vezes, de divinos nada têm.

Vivemos um tempo de crise familiar (acima de tudo conjugal), porque se deixou de ver a vida como vocação, o Matrimônio como vocação (e também o Sacerdócio). Vocação entendida como um chamamento de Deus a uma vida de amor que é o seu próprio Amor (Caridade) a caminho do Céu e da plena comunhão na Caridade.

Ao perder-se isto, perde-se noção de toda a vida cristã e, então, já nada nos distingue do resto do mundo. Ao esquecer-se a Caridade (que é o maior fruto do Espírito Santo, e, por isso, sinal de uma vida espiritual incarnada), resta apenas a moralidade, ou, pior, o moralismo.

Com a crise familiar em que estamos e com a crise de espiritualidade que vivemos, será um risco enorme para as pessoas envolvidas (marido, mulher e filhos) e para a Igreja (latina e ocidental) permitir a ordenação a homens casados.