O
Evangelho de Marcos 5,21-43, nos traz o caso da mulher que há doze
anos sofria com uma hemorragia. Ao ver Jesus passar, acompanhado por
uma multidão, pensou consigo: “Se eu ao menos tocar na roupa dele,
ficarei curada”. Assim o fez e nunca mais padeceu desse sofrimento.
É
notável a imensidão da fé daquela mulher em acreditar que apenas
com um toque no manto de Jesus seria curada de um mal que nenhum
médico conseguira. Essa atitude foi um exemplo claro da definição
de fé feita pelo apóstolo Paulo, em Hebreus 11,1: “a fé é o
firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que
não se veem”. Acreditar sem ver, esperar aquilo que aos olhos
humanos é impossível de se concretizar. Isso é fé!
Ao
ler essa passagem, comecei a refletir sobre como Jesus é visto hoje
e as nossas expectativas em relação àquilo que ele pode realizar.
Será que nossa fé chega ao menos perto da fé daquela mulher com
hemorragia?
Talvez
hesitamos em depositar tamanha fé em Jesus por pensar que naquela
época, em que conviveu no mundo em forma de homem, sua ação seria
mais poderosa. Algumas pessoas até costumam dizer que naquele tempo
era mais fácil viver a fé devido à convivência lado a lado com
Jesus.
Esse
pensamento é inteiramente equivocado, pois o Cristo que nasceu numa
manjedoura, anunciou a salvação, realizou curas e milagres, morreu
numa cruz e depois de três dias ressuscitou, é o mesmo hoje! A
única coisa que mudou foi a sua forma. O Catecismo da Igreja
Católica (CIC 1373) nos explica que Jesus se faz presente em
diversas maneiras, na Palavra, na oração, nos sacramentos, nos
pobres, dentre outros. Mas principalmente, Jesus está presente na
Eucaristia!
A
presença de Jesus na Eucaristia
Infelizmente,
algumas pessoas esquecem ou até mesmo desconhecem o real significado
da Sagrada Eucaristia. O grande erro é pensar que a Eucaristia
representa o corpo de Cristo. Não! A Eucaristia não representa o
corpo, pois ela não é um simbolismo. De fato e mediante a fé, a
Eucaristia é o próprio corpo de Jesus. Em cada partícula da
Comunhão estão presentes o seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Essa presença não é simbólica, mas sim real!
Quando
entramos numa fila para receber a Comunhão temos que estar cientes
de que não se trata apenas de um rito da Igreja, mas sim de uma
experiência com Jesus na sua forma física. É um contato direto que
temos com o nosso Salvador!
Esse
deve ser o principal motivo para irmos a uma Celebração
Eucarística, ter um encontro pessoal e concreto com Jesus. Tanto faz
se quem está celebrando é um sacerdote ou um ministro, a Comunhão
é a mesma, o Cristo que irá abastecer a sua fé é o mesmo!
Finalizo
esta reflexão sobre fé com as palavras de Jesus em João 11,40: “se
creres verás a glória de Deus”. Eis o que nos cabe para receber
uma graça, acreditar, simplesmente acreditar.
Rodrigo
Martins
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Interação Católica
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