quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Mensagem do Papa Francisco por ocasião da Campanha da Fraternidade 2018


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO 
AOS FIÉIS BRASILEIROS 
POR OCASIÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2018

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Neste tempo quaresmal, de bom grado me uno à Igreja no Brasil para celebrar a Campanha “Fraternidade e a superação da violência”, cujo objetivo é construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência. Desse modo, a Campanha da Fraternidade de 2018 nos convida a reconhecer a violência em tantos âmbitos e manifestações e, com confiança, fé e esperança, superá-la pelo caminho do amor visibilizado em Jesus Crucificado.

Jesus veio para nos dar a vida plena (cf. Jo 10, 10). Na medida em que Ele está no meio de nós, a vida se converte num espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos (cf. Exort. Apost. Evangelii gaudium, 180). Este tempo penitencial, onde somos chamados a viver a prática do jejum, da oração e da esmola nos faz perceber que somos irmãos. Deixemos que o amor de Deus se torne visível entre nós, nas nossas famílias, nas comunidades, na sociedade.

“É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação” (1 Co 6,2; cf. Is 49,8), que nos traz a graça do perdão recebido e oferecido. O perdão das ofensas é a expressão mais eloquente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Às vezes, como é difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração, a paz. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições necessárias para se viver como irmãos e irmãs e superar a violência. Acolhamos, pois, a exortação do Apóstolo: “Que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento” (Ef 4, 26).

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Austrália: Vaticano confirma excomunhão de sacerdote que violou segredo de confissão



A Arquidiocese australiana de Brisbane informou que um dos seus sacerdotes foi excomungado automaticamente depois de violar o segredo de confissão.

Assim indicou a Arquidiocese liderada por Dom Mark Coleridge em um comunicado divulgado em 7 de fevereiro.

A notícia do caso já foi divulgada por alguns meios, assinalando que foi o Papa teria excomungado Pe. Ezinwanne Igbo, quando na verdade foi o próprio sacerdote de origem nigeriana que incorreu na excomunhão automática.

O que o Vaticano fez foi confirmar a pena pela ofensa canônica cometida pelo sacerdote que servia na Paróquia Stella Maris, em Queensland, onde está localizada a Arquidiocese de Brisbane.

O caso teve início em 2016, quando a Arquidiocese recebeu várias reclamações sobre o sacerdote. Uma delas se referia a “uma ofensa canônica que resultou em excomunhão automática”.

A Santa Sé autorizou o início de uma investigação arquidiocesana, com a qual “foi confirmada a acusação de maneira unânime”, indica o texto.
Depois de concluir o processo local, refere o comunicado: “O Arcebispo enviou o processo à Santa Sé, que solicitou que se torne pública a excomunhão. Portanto, a Arquidiocese informa agora que Pe. Ezinwanne Igbo foi excomungado”.

O texto explica que, “enquanto a excomunhão estiver em vigor, Pe. Ezinwanne não pode presidir a celebração da Missa ou qualquer outra celebração de culto, nem pode celebrar ou receber os sacramentos e não pode exercer nenhum  ofício do ministério na Igreja”.

“A excomunhão continuará vigente até que Pe. Ezinwanne procure, e lhe concedam, a remissão do Papa, que é o único que pode concedê-la”.

Esta situação, concluiu o comunicado da Arquidiocese, “foi dolorosa para a paróquia” e, por isso, “pedimos para que rezem por todos aqueles que sofrem as consequências do que aconteceu. Que Maria, Stella Maris, guie a paróquia em seu caminho à paz”. 

Ninguém tem autoridade para realizar cerimônias de “bênção” de casais homossexuais, afirma bispo.



Só para esclarecer...

A internet é cheia de boatos, notícias falsas e informações inexatas...

Gira na rede que um importante cardeal teria admitido a possibilidade de abençoar pares homossexuais.

É verdade que isto foi dito? Não sei!

A informação é, realmente, esta? Não sei!

O cardeal pensa isto? Não sei! Prefiro achar que não...

Mas, coloco a questão em tese:

Seria possível abençoar um par homossexual?

A resposta firme e cristalina é NÃO!

Abençoar pessoas homossexuais é possível: são pessoas e, se batizados, são filhos de Deus.

Agora, abençoar uma união homossexual é contra as Escrituras e a perene Tradição da Igreja!

Ninguém, na Igreja, tem autoridade para fazê-lo, permiti-lo ou incentivá-lo!
 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Igreja dedicada aos 21 mártires cristãos decapitados pelo ISIS será inaugurada na Líbia


No dia 15 de fevereiro, a igreja dedicada aos 21 mártires coptas que foram decapitados na Líbia pelos terroristas do Estado Islâmico (ISIS) em 2015 será aberta no Egito.

A agência do Vaticano Fides informou que os parentes dos cristãos assassinados participarão. Ainda não foi confirmado se os restos mortais destes serão transferidos para o novo templo.

A construção começou  em abril de 2015 , com o apoio do governo egípcio, na cidade de Our, que está perto da aldeia de Samalot, na província de Minya, onde a maioria dos mártires veio. O ISIS sequestrou os 21 homens entre dezembro de 2014 e janeiro do ano seguinte na Líbia.

Seus corpos  foram encontrados em setembro de 2017  na cidade líbia de Sirte e posteriormente  identificados pelo Departamento de Medicina Forense do Egito .

A abertura da igreja foi marcada para 15 de fevereiro de 2018. Uma semana após o martírio, o Papa copta Tawadros II decidiu matriculá-los no livro dos mártires da Igreja Copta e estabeleceu que sua memória será celebrada nesse dia.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Campanha da Fraternidade 2018: "Fraternidade e superação da violência".



A Campanha da Fraternidade de 2018 tem como tema: “Fraternidade e superação da violência” e como lema: “Vós sois todos irmãos (Mt 23,8).

Segundo o texto-base: “o tema pretende considerar que a violência nunca constitui uma resposta justa. A Igreja Católica proclama, com a convicção de sua fé em Cristo e com a consciência de sua missão, que a violência é um mal, que a violência é inaceitável como solução para os problemas, que a violência não é digna do homem. A violência é mentira que se opõe à verdade de nossa fé, à verdade de nossa humanidade. A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos”.

O Objetivo Geral da campanha da Fraternidade 2018 é: “Constituir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência”. Há também nesta Campanha sete Objetivos Específicos: 

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Itália: Arcebispo de Turim suspende o retiro da Quaresma para casais homossexuais


O arcebispo de Turim (Itália), Mons. Cesare Nosiglia, suspendeu o retiro para casais do mesmo sexo organizados pelo sacerdote a quem confiou sua pastoral, porque ajudar essas pessoas em sua jornada espiritual não significa "comportamentos ou sindicatos de apoio" homossexuais, opções morais inaceitáveis ​​para a Igreja »

Em uma declaração pública, o arcebispo explicou que o acompanhamento pastoral dos homossexuais "não significa aprovar comportamentos homossexuais ou sindicatos, opções morais inaceitáveis ​​para a Igreja, porque tais opções estão longe de expressar o projeto de unidade entre o homem e a mulher queridos pela vontade de Deus o criador como uma doação recíproca e frutífera ».

"No entanto," acrescentou o prelado", isso não significa não cuidar dos crentes homossexuais e suas questões de fé ".

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2018: «Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos» (Mt 24, 12)


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO 
PARA A QUARESMA DE 2018

«Porque se multiplicará a iniquidade,
vai resfriar o amor de muitos» (Mt 24, 12)


Amados irmãos e irmãs!

Mais uma vez vamos encontrar-nos com a Páscoa do Senhor! Todos os anos, com a finalidade de nos preparar para ela, Deus na sua providência oferece-nos a Quaresma, «sinal sacramental da nossa conversão»,[1] que anuncia e torna possível voltar ao Senhor de todo o coração e com toda a nossa vida.

Com a presente mensagem desejo, este ano também, ajudar toda a Igreja a viver, neste tempo de graça, com alegria e verdade; faço-o deixando-me inspirar pela seguinte afirmação de Jesus, que aparece no evangelho de Mateus: «Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos» (24, 12).

Esta frase situa-se no discurso que trata do fim dos tempos, pronunciado em Jerusalém, no Monte das Oliveiras, precisamente onde terá início a paixão do Senhor. Dando resposta a uma pergunta dos discípulos, Jesus anuncia uma grande tribulação e descreve a situação em que poderia encontrar-se a comunidade dos crentes: à vista de fenómenos espaventosos, alguns falsos profetas enganarão a muitos, a ponto de ameaçar apagar-se, nos corações, o amor que é o centro de todo o Evangelho.

Os falsos profetas

Escutemos este trecho, interrogando-nos sobre as formas que assumem os falsos profetas?

Uns assemelham-se a «encantadores de serpentes», ou seja, aproveitam-se das emoções humanas para escravizar as pessoas e levá-las para onde eles querem. Quantos filhos de Deus acabam encandeados pelas adulações dum prazer de poucos instantes que se confunde com a felicidade! Quantos homens e mulheres vivem fascinados pela ilusão do dinheiro, quando este, na realidade, os torna escravos do lucro ou de interesses mesquinhos! Quantos vivem pensando que se bastam a si mesmos e caem vítimas da solidão!

Outros falsos profetas são aqueles «charlatães» que oferecem soluções simples e imediatas para todas as aflições, mas são remédios que se mostram completamente ineficazes: a quantos jovens se oferece o falso remédio da droga, de relações passageiras, de lucros fáceis mas desonestos! Quantos acabam enredados numa vida completamente virtual, onde as relações parecem mais simples e ágeis, mas depois revelam-se dramaticamente sem sentido! Estes impostores, ao mesmo tempo que oferecem coisas sem valor, tiram aquilo que é mais precioso como a dignidade, a liberdade e a capacidade de amar. É o engano da vaidade, que nos leva a fazer a figura de pavões para, depois, nos precipitar no ridículo; e, do ridículo, não se volta atrás. Não nos admiremos! Desde sempre o demónio, que é «mentiroso e pai da mentira» (Jo 8, 44), apresenta o mal como bem e o falso como verdadeiro, para confundir o coração do homem. Por isso, cada um de nós é chamado a discernir, no seu coração, e verificar se está ameaçado pelas mentiras destes falsos profetas. É preciso aprender a não se deter no nível imediato, superficial, mas reconhecer o que deixa dentro de nós um rasto bom e mais duradouro, porque vem de Deus e visa verdadeiramente o nosso bem.

Homilética: 7º Domingo do Tempo Comum - Ano B: "Jesus, o Pecado e a Confissão".


Neste domingo, o Senhor convida-nos a refletir sobre o perdão dos pecados, que se obtém através do Sacramento da Penitência ou Reconciliação.

Quatro amigos levam à presença do Senhor um paralítico desejoso de ver-se livre da doença que o mantém preso ao leito. Depois de inúmeros esforços para consegui-lo, ouvem as palavras dirigidas ao amigo enfermo: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (Mc 2, 5). É muito possível que não fossem essas as palavras que esperavam ouvir do Mestre; mas Cristo indica-nos que a pior de todas as opressões, a mais trágica das escravidões que um homem pode sofrer é o pecado, pois este não é apenas mais um dentre os males que podem afligir as criaturas, mas é o único mal absoluto.

Os amigos que levaram o paralítico à presença de Jesus compreenderam que acabava de ser-lhe concedido o maior de todos os bens: a libertação dos seus pecados! E nós não podemos esquecer a grande cooperação para o bem que significa empregarmos todos os meios ao nosso alcance para desterrar o pecado do mundo. Muitas vezes, o maior favor, o maior benefício que podemos fazer a um amigo, ao irmão, aos pais, aos filhos, é ajudá-los a ter muito em conta o sacramento da misericórdia divina (a confissão). É um bem para a família, para a Igreja, para a humanidade inteira, ainda que aqui na terra muito pouca gente se aperceba disso.

Cristo liberta do pecado com o seu poder divino: Quem pode perdoar pecados senão só Deus? Ele veio à terra para isso: “Deus, porém, rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, e estando nós mortos pelos nossos pecados, deu-nos a vida por Cristo” (Ef. 2, 4-5). Depois de perdoar ao paralítico os seus pecados, o Senhor curou-o também dos seus males físicos. Este homem não deve ter demorado a compreender que a sua grande sorte fora a primeira: sentir a sua alma trespassada pela misericórdia divina e poder olhar para Jesus com um coração limpo.

O paralítico ficou curado de alma e de corpo! E os seus amigos são hoje um exemplo para nós de como devemos estar dispostos a prestar a nossa ajuda para o bem das almas – sobretudo mediante um apostolado pessoal de amizade – e a potenciar o bem humano da sociedade por todos os meios ao nosso alcance: oferecendo soluções positivas para anular o mal, colaborando com qualquer obra a favor do bem, da vida, da cultura…

A cura do corpo testemunha o perdão dos pecados; é sinal externo, ao alcance de todos, do perdão concedido e, ao mesmo tempo, demonstra a grandeza do perdão de Deus, que não destrói somente os pecados do homem, mais também o cumula de maravilhosos bens.

O perdão dos pecados é uma iniciativa da misericórdia de Deus que procura todos os caminhos para salvar o homem, criatura do Seu amor.

O poder de perdoar pecados, que Jesus tinha, continua na Igreja a quem foi entregue, na primeira aparição do Cristo Ressuscitado, na tarde do dia de Páscoa (Jo 20, 19-23): “Recebam o Espírito Santo, a quem perdoardes… serão perdoados…”. Os apóstolos foram enviados a perdoar em nome de Deus… Daí a beleza e a grandeza do Sacramento da Reconciliação ou Penitência (Confissão). É o Sacramento da Alegria: Nasceu no dia de Páscoa, num clima de alegria e vitória (sobre a morte e o pecado). A alegria de experimentar o Perdão do Senhor e a Comunhão com os irmãos; sentir-se perdoado e aceito por um Deus, Pai e Amigo, que nos repete: “Filho, teus pecados estão perdoados…”

Não podemos reduzir o Sacramento da confissão a apenas um ritualismo de contar os pecados ao padre. Precisa de um processo de conversão, pelo qual o cristão se reconhece pecador e deseja refazer sua vida cristã.

O Sacramento da Confissão constitui uma forma especial de ação de graças pelo mistério do Cristo que perdoou ou que manifestou à humanidade a misericórdia do Pai através do perdão aos pecadores. Como Deus, Ele pode perdoar pecados e deseja perdoá-los, bastando que as pessoas, arrependidas, reconheçam o seu pecado. Para que esta reconciliação adquira uma forma perceptível ou sacramental, Jesus transmitiu o seu poder de perdoar os pecados aos apóstolos e seus sucessores.

Demos graças a Deus por todas as vezes que fomos perdoados no Sacramento da Penitência (Confissão) e por toda graça que já recebemos através desse sacramento.