terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

5 anos da renúncia de Bento XVI: "gesto heroico de amor à Igreja"



Cinco anos se passaram desde 11 de fevereiro de 2013, quando Bento XVI anunciou a decisão de renunciar ao Pontificado. Aquele gesto, que pegou o mundo de surpresa, é cada vez mais compreendido como um grande ato de amor pela Igreja.

“Tenho muitas recordações do Papa Bento XVI e não quero esquecê-los, para manter aqueles anos vivos em minha memória. Obviamente, os momentos mais fortes foram ligados à sua renúncia. Lembro-me muito bem quando em 5 de fevereiro de 2013, ele me chamou em sua sala e me anunciou a decisão de renunciar. Naquela hora, pensei em lhe pedir para pensar um pouco mais... mas não o fiz, porque sabia que ele havia rezado muito. E justamente ali me recordei que durante um longo tempo, ele se detinha na sacristia antes de celebrar a missa; ficava rezando inclusive quando o relógio tocava assinalando o início da celebração. Ele o ignorava e permanecia ali, diante do crucifixo, na sacristia. Eu pensava que ele estava rezando por alguma coisa muito importante.

“Naquele dia 5, enquanto ouvia sua decisão, pensei: 'Então era por isso que ele rezava tanto!”

Quando o mundo inteiro foi informado

“Naturalmente outro momento forte foi o anúncio público, no Consistório de 11 de fevereiro. Eu chorei o tempo todo e inclusive no almoço. Ele entendeu que eu estava emocionado; eu lhe disse: ‘Santo Padre, mas o sr. está tranquilo?’. E ele respondeu com firmeza: ‘Sim’, porque seu trabalho já estava feito. Estava sereno porque sabia que tinha avaliado tudo e que estava em paz, na vontade de Deus”. 

Você é cristão ou socialista?



"A religião é o ópio do povo. A abolição da religião como felicidade ilusória é o que falta para sua verdadeira felicidade." (Karl Marx, 1844) 

"Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista." (Pio XI, encíclica "Quadragesimo Anno") 


"A religião é o ópio do povo. Esta máxima de Marx constitui a pedra angular de toda a concepção marxista na questão religiosa. O marxismo considera sempre que todas as religiões e igrejas modernas, todas e cada uma das organizações religiosas, são órgãos da reação burguesa chamados a defender a exploração e embrutecer a classe operária." (Vladimir Lênin, 1909) 


"Os principais autores desta intriga tão abominável não se propõem outra coisa senão impelir os povos, agitados já por toda classe de ventos de perversidade, ao transtorno absoluto de toda a ordem humana das coisas, e entregá-los aos criminosos sistemas do novo socialismo e comunismo." (Pio IX, encíclica "Noscitis et Nobiscum") 


"Devemos lutar contra a religião. Isto é o abc de todo materialismo e, portanto, do marxismo." (Vladimir Lênin, 1909) 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Terra Santa: Líderes cristãos fecham indefinidamente o Santo Sepulcro


Em uma “medida sem precedentes”, a Basílica do Santo Sepulcro foi fechada indefinidamente no domingo, 25 de fevereiro, pelos líderes cristãos da Terra Santa a fim de protestar contra as “cobranças escandalosas” que o prefeito de Jerusalém pretende realizar e uma lei de expropriação que o Parlamento discutirá, no que “parece ser uma tentativa de enfraquecer a presença cristã”.

A basílica onde, segundo a tradição, está o túmulo de Jesus, foi fechada a partir do meio dia. No lado de fora estavam o Custódio da Terra Santa, Pe. Francesco Patton, o Patriarca de Jerusalém, Theophilos III, e o Patriarca armênio de Jerusalém, Nourhan Manougian.

Em um comunicado conjunto, os três líderes que compartilham a administração do lugar sagrado denunciaram “a campanha sistemática de abusos contra as igrejas e os cristãos”, e que atingiu “o seu ponto mais alto, pois estão promovendo um projeto discriminatório e racista que aponta unicamente as propriedades da comunidade cristã na Terra Santa".

A imprensa internacional informou que o comunicado se refere ao projeto de lei que permitiria o governo de Israel expropriar os terrenos das Igrejas Católica e Ortodoxa.

“Este projeto de lei abominável está pronto para avançar hoje em uma reunião de um comitê ministerial e, caso aprovado, tornaria possível a expropriação de terras das Igrejas. Isso nos recorda as leis similares adotadas contra os judeus durante o período mais obscuro na Europa”, denunciaram.

Além disso, indicaram, estão os “avisos de cobranças escandalosas e ordens de confiscação” emitidos pelo município de Jerusalém “por supostas dívidas de impostos municipais punitivos”.

“Mudança de paradigma” na doutrina não é desenvolvimento, mas corrupção, diz Cardeal Müller


O Prefeito Emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal alemão Gerhard Müller, explicou que uma “mudança de paradigma” na doutrina católica não é desenvolvimento, mas corrupção.

Assim indicou o Cardeal em um artigo publicado em 20 de fevereiro na revista americana ‘First Things’, intitulado “Development or corruption” (Desenvolvimento ou corrupção).

No texto, o Cardeal explicou que a tentativa de algumas pessoas de modificar a doutrina católica para promover a sua agenda é contrária aos mandamentos e denunciou que quem encoraja uma mudança do ensinamento da Igreja na teologia moral, como se fosse uma “decisão de consciência digna de louvor”, na verdade “fala contra a fé católica”.

Em sua opinião, uma “mudança de paradigma” na doutrina, ou seja, “uma mudança fundamental nas formas teóricas do pensamento e do comportamento social” em relação à “presença da Igreja no mundo”, simplesmente não é possível, porque “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre”, como afirma o livro dos Hebreus na Bíblia.

Este último, sublinhou, “é o nosso paradigma, que não será mudado por nenhum outro”.

Portanto, “uma mudança de paradigma, através da qual a Igreja assuma os critérios da sociedade moderna para serem assimilados, não é desenvolvimento, mas corrupção”.

O Purpurado alemão também explicou que o Papa e os bispostêm o dever de preservar a unidade da fé e evitar a polarização. Portanto, também é um dever de consciência corrigir quando as palavras “mudança pastoral” são usadas por alguns a fim de “promover a sua agenda que se afasta do ensinamento da Igreja, como se a doutrina fosse um obstáculo à atenção pastoral”.

Em seu artigo, o Cardeal se referiu ao conceito de “desenvolvimento da doutrina” na Igreja, segundo explicava o Beato John Henry Newman, e a sua relação com o debate sobre a interpretação da exortação apostólica ‘Amoris Laetitia’ publicada pelo Papa Francisco em 2016.

O Cardeal recordou que o capítulo oito da exortação “foi tema de interpretações contraditórias” e advertiu que, quando se fala no contexto de uma “mudança de paradigma”, na verdade, parece que se propõe “uma recaída em uma forma modernista e subjetivista de interpretar a fé católica”.

Na fé católica, continuou o Prefeito Emérito, “o método apropriado para interpretar a revelação requer do trabalho conjunto de três princípios: a Sagrada Escritura, a Tradição Apostólica e a Sucessão Apostólica dos Bispos Católicos”.

A Reforma Protestante, continuou, é um exemplo na história de como as coisas funcionam quando é introduzido um novo princípio formal, neste caso o de considerar somente as Escrituras.

“Este novo princípio fez com que a doutrina católica da fé, como se desenvolveu até o século XVI, mudasse radicalmente”. Assim, explicou, “a compreensão fundamental do cristianismo se tornou algo completamente diferente”.

Além disso, o Cardeal Müller se referiu ao acesso à Eucaristia aos divorciados em nova união e disse que não se pode esquecer o ensinamento de São João Paulo II, que em sua exortação apostólica ‘Familiaris Consortio’ de 1981 assinalou que “os divorciados que vivem em nova união devem decidir se vivem em continência ou, de outra maneira, abster-se de receber os sacramentos”.

A Igreja salva pelos leigos



A Igreja Católica escolheu 2018 como Ano do Laicato. A meu ver, foi uma escolha muito feliz, considerando que os leigos (na companhia dos santos) em vários momentos críticos da história salvaram a instituição fundada por Jesus Cristo. Senão vejamos: 
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"A rocha de Pedro vence as tempestades de todos os séculos. O maior e mais inconcebível fato na história da Igreja de Cristo é que a idade de sua mais profunda humilhação é ao mesmo tempo aquela de sua maior energia e força invencível, que a morte e a sepultura não são para ela sinais de fim, mas símbolos de ressurreição, que as catacumbas da idade primitiva como as perseguições anticristãs de hoje só podem conseguir para ela título de glória. (...) Na verdade, Cristo ainda caminha com Pedro sobre as ondas oscilantes e, portanto, também se aplica aos sucessores dele a palavra: ‘Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela’". (Ludwig von Pastor, historiador da Igreja) 

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"A Igreja, na sua parte humana, pode cometer erros. Esses erros, esses sofrimentos, podem ser provocados, segundo Leão XIII, por seus filhos e também por seus ministros. Mas isso não tolhe a grandeza e a indefectibilidade do Corpo Místico de Cristo. A santidade é uma nota ineliminável na Igreja, mas não significa a impecabilidade de seus Pastores, mesmo supremos, no que diz respeito não só à sua vida pessoal, mas ao múnus mais alto a eles confiado: o exercício do governo. A infalibilidade do Magistério da Igreja não significa que esta não tenha conhecido, no curso de sua história, cismas e heresias que dividiram dolorosamente os sucessores dos Apóstolos e, em alguns casos, tocaram a própria Cátedra de Pedro." (Roberto de Mattei, historiador da Igreja) 

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"Quando o pastor se transforma em lobo, cabe, sobretudo, às ovelhas se defenderem. Como regra, a doutrina vai dos bispos para os fiéis; e não devem os súditos julgar os superiores no campo da fé. Mas, no tesouro da revelação, há pontos essenciais dos quais cada cristão, pelo fato mesmo de ser cristão, deve ter o necessário conhecimento e a devida guarda." (Dom Prosper Guéranger, abade beneditino) 

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domingo, 25 de fevereiro de 2018

Síria: Combates e bombardeios em Ghuta, apesar de trégua exigida pela ONU

Homens carregam bebês em meio aos escombros, após ataque aéreo destruir edifícios em Alepo


As forças do regime sírio combatiam neste domingo os rebeldes de Ghuta Oriental, onde seus ataques aéreos continuavam, apesar de uma resolução da ONU exigindo uma trégua “sem demora” após a morte de mais de 500 civis em uma semana.

Ignorando a votação do Conselho de Segurança no sábado exigindo um cessar-fogo de um mês na Síria, para distribuir ajuda humanitária e retirar os feridos, as forças pró-regime se envolveram em confrontos ferozes com os insurgentes deste reduto rebelde sitiado, ao mesmo tempo que realizavam ataques aéreos e de artilharia, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Irã, grande aliado de Damasco, advertiu que a ofensiva contra os grupos “terroristas” continuaria.

O regime de Bashar al-Assad lançou em 18 de fevereiro uma intensa campanha aérea contra Ghuta Oriental, que é o prelúdio, de acordo com o OSDH e a imprensa local, de uma ofensiva terrestre destinada a recuperar o controle deste enclave muito próximo de Damasco.

Esta campanha do regime, apoiada militarmente por Moscou, tem sido de rara violência, mesmo na escala de um país despedaçado desde 2011 por um conflito que fez 340 mil mortes.

Neste domingo, oito civis foram mortos nos bombardeios do regime, de acordo com o OSDH, elevando o balanço total de vítimas desde o início da operação a 529 civis mortos, incluindo 130 crianças.

Em retaliação às incursões aéreas, os insurgentes dispararam foguetes contra Damasco, que mataram cerca de 20 pessoas desde 18 de fevereiro, de acordo com a imprensa oficial. 

2018: Ano do Laicato, do protagonismo leigo!


Tenho acompanhado nas redes sociais manifestações de leigos e leigas de norte a sul de leste a oeste de nosso país deixando claro o que querem, esperam e desejam da Igreja em nosso país.

Vocês tem minhas orações, preces e bênção! É o Ano do Laicato, do protagonismo leigo! É a hora e a vez de vocês...

Na história da Igreja, todas as vezes que as autoridades eclesiásticas e o clero se desviaram de Cristo e sua proposta Evangélica, foram os leigos e leigas que fizeram a Igreja voltar as fontes e à sua meta: Jesus.

Não se deixem intimidar pelas críticas, ameaças e condenações daqueles que há anos, preocupados com a sua auto imagem ou  cargo, têm assistido de camarote a politização da fé e a prostituição da ortodoxia.

Bandido não é irmão



A Campanha da Fraternidade traz como tema "Fraternidade e Superação da Violência". No país mais letal do mundo, em que 70 mil filhos morrem assassinados a cada ano (um a cada nove minutos), a escolha desse tema é mais do que pertinente, é quase obrigatória. Sobretudo se considerarmos que cerca de 92% desses homicídios permanecem impunes. Como digo sempre, o Brasil vive um genocídio de sangue, um genocídio da inteligência e um genocídio da corrupção, resultantes de nossos fracassos na segurança, na educação e na política. 

Mas não é apenas o tema que deve ser analisado; o lema também. E o lema da CF 2018 é extraído do Evangelho de São Mateus: "Vós sois todos irmãos" (Mt 23,8). Talvez seja útil reproduzirmos aqui a frase completa de Jesus: "Quanto a vós, não permitais que vos chamem ‘Rabi’, pois só um é o nosso Mestre e vós sois todos irmãos". 


Quando pronuncia esta frase, Jesus está dentro de Jerusalém, prestes a ser crucificado e morto. Um grande crime, o maior crime de todos os tempos, está para ser cometido. Ele se dirige aos discípulos e ao povo, mas o tema de sua fala é a hipocrisia dos fariseus e dos escribas, ou seja, dos que possuíam a dignidade sacerdotal na época. Como tudo que Jesus diz é atemporal, não temos motivo nenhum para supor que ele não esteja se dirigindo também ao nosso tempo. 


Na passagem, a fala de Jesus é bastante dura. Ele diz coisas fortes sobre os sacerdotes. "Amarram fardos pesados e os põem sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos nem com um dedo se dispõem a movê-los." (Mt 23, 5) "Gostam do lugar de honra nos banquetes, dos primeiros assentos nas sinagogas, de receber a saudação nas praças públicas e de que os homens lhes chamem de ‘Rabi’." (Mt 23, 6-7) "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Sois semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão." (Mt 23, 27).