domingo, 8 de abril de 2018

Padre é morto a tiros durante refeição após missa dominical, no Congo


Homens armados mataram um padre depois de uma missa dominical na região oriental da República Democrática do Congo, neste domingo, segundo o líder católico Emmanuel Kapitula.

De acordo com Kapitula, os atiradores entraram em uma sala em Masisi, onde o padre Etienne Nsengiunva estava comendo com outras pessoas, neste domingo, e atiraram em sua direção. Kapitula então pediu ao governo que ofereça proteção e investigue o assassinato.

Declaração final do encontro em Roma para discutir a crise na Igreja

Declaração final do colóquio “Igreja Católica, onde vais?” (“Chiesa cattolica, dove vai?”), Roma, 7 de Abril de 2018


Por causa de interpretações contraditórias da exortação apostólica Amoris laetitia, o desconcerto e a confusão grassam crescentes entre os fiéis de todo o mundo.

O pedido urgente por parte de cerca de um milhão de fiéis, de mais de 250 estudiosos e também de alguns cardeais, solicitando uma resposta clarificadora do Santo Padre a estas questões, até agora ainda não foi ouvido.

Diante do grave perigo que assim se criou para a fé e a unidade da Igreja, nós, membros batizados e crismados do Povo de Deus, somos chamados a reafirmar a nossa fé católica.

A isso nos autoriza e encoraja o Concílio Vaticano II, que, no nº. 33 de Lumen gentium, afirma: «todo e qualquer leigo, pelos dons que lhe foram concedidos, é ao mesmo tempo testemunha e instrumento vivo da missão da própria Igreja, “segundo a medida concedida por Cristo” (Ef. 4,7).» 

A isso nos encoraja ainda o Beato John Henry Newman, que, já no ano de 1859, num escrito que se pode dizer profético, On Consulting the Faithful in Matters of Doctrine (“Sobre a consulta dos fiéis em matéria doutrinal”),  mostrava bem a importância do testemunho de fé por parte dos fiéis leigos.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Por que Jesus dobrou o lenço que cobria sua cabeça no sepulcro depois de sua ressurreição?

Poucas pessoas haviam detido a atenção a esse detalhe.

João 20,7 afirma que o lenço que fora colocado sobre a face de Jesus, não foi apenas deixado de lado, como os lençóis no túmulo.

A Bíblia reserva um versículo inteiro para nos dizer que o lenço foi dobrado cuidadosamente e colocado na cabeceira do túmulo de pedra.

"Bem cedo, na manhã de domingo, Maria Madalena foi à tumba e descobriu que a pedra da entrada havia sido removida. Ela correu ao encontro de Simão Pedro e outro discípulo... aquele que Jesus tanto amara (João) e disse-lhe ela: "Tiraram o corpo do Senhor e eu não sei para onde o levaram." Pedro e o outro discípulo correram ao túmulo para ver... O outro discípulo passou à frente de Pedro e lá chegou primeiro. Ele parou e observou os lençóis, mas ele não entrou no túmulo. Simão Pedro chegou e entrou. Ele também notou os lençóis ali deixados, enquanto que o lenço que cobrira a face de Jesus estava dobrado, e colocado em outro lado.

Isto é importante? Definitivamente sim!
Isto é significante? Certamente que sim!

Para poder entender a significância do lenço dobrado se faz necessário que entendamos um pouco a respeito da tradição Hebraica daquela época.

O lenço dobrado tem que a ver com o Amo e o Servo, e todo menino Judeu conhecia essa tradição.

domingo, 1 de abril de 2018

Mensagem de Páscoa e Bênção Urbi et Orbi 2018 do Papa Francisco


MENSAGEM URBI ET ORBI
DO PAPA FRANCISCO
PÁSCOA 2018

Sacada Central da Basílica Vaticana
Domingo, 1° de abril de 2018

Queridos irmãos e irmãs, feliz Páscoa!

Jesus ressuscitou dos mortos.

Ressoa na Igreja, por todo o mundo, este anúncio, juntamente com o cântico do Aleluia: Jesus é o Senhor, o Pai ressuscitou-O e Ele está vivo para sempre no meio de nós.

O próprio Jesus preanunciara a sua morte e ressurreição com a imagem do grão de trigo. Dizia: «Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24). Foi isto mesmo que aconteceu: Jesus, o grão de trigo semeado por Deus nos sulcos da terra, morreu vítima do pecado do mundo, permaneceu dois dias no sepulcro; mas, naquela sua morte, estava contida toda a força do amor de Deus, que se desencadeou e manifestou ao terceiro dia, aquele que celebramos hoje: a Páscoa de Cristo Senhor.

Nós, cristãos, acreditamos e sabemos que a ressurreição de Cristo é a verdadeira esperança do mundo, a esperança que não decepciona. É a força do grão de trigo, a do amor que se humilha e oferece até ao fim e que verdadeiramente renova o mundo. Esta força dá fruto também hoje nos sulcos da nossa história, marcada por tantas injustiças e violências. Dá frutos de esperança e dignidade onde há miséria e exclusão, onde há fome e falta trabalho, no meio dos deslocados e refugiados – frequentemente rejeitados pela cultura atual do descarte – das vítimas do narcotráfico, do tráfico de pessoas e da escravidão dos nossos tempos.

E nós, hoje, pedimos frutos de paz para o mundo inteiro, a começar pela amada e martirizada Síria, cuja população se encontra exausta por uma guerra sem um fim à vista. Nesta Páscoa, a luz de Cristo Ressuscitado ilumine as consciências de todos os responsáveis políticos e militares, para que se ponha imediatamente termo ao extermínio em curso, respeite o direito humanitário e proveja a facilitar o acesso às ajudas de que têm urgente necessidade estes nossos irmãos e irmãs, assegurando ao mesmo tempo condições adequadas para o regresso de quantos foram desalojados.

Frutos de reconciliação, imploramos para a Terra Santa, ferida, também nestes dias, por conflitos abertos que não poupam os indefesos, para o Iémen e para todo o Médio Oriente, a fim de que o diálogo e o respeito mútuo prevaleçam sobre as divisões e a violência. Possam os nossos irmãos em Cristo, que muitas vezes sofrem abusos e perseguições, ser testemunhas luminosas do Ressuscitado e da vitória do bem sobre o mal.

Mensagem de Páscoa: Cristo Ressuscitou!


Jesus nos chamou para sermos testemunhas privilegiadas de sua ressurreição. Por isso, voltamos nosso olhar para a manhã da Páscoa e ouvimos como que dirigidas a nós as palavras que o Anjo falou às piedosas mulheres que tinham ido ao túmulo do Senhor: “Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou!” (Mc 16,6). Nosso anúncio da ressurreição torna-se tanto mais vivo quanto mais se aproximar dessas palavras, marcadas pela simplicidade: Ele ressuscitou!

A ressurreição de Cristo exige de nós um ato de fé. Sem esse ato, os primeiros que ouviram o anúncio da boca dos apóstolos não teriam se convertido, o mundo não teria se transformado e as comunidades não teriam se formado. Da fé na ressurreição de Cristo depende a nossa salvação. Celebrar a Páscoa é, pois, crer na ressurreição. Santo Agostinho nos lembra: “Não é grande coisa crer que Jesus morreu; também os pagãos o creem, também os condenados; todos o creem. Mas a coisa realmente grande é crer que ressuscitou. A fé dos cristãos é a ressurreição de Cristo”.

PA: Justiça de Anapu determina a prisão preventiva de padre em Anapu


O padre José Amaro Lopes de Sousa foi preso na terça-feira (27), em Anapu, no Pará. Considerado o sucessor da religiosa irmã Dorothy Stang, assassinada em 2005, ele é acusado de liderar uma associação criminosa. De acordo com a investigação policial, padre Amaro teria cometido diversos crimes, entre eles, incentivo à ocupação de terras e assassinatos, extorsão, assédio sexual, constrangimento ilegal e lavagem de dinheiro.

O juiz da Comarca de Anapu, André Monteiro Gomes, que decretou a prisão preventiva, disse que há provas documentais físicas e eletrônicas da existência dos crimes e indícios suficientes de autoria, além de vários termos de declarações de testemunhas.

Em nota publicada nesta quarta-feira (28), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) acusa a polícia de se basear principalmente em depoimentos de fazendeiros contrários à atuação do religioso pela reforma agrária e pelo desenvolvimento sustentável. A CPT ainda critica a Justiça por não ter ouvido o Ministério Público antes de decretar a prisão. Paulo César Moreira, integrante da comissão, teme que seja uma ação para intimidar quem luta pela reforma agrária.

“Existe aí um processo de criminalização de toda e qualquer pessoa que possa lutar pelo direito à terra, direito ao território, por qualquer direito que diz respeito ou vá contra aos interesses dos poderosos da região”.

O bispo da Prelazia do Xingu (PA), dom João Muniz Alves, divulgou uma nota na quarta-feira, 28, manifestando “fraterna solidariedade” ao padre José Amaro Lopes de Sousa. O texto, que também é assinado pelo bispo emérito do Xingu, dom Erwin Kräutler, denuncia que o sacerdote, “incansável defensor dos direitos humanos, defensor da regularização fundiária, da reforma agrária e dos assentamentos de sem-terra”, há anos é alvo de ameaças e agora “vítima de difamação para deslegitimar todo o seu empenho em favor dos menos favorecidos”.

Leia o texto na íntegra:

sexta-feira, 30 de março de 2018

Perdeu a aparência de um ser humano


É difícil aceitar, no texto de Isaías, a aparente incoerência entre a ideia do Messias vitorioso e o homem desfigurado que ele descreve. O profeta não se poupa a pormenores. Como é possível dizer com confiança “vede como vai prosperar o meu servo” e depois inicia uma longa e contraditória descrição do servo sofredor. “Tão desfigurado estava o seu rosto que tinha perdido toda a aparência de um ser humano”. “Muitas nações e reis ficarão calados”. Depois continua dizendo que o servo cresceu “sem distinção nem beleza, nem aspeto agradável”. Foi um castigado, ferido e humilhado. “Como um cordeiro levado ao matadouro” foi arrancado da terra dos vivos e ferido de morte. Só após este longo e penoso sofrimento, diz o profeta Isaías, “verá a luz”.

Que o Messias, prefigurado no servo maltratado, possa ter este fim ignóbil é absolutamente escandaloso. Na verdade, os primeiros cristãos que rezavam diante de uma cruz sabiam bem que a sua presença causava embaraço às pessoas, particularmente diante dos não-cristãos. Por esta razão, os primeiros espaços de oração “com cruz” previam a possibilidade de a esconder atrás de uma cortina ou no interior de um móvel. A cruz, com toda a sua carga simbólica, é e será sempre razão de escândalo, motivo de divisão das águas, entre quem procura o caminho da ressurreição e quem não o procura, entre cristãos e ateus. Poucos símbolos como este têm o condão de quebrar o muro da indiferença generalizada.

Não é por acaso que determinadas ideologias políticas, sob a capa de uma aparente inclusão, ordenaram a retirada dos crucifixos das escolas e edifícios públicos. Persiste a incapacidade de distinguir entre a saudável laicidade do Estado e a perversa ideologia do laicismo. Quando o Estado, institucionalmente laico, não compreende que a identidade, as tradições e os valores do seu povo são soberanos então simplesmente presta um mau serviço à nação. Se o povo se revê nos valores e na religião católica, qual é o beneficio de o privar de manifestações que considera fazerem parte da sua identidade? Não será este um sinal de imaturidade democrática?

Ao mesmo tempo, devemos ter consciência que o cristianismo corre o perigo de se interpretar como a religião do “sofrimento”, de acreditar que “é preciso sofrer” na vida. Em tempos, esta foi uma espiritualidade dominante. E, ainda hoje, conseguimos detetar alguns rastos da sua existência. É perigo no sentido em que, se algum cristão acredita mesmo que não existe uma saída da sexta-feira santa, a esperança cristã perde a sua vitalidade e profecia. O cristianismo é a religião que acredita na esperança e na verdade da ressurreição.

Papa revela que se submeterá a uma cirurgia de cataratas no próximo ano


Ao término da Missa da Ceia do Senhor nesta Quinta-feira Santa, em um cárcere itaiano, o Papa Francisco revelou que se submeterá a uma cirurgia em 2019 para curar-se de cataratas.

Em palavras improvisadas, fazendo relação entre seu problema de saúde e a vida cristã, o Santo Padre disse que “na minha idade surgem cataratas e realmente não podemos ver a realidade. No próximo ano tenho que fazer a cirurgia”.

“Assim acontece com a alma, o cansaço, as desilusões. Nunca se cansem de renovar seu olhar, de submeter a alma à cirurgia diária destas cataratas, é um belo esforço”, expressou.