Jesus nos chamou para sermos testemunhas privilegiadas de sua ressurreição. Por isso, voltamos nosso olhar para a manhã da Páscoa e ouvimos como que dirigidas a nós as palavras que o Anjo falou às piedosas mulheres que tinham ido ao túmulo do Senhor: “Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou!” (Mc 16,6). Nosso anúncio da ressurreição torna-se tanto mais vivo quanto mais se aproximar dessas palavras, marcadas pela simplicidade: Ele ressuscitou!
A ressurreição de Cristo exige de nós um ato de fé. Sem esse ato, os primeiros que ouviram o anúncio da boca dos apóstolos não teriam se convertido, o mundo não teria se transformado e as comunidades não teriam se formado. Da fé na ressurreição de Cristo depende a nossa salvação. Celebrar a Páscoa é, pois, crer na ressurreição. Santo Agostinho nos lembra: “Não é grande coisa crer que Jesus morreu; também os pagãos o creem, também os condenados; todos o creem. Mas a coisa realmente grande é crer que ressuscitou. A fé dos cristãos é a ressurreição de Cristo”.
A ressurreição é a marca que o Pai colocou sobre a vida e a morte, as palavras e os feitos de Jesus. É o seu “Amém”, o seu “sim”. Obedecendo e assumindo a morte, Jesus disse sim ao Pai; ressuscitando-o, o Pai disse sim ao Filho, constituindo-o Senhor. A ressurreição de Cristo é, antes de tudo, o ato de infinita ternura com que o Pai, depois do sofrimento da Paixão, despertou seu Filho da morte mediante o Espírito Santo, e o constituiu Senhor. Ressuscitando o Seu Filho, Deus mostrou que aceitou o sacrifício de Jesus, que a sua obediência lhe fora agradável e que, portanto, nós poderemos nos salvar, desde que aceitemos seu Filho como Senhor.
Por isso, nesta Semana Santa de 2018, renovemos nossa fé em Jesus Ressuscitado. Sua ressurreição é garantia de que, um dia, nós ressuscitaremos; é garantia também de que a doação de nossa vida à Igreja, nossos trabalhos e cansaços, nosso esforço para levar o Evangelho a todos, as contrariedades que enfrentamos, as incompreensões e calúnias, tudo tem sentido. O que fazemos é acompanhado amorosamente pelo Pai. Não é esse um motivo especial para, nesta Semana, renovarmos nosso sim a Jesus que nos chamou?…
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CNBB
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