Se você é novo no acompanhamento da política eclesial no Brasil, precisa assistir ao vídeo da coletiva de imprensa dessa quarta-feira (18/04), pois foi uma autêntica amostra do que costuma ser chamado de “esquerda católica” no Brasil.
Assistam e reparem num detalhe importante: um católico bem formado, bem intencionado, porém ingênuo, consegue tranquilamente ouvir tudo o que disseram e interpretar de forma ortodoxa. Mas se você não é limitado pelas discussões abstratas, se já esteve ou viu as ações mencionadas pelos bispos, sabe que não passa de aparelhamento descarado de estruturas da Igreja por entidades ideologizadas para fins político-partidários.
Querem um exemplo? Hoje foi dia de falar Grito dos Excluídos, que, segundo o péssimo dom Guilherme Werlang, precisa ser “repensado”, “atualizado” e “aprofundado”. Um tolo pode ler isso com esperança de que, se será “repensado”, é porque os antigos problemas das bandeiras de partidos socialistas, dos gritos pró-Lula e do apoio às invasões de propriedade serão resolvidos, e aquela grande marcha será, enfim, puramente cristã, focada na justiça social. Só pode supor algo assim quem não conhece dom Guilherme Werlang, um bispo que curte convocar fiéis para greve geral, é convidado de honra em evento do MST e muito próximo de cristãos exemplares como João Pedro Stédile, Rui Falcão, Frei Betto, entre outros ícones da esquerda latino-americana, comumente unidos pelo desprezo à moral cristã e até à lei.
Ele também disse que tentará convencer os colegas bispos a realizarem uma nova Semana Social Brasileira, cuja última edição aconteceu em 2013. O nome dá a entender algo legítimo, mas na prática não passa de um congresso de esquerda, bancado com dinheiro de fiéis católicos, para servir de apoio à agenda de partidos políticos e entidades socialistas. É um show de horrores, cujas fotos da última edição ainda estão disponíveis aqui.