No dia 9 de novembro, a Igreja celebra a festa, o aniversário, da dedicação da Basílica de Latrão, a Catedral do Papa, Bispo de Roma, chamada “a primeira entre todas as Igrejas; ou seja, a Igreja-mãe de Roma”. Surgiu no século IV e é dedicada ao divino Salvador. Foi levantada, em Roma, pelo imperador Constantino. A festa é celebrada em toda a Igreja como o sinal de unidade com o Papa. Após a paz constantiniana se tornou a moradia do Papa. Numerosos e importantes concílios ecumênicos tiveram lugar nela. A dedicação daquela Basílica marcou a passagem e a saída da assembleia cristã, do interior das catacumbas para o esplendor das basílicas.
Evidentemente, o templo é um lugar de encontro do homem com Deus, é o lugar consagrado a Deus onde os fiéis se reúnem para dar-lhe culto. O templo é tão antigo como o homem. Em todas as civilizações, em todas as culturas das que temos notícia, aparece, com toda certeza, o templo. É lógico. O homem é um ser sociável e sensível: necessita coletiva e materialmente ter um lugar onde se aproximar de Deus, um lugar no qual o seu Deus receba culto e onde pode pacífica e serenamente falar com ele. São João, cuja festa nós celebramos neste domingo, é o primeiro grande templo cristão construído em Roma pelo imperador Constantino no Latrão, depois das perseguições, no século IV; é a catedral do Papa como bispo de Roma. A Basílica de Latrão é a igreja-mãe de Roma, dedicada primeiro ao Salvador e depois também a São João Batista. Foi consagrada pelo papa Silvestre no ano 324.
As Igrejas são o lugar de reunião dos membros do novo Povo de Deus, que se congregam para rezar juntos. Mas são sobretudo o lugar em que encontramos Jesus, real e substancialmente presente na Sagrada Eucaristia; está presente com a sua Divindade e com a sua Santíssima Humanidade, com o seu Corpo e a sua Alma. “Ali nos vê e nos ouve, e nos socorre como socorria aqueles que chegavam, necessitados, de todas as cidade e aldeias” (Mc 6,32). Temos, pois, de ir à igreja com toda a reverência, já que não há nada mais respeitável do que a casa do Senhor: Que respeito devem inspirarmos as nossas Igrejas, onde se oferece o sacrifício do Céu e da terra, o Sangue de um Deus feito homem?
Na oração do Prefácio a Igreja canta: “Vós quisestes habitar esta casa de oração para nos tornarmos, pelo auxílio da vossa graça, o templo do Espírito Santo, irradiando o brilho de uma vida santa. Assim, santificando-a sem cessar, conduzis para a vossa glória a Igreja, Esposa de Cristo e mãe exultante de inúmeros filhos, simbolizada pelos templos visíveis.” (1Cor 3, 16-17)
Possa a celebração de hoje despertar em nós este anseio pela casa do Senhor, fazendo-nos compreender seu profundo significado, animando-vos a nos encontrar nela no final de uma semana de trabalho passada em nossas casas, na escola, na fábrica ou no exercício de qualquer outra profissão! A Igreja deve ser o sinal do amor mútuo entre aqueles que partem o mesmo pão. Para quem não crê ainda, este deveria ser o “chamado” mais forte para entrar na Igreja.
Evidentemente, o templo é um lugar de encontro do homem com Deus, é o lugar consagrado a Deus onde os fiéis se reúnem para dar-lhe culto. O templo é tão antigo como o homem. Em todas as civilizações, em todas as culturas das que temos notícia, aparece, com toda certeza, o templo. É lógico. O homem é um ser sociável e sensível: necessita coletiva e materialmente ter um lugar onde se aproximar de Deus, um lugar no qual o seu Deus receba culto e onde pode pacífica e serenamente falar com ele. São João, cuja festa nós celebramos neste domingo, é o primeiro grande templo cristão construído em Roma pelo imperador Constantino no Latrão, depois das perseguições, no século IV; é a catedral do Papa como bispo de Roma. A Basílica de Latrão é a igreja-mãe de Roma, dedicada primeiro ao Salvador e depois também a São João Batista. Foi consagrada pelo papa Silvestre no ano 324.
As Igrejas são o lugar de reunião dos membros do novo Povo de Deus, que se congregam para rezar juntos. Mas são sobretudo o lugar em que encontramos Jesus, real e substancialmente presente na Sagrada Eucaristia; está presente com a sua Divindade e com a sua Santíssima Humanidade, com o seu Corpo e a sua Alma. “Ali nos vê e nos ouve, e nos socorre como socorria aqueles que chegavam, necessitados, de todas as cidade e aldeias” (Mc 6,32). Temos, pois, de ir à igreja com toda a reverência, já que não há nada mais respeitável do que a casa do Senhor: Que respeito devem inspirarmos as nossas Igrejas, onde se oferece o sacrifício do Céu e da terra, o Sangue de um Deus feito homem?
Na oração do Prefácio a Igreja canta: “Vós quisestes habitar esta casa de oração para nos tornarmos, pelo auxílio da vossa graça, o templo do Espírito Santo, irradiando o brilho de uma vida santa. Assim, santificando-a sem cessar, conduzis para a vossa glória a Igreja, Esposa de Cristo e mãe exultante de inúmeros filhos, simbolizada pelos templos visíveis.” (1Cor 3, 16-17)
Possa a celebração de hoje despertar em nós este anseio pela casa do Senhor, fazendo-nos compreender seu profundo significado, animando-vos a nos encontrar nela no final de uma semana de trabalho passada em nossas casas, na escola, na fábrica ou no exercício de qualquer outra profissão! A Igreja deve ser o sinal do amor mútuo entre aqueles que partem o mesmo pão. Para quem não crê ainda, este deveria ser o “chamado” mais forte para entrar na Igreja.
Pontos
da ideia principal
Textos: Ezeq 47:1-2, 8-9, 12; 1
Coríntios 3:9-11, 16-17; João 2:13-22
Em primeiro lugar, a
Basílica de são João de Latrão é símbolo da unidade de todas as comunidades
cristãs de Roma e nos lembra de que, todos nós estamos construídos sobre o
mesmo alicerce de Jesus Cristo. Cada um de nós participa na construção da
igreja. Santo Agostinho recomenda: “Quando recordemos a Consagração de um
templo, pensemos naquilo que disse São Paulo: Cada um de nós é um templo do
Espírito Santo”. Esta celebração foi primeiramente uma festa da cidade de Roma;
mais tarde se estendeu a toda a Igreja de rito romano, com o fim de honrar
aquela basílica, que é chamada “mãe e cabeça de todas as igrejas da Urbe e do
Orbe”, como sinal de amor e de unidade para com a cátedra de Pedro que, como
escreveu Santo Inácio de Antioquia, “preside a todos os congregados na caridade”.
Em segundo lugar, Deus
está em todas as partes e não só nos templos que os homens edificam. Porém, já
desde o Antigo Testamento Deus ensina o seu povo a importância dos lugares
santos consagrados a Ele. Aqui, onde estamos reunidos agora celebrando a Eucaristia,
quantas coisas importantes aconteceram! Com certeza que muitos dos presentes
foram batizados neste templo, e iniciaram assim o seu caminho cristão. Muitos
também receberam aqui a primeira comunhão e desde aquela primeira vez
continuaram participando cada domingo na Missa. Talvez também, receberam aqui a
Crisma, ou celebraram o seu matrimônio. E mais de uma vez vieram para dizer
adeus, e para rezar, por algum parente ou amigo defunto. Ou entraram aqui para
rezar diante do Sacrário. Este templo é um sinal visível de tudo isto e todas
as igrejas que nos lembram de que Deus está presente no meio dos homens e
participa de todas as nossas vicissitudes.
Finalmente,
todos nós fomos consagrados “templos de Deus” no dia do nosso batismo. Por essa
razão todo homem merece respeito, estima, valorização. “Se alguém destrói o
templo de Deus, Ele o destruirá porque o templo de Deus é santo: esse templo
são vocês”. Cada homem e cada mulher são sagrados. Não podemos converter o
nosso irmão em escravo ou servidor nosso, em alguém que não sabemos perdoar,
compreender, ajudar. Ninguém é um instrumento, um produtor ou um objeto de
prazer para nós. Cada homem e cada mulher, seja varredor de rua ou artista de
cinema, seja um governante ou um operário sem trabalho, seja um velho ou uma
criança, seja um executivo triunfante ou um incapacitado, seja uma mulher cheia
de beleza ou uma mulher feia, seja um policial ou um terrorista, todos são
“sagrados”, são templos de Deus. Merecedores de todo amor, de todo respeito, de
toda compreensão.
Para
refletir
Quando uma festa litúrgica em honra do Cristo ocorre no Domingo, ela se torna solenidade. É o caso de hoje: a Dedicação da Basílica do Latrão, Catedral do Papa, Bispo de Roma. No século IV o Imperador Constantino deu este grande edifício ao Papa são Silvestre I, que o consagrou, dedicando-o a Deus como Catedral de Roma. A nova Catedral foi dedicada ao divino Salvador e, mais tarde, também aos santos João Batista e João Evangelista. Como se localiza numa antiga chácara da nobre família romana dos Laterani, foi chamada popularmente de São João do Latrão. Pois bem, a presente solenidade traz-nos è mente e ao coração três aspectos da nossa fé.
Primeiro. Todo templo cristão dedicado a Deus é imagem do próprio Cristo: ele, no seu corpo ressuscitado, é o verdadeiro templo, do qual o Templo de Jerusalém era apenas uma imagem e profecia: “Destruí este Templo e em três dias eu o levantarei… Mas Jesus estava falando do templo do seu corpo”. É do corpo ressuscitado do Senhor, verdadeiro templo, que brota a água da vida, a água, que é símbolo do Espírito Santo. É a esta realidade tão bela e misteriosa que alude a leitura de Ezequiel: “A água corria do lado direito do Templo… Estas águas correm para a região oriental, desembocam nas águas salgadas do mar e elas se tornarão saudáveis. Haverá vida onde o rio chegar. Nas margens do rio crescerá toda espécie de árvores frutíferas… que servirão de alimento e suas folhas serão remédio”. A imagem é bela, rica, intensa: a água que brota do lado direito do Cristo transpassado é o Espírito Santo, dado pelo Senhor à Igreja e à humanidade, para que nele tenhamos a cura dos nossos pecados e a vida em abundância! Por tudo isso, veneramos e respeitamos nossos templos: eles são imagem do próprio corpo ressuscitado de Cristo, fonte do Espírito e lugar de encontro com o Pai. Por isso, toda igreja mais importante – as paroquiais e, sobretudo, as catedrais -, são dedicadas a Deus, como Cristo, que foi todo consagrado ao Pai.
Segundo. A Igreja é, primeiramente, a Comunidade: “Vós sois a construção de Deus. Acaso não sabeis que sois santuário de deus e que o Espírito de Deus mora em vós? O santuário de Deus é santo, e vós sois esse santuário!” Nossos templos são chamados de “igreja” porque são casas da Igreja, espaço sagrado no qual a Igreja-Comunidade se reúne num só Espírito Santo para, unida ao Filho Jesus, elevar o louvor de glória ao Pai, sobretudo na Eucaristia. Assim, celebrar a dedicação de uma igreja-templo é recordar que nós somos Igreja-Comunidade, Corpo de Cristo, templo verdadeiro de Deus, pleno do Espírito Santo. Santo Agostinho recordava: “A dedicação da casa de oração é festa da nossa comunidade. Mas, nós mesmos somos a Casa de Deus. Somos construídos neste mundo e seremos solenemente dedicados no fim dos tempos!” Nós – cada um de nós – somos pedras vivas, pedras vivificadas pelo Espírito, para formarmos um só edifício espiritual, isto é, um edifício no Espírito Santo. E este edifício é a Igreja, Corpo de Cristo e Templo do Espírito Santo. Irmãos, a Igreja somos nós, a Igreja é cada um de nós, chamados a assumir nossa parte na edificação do Reino de Deus. Na Igreja, não somos espectadores; somos atores, somos participantes! Não nos omitamos, portanto; não recebamos a graça de Deus em vão! Tornamo-nos Igreja pelo Batismo, que nos fez membros do Corpo de Cristo e, em cada Eucaristia, vamos nos tornando sempre mais corpo de Cristo, até sermos plenamente configurados com ele na glória. Então, não recebamos em vão tamanha graça!
Terceiro. A Basílica do Latrão é a Catedral da Igreja de Roma, a Catedral do Papa. Na sua entrada há uma inscrição: “Mãe de todas as igrejas da Cidade e do mundo”. Compreendamos! A Igreja de Roma (isto é, a Arquidiocese de Roma) é a Igreja de Pedro e de Paulo, é a Igreja que preside à todas as outras dioceses do mundo, é a mais venerável de todas as Igrejas da terra. Santo Inácio de Antioquia referia-se a ela, lá pelo ano 97, com indizível veneração. Numa carta que endereçou aos cristãos romanos, o santo Bispo de Antioquia escrevia: “À Igreja objeto de misericórdia na magnificência do Pai altíssimo e de Jesus Cristo seu único Filho, amada e iluminada na vontade daquele que conduz à realização todas as coisas que existem, segundo a fé e o amor de Jesus Cristo nosso Deus, à mesma que também preside na região dos romanos, digna de Deus, digna de honra, digna da máxima beatitude, digna de louvor, digna de sucesso, digna de pureza e colocada acima das demais na caridade, que possui a lei de Cristo e o nome do Pai”… O Papa, como Bispo de Roma, é cabeça do Colégio dos Bispos e sinal visível da unidade da Igreja na fé e na caridade. É por isso que hoje nos unimos à Igreja de Roma na festa da Dedicação, da consagração da sua Catedral, a basílica do Latrão. A Catedral de cada diocese é a Igreja do Bispo, sucessor dos Apóstolos. Quanto mais importante é a Catedral do Bispo de Roma, sucessor de Pedro. Por isso, ela é considerada a “Mãe de todas as Igrejas da Cidade e do mundo”. Assim sendo, a festa de hoje convida-nos também a rezar pela Igreja de Deus que está em Roma e pelo seu Bispo, Francisco. Convida-nos a estreitar nossos laços com Roma e o Papa, retomando nossa consciência do papel que ele tem como Vigário de Pedro, a quem Cristo confiou sua Igreja. Num mundo tão complexo, com tantas idéias, opiniões e modas, num cristianismo que vê surgir tantas seitas sem nenhum fundamento teológico, sem nenhuma seriedade, sem nenhum enraizamento na Tradição Apostólica, difundindo-se pela força do dinheiro e a conivência dos meios de comunicação, ávidos de lucro, fazendo um terrível mal à fé dos simples e desavisados – num mundo assim, reafirmemos nossa comunhão firme, profunda e convicta com a Igreja de Roma e seu Bispo, a quem o Cristo entregou de modo particular as chaves do Reino e deu a missão de confirmar na fé os irmãos. A comunhão com Roma é garantia de estar naquela comunhão que Cristo sonhou para a sua Igreja; é garantia de permanecer na fé apostólica, transmitida uma vez por todas, é garantia de não cair num tipo de cristianismo alheio àquilo que o Senhor Jesus pensou e estabeleceu.
Que a festa hodierna seja uma feliz ocasião para professar, na exultação e no louvor, a nossa fé católica, da qual nos ufanamos com humildade e na qual esperamos ser salvos. Amém.
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