Como
se já não bastasse as tantas ofensas que Nosso Senhor sofre pelos pagãos, me
aparece uma tal “Missa de Luís Gonzaga, o Rei do Baião”! Ora, não é Cristo o nosso Rei? Não foi a Ele
que elegemos como Rei no último domingo? Como podemos eleger agora outro Rei
senão Cristo?
A
“Missa do Rei do Baião” ou “Missa do Vaqueiro” trata-se de um culto à personalidade, onde o “dono da
missa” não é Deus e sim o homem; onde o sacrifício celebrado não é o de Cristo,
mas o do homem; onde não é a Eucaristia que é celebrada, mas a “farinha,
rapadura e mandioca”. É um ato público
de idolatria!
Sim,
o Papa Paulo VI tinha razão: “Por alguma brecha a fumaça de Satanás entrou no templo de Deus”. No
afã de prestigiar o “Rei do Baião”, salientam-lhe qualidades que ele nunca
teve. Vale aqui lembrar que Luiz Gonzaga
era maçom, cujos “princípios foram sempre considerados inconciliáveis
com a doutrina da Igreja”, e foi iniciado na Loja Paranapuan, na Ilha do
Governador, em 3 de abril de 1971, e “os
fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e
não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão”, ou seja, estão excomungados, expulsos da Igreja, fora da comunhão com ela!
Pior ainda em alguns lugares,
onde a “missa do vaqueiro” se assemelha aos rituais católicos, mas com alguns toques que descaracterizam o sagrado: no lugar da hóstia, os vaqueiros comungam com
farinha de mandioca, rapadura e queijo, todos montados a cavalo. É um abuso tão grande que deixa de ser uma
missa e passa a ser uma “simulação de sacramento”, pois se trata de uma
prática externa, consciente e voluntária dos ritos e cerimônias próprias da
administração de um sacramento (Eucaristia), sem que este, de fato, se realize
seja por falta de intenção eclesial requerida (ciente ou não de que não está
celebrando validamente), ou emprega uma matéria ou uma forma inválida do
sacramento (no caso, a farinha de
mandioca, rapadura e queijo ou outra substância que não seja o pão de trigo e o
vinho de uva), e quem, além dos casos mencionados no cân. 1378 do CDC, simula a
administração de um sacramento deve ser punido com uma justa pena (pena ferendae sententiae preceptiva
indeterminada), a ser valorada pelo Juiz ou Superior, em função dos prejuízos e
escândalo que o delito possa causar entre os fiéis.
A
cada dia deve crescer em nós a convicção de que a liturgia não é um nosso, um
meu “fazer”, mas é ação de Deus em nós e conosco. [...] Essa universalidade e
abertura fundamental, que é própria de toda a liturgia, é uma das razões pelas
quais essa não pode ser idealizada ou
modificada pela comunidade individual ou por especialistas, mas deve ser fiel às formas da Igreja universal.
[...] Por isso, quando nas reflexões sobre liturgia nós centramos a nossa
atenção somente sobre como torná-la atraente, interessante, bonita, corremos o
risco de esquecer o essencial: a
liturgia se celebra por Deus e não por nós mesmos; é obra sua; é Ele o
sujeito; e nós devemos nos abrir a Ele e nos deixar guiar por Ele e pelo seu
Corpo que é a Igreja. A liturgia não é um show, um espetáculo que necessite de
diretores geniais e de atores de talento. A liturgia não vive de surpresas
simpáticas, de invenções cativantes, mas de repetições solenes. Na liturgia age
uma força, um poder que nem mesmo a Igreja inteira pode atribuir-se. - Papa
Bento XVI.
Assim sendo, conclamo todos os católicos, para que não participem
destas celebrações, pelo contrário, juntos façamos um ato de reparação às
ofensas feitas a Nosso Senhor em uma época tão conturbada de múltiplas ofensas.
Que Nosso Senhor Jesus Cristo já tão ofendido e profanado possa
encontrar o consolo de seus filhos.
Senhor
Jesus, queremos fazer um ato de desagravo e reparação a Vós, por tantas faltas
e descaso com tão grande Sacramento. Ó pudéssemos todos aproveitar os tesouros
e graças que Vós neste Sacramento espalhais com tanta generosidade. Ó Senhor, a
maior parte dos homens não vos adora nem vos quer reconhecer pelo que sois
neste Sacramento. Vejo, com surpresa, que a maior parte daqueles que em Vós
creem, em vez de repararem tantos ultrajes por suas homenagens, vão às igrejas
para mais vos agravar por suas irreverências. Pudesse eu, meu bondoso Salvador,
lavar com minhas lágrimas e até com o meu sangue esses infelizes lugares em que
o Vosso amor tem sido tão indignamente ultrajado nesse Sacramento. Mas se não
me é concedida esta felicidade, ao menos proponho visitar-vos muitas vezes para
vos adorar, como neste momento vos adoro, em expiação dos desprezos que
recebeis dos homens neste divino mistério. Recebei Senhor, o meu desejo de
reparar todas as ofensas e descasos com o Santíssimo Sacramento em todo o
mundo. Amém.
Gilberto Brito Passos
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