Em meio ao debate sobre a legalização do aborto, agora nas mãos do Senado, os cidadãos argentinos continuam erguendo a voz pelos nascituros e suas mães através de diferentes manifestações dentro e fora do país.
No dia 1º de julho, cerca de 200 pessoas se reuniram na casa de governo da Província de Mendonza para realizar uma manifestação contra o projeto.
Os profissionais da saúde e estudantes mendocinos se reuniram em torno do lema “Estudamos para a vida. Não contem conosco” e deixaram centenas de jalecos brancos nas escadaria do recinto.
Os profissionais da saúde também se pronunciaram em outras províncias como Rosário e na região sul de Ushuaia.
Os cidadãos argentinos residentes em Londres, no Reino Unido, também se reuniram na Embaixada Argentina para se manifestar a favor da vida.
O médico Fernando Cesil, presente no local, disse que “nossa moral é o juramento que fazemos no momento em que nos graduamos”, é “respeitar a vida desde a concepção”. “Mesmo que sob ameaças, não utilizaremos nosso conhecimento contra as leis da humanidade. Isso fundamenta nosso agir todos os dias”.
Enquanto isso, no sábado, 30 de junho, cerca de 300 pessoas se reuniram no Hospital José Cibanal de Río Colorado, de onde deram início à marcha “Por las dos vida” (Pelas duas vidas).
A marcha seguiu em meio a cantos e gritos pelas ruas principais e concluiu na Praça San Martín, com um abraço simbólico.
Durante esse mesmo dia, convocados pela plataforma cidadã ‘Unidad Provida’ (Unidade Pró-Vida), centenas de pessoas participaram no “Festival Pró-vida”, no estádio do clube Ferrocarril Oeste de Buenos Aires.
No encontro, que teve como tema “Salvemos as duas vidas”, foi anunciado um pacote de ações para enfrentar a votação do projeto do aborto que acontecerá no dia 8 de agosto no Senado.
As organizações presentes responsabilizaram o governo pela promoção do projeto de legalização do aborto e realizaram um balanço do debate iniciado em abril deste ano.
Do mesmo modo, ressaltaram a necessidade de um debate federal que reflita a postura dos argentinos em nível nacional, “para que a decisão final não fique encerrada em Buenos Aires”.