terça-feira, 11 de setembro de 2018

Homossexualidade e Abuso Sexual


A sabedoria convencional afirma que existe uma crise de pedofilia na Igreja Católica. Apesar dessa posição ser popular, está empiricamente errado: os dados mostram que tem sido uma crise homossexual desde o início. A evidência não é ambígua, embora haja uma relutância em deixar os dados conduzirem à conclusão. Mas isso é uma função da política, não da escolaridade.

Alfred Kinsey foi o primeiro a identificar uma correlação entre a homossexualidade e o abuso sexual de menores. Em 1948, ele descobriu que 37% de todos os homossexuais masculinos admitiram ter relações sexuais com crianças menores de 17 anos. Mais recentemente, em órgãos como os  Arquivos de Comportamento Sexual, o Journal of Sex Research, o Journal of Sex and Marital Therapy, e Pediatrics, foi estabelecido que os homossexuais são desproporcionalmente representados entre molestadores de crianças.

Correlação não é causação; é uma associação. Portanto, dizer que há uma correlação entre a orientação homossexual e o abuso sexual de menores não significa dizer que ser homossexual faz de alguém um molestador. Por outro lado, não faz sentido fingir que não há relação entre a homossexualidade e o abuso sexual de menores.

Pense desta maneira. Sabemos que há uma correlação entre ser irlandês e ser alcoólatra, mas isso não significa que todos os irlandeses sejam ou se tornem alcoólatras. Mas isso significa que eles têm um problema especial nessa área.

Depois que o  Boston Globe  divulgou a história sobre abuso sexual de padres em 2002, os bispos americanos estabeleceram um painel independente para estudar essa questão. Quando o National Review Board divulgou suas conclusões em 2004, observou Robert S. Bennett, advogado de Washington que liderou o estudo, disse: “Não há dúvidas de que muitos padres de orientação homossexual vivem vidas castas e celibatárias, mas qualquer avaliação as causas e o contexto da crise atual devem ser conscientes do fato de que mais de 80% dos abusos em questão eram de natureza homossexual ”.

Além disso, o painel disse explicitamente que “devemos chamar a atenção para o comportamento homossexual que caracterizou a grande maioria dos casos de abuso observados nas últimas décadas”.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Mês da Bíblia


O mês de setembro é um dos meses temáticos, o que significa além dos temas que a própria liturgia traz em cada domingo e celebração, a existência de um assunto que nos ajuda a refletir sobre nossa caminhada de fé.

Aclamado como Mês da Bíblia, este mês quer nos ajudar a aprofundar o amor pela Sagrada Escritura e a situar a centralidade da Palavra de Deus em nossas vidas, seja pela reflexão e estudo, seja pelas celebrações.

É evidente que a Palavra de Deus é a luz de nosso caminho e está presente em todos os sacramentos que celebramos, em cada missa ou celebração da Palavra que temos, além, é claro, da oração diária, reflexão e leitura.

A leitura orante da Bíblia com o método “ler, meditar e orar” faz parte dos ensinamentos dados a todos os cristãos, e com bastante insistência, desejando que seja o alimento diário.

O Mês da Bíblia surge devido, principalmente, à comemoração do Dia de São Jerônimo, celebrado no dia 30 deste mês. Ele foi encarregado pelo Papa Dâmaso de preparar a Bíblia em latim, revendo traduções anteriores ou fazendo novas. Lembremos que São Jerônimo viveu entre 340 a 420, portanto, na segunda metade do século IV e início do século V. O Papa Dâmaso morreu em 385, e São Jerônimo iniciou uma série de viagens ao Oriente, passando grande parte em Belém, entregue totalmente à tradução e comentário da Sagrada Escritura. Além de sua vida austera, coerente e santa, é tido como um dos melhores padres da Igreja e colocado como ‘patrono dos biblistas’.

É por isso que o quarto domingo deste mês é o domingo da Bíblia. Normalmente seria o domingo mais próximo da Festa de São Jerônimo. É quando, ao comemorarmos o Dia da Bíblia, fazemos nosso exame de consciência e os propósitos com relação não só à leitura, mas, principalmente, de colocarmos em prática a Palavra do Senhor, guiados pelo Espírito de Deus.

domingo, 9 de setembro de 2018

A "ressurreição" da Igreja



A história da Igreja se assemelha a de Jesus: tem seus momentos de alegria, seus episódios de dor e também os espaços luminosos da "ressurreição".

Hoje podemos dizer que a Igreja percorre os caminhos da Paixão.

Por vários anos a Gaudium Press noticia que o cristianismo é a religião mais perseguida do mundo.

Por exemplo, a situação dos cristãos nos países de maioria islâmica é geralmente bastante difícil. Não é apenas pensar no calvário interminável de Asia Bibi e de muitos outros, falsamente acusados ou perseguidos das mais diversas formas.

Mas também a violência física não é a única forma de perseguição aos fiéis. A que existe em países 'pós-cristãos' pode ser ainda mais cruel: profissionais compelidos a realizar práticas contra a moral católica, lugares onde não se admite objeção de consciência, pais de família que veem como se quer forçar os seus filhos a frequentar aulas de 'educação' sexual degradantes, a ideologia de gênero que quer ser apresentada como dogma em todos os ambientes, e todo um mundo que é construído sem Cristo e contra Cristo.

Além disso, não podemos deixar de mencionar como elementos da 'paixão' da Igreja o mau exemplo dado por alguns de seus membros, e a confusão da doutrina que existe em muitos ambientes católicos. Porém...

No entanto, depois da Paixão vem a Ressurreição. 

sábado, 8 de setembro de 2018

Coroa de Espinhos e Idade Média



De todos os símbolos relacionados com a Paixão de Cristo Nosso Senhor, a Coroa de Espinhos é a que tem mais significado depois da Santa Cruz. A coluna da flagelação, o látego, o cetro de cana seca, os cravos, a lança, a tábua do INRI e outros que a Virgem Maria, os Apóstolos e alguns discípulos guardaram, são relíquias de um significado comovente, mas somente a Cruz poderia superar a Coroa de Espinhos em veneração e apreço.

Ela foi a que inspirou em 1241 São Luís IX, Rei da França, a construir um enorme relicário na 'Ile de la Cité' no rio Sena, onde Paris nasceu, e que hoje conhecemos como a 'Saint Chapelle', uma das mais belas expressões -senão a mais bela, da arquitetura gótica. Guardá-la nessa capela real como um precioso tesouro da cristandade, foi a ideia mais maravilhosa e sublime que tenha podido ocorrer a um governante, que quiçá não intuía a apostasia de seus descendentes e de seu próprio povo, séculos mais tarde. Aquele fato sozinho fez da França a nação monárquica por excelência, e é muito simbólico que a guardiã dessa coroa fosse precisamente a que deu o primeiro golpe mortal definitivo contra a monarquia na Europa, para estabelecer um republicanismo sangrento que ainda não resolveu os problemas políticos dessa nação.

Também foi a Coroa de Espinhos que sugeriu a Godofredo de Bouillon, aquela frase inesquecível quando lhe propuseram que ele se coroasse rei de Jerusalém após a ter recuperado dos muçulmanos: "Eu não usaria uma coroa de ouro onde meu rei usou uma de espinhos". Por isso, quando finalmente os reis latinos daquele pequeno reino franco do oriente próximo, resolveram usar a coroa, a mandaram fazer em ouro imitando uma de espinhos. 

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

O Papel da Mãe na Criação dos Filhos



Educar os filhos é a grande missão que Deus confiou aos pais. É por causa da importância dessa tarefa, que nos deu o quarto Mandamento: "honrar pai e mãe". Sem a educação dos pais os filhos se perdem; é por isso que as nossas cadeias estão cheias de jovens e a droga consome a muitos, além do mundo do crime.

Nada é tão grande neste mundo como construir um ser humano. As máquinas acabarão um dia, mas o nosso filho jamais.

É pela educação que o ser humano conquista e desenvolve as suas faculdades; e Deus quis que isto fosse feito antes de tudo pelos pais, e de modo especial pela mãe. Hoje sobretudo, onde muitas mães são obrigadas a criar sozinhas os seus filhos, porque são "órfãos de pais vivos", essa missão se torna mais importante e árdua ainda. Neste caso o papel da mãe triplica de importância, porque ela tem que fazer o papel do pai e dela mesma. (...)

Certa vez Michelangelo viu um bloco de pedra e disse a seus alunos: "aí dentro há um anjo, vou colocá-lo para fora!" Depois de algum tempo, com o seu gênio de escultor, fez o belo trabalho. Então os alunos lhe perguntaram como tinha conseguido aquela proeza. Ele respondeu: "o anjo já estava aí, apenas tirei os excessos que estavam sobrando". Educar é isto, é ir com paciência e perícia tirando os maus hábitos e descobrindo as virtudes, até que o "anjo" apareça.

Michel Quoist dizia "que não é para si que os homens educam os seus filhos, mas para os outros e para Deus".

Educar é colaborar com Deus, e é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.
Educar é promover o crescimento e o amadurecimento da pessoa humana em todas as suas dimensões: material, intelectual, moral e religiosa. Por isso, educação não se recebe só na escola, mas principalmente em casa. Às vezes se ouve dizer: "ele é analfabeto, mas é muito educado". Não adianta ser doutor e não saber tratar os outros como gente; não saber cumprir com a palavra dada; não se comportar bem; trair a esposa e os filhos; não ser gentil; não ser afável, etc. Sem dúvida, a educação é a melhor herança que os pais devem deixar aos filhos; esta ninguém pode lhes roubar nem destruir.

O livro do Eclesiástico diz aos pais: "Aquele que ama o seu filho, corrige-o com freqüência, para que se alegre com isso mais tarde..." (Eclo 30,1).

A educação visa sobretudo colocar o homem no caminho do bem e da virtude, do qual ele sempre tende a se desviar. É aos pais que cabe sobretudo dar início a esta tarefa na vida dos filhos. 

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Artista fica nua em frente à Gruta de Lourdes na França


A atriz Déborah de Robertis ficou nua em frente à imagem de Nossa Senhora de Lourdes, na França, causando indignação entre os fiéis reunidos durante uma procissão.

Às 17h40 (hora local) do dia 31 de agosto, a artista de 34 anos de Luxemburgo ficou completamente nua diante dos fiéis e das religiosas que estavam reunidos na gruta. Somente o seu cabelo estava coberto com um véu azul e as suas mãos estavam juntas como se estivesse rezando. Algumas pessoas intervieram para esconder sua nudez e chamaram a polícia.

De acordo com uma fonte policial entrevistada pelo jornal francês ‘Le Journal du Dimanche’ (JDD), a jovem foi presa e colocada sob custódia por exibição sexual. Também informaram que a mulher será julgada em maio de 2019 por um tribunal, após a denúncia apresentada contra ela pelo Santuário de Lourdes.

Em um comunicado divulgado pela agência Efe, o Santuário denunciou que no sábado, 1º de setembro, descobriu "que este era um ato premeditado, ligado a uma intenção supostamente artística".

“Muito obrigado”, “Por favor”: expressões que vão desaparecendo do vocabulário humano.



Muito amável, muitas graças, estou agradecendo, me faria o favor, são frases que cada vez menos se escutam ao nosso redor. Está se perdendo o sentido da cortesia, do agradecimento no relacionamento humano. É lamentável dizê-lo, mas quando alguém faz um ato de cavalheirismo -digamos de urbanidade- deixando passagem a outro no trânsito, por consideração lhe concede a prioridade, poucos agradecem com um toque de buzina, um gesto de braço, um acender de luzes. Ante essa atitude, uns ficam surpreendidos, outros pensarão: "de que serve ter dado passagem a este indivíduo se nem teve a educação de agradecer".

Mesmo ocorrendo isto, importa estar bem disposto, perseverar, ir educando sobre a cortesia. O início de nossa rotina diária rumo ao nosso trabalho, colégio, universidade, é um dos primeiros entrechoques, apesar de, não ser o único.

É penoso ver que, concretamente, vai desaparecendo do vocabulário humano a expressão, "muito obrigado". Mas não é apenas esta, mas também o "por favor" de outros tempos. Hoje em dia seria estranho que um jovem ou uma jovem, dissessem a um companheiro que lhe fizesse o favor de fazer tal coisa, ou de ajudar em outra. Não me estenderei em comentar o que é o trato entre os jovens nos colégios; poderá cada pai, cada mãe, perguntar aos seus filhos e ficarão espantados. Como se saúdam? Como pedem coisas entre si? Como brincam? Se apoiam nos estudos mutuamente? Averíguem e verão.

Isto é consequência de um fenômeno mais profundo -que bem poderemos chamar de "revolução cultural"- que vai nos arrastando até a barbárie no convívio entre os seres humanos. Uma das pichações escritas durante a chamada Revolução da Sorbonne de 1968 em Paris era: "Mudar a vida, transformar a sociedade". Com uma radicalidade insuspeita, este fenômeno foi penetrando aos extremos que hoje estamos vendo e vivendo, o que alguns qualificam de "civilização dos instintos". Mudanças nas maneiras de sentir, atuar e pensar. Dizia o escritor francês Pierre Fougeyrollas (1922-2008), "uma revolução da civilização". O ativista revolucionário ateu italiano Gramsci (1891-1937) a propunha para: "mudar a forma de pensar do Ocidente. Sua forma de viver, de relacionar-se, até de divertir-se". 

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Mês da Bíblia 2018: "A Sabedoria em defesa da vida".


No período entre 2016 e 2019, conforme proposta do Documento de Aparecida, a nossa Igreja está aprofundando a segunda parte da proposta pastoral: “Ser Discípulos Missionários de Jesus Cristo, para que nele nossos povos tenham vida”. O tema central durante estes quatro anos é sempre o mesmo: “em defesa da vida”. Seguindo essa proposta, em 2018, o tema central é “A Sabedoria em defesa da Vida”.

Eis o esquema do Mês da Bíblia nesses quatro anos:

* 2016: A Profecia em defesa da vida – livro do profeta Miqueias

* 2017: A Comunidade em defesa da vida – 1ª carta os Tessalonicenses

* 2018: A Sabedoria em defesa da vida – livro da Sabedoria

* 2019: O Amor em defesa da vida – 1ª carta de São João

Assim sendo, em 2018, o tema específico é: “Para que n’Ele nossos povos tenham vida – Livro da Sabedoria”; e o lema é: “A Sabedoria é um espírito amigo do ser humano” (Sb 1,6). Ou seja, a Sabedoria é uma expressão da amizade de Deus por nós, seres humanos. O livro da Bíblia que vai nos ajudar no aprofundamento deste tema é o livro da Sabedoria.

O livro da Sabedoria, está entre os textos escritos já no final do período do Antigo Testamento, num momento fundamental do diálogo entre o judaísmo e a cultura grega. Neste sentido, ele é um bom predecessor do NT. Por isso, a sua língua é o grego e pertence aos chamados livros Deuterocanônicos, por se encontrar apenas na Bíblia grega e, consequentemente, não entrar nem no Cânon judaico (da Bíblia hebraica) nem, mais tarde, no Cânon das igrejas protestantes.

Atribuído a Salomão em algumas versões e manuscritos antigos, o livro da Sabedoria é certamente da responsabilidade de um autor anônimo bem distante de Salomão no tempo, que não poderá situar-se para além do ano 50 a.C. (entre 150 e 50 a.C.). Isso manifesta-se nos indícios de caráter literário e histórico. A atribuição do livro a Salomão, nos cap 6-9, e só implicitamente, deve-se ao facto de a tradição bíblico-judaica situar este rei na origem do gênero literário sapiencial, o que faz dele o Sábio por excelência (7,1-21; 8,14-16; 9; ver 1 Rs 3,5-9; 5,9-14; 10,23-61). Provavelmente, o autor foi um judeu de Alexandria, no Egito – onde residia uma forte comunidade judaica – que utilizou o pseudônimo. Como fruto dessa comunidade, o livro está marcado culturalmente por uma forte influência helenista.

O autor conhece, por um lado, a História do seu povo e a fé num Deus sempre presente e pronto a intervir nela; e por outro, sente a forte atração que as principais filosofias helenísticas e as diversas religiões exercem na vida dos seus irmãos de raça e de fé. Por isso, tenta estabelecer o diálogo entre fé e cultura grega (6-8), de modo a sublinhar que a sabedoria que brota da fé e conduz a vida dos israelitas é superior à que inspira o modo de viver dos habitantes de Alexandria. Com este livro, o autor dirige-se, pois, a dois destinatários diferentes: aos judeus de Alexandria, direta ou indiretamente perseguidos pelo paganismo do ambiente; e aos próprios pagãos, sobretudo aos intelectuais helenistas, mais abertos à cultura hebraica, intentando, porventura, convertê-los ao Deus verdadeiro.