sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Palavra de Vida: «Procura a paz e segue-a».


Neste salmo, David exprime a sua alegria e gratidão diante da assembleia: conheceu o perigo e a angústia, mas invocou com confiança o Deus de Israel e reencontrou a paz.

O protagonista deste hino é Deus, com a sua misericórdia. Com a sua presença forte e decisiva junto do pobre e do oprimido que O invoca.

Para que outros alcancem a salvação, David sugere algumas atitudes do coração: evitar fazer o mal e realizar sempre o bem.

Sublinha também a necessidade de não difamar o próximo. De fato, a palavra pode levar à guerra.

Absolvição de Asia Bibi é um marco na história do Paquistão


Os cristãos no Paquistão apreciaram a decisão do Supremo Tribunal e recitam orações de agradecimento pela absolvição final e a liberdade definitiva dada a Asia Bibi, condenada à morte por blasfêmia e absolvida em 31 de outubro de 2018. Veredicto que foi confirmada por juízes do Supremo Tribunal, que rejeitaram o pedido de revisão do veredicto, apresentado pela acusação.

"Os cidadãos cristãos, amantes da paz, imediatamente elevaram preces de ação de graças a Deus pela conclusão deste doloroso caso", declarou à Agência Fides padre Bonnie Mendes, idoso sacerdote e especialista em direitos humanos no Paquistão.

Fr. Qaisar Feroz OFM Cap, secretário executivo da Comissão Episcopal para as Comunicações Sociais, afirmou por sua vez que "a decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre a absolvição de Asia Bibi é um marco na história do Paquistão para erradicar o fundamentalismo religioso". E acrescenta: "Não há somente motivo para se alegrar pela liberdade de uma mulher inocente, mas devemos apreciar os esforços dos advogados e a coragem da Suprema Corte".

Rocha firme e inabalável




Após ter curado um cego em Betsaida, Nosso Senhor Se dirigiu com seus discípulos a Cesareia de Filipe, cidade situada a uns 50 quilômetros de distância, num território de exuberante beleza natural.

"Sobre esta pedra construirei a minha Igreja"

Herodes o Idumeu - cognominado o Grande - havia ali edificado um templo destinado ao culto de César Augusto. Mais tarde, Filipe, filho do Idumeu, tendo se tornado tetrarca da região, deu à localidade o nome de Cesareia, para angariar as simpatias do Imperador Tibério.

É provável que a cena descrita a seguir tenha se dado à vista daquele edifício pagão, o qual se erguia no alto de um rochedo, dominando o panorama.

Escreve São Mateus:

O Divino Mestre "perguntou a seus discípulos: ‘Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?' Eles responderam: ‘Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas.'

"Então Jesus lhes perguntou: ‘E vós, quem dizeis que Eu sou?' Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.'

"Respondendo, Jesus lhe disse: ‘Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no Céu. Por isso Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na Terra será ligado nos Céus; tudo o que tu desligares na Terra será desligado nos Céus'" (Mt 16, 13-19).

Poder das chaves

Esse episódio ocorreu aproximadamente uma semana antes da Transfiguração de Nosso Senhor, no Monte Tabor. A Paixão estava próxima e era preciso separar definitivamente os Apóstolos da sinagoga, deixando-lhes claro que a instituição que Ele vinha fundar levaria aquela à plenitude e seria a realização de todas as profecias da Antiga Lei.

Dizendo a Pedro: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na Terra será ligado nos Céus; tudo o que tu desligares na Terra será desligado nos Céus" (Mt 16, 19), Cristo lhe confere o poder divino de sustentar a Santa Igreja.

"Analisam os autores o alcance do poder das chaves, e muitos defendem que as palavras ‘na Terra' compreendem tudo o que está nela e debaixo dela, isto é, os vivos e também os mortos.

"Também aos Bispos e sacerdotes, sob o primado do Papa e em total dependência dele, é concedido o poder das chaves, embora de forma menos intensa que ao Sumo Pontífice. No confessionário, por exemplo, o padre tem a faculdade de absolver ou não o penitente de seus pecados, fazendo com que as portas do Céu se abram para ele ou continuem fechadas. Enquanto o Paraíso Terrestre - criado por Deus para os homens - está guardado por Querubins, desde que Adão e Eva de lá foram expulsos (cf. Gn 3, 24), as chaves do Paraíso Celeste, morada dos Anjos bons, foram confiadas a um homem! Portanto, São Pedro obteve de Jesus muitíssimo mais do que Adão perdera!"

Missa: liturgia da Palavra


Hoje, quero tratar da Liturgia da Palavra pela qual o Senhor nos fala, nos ensina e nos exorta para que produzamos bons frutos em nossa vida espiritual. Logo depois, esse mesmo Senhor que nos fala se dará a nós na Eucaristia.

A estrutura dessa parte da Missa compõe-se, desde o século IV, de três leituras nos Domingos e Solenidades, ao passo que durante a semana só há duas. A Primeira Leitura é, via de regra, tirada do Antigo Testamento e está intimamente ligada à temática do Evangelho. Evidencia o ensinamento de Santo Agostinho de Hipona († 430): “No Antigo Testamento, está latente o Novo e no Novo está patente o Antigo” (Quaest. in Hept. 2,73: PL 34, 623). Ocorre, no entanto, uma exceção no Tempo Pascal. Nele, a Primeira Leitura é extraída dos Atos dos Apóstolos ou do Apocalipse, pois esses livros retratam, de modo vivo, o tempo imediato à Páscoa.

A Segunda Leitura é sempre extraída do Novo Testamento e vai sendo lida ao longo dos anos sem um necessário nexo com a Primeira Leitura e com o Evangelho. Daí, caso seja preciso, em um Domingo, suprimir uma das leituras, suprima-se a segunda. Todavia, não é viável fazê-lo sem justa razão, dado que toda a Sagrada Escritura deseja nos conduzir a um assunto comum: a salvação que Deus oferece aos seres humanos por meio de Jesus Cristo. Já nos dias de Solenidades ou Festas, as três leituras se prendem ao tema do dia celebrado.

O Evangelho dominical se divide em três ciclos: anos A (Mateus), B (Marcos) e C (Lucas), ao passo que São João não tem um ano específico, pois fica reservado para os períodos solenes tais como o fim da Quaresma, a Páscoa ou outras Solenidades. Nos dias de semana, os trechos dos Evangelhos são lidos em sequência, de modo que em um só ano lemos Mateus, Marcos e Lucas. Já as leituras são tiradas de dois ciclos: Ano ímpar e Ano par, de maneira que, se o católico participa da Santa Missa todos os dias, lê, em três anos, quase toda a Bíblia.

Nem direita nem esquerda, mas, sim, integral


Escutamos frequentemente que a doutrina social da Igreja não é nem de direita nem de esquerda, mas de centro. A afirmação é válida na medida em que os extremismos tendem a uma visão distorcida da realidade, que supervaloriza algumas coisas e subvaloriza outras, e o pensamento cristão procura sempre um equilíbrio ponderado diante das polarizações. Contudo, não seria válida se pensarmos nesse centro como uma posição intermediária, que não se compromete com os anseios nem da direita nem da esquerda. Essa seria uma posição “morna” e os mornos serão vomitados (Ap 3, 15-16).

Diante das polarizações, a sabedoria cristã procura não um centro restrito e neutro, mas, sim, uma integralidade capaz de abarcar corajosamente o desejo de bem e de verdade que existe em ambos os lados. O equilíbrio fica no centro, mas porque se abraçou os dois lados.

Por isso o adjetivo “integral” é tão importante para a Doutrina Social da Igreja. Paulo VI (na Populorum progressio) e Bento XVI (na Caritas in veritate) falam em desenvolvimento humano integral, a introdução do Compêndio da Doutrina Social da Igreja intitula-se “Um humanismo integral e solidário”, e o Papa Francisco fala na ecologia integral na Laudato si’.

Numa recente campanha contra o aborto, tão inteligente quanto simples, vários médicos declaravam ser “a favor das duas vidas”, isso é, tanto da mãe quanto do filho que ela carrega dentro de si. Seria anticristão apenas condenar o aborto sem procurar apoiar a gestante em dificuldade, ajudando-a a ter forças e condições para realizar-se pessoalmente junto ao seu filho.

A mesma lógica vale para os temas socioeconômicos que dividem direita e esquerda. É realista dizer que o Estado não pode gastar mais do que arrecada nem pode sufocar a sociedade com impostos excessivos. É justo exigir que a dignidade de todos os cidadãos, em especial dos mais pobres e vulneráveis, seja respeitada e todos tenham iguais condições de se realizar na vida. A questão não é, portanto, optar por redução do Estado ou políticas sociais, mas, sim, construir estruturas justas e realistas em que políticas eficientes e bem direcionadas respeitem os limites econômicos da sociedade, atendendo igualmente a todos, principalmente aos que mais precisam.

Bispos do México pedem à Virgem de Guadalupe pela paz na Venezuela




A Conferência do Episcopado Mexicano (CEM) expressou sua solidariedade à Igreja na Venezuela diante da grave crise social e política que o país enfrenta e pediu à Virgem de Guadalupe pelo "restabelecimento imediato de seu clima social" e para que o povo venezuelano tenha "uma vida digna".

Em um comunicado divulgado em 30 de janeiro, os bispos mexicanos afirmaram que "a Igreja tem um só sentir diante da defesa da dignidade humana, do respeito e da proteção de seus direitos universais, principalmente a vida, a liberdade e a justiça".

"É por isso que os Bispos do México nos solidarizamos e clamamos a uma só voz com os nossos irmãos Bispos da Venezuela, que denunciam e lamentam a deterioração da vida democrática no país", asseguraram.

A crise na Venezuela se agravou nas últimas semanas após Nicolás Maduro, presidente do país desde 2013, assumir novamente o cargo no dia 10 de janeiro para um novo mandato.

Maduro ganhou as controversas eleições presidenciais de 2018, cujo resultado não foi reconhecido por diversos países.

Depois de sua posse, o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), declarou o presidente Maduro como ilegítimo e fez um chamado para que se realizem novas eleições.

Em 23 de janeiro, Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, órgão legislativo não reconhecido por Maduro e que foi substituída por ele pela Assembleia Constituinte, foi declarado presidente interino.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, reconheceu no dia 24 de janeiro Guaidó como presidente interino da Venezuela, enquanto países como a Rússia, Cuba e México expressaram seu apoio ao regime Maduro.

Manifestações convocadas pela oposição reuniram multidões em todos os estados do país, inclusive na capital Caracas, para protestar contra Maduro.

Um diácono de 100 anos serve em 8 Missas por semana




Quando Lawrence Girard nasceu em 21 de novembro de 1918, em Windsor (Canadá), o presidente dos Estados Unidos era Woodrow Wilson, as pessoas iam ver os filmes de Charles Chaplin e a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de terminar.

Entretanto, seus cem anos de idade não são impedimento para que o hoje Diácono Girard continue ajudando na celebração de oito Missas semanais – uma por dia e duas aos domingos – na Igreja de São Sebastião, em Dearborn Heights, Michigan; lendo o Evangelho, as intenções e apoiando na distribuição da Comunhão. “Não só tem 100 anos, como também está cheio de vida e é muito ativo”, afirmou seu pároco, Pe. Walter Ptak.

Do mesmo modo, além de ajudar na Missa, o Diácono Girard participa de quase todos os eventos paroquiais. “Sempre está em movimento; um verdadeiro testemunho, especialmente para as pessoas mais velhas”, disse Pe. Ptak. “Tem um espírito tão positivo e segue em frente, proclamando o Evangelho e vivendo-o”.
 
Estas características do idoso diácono são destacadas por fiéis, como Ken Krach, que ajuda na sacristia depois da Eucaristia. “É muito rápido, sempre um dos primeiros aqui, e sempre tem palavras de sabedoria. É um homem muito inspirador, devoto e amável, e sua memória é muito boa”.

Arcebispo denuncia inatividade de polícia venezuelana diante de profanação de igreja




Dom José Luis Azuaje, Arcebispo de Maracaibo e presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) criticou a inatividade da polícia, que não foi ajudar os fiéis que foram atacados por um grupo chavista na igreja Nossa Senhora de Guadalupe, embora o posto policial estivesse perto da paróquia.

No domingo, 27 de janeiro, cerca de 20 pessoas invadiram a paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, em Maracaibo (Venezuela), durante a celebração da Missa com as crianças que se preparam para receber a Primeira Comunhão e profanaram o Santíssimo Sacramento.

Segundo o jornalista Lenin Danieri, tudo começou no momento em que uma reunião aberta estava sendo realizada na quadra atrás da igreja, "quando grupos de funcionários da prefeitura (assim foram identificados) ameaçaram e atiraram contra os presentes. Eles entraram no templo achando que estavam seguros".

O conselho de leigos da igreja Nossa Senhora de Guadalupe denunciou que os grupos armados ligados ao governo "entraram com paus, armas de guerra e até mesmo com granada, algo nunca visto nos 60 anos de existência da nossa paróquia".

Durante o ataque, os agressores profanaram o Santíssimo Sacramento e atiraram dentro do templo para dispersar os fiéis. Segundo foi informado, agrediram o pároco Andri Sánchez, com a intenção de assassiná-lo.