quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Papa Francisco: "Escutemos o grito dos pequenos que pedem justiça".



Encontro sobre “A proteção dos menores na Igreja”
Introdução do Papa Francisco na abertura dos trabalhos
Sala Nova do Sínodo – Vaticano
Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Amados irmãos, bom dia!

Confrontado com o flagelo dos abusos sexuais perpetrados por homens de Igreja contra menores, pensei em vos interpelar a vós, Patriarcas, Cardeais, Arcebispos, Bispos, Superiores Religiosos e Responsáveis, para que, todos juntos, nos coloquemos à escuta do Espírito Santo e, dóceis à sua guia, escutemos o grito dos menores que pedem justiça. Sobre o nosso encontro, grava o peso da responsabilidade pastoral e eclesial que nos obriga a dialogar conjuntamente, de forma sinodal, sincera e profunda sobre o modo como enfrentar este mal que aflige a Igreja e a humanidade. O santo Povo de Deus olha para nós e espera de nós, não meras e óbvias condenações, mas medidas concretas e eficazes a implementar. Requer-se concretização.

Comecemos, pois, o nosso percurso, armados com a fé e o espírito de máxima franqueza (parresia), coragem e concretização.

Como subsídio, deixai-me partilhar convosco alguns critérios importantes, formulados pelas várias Comissões e Conferências Episcopais: provêm de vós, limitei-me a elencá-los… São diretrizes que vos serão entregues agora, para ajudar a nossa reflexão. Trata-se de um simples ponto de partida, que provem de vós e retorna a vós, e que não diminui a criatividade que deve haver neste encontro.

Argentina tem manifestações pró-aborto em todo o país



Nesta terça-feira, dia 19/02, a Argentina viveu uma onda de manifestações pró-aborto chamadas de “Maré Verde”.  As ações são chamadas assim, pois todos os participantes carregam consigo um lenço verde distribuído pela organização. O evento reuniu 150 mil pessoas em Buenos Aires.  Para que seja possível uma comparação, a Marcha pela Vida na mesma cidade chegou a 3 milhões de participantes.

Os protestos foram organizados para pressionar o governo argentino a avançar com as proposições que legislam sobre o tema, já que o movimento sofreu uma grande derrota em agosto de 2018, quando o Senado rejeitou uma proposta já aprovada na Câmara dos Deputados e que legalizava o aborto em todo o país.

Os organizadores também aproveitaram a mobilização para exigir a implementação de uma lei já aprovada e que obriga as escolas a incluir a “Educação Sexual” no seu currículo.  Segundo as lideranças, o conteúdo deve seguir as diretrizes do “Programa Nacional de Saúde Sexual e Procriação Responsável” e do “Protocolo para Atenção Integral de Pessoas com direito à interrupção voluntária da Gravidez”.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Pe. Zezinho: “O padre que faz isso é quem deve se explicar”.



Sou catequista há mais de 60 anos. Já ensinava catequese antes de ser padre. Estudei e estudo Liturgia, História da Igreja, Sociologia, Documentos da Igreja, Bíblia e Psicologia para dar conta de minha missão.

Dias atrás, alguém (não acho justo citar a pessoa) deu a entender a um colega padre dehoniano que acha estranho que eu nunca tenha pregado quebra de maldições.

De fato! Não sei quebrá-las. Não há nada de estranho nisso! A maioria dos papas e bispos e padres não pratica isto. Nem quebra de uma nem quebra de “todas” as maldições.

O padre que faz isso é quem deve se explicar, porque esse tipo de bênção é estranho na nossa Igreja. Este dom eu não tenho! E sei que a maioria dos padres que conheço não proclama nem incentiva os fiéis a buscar esse tipo de quebra.

Apenas abençoamos! Autorização para exorcismos é para pouquíssimos padres, e, estes, com permissão do bispo e, em alguns casos, permissão expressa do Papa.

Leigos católicos exigem que o Papa Francisco fale sobre o homossexualismo na Cúpula do Abuso


Um grupo internacional de leigos católicos realizou uma manifestação pública em Roma ontem fora do Vaticano, exigindo que o Papa Francisco e os bispos do mundo abordem o homossexualismo durante a próxima Cúpula de Abuso como a principal causa da violência sexual. crise de abuso na Igreja Católica. Um número de leigos católicos de organizações proeminentes fez declarações em uma conferência de imprensa durante o evento, descrevendo as preocupações que eles têm sobre a Cúpula do Abuso. Links para as declarações completas estão incluídos abaixo.

“Se este Sínodo se limita a discutir apenas o problema do abuso de menores, não dizendo nada sobre a praga da homossexualidade que infesta a Igreja, este Sínodo trairá sua missão”, declarou a Coalizão Internacional dos Leigos em um comunicado de imprensa.

O Papa Francisco convocou os presidentes de todas as conferências episcopais do mundo para discutir abusos sexuais na Igreja. A reunião será realizada de 21 a 24 de fevereiro.

“O Sínodo trairá sua missão se não abordar as profundas causas da crise na Igreja, que se originam da negação e do abandono da lei moral absoluta e universal”, acrescentou o grupo.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Cardeal Burke e Cardeal Brandmüller publicam Carta Aberta sobre abusos sexuais e "lobby gay"


Carta Aberta
aos Presidentes das Conferências Episcopais

Caros irmãos, Presidentes das Conferências Episcopais,

É com profunda aflição que nos dirigimos a todos vós! O mundo católico está desorientado e levanta uma pergunta angustiante: para onde está indo a Igreja?

Diante desta deriva, hoje em curso, pode parecer que o problema se reduz ao problema dos abusos de menores, um crime horrível, especialmente se perpetrado por um sacerdote, que, todavia, não é senão uma parte de uma crise bem mais ampla. 

A chaga da agenda homossexual difunde-se no seio da Igreja, promovida por redes organizadas e protegida por um clima de cumplicidade e de conspiração de silêncio (“omertà”). Como é evidente, as raízes deste fenômeno encontram-se nessa atmosfera de materialismo, relativismo e hedonismo, em que se põe abertamente em discussão a existência de uma lei moral absoluta, ou seja, sem exceções.

Acusa-se o clericalismo de ser responsável pelos abusos sexuais, mas a primeira e a principal responsabilidade do clero não recai sobre o abuso de poder, mas em se ter afastado da verdade do Evangelho. A negação, até mesmo em público, por palavras e nos fatos, da lei divina e natural, está na raiz do mal que corrompe certos ambientes da Igreja.

Diante de tal situação, cardeais e bispos calam. Também vós vos calareis aquando da reunião convocada para o próximo dia 21 de Fevereiro, no Vaticano?

Tragédia emocional: a experiência de quem sofreu um abuso


Tragédia emocional: assim a psicoterapeuta Dra. Maria Clara Jost define a experiência de quem sofreu um abuso.

Trata-se de uma avalanche interior que leva à desconstrução do “eu”, um sofrimento profundo que, porém, é possível ser superado. Dra. Maria Clara tem um escritório em Belo Horizonte (MG) e entre seus pacientes já teve vítimas de abusos por parte de clérigos:

A experiência do abuso sexual, que pode estar presente em todas as esferas sociais, geralmente acontece com as pessoas mais próximas à vítima, quer dizer, aquela pessoa que elas mais confia ou mais confiava, e é um sofrimento profundo. Um sofrimento que provoca uma desagregação interior, que se estende para todas as áreas de vida da pessoa.

Quais são as consequências psicológicas mais visíveis?

Eu chamo isso de tragédia emocional, porque o abuso sexual destrói toda a configuração da pessoa sobre si mesma. É uma destruição passível de ser reconfigurada, mas há uma alteração na maneira da pessoa pensar sobre si mesma, então vai gerando sentimento de baixa autoestima, um sentimento de ser alguém desprezível, inútil, às vezes a pessoa fala de si mesma como sendo um lixo, não amável, uma pessoa ruim. Às vezes provoca sentimento de culpa, que é muito diferente de culpa, mas a pessoa tem sentimento de que ela seria menos merecedora de amor. Então nasce um sentimento de insegurança, que tende a se estender por toda a vida da pessoa se não houver uma interferência neste processo.

Padre cobra taxa para idosos assistirem ao seu programa na RedeTV!


Uma atitude inusitada do Padre Alessandro Campos chamou atenção dos seus fãs e fiéis. O padre estreou nesta semana seu novo programa nas manhãs da RedeTV!. Aos que querem assistir a atração da plateia, terá de desembolsar uma taxa de 35 reais, de acordo com o Notícias da TV.

A atitude do Padre surpreende, principalmente pelo fato de que boa parte do seu público é formado por idosos. Contudo, mesmo com a cobrança da taxa, a RedeTV! informou que a procura é grande por vaga na plateia do religioso.

Entre os programas de auditório da RedeTV!, o apresentado pelo Padre Alessandro Campos é o único que cobra taxa a sua plateia. Apesar disso, entre os programas desse nicho, é o de menor audiência.

Superpop, Encrenca, Sensacional, Mega-Senha e O Céu é o Limite não cobram taxa para participar de seu auditório. Contudo, tem mais audiência do que o programa do Padre Alessando Campos.

Em outras emissoras, a prática também não existe. SBT, Record e Globo, por exemplo, não cobram nenhuma taxa dos seus convidados da plateia. É tudo de graça.

Para a publicação, a RedeTV! informou que a cobrança de taxa é feita para controlar a grande procura de fãs do Padre por uma vaga na plateia de seu programa. Contudo, a emissora afirmou que todo o dinheiro arrecadado vai para o Padre.
 

Superioras e superiores religiosos afirmam que abuso de menores é um mal não negociável


Os Superiores e Superioras Maiores de Ordens e Congregações religiosas do mundo afirmaram que "o abuso de crianças é um mal em todos os tempos e lugares: este ponto não é negociável".

Antes do encontro do Papa Francisco com os presidentes das conferências episcopais do mundo sobre a proteção de menores contra os abusos sexuais que acontecerá de 21 a 24 de fevereiro no Vaticano, os Superiores e Superioras expressaram seu total apoio à iniciativa.

"Inclinamos as nossas cabeças com vergonha ao perceber que esse abuso ocorreu nas nossas Congregações e Ordens e na nossa Igreja. Aprendemos que os abusadores deliberadamente escondem as suas ações e são manipuladores", explicaram em seu comunicado.

Além disso, os Superiores e Superioras reconhecem que "quando olhamos para as Províncias e Regiões das nossas Ordens e Congregações no mundo inteiro, nos damos conta de que a resposta das pessoas em posição de autoridade não foi o que deveria ter sido" e, inclusive em algumas situações, "não souberam ver os sinais de alerta ou não os levaram a sério".

Por isso, rezam ao Espírito Santo pelos frutos deste encontro. "Acreditamos que com os ventos de mudança que sopram em nossa Igreja e com a boa vontade de todas as partes envolvidas, é possível iniciar processos importantes e criar estruturas de prestação de contas, assim como sustentar os processos e estruturas já existentes", afirmaram.

"É possível imaginar novos passos adiante, é possível tomar decisões para que a implementação seja rápida e universal, com o devido respeito às diferentes culturas. O abuso de crianças é um mal em qualquer tempo e lugar: este ponto não é negociável", destacaram.