quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Pe. Zezinho: “O padre que faz isso é quem deve se explicar”.



Sou catequista há mais de 60 anos. Já ensinava catequese antes de ser padre. Estudei e estudo Liturgia, História da Igreja, Sociologia, Documentos da Igreja, Bíblia e Psicologia para dar conta de minha missão.

Dias atrás, alguém (não acho justo citar a pessoa) deu a entender a um colega padre dehoniano que acha estranho que eu nunca tenha pregado quebra de maldições.

De fato! Não sei quebrá-las. Não há nada de estranho nisso! A maioria dos papas e bispos e padres não pratica isto. Nem quebra de uma nem quebra de “todas” as maldições.

O padre que faz isso é quem deve se explicar, porque esse tipo de bênção é estranho na nossa Igreja. Este dom eu não tenho! E sei que a maioria dos padres que conheço não proclama nem incentiva os fiéis a buscar esse tipo de quebra.

Apenas abençoamos! Autorização para exorcismos é para pouquíssimos padres, e, estes, com permissão do bispo e, em alguns casos, permissão expressa do Papa.

Praticar de fato uma quebra de toda maldição é como jogar-se no meio de um furacão e mandá-lo cessar sua fúria! Ou o padre tem mesmo este poder ou está brincando com assunto gravíssimo da fé católica.

Minha resposta é que, de 10 mil padres que conheço, talvez 1 deles tenta tal unção. O mesmo acontece com os pastores.

Realmente sou contra esse tipo de bênçãos na televisão e em estádios e palcos. Não passa de espetáculo!

Mas é minha opinião! Não tenho este dom, mas pode ser que algum confrade realmente o tenha. Se tem, eu lhe aconselharia a mudar-se para algum lugar onde tais maldições acontecem o tempo todo! Seria o exorcista certo no lugar certo!!!


Pe. Zezinho scj
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Aleteia

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