Nesta terça-feira, dia
19/02, a Argentina viveu uma onda de manifestações pró-aborto chamadas de “Maré
Verde”. As ações são chamadas assim, pois todos os participantes carregam
consigo um lenço verde distribuído pela organização. O evento reuniu 150 mil pessoas
em Buenos Aires. Para que seja possível uma comparação, a Marcha pela
Vida na mesma cidade chegou a 3 milhões de participantes.
Os protestos foram
organizados para pressionar o governo argentino a avançar com as proposições
que legislam sobre o tema, já que o movimento sofreu uma grande derrota em
agosto de 2018, quando o Senado rejeitou uma proposta já aprovada na Câmara dos
Deputados e que legalizava o aborto em todo o país.
Os organizadores também
aproveitaram a mobilização para exigir a implementação de uma lei já aprovada e
que obriga as escolas a incluir a “Educação Sexual” no seu currículo.
Segundo as lideranças, o conteúdo deve seguir as diretrizes do “Programa
Nacional de Saúde Sexual e Procriação Responsável” e do “Protocolo para Atenção
Integral de Pessoas com direito à interrupção voluntária da Gravidez”.
As manifestações do país
vizinho merecem atenção no Brasil por terem clara influência sobre os
movimentos que tratam do mesmo tema por aqui. A “Saúde Sexual”, por exemplo, é
uma expressão que já entrou na legislação argentina e que carrega consigo uma
série de posições ideológicas pró-aborto. Ela também já começa a ganhar espaço
nas discussões políticas em Brasília.
Vale lembrar que em sua
campanha eleitoral, o atual presidente da Argentina, Maurício Macri, se
declarou pró-vida, mas em agosto do ano passado revelou uma mudança de posição
ao declarar que não vetaria a lei pró-aborto se ela fosse aprovada pelo Senado.
O presidente Jair Bolsonaro
também se declarou pró-vida durante a sua campanha eleitoral, embora em
entrevista a O Catequista tenha se comprometido apenas em “não permitir o
avanço do aborto no Brasil”, sem comentar qual seria a sua abordagem para os
casos em que é permitido hoje.
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O Catequista News
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