quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Argentina tem manifestações pró-aborto em todo o país



Nesta terça-feira, dia 19/02, a Argentina viveu uma onda de manifestações pró-aborto chamadas de “Maré Verde”.  As ações são chamadas assim, pois todos os participantes carregam consigo um lenço verde distribuído pela organização. O evento reuniu 150 mil pessoas em Buenos Aires.  Para que seja possível uma comparação, a Marcha pela Vida na mesma cidade chegou a 3 milhões de participantes.

Os protestos foram organizados para pressionar o governo argentino a avançar com as proposições que legislam sobre o tema, já que o movimento sofreu uma grande derrota em agosto de 2018, quando o Senado rejeitou uma proposta já aprovada na Câmara dos Deputados e que legalizava o aborto em todo o país.

Os organizadores também aproveitaram a mobilização para exigir a implementação de uma lei já aprovada e que obriga as escolas a incluir a “Educação Sexual” no seu currículo.  Segundo as lideranças, o conteúdo deve seguir as diretrizes do “Programa Nacional de Saúde Sexual e Procriação Responsável” e do “Protocolo para Atenção Integral de Pessoas com direito à interrupção voluntária da Gravidez”.

As manifestações do país vizinho merecem atenção no Brasil por terem clara influência sobre os movimentos que tratam do mesmo tema por aqui. A “Saúde Sexual”, por exemplo, é uma expressão que já entrou na legislação argentina e que carrega consigo uma série de posições ideológicas pró-aborto. Ela também já começa a ganhar espaço nas discussões políticas em Brasília.

Vale lembrar que em sua campanha eleitoral, o atual presidente da Argentina, Maurício Macri, se declarou pró-vida, mas em agosto do ano passado revelou uma mudança de posição ao declarar que não vetaria a lei pró-aborto se ela fosse aprovada pelo Senado.

O presidente Jair Bolsonaro também se declarou pró-vida durante a sua campanha eleitoral, embora em entrevista a O Catequista tenha se comprometido apenas em “não permitir o avanço do aborto no Brasil”, sem comentar qual seria a sua abordagem para os casos em que é permitido hoje.
_____________________________________
O Catequista News

Nenhum comentário:

Postar um comentário