segunda-feira, 4 de março de 2019

Escola de samba encena Satanás “vencendo” Jesus em desfile e gera polêmica



No desfile da escola de samba Gaviões da Fiel, na madrugada do domingo, 3 de fevereiro, em São Paulo, a comissão de frete trazia uma encenação na qual Jesus era vencido por Satanás, em uma “batalha do bem contra o mal”.

A escola de samba paulista reeditou o samba-enredo de 1994, “A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente”, sobre a história do tabaco.

Ao trazer a descrição do desfile da escola de samba, o site ‘Carnavalesco’ explica que a comissão de frente da Gaviões conta “sobre uma lenda árabe” sobre o surgimento do tabaco, relacionada a Santo Antão.

Esse santo “teria abdicado sua vida toda a percorrer a África levando a mensagem de Cristo, ele acreditava nesse conceito cristão. Já adulto encontrou uma serpente, maltratada, judiada, com sede, descamando, e a acolheu. Quando ela se restabeleceu, a serpente picou o braço desse santo, traiu a confiança dele. O santo assustado pela picada, jogou a cobra longe e chupou o veneno da cobra na mordida. No local que ele cuspiu esse veneno, surgiu um pé de tabaco”, descreve o site.

Diante disso, comentaristas do desfile afirmaram que o personagem da comissão de frente vestido com um tecido em volta do quadril, usando uma coroa de espinhos e com marcas de flagelação era o santo e não Jesus Cristo.

Entretanto, durante a transmissão da Rede Globo, logo após o desfile, os comentaristas receberam no estúdio integrantes da comissão e o coreógrafo, quando foi feita a correção de que o personagem em questão não era o Santo Antão, mas sim Jesus Cristo.

“O foco era chocar. Essa comissão de frente foi incrível e alcançou nosso objetivo, que era mexer com essa polêmica de Jesus e o diabo, com a fé de cada um”, afirmou o coreógrafo Edgar Junior.

O fato logo levou à repercussões nas redes sociais, com muitos cristãos lamentando esta encenação.

sábado, 2 de março de 2019

“Não houve nenhum tipo de conduta ilícita” reitera Dom Orani em documento


O Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro Dom Orani João Tempesta reafirma em documento que “não houve nenhum tipo de conduta ilícita”, em referência as insinuações de corrupção desferidas  pelo ex-governador Sergio Cabral e o padre demitido do estado clerical Wagner Portugal,  publicadas pela Revista Época. “Como a própria revista [Época / Globo]  reconhece, não há indícios de que tais insinuações sejam verdadeiras”, lê-se em outro trecho da carta enviada ao padres daquela Arquidiocese, que deve ser lida nas 275 paróquias após as missas deste período.

Confira o comunicado:

Caríssimos sacerdotes,

Peço que, se for oportuno ou solicitado, levem ao povo os esclarecimentos acerca das notícias veiculadas pela imprensa nesta semana.

1) Ao contrário do que insinuou o ex-governador em audiência à justiça, não houve nenhum tipo de conduta ilícita.

2) Nunca exerci cargo na administração da Pró-Saúde, não pratiquei atos de gestão, nem influenciei em sua administração.

3) Jamais utilizei minha posição de cardeal e arcebispo para solicitar benefícios para quaisquer instituições.

4) O fato de alguém utilizar meu nome, não significa que tenha recebido a minha autorização.

Todos os caminhos levam ao Terço


Desde que passei a rezar o terço diariamente, minha vida mudou - e para melhor. Muitas vezes, ao contemplar um dos mistérios da antiga oração popularizada por São Domingos, abrem-se para mim novos caminhos de entendimento de cuja existência eu nem suspeitava. Os passos de Jesus e da Sagrada Família são uma espécie de compêndio de tudo que acontece na vida humana. Você pode nem desconfiar, mas a sua biografia pessoal, caro leitor, é uma repetição do terço.

Alegro-me ao verificar como o terço marca as pessoas. Há alguns dias, o amigo Matheus Bazzo, cujas belas fotos por vezes ilustram a Avenida Paraná, estava em viagem para Roma, quando foi obrigado a fazer uma demorada conexão em Frankfurt, o que permitiu a ele dar um passeio pelo centro da cidade alemã. Meu amigo decidiu então visitar a Catedral de São Bartolomeu, uma das igrejas mais antigas da região. Era uma quinta-feira chuvosa; Matheus conseguiu chegar à catedral por volta das 16h30.

Matheus chegou à igreja e passou os olhos pelo quadro de avisos aos fiéis. Em Frankfurt, segundo ele, é raro encontrar placas ou cartazes em outras línguas que não o alemão, mesmo inglês. Contudo, para sua grande surpresa, havia um folheto escrito em sua língua natal: "Oração do terço em português todas as quintas às 16:40". Matheus estava dez minutos adiantado.

Meu amigo então se dirigiu à capela onde se rezava o terço na língua de Camões. A iniciativa era de uma senhora alemã chamada Brigitte Henss, que viveu sete anos no Brasil quando criança. Começou rezando sozinha, depois pediu autorização ao pároco da catedral para fazer a oração todas as semanas.

Quando Matheus perguntou a ela o motivo de rezar o terço no nosso idioma, algo tão peculiar numa cidade alemã, obteve uma resposta comovedora: "Eu senti que o Brasil precisa muito de orações, então decidi rezar em português na intenção de todos os brasileiros".

Palavra de Vida: “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6, 36).





De acordo com a narração de São Lucas, Jesus, depois de ter anunciado as bem-aventuranças aos seus discípulos, propõe-lhes o seu revolucionário convite: amar cada pessoa como a um irmão, mesmo que se revele um inimigo.

Jesus sabe bem o que isso significa e explica-o: somos irmãos porque temos um único Pai, que está sempre à espera dos seus filhos.

Ele quer estabelecer um relacionamento com cada um de nós, apelando para isso à nossa responsabilidade. Mas, ao mesmo tempo, mostra que o seu amor é um amor que se preocupa, que trata, que nutre. A sua é uma atitude maternal, de compreensão e ternura.

Assim é a misericórdia de Deus que vai, pessoalmente, ao encontro de cada ser humano, com todas as suas fragilidades. Aliás, Ele tem predileção por aqueles que estão à beira da estrada, os que são excluídos e marginalizados.

A misericórdia é um amor que enche o coração, para depois transbordar sobre os outros, tanto sobre os vizinhos como sobre os estranhos, sobre a sociedade à sua volta.

Porque somos filhos deste Deus, podemos assemelhar-nos a Ele naquilo que O carateriza, isto é, no amor, no acolhimento, no saber esperar os tempos do outro.

Homilética: 8º Domingo do Tempo Comum - Ano C: "A boca fala do que o coração está cheio".



O tema central da liturgia deste domingo convida-nos a refletir sobre esta questão: aquilo que nos enche o coração e que nós testemunhamos é a verdade de Jesus, ou são os nossos interesses e os nossos critérios egoístas?

O Evangelho dá-nos os critérios para discernir o verdadeiro do falso “mestre”: o verdadeiro “mestre” é aquele que apenas apresenta a proposta de Jesus gerando, com o seu testemunho, comunhão, união, fraternidade, amor; o falso “mestre”, ao contrário, é aquele que manifesta intolerância, hipocrisia, autoritarismo e cujo testemunho gera divisões e confusões: o seu anúncio não tem nada a ver com o de Jesus.

A primeira leitura, na mesma linha, dá um conselho muito prático, mas muito útil: não julguemos as pessoas pela primeira impressão ou por atitudes mais ou menos teatrais: deixemo-las falar, pois as palavras revelam a verdade ou a mentira que há em cada coração.

A segunda leitura não tem, aparentemente, muito a ver com esta temática: é a conclusão da catequese de Paulo aos coríntios sobre a ressurreição. No entanto, podemos dizer que viver e testemunhar com verdade, sinceridade e coerência a proposta de Jesus é o caminho necessário para essa vida plena que Deus nos reserva. Do nosso anúncio sincero de Jesus, nasce essa comunidade de Homens Novos que é anúncio do tempo escatológico e da vida que nos espera.

Igreja trabalha para colocar em prática acordo com China, afirma Cardeal Parolin



O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, declarou que a prioridade atual para a Igreja na China é colocar em prática o Acordo realizado em 22 de setembro do ano passado com a República Popular da China sobre a nomeação de bispos neste país.

Em declarações recolhidas e divulgadas por Vatican News nesta sexta-feira, 1º de março, o Cardeal Parolin explica que "o acordo com a China exigiu um longo trabalho. No final, conseguimos e esperamos que possa realmente dar frutos para o bem da Igreja e do país”.

"O próximo passo – assinalou – será implementar o acordo sobre a nomeação de Bispo, ou seja, fazê-lo funcionar na prática".

O acordo realizado com as autoridades comunistas chinesas implica, explicou a Santa Sé, a readmissão "à plena comunhão eclesial dos Bispos 'oficiais' ordenados sem mandato pontifício" que ainda não estavam em comunhão com Roma.

O Vaticano defendeu em todo momento que se trata de um acordo pastoral, não político, que permitirá que a Igreja cumpra a sua missão de difundir o Evangelho.

Com esse acordo, décadas de divergências diplomáticas entre a Igreja Católica e a China comunista foram encerradas.

A política do Partido Comunista Chinês contra a liberdade religiosa levou à divisão da Igreja na China em duas instituições: a Igreja Patriótica Chinesa, leal ao Partido Comunista, e a chamada "Igreja clandestina", em comunhão com o Pontífice.

Após anos de negociações complicadas, a última grande questão sobre a qual havia discordância e que impedia a normalização das relações era justamente a nomeação de bispos.

As autoridades chinesas se recusavam a aceitar as nomeações de Bispos realizadas pelo Papa e insistiam em nomear eles mesmos os titulares das sedes episcopais, algo rejeitado pelo Vaticano.

Os Bispos legítimos que permanecem fiéis ao Papa vivem uma situação próxima à clandestinidade, constantemente perseguidos pelas autoridades comunistas.

Antes da assinatura deste acordo, todo Bispo reconhecido pelo governo chinês deveria ser membro da Associação Patriótica, e muitos bispos nomeados pelo Vaticano que não são reconhecidos ou aprovados pelo governo chinês enfrentaram perseguição.

Agora, em virtude do acordo realizado, esta situação chegaria ao fim. No entanto, o acordo encontrou oposição interna na Igreja.

Sínodo da Amazônia: rumo a uma Igreja ecológica que enxota Jesus Cristo e desagrega o Brasil?



A jornalista holandesa Jeanne Smits ficou estarrecida quando tomou conhecimento do documento preparatório do Sínodo especial sobre a Amazônia.

Esse será realizado em outubro de 2019, em Roma, reunindo os bispos da “Pan-Amazônia” – portanto, dos nove países que dividem a soberania sobre essa imensa região geográfica.

Jeanne está acostumada a ler os documentos comuno-católicos mais radicais, dos quais, aliás, não comparte nem os pressupostos nem os fins.

Porém, o que se está preparando em ambientes católicos “progressistas” para a Amazônia superou todos os erros e horrores filosóficos e morais que já viu, escreve pormenorizadamente em seu site.

Cultura e crenças pagãs e primitivas inspirariam nova Igreja mais ‘cristã’ e ‘ecologicamente correta’. Maloca na fronteira com o Peru

A nota dominante, segundo ela, é seu “caráter horizontal”, quer dizer, seu igualitarismo extremado. Pois não é a mera igualdade niveladora da sociologia marxista que, infelizmente, desabrocha em tantos documentos eclesiásticos de nova data.

Trata-se de um igualitarismo materialista e evolucionista ecológico – e nisto nos adiantamos na apresentação – que nivela radicalmente todos os seres.

O homem fica no nível do animal, da planta, do minério, a ponto de desaparecer num magma erigido em divindade: a “Mãe Terra”, a “Pachamama”, “Gaia” ou qualquer outro nome usado nas utopias panteístas, pagãs ou ecologistas.

Religiosa na Missão Anchieta entre os indígenas da Amazônia: modelo da evangelização e civilização que o Sínodo panamazônico recusa.
 
O Sínodo especial, segundo aponta o Documento Preparatório do Sínodo dos Bispos para a Assembleia Especial para a Pan-Amazônia [outubro de 2019], visa a “conversão pastoral e ecológica” para essa nova pan-religiosidade. 

Segundo ele, não se trataria mais de levar o Evangelho aos pobres povos indígenas, como fizeram heroicos – e quantos santos e mártires! – missionários durante séculos.

Pelo contrario, a “melhor maneira de contribuir à salvação e à redenção (sic!) dos povos autóctones da bacia pan-amazônica” é a Igreja “conscientizá-los” do ambientalismo esotérico, da luta pela biodiversidade e do valor sagrado de suas primitivas “cosmovisões” e espiritualidades supersticiosas.

Smits discerne, “navegando sem cessar” nessas páginas do Vaticano, o mito iluminista e anticristão do bom selvagem de Jean-Jacques Rousseau!

Mas não é só isso. O documento transuda uma permanente denúncia da evangelização dos séculos passados, ainda viva em sacrificados e isolados missionários do presente.

A evangelização tradicional foi acompanhada da natural e indispensável civilização, levada a cabo por religiosos portugueses e espanhóis, em sua maioria, à custa de ingentes esforços que lhes consumiram por vezes a própria vida.

O fato pasmoso é essa meritória obra ser apresentada como um funesto prelúdio da globalização neoliberal, filha dos piores defeitos do capitalismo, inoculada facinorosamente pela Igreja e que agora se trataria de reparar.

Em suma, jogar novamente os índios no primitivismo. 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Dom Orani, as frases soltas do Cabral e a Imprensa desesperada


Oi Povo Católico!

E mais uma vez as fake news vêm bater à nossa porta. Quase sempre é com o Papa Francisco. Mas agora resolveram tretar aqui pelo quintal mesmo: a ideia é carimbar no Cardeal Orani Tempesta (e, a reboque, em toda a Igreja do Brasil) o selo da corrupção.

Nestes últimos dias, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, fez a seguinte declaração durante um depoimento à Justiça:

“O dom Orani devia ter interesse nisso, com todo respeito ao dom Orani, mas ele tinha interesse nisso. Tinha o dom Paulo, que era padre, e tinha interesse nisso. E o Sérgio Côrtes nomeou a pessoa que era o gestor do Hospital São Francisco. Essa Pró-Saúde certamente tinha esquema de recursos que envolvia religiosos. Não tenho a menor dúvida”

"Devia", "Eu acho", "certamente"... ué? Cabral afinal sabe ou não sabe do que está falando? Sabe ou não sabe de algum esquema? Se sabe, porque não disse logo, em vez de ser tão vago?

Uma declaração sem pé nem cabeça, mas que fez os olhos da grande mídia brasileira brilharem: a chance de implicar um cardeal muito conhecido em alguma coisa. Literalmente, em qualquer coisa. E começou um festival de bobagens que chega a ser difícil de acreditar.

Uma das matérias que está circulando pelas redes sociais conta histórias de uma década atrás, quando Dom Orani nem sequer era arcebispo do Rio de Janeiro! A matéria fala dos gastos excessivos de Padre Edvino Steckel e do dia em que Monsenhor Abílio da Nova foi pego no aeroporto com dinheiro não declarado. Nenhum dos dois assuntos tem qualquer relação com o que foi dito pelo Cabral, e só servem de pretexto para atacar a Igreja. A matéria finaliza dizendo que ninguém foi punido. Mas para o jornalista, que parece querer ser juiz, escapa o detalhe de que, no caso do Edvino não houve crime, houve má administração e, por isso, ele foi punido sendo afastado do cargo de ecônomo da Arquidiocese. No caso de Monsenhor Abílio, houve punição, sim: levou a multa que qualquer um levaria nesses casos. Ponto final.