segunda-feira, 4 de março de 2019

CNBB lança Campanha da Fraternidade 2019 em Brasília (DF)


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente na quarta-feira de cinzas, 6/3, a Campanha da Fraternidade (CF) 2019 com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27). O lançamento acontecerá na sede provisória da entidade em Brasília (DF).

Nesta Campanha, a ser desenvolvida mais intensamente no período da Quaresma, a Igreja Católica buscará chamar a atenção dos cristãos para o tema das políticas públicas, ações e programas desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis.

Nesta CF 2019, a Igreja no Brasil pretende estimular a participação dos cristãos em políticas públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais da fraternidade.  O texto-base da campanha, que será distribuído aos jornalistas na abertura, descreve, entre outros tópicos, sobre o ciclo e etapas de uma política pública e faz a distinção entre as políticas de governo e as políticas de Estado, bem como apresenta os canais de participação social, como os conselhos previstos na Constituição Federal de 1988.

A vitória do mal na avenida


Quando se é para chamar  atenção, atrair holofotes o caminho mais promissor é destacar a religião, se for a cristã, é como acertar na loteria. Tem sido assim com celebridades pop, programas de humor na TV aberta e nos canais de alguns youtubers . No Carnaval não poderia ser diferente.

O enredo era sobre o surgimento do tabaco a partir de uma lenda árabe, mas a mensagem passada na avenida foi uma fictícia vitória de Satanás sobre Jesus. Uma dramatização que atinge o sentimento religioso de milhões de brasileiros, mas nada de anormal para a crítica e os promotores da festa.

Em um desfile onde tudo se é pensado nos mínimos detalhes e  ao longo de vários meses, só uma pessoa muito sem inteligência para acreditar que aquele homem coroado de espinhos, cabelos longos, apenas os quadris cobertos, caído sob o tridente de “Satanás “, na verdade não é Jesus, mas Antão, santo dos primeiros séculos cuja representações icônicas giram em torno de um senhor de semblante austero e sempre vestido de túnica.

Arquivos do pontificado de Pio XII serão abertos em 2020, anuncia Papa



O Papa Francisco recebeu em audiência nesta segunda-feira, 4, um grupo de colaboradores e responsáveis do Arquivo Secreto Vaticano, por ocasião dos 80 anos da eleição do Papa Pio XII, Servo de Deus. No encontro, anunciou a abertura dos arquivos vaticanos referentes a esse Pontífice daqui a um ano, em 2 de março de 2020.

“Decidi que a abertura dos Arquivos Vaticanos referentes ao Pontificado de Pio XII se dará em 2 de março de 2020, a um ano exato do octogésimo aniversário da eleição de Eugenio Pacelli à Cátedra de Pedro”, afirmo Francisco.

O Santo Padre lembrou que Pio XII conduziu a Igreja em um dos momentos mais tristes e obscuros do século XX, conturbado pela última guerra mundial. Por desejo de Bento XVI, desde 2006 a equipe do Arquivo Secreto Vaticano trabalha em um projeto comum de preparação da documentação produzida durante o pontificado de Pio XII, a qual, em parte, São Paulo VI e São João Paulo II já tornaram consultáveis.

“O trabalho de vocês se desenvolve no silêncio e distante dos clamores, cultiva a memória e, em certo sentido, parece-me que possa ser comparado ao cultivo de uma majestosa árvore, cujos ramos estão voltados para o céu, mas cujas raízes estão firmemente ancoradas na terra”.

Escola de samba encena Satanás “vencendo” Jesus em desfile e gera polêmica



No desfile da escola de samba Gaviões da Fiel, na madrugada do domingo, 3 de fevereiro, em São Paulo, a comissão de frete trazia uma encenação na qual Jesus era vencido por Satanás, em uma “batalha do bem contra o mal”.

A escola de samba paulista reeditou o samba-enredo de 1994, “A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente”, sobre a história do tabaco.

Ao trazer a descrição do desfile da escola de samba, o site ‘Carnavalesco’ explica que a comissão de frente da Gaviões conta “sobre uma lenda árabe” sobre o surgimento do tabaco, relacionada a Santo Antão.

Esse santo “teria abdicado sua vida toda a percorrer a África levando a mensagem de Cristo, ele acreditava nesse conceito cristão. Já adulto encontrou uma serpente, maltratada, judiada, com sede, descamando, e a acolheu. Quando ela se restabeleceu, a serpente picou o braço desse santo, traiu a confiança dele. O santo assustado pela picada, jogou a cobra longe e chupou o veneno da cobra na mordida. No local que ele cuspiu esse veneno, surgiu um pé de tabaco”, descreve o site.

Diante disso, comentaristas do desfile afirmaram que o personagem da comissão de frente vestido com um tecido em volta do quadril, usando uma coroa de espinhos e com marcas de flagelação era o santo e não Jesus Cristo.

Entretanto, durante a transmissão da Rede Globo, logo após o desfile, os comentaristas receberam no estúdio integrantes da comissão e o coreógrafo, quando foi feita a correção de que o personagem em questão não era o Santo Antão, mas sim Jesus Cristo.

“O foco era chocar. Essa comissão de frente foi incrível e alcançou nosso objetivo, que era mexer com essa polêmica de Jesus e o diabo, com a fé de cada um”, afirmou o coreógrafo Edgar Junior.

O fato logo levou à repercussões nas redes sociais, com muitos cristãos lamentando esta encenação.

sábado, 2 de março de 2019

“Não houve nenhum tipo de conduta ilícita” reitera Dom Orani em documento


O Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro Dom Orani João Tempesta reafirma em documento que “não houve nenhum tipo de conduta ilícita”, em referência as insinuações de corrupção desferidas  pelo ex-governador Sergio Cabral e o padre demitido do estado clerical Wagner Portugal,  publicadas pela Revista Época. “Como a própria revista [Época / Globo]  reconhece, não há indícios de que tais insinuações sejam verdadeiras”, lê-se em outro trecho da carta enviada ao padres daquela Arquidiocese, que deve ser lida nas 275 paróquias após as missas deste período.

Confira o comunicado:

Caríssimos sacerdotes,

Peço que, se for oportuno ou solicitado, levem ao povo os esclarecimentos acerca das notícias veiculadas pela imprensa nesta semana.

1) Ao contrário do que insinuou o ex-governador em audiência à justiça, não houve nenhum tipo de conduta ilícita.

2) Nunca exerci cargo na administração da Pró-Saúde, não pratiquei atos de gestão, nem influenciei em sua administração.

3) Jamais utilizei minha posição de cardeal e arcebispo para solicitar benefícios para quaisquer instituições.

4) O fato de alguém utilizar meu nome, não significa que tenha recebido a minha autorização.

Todos os caminhos levam ao Terço


Desde que passei a rezar o terço diariamente, minha vida mudou - e para melhor. Muitas vezes, ao contemplar um dos mistérios da antiga oração popularizada por São Domingos, abrem-se para mim novos caminhos de entendimento de cuja existência eu nem suspeitava. Os passos de Jesus e da Sagrada Família são uma espécie de compêndio de tudo que acontece na vida humana. Você pode nem desconfiar, mas a sua biografia pessoal, caro leitor, é uma repetição do terço.

Alegro-me ao verificar como o terço marca as pessoas. Há alguns dias, o amigo Matheus Bazzo, cujas belas fotos por vezes ilustram a Avenida Paraná, estava em viagem para Roma, quando foi obrigado a fazer uma demorada conexão em Frankfurt, o que permitiu a ele dar um passeio pelo centro da cidade alemã. Meu amigo decidiu então visitar a Catedral de São Bartolomeu, uma das igrejas mais antigas da região. Era uma quinta-feira chuvosa; Matheus conseguiu chegar à catedral por volta das 16h30.

Matheus chegou à igreja e passou os olhos pelo quadro de avisos aos fiéis. Em Frankfurt, segundo ele, é raro encontrar placas ou cartazes em outras línguas que não o alemão, mesmo inglês. Contudo, para sua grande surpresa, havia um folheto escrito em sua língua natal: "Oração do terço em português todas as quintas às 16:40". Matheus estava dez minutos adiantado.

Meu amigo então se dirigiu à capela onde se rezava o terço na língua de Camões. A iniciativa era de uma senhora alemã chamada Brigitte Henss, que viveu sete anos no Brasil quando criança. Começou rezando sozinha, depois pediu autorização ao pároco da catedral para fazer a oração todas as semanas.

Quando Matheus perguntou a ela o motivo de rezar o terço no nosso idioma, algo tão peculiar numa cidade alemã, obteve uma resposta comovedora: "Eu senti que o Brasil precisa muito de orações, então decidi rezar em português na intenção de todos os brasileiros".

Palavra de Vida: “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6, 36).





De acordo com a narração de São Lucas, Jesus, depois de ter anunciado as bem-aventuranças aos seus discípulos, propõe-lhes o seu revolucionário convite: amar cada pessoa como a um irmão, mesmo que se revele um inimigo.

Jesus sabe bem o que isso significa e explica-o: somos irmãos porque temos um único Pai, que está sempre à espera dos seus filhos.

Ele quer estabelecer um relacionamento com cada um de nós, apelando para isso à nossa responsabilidade. Mas, ao mesmo tempo, mostra que o seu amor é um amor que se preocupa, que trata, que nutre. A sua é uma atitude maternal, de compreensão e ternura.

Assim é a misericórdia de Deus que vai, pessoalmente, ao encontro de cada ser humano, com todas as suas fragilidades. Aliás, Ele tem predileção por aqueles que estão à beira da estrada, os que são excluídos e marginalizados.

A misericórdia é um amor que enche o coração, para depois transbordar sobre os outros, tanto sobre os vizinhos como sobre os estranhos, sobre a sociedade à sua volta.

Porque somos filhos deste Deus, podemos assemelhar-nos a Ele naquilo que O carateriza, isto é, no amor, no acolhimento, no saber esperar os tempos do outro.

Homilética: 8º Domingo do Tempo Comum - Ano C: "A boca fala do que o coração está cheio".



O tema central da liturgia deste domingo convida-nos a refletir sobre esta questão: aquilo que nos enche o coração e que nós testemunhamos é a verdade de Jesus, ou são os nossos interesses e os nossos critérios egoístas?

O Evangelho dá-nos os critérios para discernir o verdadeiro do falso “mestre”: o verdadeiro “mestre” é aquele que apenas apresenta a proposta de Jesus gerando, com o seu testemunho, comunhão, união, fraternidade, amor; o falso “mestre”, ao contrário, é aquele que manifesta intolerância, hipocrisia, autoritarismo e cujo testemunho gera divisões e confusões: o seu anúncio não tem nada a ver com o de Jesus.

A primeira leitura, na mesma linha, dá um conselho muito prático, mas muito útil: não julguemos as pessoas pela primeira impressão ou por atitudes mais ou menos teatrais: deixemo-las falar, pois as palavras revelam a verdade ou a mentira que há em cada coração.

A segunda leitura não tem, aparentemente, muito a ver com esta temática: é a conclusão da catequese de Paulo aos coríntios sobre a ressurreição. No entanto, podemos dizer que viver e testemunhar com verdade, sinceridade e coerência a proposta de Jesus é o caminho necessário para essa vida plena que Deus nos reserva. Do nosso anúncio sincero de Jesus, nasce essa comunidade de Homens Novos que é anúncio do tempo escatológico e da vida que nos espera.