O Papa Francisco recebeu
em audiência nesta segunda-feira, 4, um grupo de colaboradores e responsáveis
do Arquivo Secreto Vaticano, por ocasião dos 80 anos da eleição do Papa Pio
XII, Servo de Deus. No encontro, anunciou a abertura dos arquivos vaticanos
referentes a esse Pontífice daqui a um ano, em 2 de março de 2020.
“Decidi que a abertura
dos Arquivos Vaticanos referentes ao Pontificado de Pio XII se dará em 2 de
março de 2020, a um ano exato do octogésimo aniversário da eleição de Eugenio
Pacelli à Cátedra de Pedro”, afirmo Francisco.
O Santo Padre lembrou
que Pio XII conduziu a Igreja em um dos momentos mais tristes e obscuros do
século XX, conturbado pela última guerra mundial. Por desejo de Bento XVI,
desde 2006 a equipe do Arquivo Secreto Vaticano trabalha em um projeto comum de
preparação da documentação produzida durante o pontificado de Pio XII, a qual,
em parte, São Paulo VI e São João Paulo II já tornaram consultáveis.
“O trabalho de vocês se
desenvolve no silêncio e distante dos clamores, cultiva a memória e, em certo
sentido, parece-me que possa ser comparado ao cultivo de uma majestosa árvore,
cujos ramos estão voltados para o céu, mas cujas raízes estão firmemente
ancoradas na terra”.
Francisco explicou que
este constante e não pequeno esforço é o que lhe permite anunciar a decisão de
abrir para consulta dos pesquisadores a documentação do pontificado de Pio XII
até a sua morte, em 9 de outubro de 1958, em Castel Gandolfo.
“Assumo esta decisão
tendo ouvido o parecer de meus mais estreitos colaboradores, com ânimo sereno e
confiante, certo de que a séria e objetiva pesquisa histórica saberá avaliar na
justa luz, com crítica apropriada, momentos de exaltação daquele Pontífice e,
sem dúvida, também momentos de graves dificuldades, de decisões difíceis, de
humana e cristã prudência, que a alguém poderá parecer reticências, e que ao
invés foram tentativas, humanamente também muito difíceis, para manter acesa, nos
períodos mais sombrios e de crueldade, a chama das iniciativas humanitárias, da
silenciosa, mas ativa diplomacia, da esperança em possíveis boas aberturas dos
corações”.
O Santo Padre
acrescentou ainda que a Igreja não tem medo da história, antes a ama e quer
amá-la mais e melhor. “Portanto, com a mesma confiança dos meus predecessores,
abro e confio aos pesquisadores este patrimônio documentário”.
________________________________
Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário