quinta-feira, 18 de abril de 2019

Papa Francisco incentiva sacerdotes a ser próximos das pessoas


SANTA MISSA CRISMAL

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
Quinta-feira Santa, 18 de abril de 2019

O Evangelho de Lucas, que acabamos de ouvir, faz-nos reviver a emoção do momento em que o Senhor Se assume a profecia de Isaías, lendo-a solenemente no meio do seu povo. A sinagoga de Nazaré estava cheia de parentes, vizinhos, conhecidos, amigos... e outros não muito amigos. E todos tinham os olhos fixos n’Ele. A Igreja tem sempre os olhos fixos em Jesus, o Ungido que o Espírito envia para ungir o povo de Deus.

Com frequência, os Evangelhos apresentam-nos esta imagem do Senhor no meio das multidões, cercado e comprimido pelas pessoas que Lhe trazem os doentes, pedem-Lhe que expulse os espíritos malignos, escutam os seus ensinamentos e caminham com Ele. «As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço-as e elas seguem-Me» (Jo 10, 27).

O Senhor nunca perdeu este contacto direto com o povo, sempre manteve a graça da proximidade, com o povo no seu conjunto e com cada pessoa no meio daquelas multidões. Vemo-lo na sua vida pública, mas o mesmo aconteceu desde o princípio: o esplendor do Menino atraiu docilmente pastores, reis e idosos sonhadores como Simeão e Ana. E foi assim também na Cruz: o seu Coração atrai todos a si (cf. Jo 12, 32): verónicas, cireneus, ladrões, centuriões...

Aqui, o termo «multidões» não é depreciativo. Aos ouvidos de alguém, poderia talvez soar como uma massa anónima, indiferenciada; mas no Evangelho, quando as multidões interagem com o Senhor, que Se coloca no meio delas como um pastor no rebanho, vemos que aquelas se transformam: no espírito do povo, desperta o desejo de seguir Jesus, brota a admiração, toma forma o discernimento.

Gostaria de refletir convosco sobre estas três graças que caracterizam o relacionamento entre Jesus e as multidões.

Homem é preso em Nova Iorque suspeito de tentar incendiar a Catedral de Saint Patrick


Um homem foi preso na noite desta quarta (17) pela polícia de Nova Iorque ao tentar incendiar a Catedral Saint Patrick com galões de gasolina.

Relatos dizem que o segurança da igreja viu a movimentação estranha do homem e foi abordá-lo, nesse momento viu que ele estava com galões de gasolina e tentava acender um isqueiro. O segurança o capturou até a chegada da polícia.

A polícia de Nova Iorque disse que o homem tinha um carro preparado para a fuga perto da Catedral.

Um porta-voz da Arquidiocese de Nova York disse à CNA que “o indivíduo foi detido enquanto tentava entrar na catedral” antes de ser entregue à polícia.

O New York Daily News informou que o homem conseguiu derramar gasolina no chão da igreja, mas isso ainda não foi confirmado.

A polícia de Nova Iorque identificou o homem como sendo Marc Lamparello, de 37 anos de idade, morador de Hasbrouck Heights, Nova Jersey.

França vai lançar concurso internacional para novo pináculo de Notre-Dame


"A França vai lançar um concurso internacional de arquitetura para redesenhar o pináculo da Catedral de Notre-Dame que desabou depois de ter suas estruturas consumidas pelas chamas do incêndio na segunda-feira (15)."

"A informação foi divulgada pelo Primeiro Ministro Edouard Philippe em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (17). Ele destacou que, em vez de recriar a original, o governo francês deseja um novo design para a nova era em que a humanidade está."

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Incêndio na Catedral de Notre Dame: choque e tristeza da Santa Sé

Homem observa incêndio atingir o topo da Catedral de Notre-Dame, localizada na região central de Paris, França - 15/04/2019 (Geoffroy Van Der Hasselt/AFP)
 
"A Santa Sé acolheu com choque e tristeza a notícia do terrível incêndio que devastou a Catedral de Notre Dame, símbolo da cristandade na França e no mundo", assim se expressou o Diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.

"Expressamos proximidade aos católicos franceses e à população de Paris e garantimos as nossas orações aos bombeiros e aos que estão fazendo o possível para fazer frente a esta dramática situação", prossegue o comunidado, divulgado no início da noite desta segunda-feira (15) após as chamas tomarem a Catedral.

Paris

Torre é consumida pelas chamas durante incêndio na Catedral de Notre-Dame, em Paris - 15/04/2019 (Geoffroy Van Der Hasselt/AFP)

O Arcebispo de Paris, Dom Michel Aupetit, convidou à oração e pediu aos párocos da capital francesa que toquem os sinos de suas igrejas. O incêndio não deixou indiferente o Reitor da Mesquita de Paris, Dr. Dalil Boubakeur, que falou de "terrível espetáculo", pedindo a proteção divina para este "monumento precioso aos nossos corações".

Cardeal brasileiro

O arcebispo emérito de São Paulo, Card. Cláudio Hummes, afirmou ao Vatican News que acompanha com tristeza esta "cena trágica", recordando que em 2010 foi convidado pelo então arcebispo Dom Vingtrois para celebrar na Catedral no feriado de 15 de agosto. "Fui e levo uma lembrança linda, sagrada e monumental desta Basílica que agora o incêndio está destruindo".

Incêndio atingiu Catedral de Paris e Mesquita em Jerusalém, ao mesmo tempo.

 
No momento em que as chamas devastavam a Catedral de Notre Dame, em Paris, um incêndio atingia a mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém.

Imagens mostrando fumaça e fogo saindo do telhado de uma estrutura conhecida como Sala de Oração de Marwani, ou Estábulo de Salomão, puderam ser vistas nas redes sociais. 

A Agência Palestina de Notícias, órgão oficial da Autoridade Nacional Palestina, citou um guarda dizendo na segunda-feira que "o incêndio irrompeu no quarto da guarda do lado de fora do telhado da Sala de Oração Marwani, e a brigada de incêndio do Waqf Islâmico cuidou do assunto com sucesso".

A notícia do incidente na Mesquita Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islã e central para o atual conflito árabe-israelense, foi em grande parte obscurecida por um incêndio muito maior que atingiu a Catedral de Notre Dame ao mesmo tempo.

 

Incêndio consome a histórica Catedral de Notre Dame, em Paris


Um incêndio de grandes proporções está a atingir a Catedral de Notre-Dame, um dos edifícios emblemáticos da capital francesa, episódio “potencialmente ligado” às obras de restauro em curso, segundo os bombeiros locais.

O fogo, que acontece no segundo dia da Semana Santa, alastrou-se pelo sótão da catedral e está a estender-se ao resto do edifício, sendo visíveis colunas de chamas e fumo; o pináculo colapsou.

A presidente do Município de Paris, Anne Hidalgo fala de um “fogo terrível”, sublinhando que as autoridades estão mobilizadas, “em estreita ligação” com a Arquidiocese local.

O presidente francês, Emmanuel Macron, publicou uma mensagem em que fala da “emoção de toda uma nação” e deixa um pensamento para “todos os católicos e todos os franceses”.

“Estou triste por ver arder esta parte de nós”, assinala, através da sua conta na rede social Twitter.

O arcebispo Éric Moulin-Beaufort, presidente da Conferência Episcopal de França (CEF), assume que esta é “uma grande ferida”, que vai para lá do Cristianismo, assinalando que a catedral é um símbolo “de paz, de beleza e de esperança”.

A construção da catedral, de estilo gótico, teve início em 1163 e foi concluída em 1345; no século XIX foi restaurada pelo arquiteto Viollet-le-Duc.

Mais de uma dezena de igrejas foram profanadas nos últimos meses, em França, e incêndios atingiram espaços como a Igreja de São Sulpício, em Paris.

A Catedral de Notre-Dame é propriedade do Estado, de acordo com lei francesa de separação Igreja-Estado de 1905, e o seu uso é atribuído à Igreja Católica.

Incêndio atinge Catedral de Notre-Dame, em Paris


Um incêndio atinge nesta segunda-feira (15) a catedral Notre-Dame, em Paris (França), um dos mais famosos templos e pontos turísticos do mundo. Não há informações até o momento sobre o que teria causado o incêndio.

Segundo os bombeiros, o incêndio está "potencialmente ligado" ao trabalho de reformas da catedral. Pelas imagens, é possível ver que as chamas partem do alto do edifício. A rádio France Info afirma que o incêndio já atinge parte da frente da catedral. E parte o campanário caiu sobre o que resta do teto.


O fogo começou por volta das 13h50min (horário de Brasília) na parte superior da catedral, segundo os bombeiros. Uma grande operação está tentando controlar as chamas. A polícia isolou a área e está retirando os muitos turistas que estavam dentro da catedral.

Nas redes sociais, a polícia de Paris pediu que os cidadãos evitem a área e facilitem a passagem de veículos de emergência.

A coluna de fumaça produzida pelo incêndio pode ser vista há quilômetros de distância, segundo a agência AFP.  prefeita de Paris, Anne Hidalgo, tuitou que um "terrível incêndio está em curso na Catedral de Notre Dame. Os @PompiersParis estão tentando controlar as chamas".

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, disse que está em contato com a Diocese de Paris e pediu que o perímetro de segurança seja respeitado. 

domingo, 14 de abril de 2019

Papa convida a resistir ao demônio em silêncio e deixar o Senhor agir


CELEBRAÇÃO DO DOMINGO DE RAMOS
E DA PAIXÃO DO SENHOR

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Praça São Pedro
XXXIV Jornada Mundial da Juventude
Domingo, 14 de abril de 2019

As aclamações da entrada em Jerusalém e a humilhação de Jesus. Os gritos festosos e o encarniçamento feroz. Anualmente, este duplo mistério acompanha a entrada na Semana Santa com os dois momentos característicos desta celebração: ao início, a procissão com os ramos de palmeira e de oliveira e, depois, a leitura solene da narração da Paixão.

Deixemo-nos envolver nesta ação animada pelo Espírito Santo, para obtermos o que se pede na oração: acompanhar com fé o caminho do nosso Salvador e ter sempre presente o grande ensinamento da sua Paixão como modelo de vida e de vitória contra o espírito do mal.

Jesus mostra-nos como enfrentar os momentos difíceis e as tentações mais insidiosas, guardando no coração uma paz que não é isolamento, não é ficar impassível nem fazer o super-homem, mas confiante abandono ao Pai e à sua vontade de salvação, de vida, de misericórdia; e Jesus, em toda a sua missão, viu-Se assaltado pela tentação de «fazer a sua obra», escolhendo Ele o modo e desligando-Se da obediência ao Pai. Desde o início, na luta dos quarenta dias no deserto, até ao fim, na Paixão, Jesus repele esta tentação com uma obediente confiança no Pai.

E hoje, na sua entrada em Jerusalém, também nos mostra o caminho. Pois, neste acontecimento, o maligno, o príncipe deste mundo, tinha uma carta para jogar: a carta do triunfalismo, e o Senhor respondeu permanecendo fiel ao seu caminho, o caminho da humildade.

O triunfalismo procura tornar a meta mais próxima por meio de atalhos, falsos comprometimentos. Aposta na subida para o carro do vencedor. O triunfalismo vive de gestos e palavras, que não passaram pelo cadinho da cruz; alimenta-se da comparação com os outros, julgando-os sempre piores, defeituosos, falhados... Uma forma subtil de triunfalismo é a mundanidade espiritual, que é o maior perigo, a mais pérfida tentação que ameaça a Igreja (Henri de Lubac). Jesus destruiu o triunfalismo com a sua Paixão.
Verdadeiramente o Senhor aceitou e alegrou-Se com a iniciativa do povo, com os jovens que gritavam o seu nome, aclamando-O Rei e Messias. O seu coração rejubilava ao ver o entusiasmo e a festa dos pobres de Israel, de tal maneira que, aos fariseus que Lhe pediam para censurar os discípulos pelas suas escandalosas aclamações, Jesus respondeu: «Se eles se calarem, gritarão as pedras» (Lc 19, 40). Humildade não significa negar a realidade, e Jesus é realmente o Messias, o Rei.

Mas, ao mesmo tempo o coração de Cristo encontra-se noutro caminho, no caminho santo que só Ele e o Pai conhecem: aquele que vai da «condição divina» à «condição de servo», o caminho da humilhação na obediência «até à morte e morte de cruz» (Flp 2, 6-8). Ele sabe que, para chegar ao verdadeiro triunfo, deve dar espaço a Deus; e, para dar espaço a Deus, só há um modo: o despojamento, o esvaziamento de si mesmo. Calar, rezar, humilhar-se. Com a cruz, não se pode negociar: abraça-se ou recusa-se. E, com a sua humilhação, Jesus quis abrir-nos o caminho da fé e preceder-nos nele.