sexta-feira, 3 de maio de 2019

Venezuela: Guarda Nacional de Maduro ataca igreja durante Missa


A Guarda Nacional Bolivariana (GNB) do regime de Nicolás Maduro atacou uma igreja na diocese venezuelana de San Cristóbal na tarde do dia 1º de maio. 

Em um comunicado divulgado na quarta-feira, Dom Mario Moronta, Bispo de San Cristóbal, assinalou que "nesta tarde um bando de homens da Guarda Nacional Bolivariana atacou a igreja de Nossa Senhora de Fátima, no Barrio Sucre, de San Cristóbal".

A Missa estava terminando, disse, "quando dois (membros da) GNB ingressaram no templo em uma moto".

Dom Moronta assinalou que "o pároco desceu do presbitério para detê-los", mas "na tentativa de diálogo veio um bando de 40 GNB, que tentavam entrar".

"O pároco, Pe. Jairo Clavijo, impediu sua entrada e, depois deles, chegou um general de sobrenome Ochoa que começou a discutir com o pároco com palavras nada respeitosas”.

"Não contentes com a invasão, os GNB lançaram bombas de gás lacrimogêneo dentro do templo", denunciou.

Portugal: Igreja Católica assinala Dia da Mãe, recordando vítimas da violência


A Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF) publicou uma mensagem por ocasião do próximo Dia da Mãe, recordando as mulheres vítimas de violência e todas as “dores” de quem cuida dos seus filhos.

O texto, enviado à Agência ECCLESIA, fala do “sofrimento das mães que sobrevivem a ciclones, das mães que são vítimas de violência, das mães que choram por filhos perdidos, das mães que correm e correm, para cuidar de filhos e netos”.

A Igreja Católica em Portugal saúda ainda todas as mães que “brincam felizes em parques tranquilos, que podem alimentar os seus filhos, dar os melhores cuidados aos que estão doentes e acompanhar o crescimento saudável dos seus netos”.

A mensagem destaca o que denomina como ‘martírio materno’ de tantas mães, “prontas aos maiores sacrifícios” pelos filhos, pela família, pelos outros, “dando a vida” e que, por vezes, não são “escutadas, compreendidas, amadas e apoiadas”.

“O Dia da Mãe também deve ser este incómodo, este pensar no que somos e fazemos, com a nossa vida de todos os dias”, acrescenta o texto, salientando que “não é possível celebrar” este ano “sem falar destas mulheres que carregam alegrias e dores, todos os dias”, que “passam fome, para dar de comer, que não dormem, para velar sonos inocentes”.

A proximidade do mundo, sem fronteiras de tempo e de espaço, que entra pelas nossas vidas adentro, exige-nos uma consciência que terá de implicar mudanças de comportamentos”.

"A CNBB, a Igreja e o Brasil"


"A 57.ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está neste momento em curso, sob a proteção da Santíssima Virgem Maria, Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

São tempos difíceis os que vivemos; tempos de descristianização fremente da sociedade, tempos de neopaganização, de desrespeito à vida humana e, mais ainda, Àquele que por Sua Encarnação elevou a natureza humana à dignidade de conatural do próprio Redentor. Nestes anos de existência da CNBB e de suas assembleias gerais, o Brasil, na prática, deixou de ser um país católico. Veja-se isso claramente numa frase singela, encontrada numa reportagem de um dos maiores jornais brasileiros, acerca desta Assembleia ora em curso; segundo a Folha de São Paulo, “[os bispos reunidos] costumam vestir calça e paletó, e não a túnica que faz parte da indumentária”. Que “túnica” seria esta? Ora, a batina! Esta foi a forma pela qual um jornalista absoluta e completamente desprovido de familiaridade com a Igreja que gerou a civilização de cuja decadência final faz parte tenta apontar o uso costumeiro de clergyman, não de batina, por parte dos Sucessores dos Apóstolos no Brasil. Seu avô com certeza reconheceria um bispo de batina e beijaria seu anel. Seu pai talvez beijasse a mão, sem reparar na existência de um anel nela. Ele mesmo, todavia, não sabe sequer usar o termo “batina”, e não reparou na diferença de colarinho entre um engravatado qualquer e um bispo. Provavelmente nunca falou com um clérigo sem estar a serviço. Se falou, não reconheceu, pela ausência completa de sinais exteriores de estado clerical.

E de quem é a culpa, se é que se pode atribuir culpa a um fenômeno de tamanha grandeza quanto o abandono de todas as suas bases religiosas e culturais por uma nação toda inteira? No caso dos trajes clericais, infelizmente, a culpa mais imediata – logo após a da nossa natureza marcada pelo pecado original, claro – é da própria CNBB. Costumo dizer que a única coisa boa feita pela TV Globo ao longo deste período (em que, aliás, ela foi a “rival” mais ou menos principal da Igreja neste País – ela e a CNBB agiram paralelamente por aproximadamente o mesmo período de tempo) foi não deixar o povo esquecer que padres usam batinas. Ainda que os padres da Globo tenham-se alternado entre monstros de hipocrisia ditatorial e personagens românticos que – pobrezinhos! – oprimidos por seus votos encontram o amor verdadeiro nos braços duma mocinha, eles usavam batina.

Já os senhores bispos ora reunidos em Aparecida não a usam: usam clergyman, aparentemente descuidados do fenômeno facilmente perceptível pelo qual a autorização dada pela CNBB para substituição da batina pelo clergyman como traje cotidiano dos sacerdotes tenha feito deste também raridade, tendo passado os clérigos a, contrariamente ao direito canônico, andar em trajes de leigo para cima e para baixo. E o clergyman, que continua tendo, aos olhos do povo, especialmente do povo um pouco ou muito afastado da Igreja, ares de “roupa chique”, de versão um nadinha diferente do paletó e gravata da alta burguesia, passou a ser percebido como o traje dos “executivos” eclesiais, os senhores bispos. “Calça e paletó”, vejam bem os senhores, diz o jornalista descristianizado e neopagão. Como um advogado, ou talvez um político. Longe do povo. Sem o “cheiro de ovelha” que o Santo Padre lembra ser atributo do verdadeiro pastor.

Não se trata de relação causal imediata, ou, se é este o caso, a relação é a inversa: a perda do cheiro de povo levou à perda da batina. Mais exatamente, caíram muitos dos senhores bispos hoje eméritos numa armadilha verdadeiramente demoníaca, tomando por “cheiro de povo” o que na verdade era e é o cheiro do lobo. E que lobo é este? É o mesmo lobo que, no Brasil, desviou trilhões de dólares do Estado e de estatais, mormente a Petrobrás. É o mesmo lobo que, na Venezuela, está levando a população a morrer de fome ou fugir para os países vizinhos. É um lobo antigo, um lobo já bem conhecido da Igreja, que já o apontou inúmeras vezes na formação de sua Doutrina Social – pela qual tenho a graça de ser um apaixonado, autor do único manual desta disciplina publicado no Brasil, editado pela Ed. Quadrante. Este lobo se chama socialismo, ou – na sua etapa utópica, jamais atingida até hoje e que jamais o será, por sua incompatibilidade com a natureza humana herdeira de Adão – comunismo.

Levantando-se contra os muitos erros dos governos militares, muitos dos senhores bispos, hoje eméritos, abraçaram o erro oposto, no comum engano pelo qual o inimigo de nosso inimigo seria nosso amigo. Dom Paulo Evaristo Arns – que Deus o tenha junto de sua santa irmã – chegou ao ponto de usar como arma política o Sacramento da Ordem, fazendo diáconos de maus frades presos por esconderem em seu convento as armas assassinas de uma gangue de terroristas de extrema-esquerda. Outros fizeram outro tanto em contextos vários. Ao mesmo tempo, os senhores bispos mais conservadores foram praticamente alijados da Conferência. Compreensível? Pode ser. Mas devemos lembrar que o próprio Cardeal Arns apoiou inicialmente a quartelada de 1964. O problema real não foi ela, sim as más ações posteriores daqueles governos. E, mais ainda, a confusão por setores da Igreja entre más ações de um governo e a sua totalidade: Dom Eugênio Salles manteve-se em boas relações com o Estado militar e salvou as vidas de muitos esquerdistas perseguidos, enquanto os senhores bispos que os apoiaram abertamente não foram capazes de tanto.

Os militares no poder, para lutar contra a Igreja que passaram a perceber como inimiga, fizeram horrores ainda maiores. O que provavelmente tem mais tristes consequências hoje foi a importação de uma variedade especialmente daninha – por mais afastada da Sã Doutrina – de protestantismo, o pentecostalismo americano. Para os militares, positivistas que não tinham (e não têm) qualquer noção do que seja o verdadeiro cristianismo, o que se tinha era apenas a substituição de um cristianismo “desagradável” – o da Igreja, que lhes lembrava a dignidade de todo homem, que não lhes permitia tratar homens como animais, ou pior que animais; neste ponto é valioso o testemunho profético de Sobral Pinto, que usou a lei contra maus-tratos a animais para defender um líder comunista das garras de uma ditadura – por outro mais palatável, o cristianismo “evangélico”, ao contrário da Sã Doutrina pró-capitalista e, com ela, anticomunista.

E esta importação espalhou-se por toda parte, crescendo e espalhando suas rasas raízes em todo lugar em que não encontrava na Igreja o verdadeiro Evangelho. Pois de que adianta ganhar o mundo o perder a alma? Como foi, infelizmente, comum que bons fiéis, pessoas que buscavam o Cristo, ao chegar na paróquia encontrassem apenas sociologia rasa, no mais das vezes de inspiração marxista, e na pracinha da esquina encontrassem um leigo qualquer, de terno e gravata, com uma Bíblia na mão, pregando a Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, a consciência do pecado, a necessidade de conversão! E lá se ia mais uma família para as garras das seitas, afastando-se dos mesmos Sacramentos que lhe eram na prática negados (até hoje é dificílimo, na maior parte das dioceses, encontrar um padre que ouça uma simples confissão!) na Igreja.

Índia: Duas escolas cristãs foram atacadas por radicais hindus

 
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informou que duas escolas cristãs na Índia foram atacadas por radicais hindus, em “apenas três dias”, e o presidente do Conselho Global de Cristãos Indianos afirma que a situação “é alarmante”.

Numa informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, pelo secretariado da AIS-Portugal, Sajan K George refere que a “minoria cristã é vulnerável e sofre a intimidação” da maioria hindu, apesar de a liberdade religiosa ser “garantida pela Constituição” e a Índia um país secular.

A Escola Secundária Superior de São José, em Sugnu, no distrito de Chandel, foi atacada e incendiada por radicais hindus, durante a noite de 25 de abril.

“Um bárbaro ato de vandalismo”, disse o diretor da Organização da Juventude Católica de Manipur, o padre Jacob Chapao, divulgou a agência Asia News.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Estado Islâmico sobre incêndio de Notre Dame: “Espere pelo próximo”



Um grupo de mídia jihadista ligado ao ISIS (Estado islâmico) publicou uma imagem de Notre Dame em chamas com os dizeres: “Espere pelo próximo”. Pelo que sabe-se até o momento, não há indicação concretas de que o incêndio esteja ligado ao grupo terrorista.

Enquanto a catedral queimava na segunda-feira à noite, o grupo Al-Munatsir, ligado ao ISIS, publicou um cartaz da catedral em chamas acompanhado das palavras: “Tenha um bom dia”. 

A promotoria de Paris diz tratar o incêndio como um acidente, descartando incêndios criminosos e possíveis motivos relacionados ao terrorismo, pelo menos por enquanto.

Clérigo extremista com possíveis vínculos com o ISIS é acusado de planejar os atentados do Sri Lanka


A inteligência cingalesa nomeou o clérigo extremista local Moulvi Zahran Hashim como a força matriz por trás dos ataques mortais do Domingo de Páscoa. O clérigo radical usou as mídias sociais para pedir violência contra os não-muçulmanos.

Hashim é suspeito de ser um organizador dos ataques logo após altos funcionários do governo acusarem o envolvimento nacional do Thawheed Jama'ut (NTJ), de acordo com várias fontes da mídia. Hashim é tanto um Imam quanto um prolífico conferencista do NTJ, e diz-se que usou as mídias sociais para incitar a violência, inclusive contra mesquitas rivais.

Depois de serem removidos do YouTube, os vídeos de Hashim continham mensagens de apoio ao Estado Islâmico (IS, anteriormente ISIS) contra imagens, incluindo as torres gêmeas em chamas e uma tapeçaria de bandeiras de países ao redor do mundo envoltos em chamas.

O Conselho Muçulmano do Sri Lanka supostamente reclamou ao governo sobre Hashim durante anos, sinalizando seu 'vídeos discurso de ódio' depois que ficou claro que ele estava radicalizando jovens estudantes em suas aulas de Alcorão.

O NTJ em si era um grupo islâmico linha-dura pouco conhecido até que foi nomeado suspeito nos ataques de domingo pelo porta-voz do governo, Rajitha Senaratne. Apesar da acusação, as organizações de inteligência acreditam que os ataques sofisticados não poderiam ter sido realizados sem a perícia de grupos externos, o que poderia dar credibilidade à alegação recente do EI de estar por trás dos atentados. 

domingo, 21 de abril de 2019

Em missa de Páscoa, parisienses rezam por rápida restauração da catedral de Notre-Dame


Sem uma catedral para onde ir, centenas de parisienses se reuniram para a missa do domingo de Páscoa na igreja católica de Saint-Eustache, na margem direita da cidade, e rezaram pelo rápido restabelecimento de Notre-Dame, após a catedral ter sido devastada por um incêndio.

O arcebispo de Paris, Michel Aupetit, iniciou a cerimônia traçando um paralelo entre a planejada reconstrução da catedral de Notre-Dame de Paris e a ressurreição de Jesus dentre os mortos, celebrada todos os anos pelos cristãos na Páscoa.

"Vamos nos erguer novamente e nossa catedral se erguerá novamente", disse ele ao público, que incluía a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e o chefe do Corpo de Bombeiros de Paris, general Jean-Claude Gallet.

A missa havia sido programada originalmente para ser realizada em Notre-Dame, cuja torre e o telhado foram destruídos em um incêndio na segunda-feira, enquanto equipes de resgate colocaram suas vidas em risco para salvar o resto da secular catedral e seus artefatos de valor inestimável.

Urbi et Orbi: "A Páscoa é o início de um mundo novo", afirmou o Papa Francisco



MENSAGEM URBI ET ORBI
DO PAPA FRANCISCO

PÁSCOA 2019

Balcão da Basílica Vaticana
Domingo, 21 de abril de 2019

Queridos irmãos e irmãs, feliz Páscoa!

Hoje, a Igreja renova o anúncio dos primeiros discípulos: «Jesus ressuscitou!» E de boca em boca, de coração a coração, ecoa o convite ao louvor: «Aleluia!... Aleluia!» Nesta manhã de Páscoa, juventude perene da Igreja e de toda a humanidade, quero fazer chegar a cada um de vós as palavras iniciais da recente Exortação Apostólica dedicada particularmente aos jovens:

«Cristo vive: é Ele a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que toca torna-se jovem, fica novo, enche-se de vida. Por isso as primeiras palavras, que quero dirigir a cada jovem [e a cada] cristão, são estas: Ele vive e quer-te vivo! Está em ti, está contigo e jamais te deixa. Por mais que te possas afastar, junto de ti está o Ressuscitado, que te chama e espera por ti para recomeçar. Quando te sentires envelhecido pela tristeza, os rancores, os medos, as dúvidas ou os fracassos, Jesus estará a teu lado para te devolver a força e a esperança» (Chistus vivit, 1-2).

Queridos irmãos e irmãs, esta mensagem é dirigida ao mesmo tempo a todas as pessoas e ao mundo inteiro. A Ressurreição de Cristo é princípio de vida nova para todo o homem e toda a mulher, porque a verdadeira renovação parte sempre do coração, da consciência. Mas a Páscoa é também o início do mundo novo, libertado da escravidão do pecado e da morte: o mundo finalmente aberto ao Reino de Deus, Reino de amor, paz e fraternidade.

Cristo vive e permanece conosco. Mostra a luz do seu rosto de Ressuscitado e não abandona os que estão na provação, no sofrimento e no luto. Que Ele, o Vivente, seja esperança para o amado povo sírio, vítima dum conflito sem fim que corre o risco de nos encontrar cada vez mais resignados e até indiferentes. Ao contrário, é hora de renovar os esforços por uma solução política que dê resposta às justas aspirações de liberdade, paz e justiça, enfrente a crise humanitária e favoreça o retorno em segurança dos deslocados, bem como daqueles que se refugiaram nos países vizinhos, especialmente no Líbano e Jordânia.

A Páscoa leva-nos a deter o olhar no Médio Oriente, dilacerado por divisões e tensões contínuas. Os cristãos da região não deixem de testemunhar, com paciente perseverança, o Senhor ressuscitado e a vitória da vida sobre a morte. O meu pensamento dirige-se de modo particular para o povo do Iêmen, especialmente para as crianças definhando pela fome e a guerra. A luz pascal ilumine todos os governantes e os povos do Médio Oriente, a começar pelos israelitas e os palestinenses, e os instigue a aliviar tantas aflições e a buscar um futuro de paz e estabilidade.

Que as armas cessem de ensanguentar a Líbia, onde, nas últimas semanas, começaram a morrer pessoas indefesas, e muitas famílias se viram forçadas a deixar as suas casas. Exorto as partes interessadas a optar pelo diálogo em vez da opressão, evitando que se reabram as feridas duma década de conflitos e instabilidade política.

Cristo Vivente conceda a sua paz a todo o amado continente africano, ainda cheio de tensões sociais, conflitos e, por vezes, extremismos violentos que deixam atrás de si insegurança, destruição e morte, especialmente no Burkina Faso, Mali, Níger, Nigéria e Camarões. Penso ainda no Sudão, que está a atravessar um período de incerteza política e onde espero que todas as instâncias possam ter voz e cada um se esforce por permitir ao país encontrar a liberdade, o desenvolvimento e o bem-estar, a que há muito aspira.