A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS)
informou que duas escolas cristãs na Índia foram atacadas por radicais hindus,
em “apenas três dias”, e o presidente do Conselho Global de Cristãos Indianos
afirma que a situação “é alarmante”.
Numa informação enviada hoje à Agência
ECCLESIA, pelo secretariado da AIS-Portugal, Sajan K George refere que a
“minoria cristã é vulnerável e sofre a intimidação” da maioria hindu, apesar de
a liberdade religiosa ser “garantida pela Constituição” e a Índia um país
secular.
A Escola Secundária Superior de São José, em
Sugnu, no distrito de Chandel, foi atacada e incendiada por radicais hindus,
durante a noite de 25 de abril.
“Um bárbaro ato de vandalismo”, disse o
diretor da Organização da Juventude Católica de Manipur, o padre Jacob Chapao,
divulgou a agência Asia News.
A escola católica, a segunda mais antiga no
estado de Manipur, funciona há mais de 50 anos e tem formado “centenas de
elementos” da população tribal”.
A AIS dá conta ainda que dois dias antes, a 23
de abril, foi atacada a “Escola Primária Cristo”, devido a falsas acusações de
conversão ao cristianismo contra 14 professores, no distrito de Palghar
(Maharashtra), por grupos radicais paramilitares ligados ao Antarrashtriya
Hindu Parishad, organização nacionalista Hindu.
No seu mais recente Relatório da Liberdade
Religiosa no Mundo, publicado o ano passado, a fundação pontifícia informa que
os cristãos na Índia são 4.7% da população e os números do Governo indiano,
apresentados no Parlamento a 6 de fevereiro de 2018, destacam a “atual
tendência para o aumento da violência inter-religiosa”.
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Agência Ecclesia
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