Na última terça-feira (21) aconteceu um ato de
consagração da Nação brasileira ao Imaculado Coração de Maria. O presidente
Jair Bolsonaro junto com Dom Fernando Rifan, um grupo de parlamentares
católicos e alguns fiéis rezaram consagrando o Brasil ao Imaculado Coração de
Maria.
A consagração à virgem Maria é um ato que
chega até as raízes de nossa vida cristã, através da consagração à Virgem nos
unimos ao Cristo de maneira plena, pelas mãos de sua Mãe. Unidos ao Cristo, nos
unimos a Santíssima Trindade. Ou seja, quando nos consagramos à Virgem Maria,
estamos dizendo que pelas mãos da Mãe de Deus, queremos ser inteiramente de
Cristo.
O Brasil é um país católico, nasceu de uma
celebração eucarística, é conhecido como a “Terra de Santa Cruz”, porém, o
laicismo, secularismo e tantos outros ismos foram dominando nosso país nas
últimas décadas, quiçá séculos.
E o ato de consagração à Nossa Senhora é o
desejo de pelas mãos de Maria a maior Nação Católica do Mundo ser de novo a
“Terra de Santa Cruz”. “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor!”
"Coincidentemente, o ato aconteceu três
dias depois de um episódio semelhante na Itália. No sábado (18), o ministro do
Interior Matteo Salvini, em um comício em Milão, pontilhou o seu discurso de
citações de figuras católicas como G. K. Chesterton, João Paulo II e Bento XVI
e concluiu, terço nas mãos, com a consagração da sua própria trajetória ao
Imaculado Coração de Maria."
"Desde pelo menos a redação das memórias
de Lúcia, em plena II Guerra Mundial, a devoção a Nossa Senhora de Fátima está
fortemente associada ao anticomunismo, devido à menção aos “erros” que a Rússia
“espalhará pelo mundo”. Não é nenhuma novidade, portanto, que retorne ao
discurso de líderes políticos obcecados com o tema e que se entendem de alguma
forma como defensores da tradição cristã – ou mesmo como escolhidos por Deus.
Biondini, é claro, lançou mão dessa narrativa
ao propor o ato ao presidente. No ofício, ele escreve: “Dentre os pedidos que
ela [Nossa Senhora de Fátima] fez para que o mundo se convertesse, ficasse
livre das guerras e do comunismo, estava o da consagração dos países ao
Imaculado Coração de Maria, através de seus presidentes. Portugal fez esse
gesto, e atribuiu-se a isso o livramento desse país dos flagelos da guerra e do
comunismo. A nossa intenção é que essa mesma ação aconteça no Brasil pelas mãos
do nosso presidente”."
"Em um vídeo, o deputado complementa: “É
um ato profético, porque o Brasil precisa de Deus, precisa de oração e precisa
do cumprimento das promessas de Fátima de que, se consagrarmos a nossa nação ao
Imaculado Coração de Maria, então as pragas, as guerras, os males saem, para
que a bênção de Deus possa reinar no meio de nós”.
O texto da consagração, assinado pelo
ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Floriano
Peixoto, e lido pelo bispo dom Fernando Rifan no fim do evento, reza:
“Esperamos receber aquelas graças que a senhora já proporcionou a outros países
que já se consagraram a vós: a prosperidade, o crescimento econômico e religioso,
a vitória sobre toda ideologia materialista, a garantia da paz do país em seu
interior e com as demais nações”.
Após a assinatura da Consagração do Brasil ao
Imaculado Coração de Maria, começaram a surgir críticas ao ato presidencial na
internet colocando em questão sua validez. Em entrevista a ACI Digital, o
sacerdote Augusto Bezerra, conhecido pelo seu apostolado nas redes sociais,
esclarece.