Um conjunto de entidades da sociedade
brasileira, entre as quais a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
lançou hoje às 10h, de forma virtual, a Frente Pela Vida. As entidades estão se
unindo para propor ações efetivas e uma resposta à pandemia do novo coronavírus
que atingiu, no Brasil, a marca de 25 mil mortes oficiais decorrentes da
Covid-19. O primeiro ato confirmado do movimento será a Marcha pela Vida, que
acontecerá virtualmente no dia 9 de junho.
O padre Paulo Renato, assessor político da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), participou do lançamento
representando a entidade. O religioso afirmou que historicamente a CNBB sempre defendeu
a vida e se colocou ao lado dos princípios democráticos e que, portanto,
participar desta nova “Marcha pela Vida” é algo natural na trajetória da
organização. O que baliza a participação da CNBB, reforçou o padre Paulo
Renato, é o Evangelho sintetizado em João 10: “Eu vim para que todos tenham
vida e a tenham em abundância”.
O ponto de partida do movimento origina-se na
redação do “Pacto pela Vida e pelo Brasil” (conheça a íntegra do documento
anexo abaixo), lançado em 7 de abril pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Academia Brasileira de Ciências (ABC),
CNBB, Comissão Arns e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)
e endossado por mais de 100 entidades. Se, à data do documento, já era apontada
a necessidade de colaboração estreita entre sociedade civil e classe política,
entre agentes econômicos, pesquisadores e empreendedores na conjugação de
esforços para uma resposta à Covid-19, o agravamento das crises sanitária e
econômica aponta que somente um amplo diálogo pode levar à resolução de lacunas
que ainda se impõem e à mitigação de diversas vulnerabilidades expostas pela
pandemia.
“Esse é o momento de convocar toda a sociedade
brasileira para se somar à defesa da vida. Precisamos de caminhos para impedir
que o número de mortes aumente ainda mais; e esse caminho deve ser orientado
pela ciência e pelo fortalecimento do SUS. Temos que valorizar os pesquisadores
brasileiros, que têm dado importantes contribuições no enfrentamento da pandemia.
Precisamos de muita solidariedade, principalmente para aqueles que vivem em
situações de vulnerabilidade. Mais do que tudo, precisamos defender a
democracia para garantir as condições dignas para todas e todos os brasileiros”
ressalta Gulnar Azevedo e Silva, presidente da Associação Brasileira de Saúde
Coletiva (Abrasco).