domingo, 9 de dezembro de 2012

Orar ou rezar?



Quantas vezes você já não ouviu esse paralelo ignorante que alguns protestantes fazem em relação a essas palavras? Quantas vezes você já não foi questionado a respeito de seu uso e desuso e, por fim, quantos de nós católicos também caem nessa falácia de que uma difere e profana a outra. ESTUPIDEZ e IGNORÂNCIA. Veremos que isso nada tem haver com que uma grande parte da população atual menciona como certo e errado.

Isso vale aqueles que, destituídos de um mínimo de cultura ou honestidade intelectual, fazem das duas palavras, “oração” e “reza”, um cavalo de batalha. “Nós oramos os católicos rezam: logo, os católicos estão errados”. Os desinformados e/ou desonestos precisam saber que “oração”, “orar” (sem necessidade de remontar ao hebraico “Or” (Luz)), são palavras originadas do latim, língua de Roma e, portanto, língua legítima da Igreja Católica: Oratio, orare. Até a aparição dos primeiros protestantes (1520), foram de exclusividade nossa, na liturgia da Igreja Ocidental. Querer vender-nos o que é nosso é crime de estelionato!
Sendo um pouco mais específico Orar vem do latim orare; e rezar, do latim recitare, que também deu em português recitar. Já em latim, os verbos orare e recitare têm sentidos muito próximos: o primeiro significa “pronunciar uma fórmula ritual, uma oração, uma defesa em juízo”; o segundo, “ler em voz alta e clara” (portanto, o mesmo que em português recitar). Entretanto, para orare prevaleceu na latinidade e nas línguas românicas o sentido de rezar, isto é, dizer ou fazer uma oração ou súplica religiosa (cfr. A. Ernout–A. Meillet,Dictionnaire étymologique de la langue latine — Histoire des mots, Klincksieck, Paris, 4ª ed., 1979, p. 469). 

Nós, católicos, damos ao verbo rezar um sentido bastante amplo e genérico, e reservamos a palavra oração mais especialmente — mas não exclusivamente — para os diversos gêneros de oração mental, como a meditação, a contemplação etc. Não há razão, portanto, para fazer dessa ligeira diferença, comum nos sinônimos, um tema de disputas.

Os protestantes, entretanto, salientam a diferença por dois motivos. Primeiro, porque para eles serve de senha. Com efeito, acentuando arbitrariamente essa pequena diferença de matiz entre as palavras, eles utilizam orar em vez de rezar, e assim imediatamente se identificam como crentes (como diziam até há pouco) ou evangélicos (como preferem dizer agora). Isso tem a vantagem, para eles, de detectar entre os circunstantes os outros protestantes que ali estejam. É um expediente ao qual recorrem todas as seitas dotadas de um forte desejo de expansão, como é o caso dos protestantes no Brasil.

Por outro lado, a oração, para os protestantes, não tem o mesmo alcance que para nós, católicos. Enquanto para nós o termo oração engloba todos os gêneros de oração — desde a oração de petição até as orações de louvor e glorificação de Deus — os protestantes esvaziam a necessidade da oração de petição, que para eles tem pouco ou nenhum sentido. Com efeito, como nós, católicos, sabemos, a vida nesta Terra é uma luta árdua, em que devemos pedir a Deus em primeiro lugar os bens eternos, e depois os bens terrenos de que temos necessidade. É o que ensinou Nosso Senhor Jesus Cristo.

Até ontem, quando a Missa era em latim, assim como ainda hoje em boa língua portuguesa, o termo clássico era de uso comum, esses ignorantes deveriam verificar entre qualquer Igreja Católica, durante a Missa e ouvirão, mais de uma vez, o convite do celebrante: “Oremos!” E, uma vez o solene: “Orai irmãos para que nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai, Todo Poderoso”. Dizer que a Igreja não ora é no mínimo preguiça de pesquisar a verdade, a Igreja nunca fez distinção entre uma coisa e outra, pois via e continua a ver o mesmo significado em ambas as palavras, o que sempre foi real, os santos e santas que nos antecederam assim já nos demonstravam:

“Depois que ficava em oração, via que saia dela muito melhorada e mais forte.” (Santa Teresa d’Ávila).

“Assim como necessitamos continuamente da respiração, assim também temos necessidade do auxílio de Deus; porém se queremos, facilmente podemos atraí-lo pela oração.” (São João Crisóstomo).

“Ora et Labora!” - "Reza e trabalha!" São Bento.

“Sabe viver bem quem sabe rezar bem.” (Santo Afonso Maria de Ligório).

“A oração consiste em tratar a Deus como um pai, um irmão, um Senhor e um Esposo.” (Santa Teresinha).

“Quem começou a rezar não deve interromper a oração, em que pesem os pecados cometidos.”

“Com a oração poderá logo soerguer-se, ao passo que sem ela ser-lhe-á muito difícil. Não deixe que o demônio o tente a abandonar a oração por humildade” (Santa Teresinha).

Podemos perceber então que tal distinção não fazia e nunca fez parte da vida religiosa dos santos e santas da Igreja, como então continuarmos com esse paralelismo que, até entre os católicos hoje existe? Basta parar de acreditar na primeira besteira que se ouve e buscar a sabedoria da Igreja de dois mil anos, que tem todas as respostas necessárias.

Ainda neste contexto perceberemos que nem mesmo o Catecismo da Igreja Católica difere uma coisa da outra, pois ao utilizar ambas demonstra que não existe e nunca existiu diferentes significados, podendo assim serem usadas sem problema algum de cometer um dito “erro”, vejamos:

“A Oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus nos bens convenientes. De onde falamos nós, ao rezar?…” (CIC 2559).

“[...] Os Salmos alimentam e exprimem a oração do povo de Deus como assembléia, por ocasião das grandes festas em Jerusalém e cada sábado nas sinagogas. [...] Rezados e realizados em Cristo, os Salmos são sempre essenciais à oração de Sua Igreja.” (CIC 2586).

“A oração não se reduz ao surgir espontâneo de um impulso interior; para rezar é preciso querer. Não basta saber o que as Escrituras revelam sobre a oração; também é indispensável aprender a rezar, E é por uma transmissão viva (a Sagrada Tradição) que o Espírito Santo, na ‘Igreja crente e orante’, ensina os filhos de Deus a rezar.” (CIC 2650).

Fica evidente então a Sabedoria da Igreja e a Verdade que nela, através de Nosso Senhor, se expressa.
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Fonte: http://www.realidadecristo.com.br/2012/11/oracao-ou-reza.html
(tema nosso).

sábado, 8 de dezembro de 2012

Homilética: 2º domingo do Advento - Ano C: "Todos os Homens encontrarão o Deus que salva".


Neste segundo domingo do advento, a liturgia da Palavra nos faz um apelo à conversão, à renovação, no sentido de eliminar todos os obstáculos que impedem a chegada do Senhor ao nosso mundo e ao coração dos homens. Esta missão é uma exigência que é feita a todos os batizados, chamados a dar testemunho da salvação que Jesus Cristo veio trazer.

Lançando inicialmente um olhar para a primeira leitura, retirada do livro do Profeta Baruc, seu conteúdo sugere que o “caminho” de conversão é um verdadeiro êxodo da terra da escravidão para a terra da felicidade e da liberdade. Durante o percurso, somos convidados a despir-nos de todas as cadeias que nos impedem de acolher a proposta de uma vida nova que Deus nos faz. Somos convidados a viver este tempo numa serena alegria, confiantes no Senhor que não desiste de nos apresentar uma proposta de salvação, apesar dos nossos erros e dificuldades.

O Evangelho apresenta o profeta João Batista, a nos convidar a uma transformação total quanto à forma de pensar e de agir, quanto aos valores e às prioridades da vida. Para que Jesus possa caminhar ao encontro da humanidade é necessário que os corações estejam livres e disponíveis para acolher a Boa Nova do Reino. É esta missão profética que Deus continua, hoje, a confiar-nos.

Enquanto prosseguimos o caminho do Advento, enquanto nos preparamos para celebrar o Natal de Cristo, ressoa também em nós esta chamada de João Baptista à conversão: “Arrependei-vos, dizia, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3,1-2). É um convite urgente a abrir o coração e a acolher o Filho de Deus que vem entre nós.  O Pai, escreve o evangelista João, não julga ninguém, mas confiou ao Filho o poder de julgar, porque é Filho do homem (cf. Jo 5, 22.27). E é hoje, no presente, que se decide o nosso destino futuro; é com o comportamento concreto que temos nesta vida que decidimos o nosso destino eterno. No findar dos nossos dias na terra, no momento da morte, seremos avaliados com base na nossa semelhança ou não com o Menino que está para nascer na pobre gruta de Belém, porque é Ele o critério de medida que Deus deu à humanidade. O Pai celeste que no nascimento do seu Filho Unigênito nos manifestou o seu amor misericordioso, nos chama a seguir os seus passos fazendo da nossa existência um dom de amor.

Mediante o Evangelho, João Batista continua a falar através dos séculos, a cada geração. As suas palavras claras e duras ressoam também para os homens e as mulheres do nosso tempo. A “voz” do grande profeta pede que preparemos o caminho ao Senhor que vem, nos desertos de hoje, desertos exteriores e interiores, sequiosos da água viva que é Cristo.

Escutemos o convite de Jesus no Evangelho e nos preparemos para reviver com fé o mistério do nascimento do Redentor, que encheu o universo de alegria; preparemo-nos para acolher o Senhor no seu incessante vir ao nosso encontro nos acontecimentos da vida, na alegria ou no sofrimento, na saúde ou na doença; preparemo-nos para o encontrar na sua vinda última e definitiva.


Continuemos o nosso caminho ao encontro do Senhor que vem, permanecendo prontos para o receber no coração e na vida inteira, o Emanuel, o Deus que vem habitar conosco. Confortados pela sua palavra, invoquemos a proteção materna de Maria, Virgem da esperança, que ela nos guie a uma verdadeira conversão interior, para que possamos sintonizar os nossos pensamentos e ações com a mensagem do Evangelho, para que assim possamos preparar dignamente a vinda do Senhor que está para chegar.  

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A Imaculada Conceição e o Plano de Deus


Celebramos hoje a festa da Imaculada Conceição, ou seja, o privilégio que a Virgem Maria recebe, no momento mesmo de sua concepção no seio de sua mãe, Santa Ana, de ver-se livre do pecado original. Este dogma celebra, pois, a primeira vitória total contra o pecado, porque significa isenção de todo o poderio do pecado e do demônio sobre a alma bem-aventurada de Maria; vitória de Cristo, único Salvador do gênero humano, pois a Imaculada Conceição foi concedida a Maria em vista dos méritos de Cristo em sua Paixão e morte.

Gostaria de considerar, por ocasião desta festa, dois pontos: em primeiro lugar, o aspecto combativo e atual deste dogma; em segundo, como, por este dogma, se nos revela o grandioso plano de Deus de redimir o gênero humano por um Homem e uma Mulher.
  
1º Aspecto combativo e atual da Imaculada Conceição.

Em 1917, a Maçonaria celebrou em Roma seu segundo centenário. Por todas as partes, apareceram bandeiras e cartazes que representavam o Arcanjo São Miguel vencido e derrubado por Lúcifer; e, na mesma praça S. Pedro, podia-se escutar o seguinte slogan: « Satanás reinará no Vaticano, e o Papa tomará parte em seu corpo de guarda! ».

O irmão Maximiliano Kolbe, franciscano conventual polaco, era então estudante de teologia na Gregoriana de Roma. Ante essas demonstrações de audácia do inimigo, pergunta-se: « Por que os católicos tem de ser tão pusilânimes na defesa de sua fé, enquanto os inimigos são tão audazes em atacá-la? Não possuímos nós armas mais eficazes que eles, o Céu e a Imaculada?» E meditando nas Sagradas Escrituras e nos Santos Padres, inspirando-se nos escritos dos santos marianos, especialmente São Luís Maria de Montfort; considerando o dogma da Imaculada e as aparições de Nossa Senhora de Lurdes, e a extensão prática de todas estas verdades, chega a esta conclusão: « A Virgem Imaculada, vitoriosa contra todas as heresias, não cederá ante seu inimigo que levanta a cabeça; se encontrar servidores fiéis, dóceis às suas ordens, logrará novas vitórias, muito maiores do que poderíamos imaginar...».

E funda assim, em 16 de outubro de 1917, três dias apenas após o milagre de Fátima, a Milícia da Imaculada. O emblema desta nova milícia será a Medalha Milagrosa. Sua exigência, a consagração total à Imaculada Mãe de Deus, para viver praticamente esta consagração. Seu fim, arrancar as massas das garras de Satanás e pedir à Imaculada a conversão dos inimigos da Igreja, especialmente os mações.

Se São Maximiliano Kolbe dá a sua Milícia o nome de Milícia da Imaculada, é também, e é preciso sabê-lo, porque a definição do dogma da Imaculada Conceição, em 1854, por Pio IX, apresenta um aspecto combativo que os inimigos da Igreja souberam discernir em seguida, e que nós não devemos esquecer. Com efeito, em 1854, estão em plena circulação todos os princípios do Contrato Social de Rousseau, que iriam levar ao estabelecimento universal desta grande mentira que é a democracia e os direitos humanos. Qual é o cimento de todas estas fábulas, de todas estas mentiras em que, de tão boa fé, crê o homem moderno? Um só: o dogma da imaculada conceição... do gênero humano. Postula-se que o homem é bom por natureza, que o homem nasce bom e que é a sociedade quem o corrompe. Sem este postulado latente, todo o sistema social revolucionário cai.

Ora, Pio IX, com sua definição dogmática, o põe por terra. Pois, ao definir a Imaculada Conceição de Maria, não faz senão assentar o seguinte: a imunidade do pecado original, longe de ser uma lei geral, válida para todos os homens, é, ao contrário, o privilégio único e exclusivo de uma única criatura, que é a Santíssima Virgem Maria. E que, portanto, para os demais homens, segue vigente o pecado original, com todas as conseqüências que ele implica: a necessidade de um Redentor, a que devem submeter-se todos os homens; a necessidade da autoridade, da graça, dos sacramentos, da Igreja, da educação, da família e da necessidade, enfim, da ordem social cristã, concebida e construída especialmente para curar os homens que nascem sob o pecado original... A necessidade, pois, de tudo o que pretendiam negar os revolucionários.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Encontro para Campanha da Fraternidade 2013



Nos dias 26 e 27 de Novembro de 2012, aconteceu na Arquidiocese de São Luís, o Encontro de Capacitação para os Multiplicadores Paroquiais, que farão o repasse em suas respectivas paróquias, da temática que será abordada na Campanha da Fraternidade de 2013, que tem como tema: Fraternidade e Juventude e Lema: Eis- me aqui (Is 6,8).

O Encontro aconteceu no Salão Paroquial da Igreja São José e São Pantaleão-Centro, com a participação das nove Foranias da Ilha, totalizando um número de 250 participantes, o mesmo foi realizado sob a organização da Equipe Arquidiocesana de Campanhas e assessorado pelo jovem Delso de Jesus, da Paróquia Nossa Senhor da Glória e São Judas Tadeu-Alemanha e membro da Equipe Regional e Arquidiocesana de Campanhas. A Oração dos dois dias do encontro foi conduzida pelo Setor Arquidiocesano da Juventude.
“A Campanha da Fraternidade do ano de 2013, que retorna o tema Juventude, se propõe olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades; entendê-las e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto cultural e de relações midiáticas;fazer-se solidária em seus sofrimentos e angústias, especialmente junto aos que mais sofrem com os desafios”. (TB-CF 2013).

O Encontro foi trabalhado a partir da apresentação da Campanha de um modo geral, a introdução e seus objetivos: geral e os específicos; obedecendo a metodologia do texto-base:


• Primeira parte – Fraternidade e Juventude abordando os assuntos que falam sobre o impacto da mudança de época; a cultura midiática e o fenômeno juvenil.


• Segunda parte – “Eis-me aqui, envia-me!” com os seguintes assuntos: jovens nas Sagradas Escrituras; jovens na história da Igreja, jovens seguidores de Cristo, jovem no coração da Igreja e protagonismo dos jovens.


• Terceira parte – Indicações para ações transformadoras onde foram abordados os assuntos: Converter-se aos jovens; abrir-se ao novo e o lema: Eis-me aqui, envia-me.


• Quarta parte – foi trabalhado o gesto concreto: Delso fez uma explanação sobre prestação de contas, falando sobre a importância das transparências que devem ter os projetos que são elaborados e enviados para os fundos: Fundo Diocesano de Solidariedade e Fundo Nacional de Solidariedade –(CARITAS).


O Tema foi muito bem trabalhado pelos participantes. No final houve trabalhos de grupos por Foranias e cada uma fez a sua proposta para serem desenvolvidas dentro das suas realidades.

São Luís, 03 de Dezembro de 2012.

Vera Lúcia Silva Brito.
Secretária Arquidiocesana de Pastoral.

O que você faria hoje se o mundo fosse acabar amanhã?



O que você faria hoje se o mundo fosse acabar amanhã? Segundo especulações mais recentes, o mundo irá acabar daqui a aproximadamente duas semanas, no dia 21 de dezembro.

O fim do mundo é um assunto que preocupa muita gente e causa diversas reações: medo, agitação, ansiedade, indiferença. Tais comportamentos podem variar de acordo com a filosofia de vida de cada pessoa, com sua crença.

Os católicos, por exemplo, acreditam no fim dos tempos, que se refere à segunda vinda de Cristo, o que não significa que o mundo vai acabar.

“Nós acreditamos que, com a segunda vinda de Cristo, acontecerá céus novos e terra nova, onde nós viveremos com Cristo. Fim do mundo é a morte, fim deste mundo. Só que nós acreditamos que nós somos apenas peregrinos neste mundo, o nosso lugar é o céu”, comentou o padre Arlon Cristian da Costa, da Comunidade Canção Nova.

Assim sendo, o sacerdote lembrou que a Igreja não acredita que o mundo vai acabar no dia 21 de dezembro. O padre Demétrio Gomes, Diretor do Instituto Filosófico e Teológico do Seminário São José, na arquidiocese de Niterói (RJ), explicou que, a partir da Revelação, sabe-se que o mundo não é definitivo, o que significa que ele terá o seu fim. Porém, não se sabe quando isso vai acontecer.

“O próprio Filho do Homem disse que nós não sabemos nem o dia e nem a hora em que isso acontecerá. Então desde o início dos séculos sempre apareceram falsos profetas que anunciaram o fim do mundo e, como era de se esperar, todas essas previsões deram por água abaixo, continua sendo válido aquilo que o Senhor disse a seus discípulos”.


Comportamento humano diante do fim do mundo

Várias são as hipóteses levantadas para o fim do mundo, mas o que costuma ser comum é o comportamento do homem frente a essa possibilidade. Normalmente, as pessoas tendem a se preocupar com o aspecto material, querendo realizar tudo aquilo que elas não puderam fazer. O lado espiritual, por sua vez, nem sempre é contemplado.

Para o padre Adilson Ribeiro dos Santos, coordenador do grupo de psicólogos católicos da arquidiocese do Rio, as pessoas são fruto do tempo presente e hoje elas estão inseridas em um mundo consumista, que colocam desejos passageiros e que deixam as pessoas em um ritmo frenético. Dessa forma, passam a querer adquirir tudo a todo custo.

Viver uma situação dessas, segundo o padre, vai causando um esvaziamento de si mesmo, uma falta de princípio de valores e deixa o homem angustiado e ansioso. “Dentro do campo do comportamento humano, é o que resulta nesse consumismo desenfreado”.

Rompimento com os valores

Diante da hipótese da proximidade do fim do mundo, é possível o surgimento de desejos que a pessoa não alimentaria em sua vida, talvez por ir contra suas crenças e comportamentos mais enraizados.

Segundo padre Adilson, as pessoas vivem a partir de normas e, tomando como exemplo o campo religioso, elas se adequam a essas regras porque desejam viver a experiência com Deus. No entanto, o mundo também provoca desejos.

“O tempo presente também vai te provocando outras coisas que você, às vezes, deixa de fazer e, vendo que o fim do mundo está prestes a acontecer, às vezes brota também o desejo de viver essas situações que estão em desacordo com a fé”.

O padre enxerga essa questão como uma certa imaturidade, um fenômeno que ele chama de “adultossência”. Isso seria o fato de que a pessoa está em uma fase em que deveria ser madura, mas não é.
“Por você, emocionalmente e psicologicamente, ainda não estar bem assentado e desenvolvido no processo humano, você acaba regredindo e tendo comportamentos às vezes impulsivos e aí vai se deixando influenciar por aqueles que estão à sua volta”, disse.

Preparação espiritual

E se por um lado o fim do mundo desperta a vontade de satisfazer desejos humanos, mesmo os mais improváveis e surpreendentes, por outro coloca em questão o aspecto espiritual.

A partir da passagem bíblica presente em Ato dos Apóstolos (1, 4-8), o teólogo e professor Felipe Aquino comentou que a Igreja entende que Deus não quer que a gente faça especulações sobre quando Jesus vai voltar, principalmente no sentido de marcar datas.

“O que a Igreja recomenda mesmo, e inclusive nesse tempo do Advento se insiste, é que a gente esteja preparado. Assim como a gente deve estar preparado para a primeira vinda dele no Natal, a gente deve estar preparado para a sua segunda vinda”.

Padre Demétrio lembrou que tudo o que gera temor em relação ao futuro não é do espírito cristão, uma vez que o Senhor é o “Príncipe da Paz” e não quer gerar essa má ansiedade no coração de seus filhos.

“Ele quer sim que nós, esperando sua vinda gloriosa, esperando o fim desse mundo passageiro e o começo de uma nova criação, nós estejamos a todo momento preparados através de uma contínua purificação e conversão para que quando Ele venha encontre em nós a imagem de seu Filho, homens e mulheres restaurados pelo Cristo e Ele, identificando o seu Filho em cada um de nós, nos acolherá para vivermos eternamente com Ele no céu. Essa deve ser a nossa atitude”.
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Fonte: Canção Nova.

Juventude Shalom prepara mais um Acamp’s Fest



Muita animação, dança e os melhores estilos musicais aguardam a juventude de São Luís em mais um Acamp’s Fest, evento marcado para o dia 14 de dezembro, a partir das 20h, no  Colégio São Marcos (Av. dos Holandeses, Calhau). A festa tem o intuito de divulgar e motivar a juventude de São Luís para o Acampamento de Jovens Shalom, o Acamp’s, que acontece de 23 a 27 de janeiro, no Projeto Nova Vida (Ribamar). Os dois eventos são organizados pelo Projeto Juventude para Jesus, da Comunidade Católica Shalom em São Luís.

Para garantir a animação do Acamp’s Fest, o evento contará com a presença do DJ Henrique de Carvalho e show com a banda MP3, tocando todos os ritmos. A organização da festa aguarda um público de 300 pessoas.

Os ingressos para o Acamp’s Fest custam apenas R$10 e podem ser adquiridos no Centro de Evangelização do Shalom no Calhau (Rua dos Socós, nº 44, próximo à Pizza Hut) e na Vila Palmeira (Rua Gabriela Mistral, nº 401).


Acampamento de Jovens

O Acamp’s Shalom, que em 2013 estará na sua 7ª edição (de 23 a 27 de janeiro, no Projeto Nova Vida, em São José de Ribamar), é um acampamento de férias voltado para jovens de todas as idades. Realizado desde 1989, o evento tem como proposta atender às necessidades dos jovens de hoje, por meio do entretenimento saudável, aliando esporte, recreação e lazer com a evangelização.

A programação do Acamp’s é intensa, com atividades que fogem do cotidiano, incluindo esportes radicais (tirolesa, rapel, entre outros), tardes de espiritualidade e noites culturais (show artísticos) com música, luau, dança e teatro. Em 2013, o evento inclui show com o cantor carioca Bruno Camurati.
Para mais informações sobre o Acampamento e inscrições, interessados devem acessar a fanpage www.facebook.com/acampsslz.

SERVIÇO

O QUE? Acamp’s Fest

QUANDO? 14 de dezembro, a partir das 20h

ONDE? Colégio São Marcos (Av dos Holandeses, Calhau – ao lado da AABB)


ATRAÇÕES: DJ Henrique de Carvalho e Banda MP3


INGRESSOS: R$10, à venda no Centro de Evangelização Shalom no Calhau (Rua dos Socós, nº 44, próximo à Pizza Hut) e na Vila Palmeira (Rua Gabriela Mistral, nº 401).

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O Matrimônio Cristão



A diferença é brutal. Pelos anos 70 qualquer Paróquia de médio porte, alcançava um patamar de 500 casamentos por ano. Hoje a média se concentra ao redor de uma centena anual, no máximo. Durante décadas nós criticamos o luxo e a ostentação nas celebrações matrimoniais (todas querendo imitar a riqueza da família real inglesa). O motivo dessas observações era que tais exageros envergonhavam os pobres que, por essa razão, preferiam não casar na Igreja. Analisando as eventuais razões que levaram a essa amnésia da graça sacramental de Cristo, poderíamos facilmente detectar as seguintes: laicização da vida religiosa. Trata-se de um problema de fé. Um dos noivos, ou os dois, não descobrem sentido no ato religioso. Assim se ouve um vago propósito de “casar mais tarde”. Mas de momento, quando muito, casam só no civil. Outro motivo é o de deixar uma porta aberta para um eventual novo casamento. Como o casamento religioso tem uma força moral enorme para selar uma “aliança eterna”, então, para descomplicar uma eventual nova experiência, se evita a celebração religiosa que poderia exigir grandes manobras burocráticas. “O que Deus uniu, o homem não separe” (Mt 19, 6). 

A nossa juventude católica, que não se une pelo sacramento do Matrimônio, precisa crescer na sua fé. Deve saber que a cerimônia religiosa pode ser um momento de grande graça de fidelidade e de amor que o Cristo quer conceder aos noivos. Não casar pode ser sinal de perder uma grande bênção do Pai Criador. E por outra, não querer se vincular pelos laços sagrados do matrimônio, pode significar que a confiança recíproca ainda não atingiu a maturidade. Devem prolongar o tempo de conhecimento recíproco, e só depois “ajuntar os trapos”. Mas devem casar na Igreja, para terem aquela bênção especial, que os faça acreditar na sua sublime missão de participar da obra da criação. Para o mundo inteiro, aqueles que “casam no Senhor”, são praticantes do amor que Cristo tem pela sua Igreja. E tem uma garantia de Cristo: “O Senhor é fiel, Ele haverá de vos dar forças e vos preservar do mal”  (2Tes 3,3).


Dom Aloísio Roque Oppermann
Arcebispo Emérito de Uberaba (MG)

Nulidade matrimonial: quando um casamento é invalido?



Se você está vivendo hoje uma situação conjugal não reconhecida pela Igreja, por ter vivido uma união anterior, leia com atenção este artigo: ele foi escrito para você. Disse o Senhor: “Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe”. Disse também: “Eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto em caso de falso matrimônio*, e esposa outra, comete adultério” (Mateus 19, 5-9).

Jesus Cristo, então, deixa claro: 1) o matrimônio, como Sacramento, é indissolúvel; 2) pode ocorrer um falso matrimônio, o que significa que não foi válido, ou melhor, ele nunca existiu.

É possível “anular” um matrimônio, segundo as normas da Igreja Católica? A resposta é não. O casamento civil pode ser dissolvido ou anulado, isto é: existiu mas, por decisão do juiz, de acordo com os preceitos jurídicos e pela vontade dos cônjuges, deixa de existir.

Já o Sacramento do Matrimônio, realizado com o livre consentimento dos noivos e segundo as normas da Igreja, não pode ser anulado, pois é indissolúvel: nem a Igreja tem o poder de anulá-lo. O que pode acontecer é que o matrimônio não tenha sido válido, isto é, foi nulo. Aí sim, a Igreja, por meio do Tribunal Eclesiástico, pode dar um sentença de declaração da nulidade do matrimônio. 

Se você contraiu uma união com cerimônia de casamento na igreja, mas rompeu tão definitivamente com seu cônjuge que tem certeza absoluta de que já não existe mais nenhuma chance de re-conciliação, você pode verificar se o seu caso não se enquadra em uma das causas de nulidade matrimonial. Se for assim, é possível conseguir a declaração eclesiástica que lhe permita reconstruir sua vida em paz com Deus e com sua consciência.

Quem deseja entrar com um processo de nulidade matrimonial deve pedir a intervenção do Tribunal Eclesiástico da sua Diocese. O seu pároco ou algum sacerdote amigo poderão lhe dar uma orientação mais precisa, mas algumas coisas você vai ter que fazer por si mesmo. De qualquer maneira, você precisará procurar pessoalmente o Tribunal Eclesiástico.

Tribunal Eclesiástico? - Você sabe que para administrar a Justiça existem os juízes que atuam no Fórum. E que quando alguém não está de acordo com a sentença do juiz, pode apelar para o Tribunal de Justiça do Estado e, mais tarde, até ao Supremo Tribunal Federal. Pois bem, a Igreja Católica também tem a sua organização própria de justiça. É nesse âmbito que existe o Tribunal Eclesiástico, um órgão da Cúria Diocesana cuja finalidade principal é a resolução de conflitos, so-bretudo através da conciliação.

Nas Dioceses onde não há Tribunal Eclesiástico, deve haver uma pessoa encarregada dos assuntos da Justiça da Igreja e de encaminhar, quando for o caso, os processos ao Tribunal. Essa pessoa se chama “Vigário Judicial”. Por isso, se você mora muito longe dos gandes centros, não precisa, no primeiro momento, fazer uma viagem. Basta se apresentar na Cúria Diocesana, onde funcionam os escritórios do Bispo. Ali vai encontrar alguém que pode ajudar a apresentar o seu caso.

Petição Inicial/Demanda - Portanto, se você realmente chegou à conclusão de que a única saída para o seu caso é pedir a declaração de nulidade do seu matrimônio, o primeiro passo é dirigir-se à Cúria Diocesana e aí procurar pelo sacerdote que se ocupa dos processos de declaração de nulidade. Ele orientará sobre a sua situação pessoal.

Recomendamos que se receba com humildade essa orientação, pois talvez pelo desconhecimento dessas questões, bastante complexas, muitas vezes o referido sacerdote acaba concluindo não haver motivos para se iniciar um processo de nulidade matrimonial naquele caso, o que pode, em princípio, desagradar.

O Processo / conclusão - Os juízes eclesiásticos, diante da dúvida sobre a validade de um matrimônio, realizam um processo judicial que exige um estudo detalhado, afinal, um Sacramento para a Igreja é coisa muito séria.

Caso aquele matrimônio seja realmente considerado inválido, os juízes ditam sentença afirmando que o mesmo nunca houve. Ou seja, se um matrimônio é contraído invalidamente, nunca existiu, de fato, o vínculo conjugal.

As circunstâncias que envolvem os casamentos no mundo moderno são tão diversas, que é impossível abordá-las todas neste artigo. As condições que tornam o ato da celebração sem efeito, ou seja, nulos ou inválidos, apesar de terem sido celebrados numa igreja, são diversas. Os Cânones 1083-1094 do Código de Direito Canônico são dedicados a essa matéria.

A quem queira conhecer melhor o assunto, recomendamos examinar os cânones indicados, e procurar um especialista. Desde já, fique tranquilo(a): se o seu matrimônio foi inválido, haverá uma segunda chance. Caso contrário, será o momento para repensar: o que Deus espera de você? Não valerá à pena tentar uma segunda, terceira ou quarta vez, recuperar uma união já abençoada?
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Saiba mais sobre o tema:


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* Vide Bíblia de Jerusalém, Nova Edição (2002) nota ‘b’.
HORTAL, Jesús. O Que Deus Uniu: lições de direito matrimonial canônico, 6ª ed. São Paulo: Loyola, 2006. pp. 175-180.
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Fonte: http://vozdaigreja.blogspot.com.br/2002/01/nulidade-matrimonial-quando-um.html
(exceto o vídeo, acrescentado por nós).