sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sexo fora do casamento e preservativo: é moral?


 AINDA OS PRESERVATIVOS

Em síntese: Há quem queira justificar o uso de preservativos contra a AIDS, apelando para o princípio de que, em certas circunstâncias, quando não se pode fazer o melhor, é lícito escolher o mal menor. Os preservativos seriam esse mal menor, preferível à contaminação da AIDS ou à própria gravidez indesejada.

A resposta ao sofisma é múltipla: 1) os preservativos são tidos como algo que possibilita "sexo seguro", o que é comprovadamente falso; 2) o princípio de que se pode escolher um mal menor só se aplica aos casos em que alguém esteja na obrigação de agir e se veja diante de duas opções que lhe parecem más; em tal situação, a pessoa tem o dever de esclarecer a sua consciência para ver se pode escapar à realização de um ato mau; caso não chegue à clareza, é-lhe lícito escolher o mal menor. Observe-se, porém, que se supõe estar a pessoa diante do dever de agir, não podendo fugir à ação; supõe-se também não haver terceira opção. Ora, tal não é o caso do sexo livre ou das relações extra-matrimoniais; não constituem um dever, ao qual o interessado não possa escapar. A onda de erotismo, hoje vigente, não impõe necessariamente a prática do sexo extraconjugal.


A revista SEM FRONTEIRAS, abril 1994, pág. 4 (Espaço Livre), responde a uma leitora a respeito de preservativos contra a Al DS nos seguintes termos:

"Claro que não estamos autorizados a interpretar o pensamento dos bispos (que combatem os preservativos). Mas achamos que o que eles querem de verdade é chamar a atenção para o fato de que o sexo não deve ser banalizado. Dito isso, a gente pode supor que eles não vão querer renegar o ensinamento tradicional da Igreja, segundo o qual, em determinadas circunstâncias, não se podendo fazer o melhor, escolhe-se o mal menor. Pode-se pegar o exemplo da prostituição. É evidente que o Evangelho não a aprova. Mas nem por isso a Igreja proíbe que sejam tomadas precauções para evitar males ainda maiores, como, por exemplo, a transmissão de doenças."

Esse texto merece considerações, que passamos a tecer.

1.     ATOS INTRINSECAMENTE MAUS

O articulista da revista supõe que as relações extraconjugais possam ser toleradas como um mal menor e, por isso, se devem recomendar preservativos para quem as pratique.

Ora, a recente encíclica Veritatis Splendor precisamente, entre outras, aborda a questão dos atos maus. Lembra que existem atos intrinsecamente maus, que nunca podem ser tolerados. Tais seriam: matar um inocente, roubar a legítima propriedade alheia e também a prostituição. Eis o texto de João Paulo II:

"A Igreja ensina que existem atos que, por si e em si mesmos, independentemente das circunstâncias, são sempre gravemente ilícitos, por motivo do seu objeto. O Concílio do Vaticano II, no quadro do devido respeito à pessoa humana, oferece uma ampla exemplificação de tais atos: 'Tudo quanto se opõe à vida, como seja toda espécie de homicídio, genocídio, aborto, eutanásia e suicídio voluntário; tudo o que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, os tormentos corporais e mentais e as tentativas de violentar as próprias consciências; tudo quanto ofende a dignidade da pessoa humana, como as condições de vida infra-humanas, as prisões arbitrárias, as deportações, a escravidão, a prostituição, o comércio de mulheres e jovens. . . Todas estas coisas e outras semelhantes são infamantes; ao mesmo tempo que corrompem a civilização humana, desonram mais aqueles que assim procedem do que os que as padecem injustamente; e ofendem gravemente a honra devida ao Criador" (no 80).

Também as relações extraconjugais são atos intrinsecamente maus, pois derrogam à ordem da natureza e implicam desmando da parte dos parceiros. Com efeito: a doação sexual é a mais íntima que se possa conceber; ela supõe amor total, comprometido pelo matrimônio, dentro de um lar, onde o fruto do ato sexual (a prole) possa contar com a atividade educadora de pai e mãe.

Não se deve argumentar a partir da onda de erotismo hoje existente para legitimar o sexo livre. Essa onda seria incoercível e, de certo modo, obrigaria jovens e adultos à prática sexual extraconjugal. — Na verdade, não é a freqüência ou a pujança de um determinado comportamento que o torna lícito. Como os assaltos dos malfeitores e a corrupção dos homens públicos são freqüentes, mas nem por isso são legitimados, assim também o sexo livre, por mais freqüente que seja, fica sendo reprovável. É muito mais sadio e educativo incitar os jovens e a sociedade ao uso regrado do sexo (por que não dizer, à castidade?) do que se deixar dominar pelos modismos; aliás, a disciplina e o autodomínio, no caso, são a única solução cristã.

Notemos ainda que é falso dizer-se que os preservativos garantem "sexo seguro", pois são comprovadamente falhos. Ver PR 377/1993p466 e 381/1994, pp. 87s.

2. "DE DOIS MALES, O MENOR"

Argumenta o articulista de SEM FRONTEIRAS, apelando para "o ensinamento tradicional da Igreja segundo o qual, em determinadas circunstâncias, não se podendo fazer o melhor, escolhe-se o mal menor".

Essa fórmula é confusa e errônea. Sim, a Moral Católica considera os casos em que uma pessoa, de consciência hesitante ou duvidosa, se vê obrigada a agir e se acha tão somente diante de duas opções que lhe parecem ambas más. Em tal situação, a pessoa tem a obrigação de se esclarecer, dissipando suas dúvidas, para saber se de fato está diante de duas opções más. Caso não consiga clareza, escolha o que lhe parecer o mal menor. Note-se bem: supõe-se que a pessoa esteja obrigada a agir. . . Eis o que a propósito se lê na obra "Moral de Atitudes", vol. Ip. 322de Marciano Vidal:

"Em caso conflitante entre dois deveres, deve-se escolher o mal menor. Em tais casos, tem que existir autêntica alternativa, não basta uma alternativa aparente."

Observe-se: o texto fala de dois deveres, isto é, supõe a obrigação de agir. E frisa que não deve haver outra saída para o problema. Então sim, é lícito escolher o mal menor. Acontece, porém, que, ao se tratar de sexo livre, não há dever. Por conseguinte, não se aplica a norma "escolher o mal menor". A solução é abster-se do mal simplesmente. É esta uma solução radical, a única, porém, coerente com a honestidade e a dignidade da consciência humana.


Dom Estêvão Bettencourt, OSB

Serão proclamados santos, provavelmente ainda este ano, os Beatos João Paulo II e João XXIII.

Beatos João Paulo II e João XXIII

Serão proclamados santos, provavelmente ainda este ano, os Beatos João Paulo II e João XXIII. O Papa Francisco aprovou nesta sexta-feira, 5 de julho, o Decreto sobre o reconhecimento de um segundo milagre que se realizou graças à intercessão do Papa Wojtyla e decidiu convocar um Consistório relativo à canonização do Papa Roncali, mesmo na ausência do segundo milagre.



Também hoje, o Papa deu luz verde para a beatificação de Alvaro del Portillo, Prelado da Opus Dei, de Madre Speranza, fundadora da Congregação das Servas e dos Filhos do Amor Misericordioso, e de 42 mártires assassinados por ódio à fé durante a Guerra Civil Espanhola. Também foram reconhecidas as virtudes heróicas de Giuseppe Lazzati, leigo consagrado, político e intelectual italiano.
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Entenda porque somos ex-carismáticos


Em quase sua maioria esmagadora dos católicos tradicionais já foram da RCC. Esse fenômeno se dá pelo encontro destes católicos com a doutrina bimilenar, a mística católica e a rica teologia pré-conciliar que não é ensinada no acervo carismático, que resume o movimento em sentimentalismo irenista e nas práticas protestantizadas como a Oração em Línguas e o Repouso do Espírito.
Sem contar também com o "ecumenismo" de mão única como nossos irmãos evangélicos que chega até a ser ridículo.
O ponto de nossa conversão, vamos dizer assim, foi com a Missa Tridentina quando Lhe ofereceremos um sacrifício que subirá aos céus com agradabilíssimo odor. Somos libertos de se sentir um protestante nas missas da RCC com seus gritinhos e suas bandas.
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Talvez o leitor se pergunte: Mas porquê tanta agressividade com a RCC? Ela é aceita pelo Papa! Neste artigo iremos mostrar que ser aceita canônicamente não implica em aceitar suas práticas como se ela fosse infalível e intocável. Vejamos esse vídeo carismático com bastante atenção e cautela:


Baseado no vídeo - que é uma realidade em toda a RCC nacional, embora alguns digam que não podemos generalizar - vejamos o contraste das suas práticas com os ensinamentos perenes da Igreja:


Erros da RCC em questão de matéria litúrgica


VI. Órgão e Instrumentos  
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14. Posto que a música própria da Igreja é a música meramente vocal, contudo também se permite a música com acompanhamento de órgão. Nalgum caso particular, com as convenientes cautelas, poderão admitir-se outros instrumentos, conforme as prescrições do "Caeremoniale Episcoporum". 
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15. Como o canto tem de ouvir-se sempre, o órgão e os instrumentos devem simplesmente sustentá-lo, e nunca encobri-lo. 
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16. Não é permitido antepor ao canto extensos prelúdios, ou interrompê-lo com peças de interlúdios. 

17. O som do órgão, nos acompanhamentos do canto, nos prelúdios, interlúdios e outras passagens semelhantes, não só deve ser de harmonia com a própria natureza de tal instrumento, isto é, grave, mas deve ainda participar de todas as qualidades que tem a verdadeira música sacra, acima mencionadas. 
18. É proibido, na Igreja, o uso do piano bem como o de instrumentos fragorosos, o tambor, o bombo, os pratos, as campainhas e semelhantes. 
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19. É rigorosamente proibido que as bandas musicais toquem nas igrejas, e só em algum caso particular, com o consentimento do Ordinário, será permitida uma escolha limitada, judiciosa e proporcionada ao ambiente de instrumentos de sopro, contanto que a composição seja em estilo grave, conveniente e semelhante em tudo às do órgão. 
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20. Nas procissões, fora da igreja, pode o Ordinário permitir a banda musical, uma vez que não se executem composições profanas. Seria para desejar que a banda se restringisse a acompanhar algum cântico espiritual, em latim ou vulgar, proposto pelos cantores ou pias congregações que tomam parte na procissão.
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Será que a RCC ou seu "grupo de oração" realmente obedece ao Papa, como costumam dizer?
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Ecclesia de Eucharistia - Papa João Paulo II
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Na Encíclica Ecclesia de Eucharistia, o Beato João Paulo II repete nove vezes que a Missa é renovação do sacrifício da cruz.  Viva o Papa!
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Desafiando todos os modernistas, declarou o Beato João Paulo II que o ponto de referência teologal para a Missa continua sendo o Concílio de Trento.  (João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, no 9).
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Esta declaração do Beato João Paulo II, nessa encíclica, terá imensas consequências doutrinárias. É toda a concepção modernista de uma igreja evolutiva que rui por terra. Porque se Trento deve ser a referência doutrinária da teologia da Missa, adeus a doutrina que se repetia -- 'ad nauseam' -- que o Vaticano II superara e anulara o que fora ensinado nos Concílios infalíveis anteriores. Declarar que Trento continua em vigor, depois de quatrocentos anos.
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Se a Missa é a renovação do sacrifício do Calvário, fica impossível manter o rock, a cuíca, o pandeiro, o reco-reco, bateria, e ate 'DJ's na renovação do sacrifício da cruz. Toda a noção de missas-festinhas, Missas shows desmorona.
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Na encíclica Ecclesia de Eucharistia, o Papa condena uma série de abusos que foram introduzidos na Missa, hoje em dia. Entre esses abusos o Papa enumera: 
1- O abandono do culto eucarístico; 

2-  A perda do sentido de sacrifício, na Missa, transformada em encontro amistoso; 

3- Perda da noção da necessidade do sacerdote; 

4- Abusos ecumênicos;

5- A ideia de que o Padre, por sua criatividade, pode desrespeitar as rubricas impostas pela Igreja, quando quiser; 

6- A ideia falsa de quem celebra a Missa é a comunidade, e não o sacerdote; 

7- Abusos ao dar a comunhão a pecadores públicos, como, por exemplo a pessoas amasiadas;

8- Abusos ao dar a comunhão a hereges;

9- Abusos em matéria arquitetônica, construindo igrejas que mais parecem salões de festa do que um templo sagrado;

10-  Abusos em matéria musical, adotando músicas profanas, impróprias para acompanhar as cerimônias sagradas. Neste campo, o Papa volta a recomendar que se volte a adotar a música gregoriana, na Missa;

11- O abuso de ensinar que se pode dar a comunhão a quem sabe que está em pecado mortal, e sem ter se confessado. 

12- O abuso de realizar concelebrações com hereges. 

(Cfr. João Paulo II, Ecclesai de Eucharistia, nos 10 - 29 - 37 - 38 -- 44- 47- 49 - 52-53).

E então carismáticos, a RCC obedece ao Papa como costumam dizer?

Será que a RCC já expulsou suas bandinhas com musiquinhas profanas, para dar lugar ao Canto da Igreja Catolica: o Gregoriano?

E olhe que foi citado a Encíclica do Papa João Paulo II, e não de nenhum outro Papa já  "antigo e ultrapassado". 

Ou já estaria João Paulo II ultrapassado também?
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Erros da RCC em matéria doutrinária

Para entender a segunda parte do artigo, é necessário tirar os óculos neo-pentecostais para fazer uma reta leitura, caso contrario nada será claro. Um dos fundadores da RCC (Patti Mansfield) teve a coragem de dizer que se dependesse da reza do terço todos os dias ela estaria perdida. E que não se deve rezar o terço como intercessão, deve-se rezar o terço para sua oração de devoção, em um momento de devoção mariana. E que para se interceder o correto é orar em línguas e com as nossas próprias palavras.
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A finalidade confessa e pretensiosa da RCC é a de restaurar a verdadeira face da Igreja, que Ela teria perdido: 

“A Renovação Carismática como diz a própria palavra, é reviver a experiência de Pentecostes” (...) 

“É restituir à Igreja sua verdadeira face que é a carismática” (S. Falvo, A Hora do Espírito Santo, Paulinas , São Paulo, p. 105).

Portanto, a RCC crê que a Igreja Católica se corrompeu, perdendo a sua verdadeira face, o que implica em afirmar que Cristo mentiu quando prometeu que jamais abandonaria a Igreja, e que a assistiria todos os dias, não permitindo que jamais as portas do inferno prevalecessem sobre ela.
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E essa acusação de que a Igreja se corrompeu, assim como a pretensão de salvar a Igreja, é típica de vários movimentos heréticos. Sabemos que a RCC não veio pra somar, ela veio REstaurar, REnovar, REavivar, REedificar a Igreja, que se encontrava "em cacos". Até dizer que ela veio REssuscitar eles dizem:
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O Senhor quer renovar a sua Igreja concreta, a Igreja Corpo de Cristo, a Igreja que o Senhor esta' ressuscitando,restaurando, levantando, fazendo dela um grandioso e poderoso exercito. (Pe. Jonas Abib, Reinflama o carisma de Deus que está em ti, pag.23, 4* Edição, Editora Canção Nova & Edições Loyola).
E qual seria a solução para "salvar" esta Igreja tão "ultrapassada e careta"?
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Qual seria a formula "carismática" para tal "renovação"? O "batismo no Espirito Santo" ! 
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Vejamos o que nos ensina o Concilio de Trento: “Se alguém disser que os Sacramentos da Nova Lei não foram instituídos por Jesus Cristo Nosso Senhor, ou que eles são mais ou menos que sete, a saber, Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema Unção, Ordem e Matrimônio, ou também que algum desses não é verdadeira e propriamente sacramento, seja anátema (excomungado)” (Concílio de Trento, Cânones sobre os Sacramentos em Geral, Cânon 1. Denzinger, 844).
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Agora vejamos o que nos ensina a Apostila Oficial da RCC:
Para a Renovação Carismática Católica, ela é muito precisa e contém dupla significação. A primeira é propriamente teológica ou sacramental. Todo membro da Igreja foi batizado no Espírito Santo pelo fato de ter recebido os sacramentos da iniciação cristã. A segunda é de ordem vivencial e remete ao momento, ou momentos, nos quais a presença operante do Espírito tornou-se sensível na consciência pessoal” (Escola Paulo Apóstolo, A Espiritualidade da RCC - Apostila I, Ano 98, p. 33. O negrito é meu).
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“Na Renovação Carismática Católica, “Batismo no Espírito Santo” tem pronunciados acentos batismais e sacramentais, que não se sobressaem na maioria dos demais movimentos pentecostais” (Escola Paulo Apóstolo, A Espiritualidade da RCC - Apostila I, Ano 98, p. 33. O negrito é meu).
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Santo Agostinho dizia que aquilo que as seitas possuíam de bom e verdadeiro, na realidade não pertenciam a elas. Santo Agostinho falava é claro das seitas externas à Igreja. Mas podemos muito bem aplicar tais palavras a correntes modernistas como é o caso da RCC. E podemos dizer que a Missa, a Eucaristia, padres, etc. não pertencem a RCC, pertencem à Igreja. Assim como a Bíblia, embora presente nas seitas protestantes, pertence verdadeiramente a Igreja. Santo Agostinho, In Ps. 54, § 19, citado por Leão XIII, Satis cognitum, ASS 28, 1895-1896, p. 724. Ensinamentos Pontifícios de Solesmes, A Igreja, vol. 1, nº 578.
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Se alguém consegue avançar um passo em direção a verdade católica por meio da RCC, não é graças à RCC, mas graças aos elementos de verdade - que pertencem à Santa Igreja Católica - que ela exibe.
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Mas para estar em posse da plenitude da verdade católica, é preciso deixar a RCC, pois parafraseando Santo Agostinho, o que a RCC tem de próprio, não é a missa, os sacramentos, mas sim sua origem herética com protestantes, sua exacerbação emocional e sentimentalista, seu ecumenismo indiferentista e relativista. Por amor à Santa Igreja deixei a RCC para ter a Verdade - que pertence à Igreja - de forma plena.
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Se a RCC não precisasse de purificação estaria perfeita, e isto nenhum movimento o é. Sobre a doutrina do Espírito Santo é preciso sim que ela reveja alguns pontos. 
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Ela tem como disse - uma ótima chance de melhorar. Mas só melhora e busca se aperfeiçoar quem se acha pequeno e necessitado de Deus e de seus auxílios. Fora isso, pode se achar auto-suficiente o que é péssimo para o crescimento de seus membros.
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Fonte: Apostolado da Tradição em Foco com Roma

Sou feliz sendo prostituta


No dia 5 de junho, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, demitiu Dirceu Greco, responsável pela Campanha “Sou feliz sendo prostituta”, deflagrada em homenagem ao Dia Internacional da Prostituta, celebrado a 2 de junho. A campanha era composta por panfletos e vídeos protagonizados por profissionais do sexo, com mensagens como estas: “Não aceitar as pessoas como são é uma violência”; "Um beijo para você, que usa camisinha"; “O sonho é que a sociedade nos veja como cidadãs”, etc. Pressionado por amplos segmentos da sociedade – sobretudo evangélicos – Padilha cedeu, prometendo que, enquanto fosse ministro, jamais algo semelhante voltaria a aparecer. Naturalmente, nem todos concordaram com a decisão. Dentre as vozes contrárias, está Cida Vieira, presidente da Associação de Prostitutas de Minas Gerais: «Quem faz o que gosta e como gosta, é feliz. Eu sou feliz na minha profissão».


As palavras da Cida revelam a inversão de valores a que chegou hoje a humanidade. Ignoro os nomes dos autores da Campanha. Mas sei perfeitamente o que se passa no coração das pessoas para me opor peremptoriamente à tamanha falácia. O coração humano foi feito para a felicidade, que não consiste na satisfação pura e simples de emoções, paixões e instintos. Ela depende unicamente do amor. E o amor é sempre uma conquista, não uma busca egoísta do prazer. Jamais os apelos da carne poderão satisfazer às exigências do espírito.

Para o Papa Francisco, a cultura assumida pela sociedade atual é narcisista, consumista e hedonista. Tudo gira em torno e a partir dos interesses de quem tem o poder nas mãos – nem que seja uma arma! Ninguém pode se opor! Segundo algumas fontes de informação, 27 mulheres são estupradas, todos os dias, em São Paulo. «Se Deus não existe, tudo é permitido», escreveu Dostoiévski (1821/1881). Por quê? Porque seu lugar será imediatamente ocupado por outros deuses, cuja consequência imediata é a perda dos princípios éticos e morais que sustentam o ser humano na organização da sociedade. Talvez tenha sido por isso que, mais ou menos na mesma época, outro escritor, Voltaire (1694/1778) – ainda que muito diferente em assunto de fé – completou a sentença com esta afirmação: «Se Deus não existisse, seria preciso inventá-lo».

Não sei o que um filósofo tão acentuadamente anticristão quisesse dizer com essas palavras. Talvez apenas que a ideia de um Deus-juiz ajuda a manter a ordem na sociedade. “Seria preciso inventá-lo” porque, sem ele, “ninguém é santo, ninguém é forte”, como lembra a liturgia e, por isso mesmo, ao invés de construir, o que o homem faria é destruir. Provam-no os crimes hediondos cometidos pela humanidade no passado e, sobretudo, a corrupção e a violência que se instalaram hoje numa sociedade que se julga evoluída, mas que sofre dos mesmos males – se não maiores – dos que ela critica nos antepassados.

Escrevi acima que Padilha voltou atrás «pressionado por amplos segmentos da sociedade, sobretudo evangélicos». Dou os parabéns a esses irmãos, por se oporem a uma campanha tão humilhante, sintoma da degeneração a que pode chegar a sociedade. De uns anos para cá, muitos deles assumiram várias das bandeiras que antigamente estavam nas mãos dos católicos. Destes, não se sabe por quais motivos, ultimamente, um número expressivo parece ter optado pelo silêncio e pela penumbra. São cada vez mais raros os que saem às ruas para defender os valores nos quais dizem acreditar. Esquecem que a força dos maus é a fraqueza dos bons. Que as minorias avançam porque as maiorias recuam. Apoquentam a religião, buscando-a apenas para resolver problemas pessoais.

Desculpem-me: enveredei pelo caminho da lamúria, que não leva a lugar nenhum! Ninguém muda sua opção de vida se não é amado. Nada se consegue abandonar se não se recebe algo melhor. É o que demonstra a santa festejada no dia 22 de julho, Maria Madalena. Sei que são raros os exegetas que a identificam – como fazia São Gregório Magno – com a prostituta santificada por Jesus: «Os numerosos pecados que ela cometeu estão perdoados porque demonstrou muito amor!» (Lc 7,47). Mas, suponhamos que o Papa Gregório tenha razão: o olhar que Jesus dirigiu a Maria a transformou de “madalena” em testemunha da ressurreição. Esta é a felicidade que nada e ninguém poderá arrancar!


Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados (MS)

Publicação da Encíclica "Lumen Fidei" (Luz da Fé)


Foi apresentada, na manhã desta sexta-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, a primeira Encíclica do Papa Francisco, intitulada Lumen fidei (“Luz da fé”).

A nova Encíclica foi apresentada pelo Cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação para os Bispos, por Dom Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, e por Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Esta primeira Encíclica é publicada pela Livraria Editora Vaticana e pela Editora São Paulo, com comentários de Dom Rino Fisichella, organizador dos eventos do Ano da Fé, e por Giuliano Vigini, escritor e docente em sociologia na Universidade Católica de Milão.

A Encíclica “Luz da Fé” foi iniciada por Bento XVI e levada adiante e concluída, com acréscimos, pelo Papa Bergoglio. Trata-se de um documento, disponível em seis línguas, entre as quais o português, com 94 páginas e dividida em quatro capítulos, além da introdução e da conclusão.


A Carta Encíclica sobre a Fé é dirigida aos Bispos, Presbíteros, Diáconos, Pessoas consagradas e a todos os fiéis Leigos. O documento, que havia sido quase completado por Bento XVI, foi assinado pelo Papa Francisco.

O objetivo da Carta Encíclica é retomar o caráter de luz, próprio da fé, capaz de iluminar toda a existência humana. Em resumo, podemos dizer que “aquele que crê jamais está sozinho, porque a fé é um bem comum que ajuda a edificar as nossas sociedades, dando-lhes esperança.

Em uma época, como a moderna, escreve o Papa, na qual “crer se opõe à pesquisa” e a fé é vista como um pulo no vazio, que impede a liberdade do homem, é importante “ter confiança”, com humildade e coragem, no amor misericordioso de Deus, que endireita as sinuosidades da nossa história.

Jesus é a testemunha crível da fé. Através dele, Deus atua realmente na história. Como na vida de cada dia, nós confiamos no arquiteto, no farmacêutico, no advogado, que conhecem melhor as coisas, assim, mediante a fé, confiamos em Jesus, perito nas coisas divinas.

A fé, sem a verdade, não salva, diz o Pontífice, mas permanece como uma linda fábula, sobretudo hoje, em que se passa por uma crise da verdade, porque acreditamos somente na tecnologia ou nas verdades de uma pessoa, porque tememos o fanatismo e preferimos o relativismo.

Pelo contrário, a fé não é intransigente; aquele que crê não é arrogante. A verdade, que deriva do amor de Deus, não se impõe com a violência, não espezinha o homem, mas torna possível o diálogo entre a fé e a razão.

Logo, o essencial, é a evangelização: a luz de Jesus brilha no rosto dos cristãos e se transmite de geração em geração, através das testemunhas da fé. Deste modo, a fé é transmitida mediante os Sacramentos, como o Batismo e a Eucaristia, como também pela fé da oração do Creio e do Pai Nosso, que envolvem o cristão nas verdades que professa e o levam a ver com os olhos de Cristo. Eis porque “a fé é una” e a “unidade da fé é a unidade da Igreja”.

É importante também a ligação entre “acreditar e construir” o bem comum, escreve o Papa: a fé reconfirma os vínculos entre os homens e se coloca a serviço da justiça, do direito e da paz. Ela não nos distancia do mundo, pelo contrário, se a eliminarmos das nossas cidades, permanecemos unidos apenas pelo temor e por meros interesses.

Crer, ao invés, ilumina a família, fundada no matrimônio entre o homem e a mulher; ilumina o mundo dos jovens, que desejam uma vida superior; ilumina a natureza e nos ajuda a respeitá-la, para “encontrar modelos de desenvolvimento, que não se baseiam somente na utilidade ou no lucro, mas consideram a criação como dom”.

O sofrimento e a morte também têm sentido com a confiança em Deus: o Senhor dá, ao homem que sofre, um raciocínio para explicar tudo, mas lhe oferece também a sua presença, que o acompanha.


Por fim, na sua Carta Encíclica “Luz da fé”, o Santo Padre exorta: “Não deixemos roubar a nossa esperança; não permitamos que ela seja inutilizada por soluções e propostas imediatas, que bloqueiam o nosso caminho rumo a Deus”.
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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Nota do CNLB sobre as manifestações populares



O Conselho Nacional do Laicato do Brasil - CNLB vem a público manifestar o reconhecimento e apoio às manifestações populares que vêm ocorrendo em todos os recantos do país, excluindo, veementemente, toda e qualquer ação e reação de destruição e violência por parte de manifestantes e do Estado."A violência e a injustiça são, hoje, o sinal mais evidente do fracasso da nossa sociedade no plano ético." ( CNBB 50, 117 ). Reconhecemos o que tem sido realizado pelas Administrações Públicas em todos os níveis, porém, é incontestável que grandes mudanças têm sido adiadas sem motivo e situações de injustiça e corrupção têm sido mantidas e reproduzidas em detrimento de políticas públicas inadiáveis. "A Democracia é aprendizado e conquista, dá trabalho e sofrimento, mas vale a pena!". A "indignação ética" é própria da cidadania e sinaliza um crescimento de qualidade cívica da juventude e do povo brasileiro em geral.


Que os chamados "Poderes constituídos" não apenas respeitem e reconheçam a legitimidade das manifestações, mas "obedeçam" ao clamor que vem das ruas, da cidade e do campo. Que os Meios de Comunicação Social estejam a serviço do bem comum: "A sociedade tem direito a uma informação fundada sobre a verdade, a liberdade, a justiça e a solidariedade."(Catecismo da Igreja Católica, 2494). Que a segurança seja garantida dentro dos princípios éticos. "A justiça sem a força é impotente; a força sem a justiça é tirânica. É preciso juntar a justiça e a força; para consegui-lo é preciso fazer com que o que é justo seja forte e o que é forte seja justo". (Pascal). Conclamamos a todas e a todos a participarem, com verdadeiro espírito de cidadania, com coragem e disposição, deste momento histórico brasileiro, na perspectiva de uma Pátria livre, soberana, justa e solidária.



Brasília, 26 de junho de 2013.




MARILZA JOSÉ LOPES SCHUINA
PRESIDENTE DO CNLB

Insistência do evangelho


Desde outubro do ano passado, a Igreja continua com os olhos fixos nas  verdades da fé, que se constituem em fonte motivadora de sua existência e de suas incumbências.

A Igreja sente-se detentora de um grande tesouro, que ela recebeu, e percebe que tem a incumbência de transmitir para as pessoas de hoje, e para as novas gerações que vêm surgindo.

O Ano da Fé, proclamado com esta finalidade, está encontrando na “transmissão da fé” o seu desafio maior para a Igreja em nosso tempo. Foi sobre isto que os bispos reunidos em assembléia andaram pensando. Dada a complexidade do assunto, ele não se esgotará, mesmo depois que termine o Ano da Fé.

As inquietações são diversas. Como preocupação maior está a constatação pesada, de que vai diminuindo a incidência da fé  na vida concreta das pessoas. E´ normal que isto preocupe, ainda mais se comparamos a realidade de hoje com os tempos recentes, em que a fé católica parecia tranqüila e segura.


Os bispos participam da missão dada aos apóstolos, de “confirmar os irmãos na fé”. Diante da angústia de muitos, frente à pesada missão que lhes foi confiada, trouxe um pouco mais de tranqüilidade a reflexão em torno das condições de liberdade que a fé supõe e exige.

A fé é uma proposta que pode ser aceita, ou pode ser rejeitada. Aliás, esta foi a primeira advertência feita por Jesus aos apóstolos, quando os enviou em missão.

Jesus fez questão de aliviar a preocupação dos apóstolos, face à hipótese muito provável, de que a mensagem deles não seria sempre aceita por todos.

Diante desta possibilidade, Jesus pediu aos apóstolos que não se preocupassem com a reação dos destinatários de sua mensagem.  “Se não quiserem receber vossa paz, ela voltará para vós”, explicou Jesus de maneira prática. Como gesto simbólico, chegou a aconselhar que sacudissem a poeira dos sapatos, para dizer que em nada se sentiam cúmplices da rejeição à mensagem.

Pois bem, parece estar faltando aos pastores de hoje esta tranqüilidade recomendada por Cristo. O Evangelho não pretende impor nada. Nem ele existe para tolher a liberdade de quem quer que seja.

O que pode estar acontecendo é termos perdendo o caráter de  “boa notícia” que a própria palavra “evangelho” expressa. Ou melhor dizendo, expressava. Pois acabamos perdendo o impacto que esta palavra tinha na boca de Jesus e dos seus apóstolos.

O fato é que a mensagem de Jesus trazia uma certeza, e garantia uma perspectiva de esperança, fundada no desfecho feliz de sua pregação inicial, sinteticamente descrita por Marcos, no início do seu Evangelho: “O templo se completou, o Reino de Deus está próximo, convertei-vos, e crede no Evangelho”.

Usada agora esta palavra “Evangelho”, ela passa longe do significado autêntico que ela tinha. Pois queria dizer: “boa nova”, “alegre notícia”, “mensagem feliz”.  Uma “boa notícia” que decorria de acontecimentos que estavam em ação, que vinham se desdobrando, compondo o vasto panorama de presságios ligados ao “tempo” que estava se cumprindo.

Tinha chegado a hora propícia para eclodir esta mensagem positiva. Mesmo que alguns a rejeitassem, ela era tão importante, que precisava ser proposta, também para os que eventualmente não a quisessem receber. “Sacudi a poeira que se juntou a vossos pés. Mas, fiquem sabendo que o Reino de Deus está próximo”.

Os acontecimentos continuam. Basta interpretar sua mensagem. Eles serão sempre sinais de alerta para acolher as propostas que o “Reino de Deus”  nos apresenta!




Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP)

Celebração de 3 anos da partida do seminarista Mario Dayvit


"Tudo o que o Pai me der virá a mim, diz o Senhor; 
e o que vier a mim, não o rejeitarei" (João 6,37).

A Paróquia São José e São Pantaleão (Centro), familiares e amigos, convida todos para a missa de 3 anos do falecimento do seminarista Mario Dayvit que será celebrada às 18h de hoje, 04 de julho, na Igreja Matriz da mesma paróquia. 


Vítima da violência que ainda ronda a cidade de São Luís, Mario foi assassinado na porta de casa durante um assalto feito por 3 bandidos. Mario Dayvit estava terminando o 4º ano de teologia e já havia recebido os ritos de leitorato e acolitato. Os ritos de admissão às ordens sacras estavam marcados para o dia 04 de agosto de 2010, justamente quando faltava 1 mês, aconteceu essa tragédia irreparável para a Arquidiocese de São Luís. Apenas 4 meses depois dessa tragédia, também foi vítima de latrocínio o padre Bernardo que tinha apenas 2 meses de ordenação presbiteral.

Rezemos nesta celebração pedindo a paz à nossa cidade de São Luís e por todas as vítimas, especialmente os jovens que estão sendo vítimas da falta de segurança em nossa cidade.

Informamos que a Igreja de São José e São Pantaleão fica localizada na Rua São Pantaleão (rua antes do Socorrão I), Centro.