quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Martírios atuais


“Felizes os perseguidos por causa da justiça!” (Mt 5, 10); “se me perseguiram, perseguirão a vós também”, já nos prevenira Jesus (Jo 15, 20). “Todos os que quiserem viver piedosamente no Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3, 12), completa São Paulo. Mas às vezes pensamos que isso era coisa do começo da Igreja ou dos séculos passados. Não! O martírio é algo inseparável da vida da Igreja. Chocantes as notícias recentes dos jornais, relatando que mais de 40 peregrinos da JMJ pediram refúgio no Brasil por causa da perseguição religiosa que sofrem em seus países: “No corpo do serra-leonês A., de 24 anos, as cicatrizes revelam as marcas da intolerância. Aos 4 anos, ele viu o pai e a irmã mais velha serem assassinados pelos vizinhos por conta de sua opção religiosa: a família era católica...

Quando fez 9 anos, A. foi levado à força... seu corpo foi perfurado com ganchos: ‘eu fiquei dias sangrando sem nenhum tipo de assistência’. O paquistanês Z... relata as privações sofridas por ele, os familiares e amigos em sua terra natal. Ele conta que o irmão teve que largar o emprego de vendedor... quando descobriram que era católico. Ele afirma ainda que já foi perseguido por autoridades locais e discriminado na busca por um emprego quando se declarou católico... Casas são invadidas, pessoas eram presas e não voltaram, ... afirmando que em março outros católicos, que praticavam a religião como ele, foram perseguidos e apreendidos” (O Globo, 23.8.2013, pág. 14).


“O sacerdote Hani Bakhoum Kiroulos, assistente do Patriarcado copto-católico na capital egípcia, fez um balanço de todos e cada um dos lugares atacados –mais de 30– pelos extremistas muçulmanos durante o massacre desta quarta-feira que cobrou (em total) a vida de mais de 520 pessoas e mais de 3700 feridos. Em Suez, um convento da Congregação do Bom Pastor, a escola adjacente e o hospital foram saqueados e incendiados. Uma igreja franciscana também foi atacada e incendiada. Na cidade de Minya, na zona nordeste do país, os extremistas muçulmanos atacaram a Igreja copta-católica Mar Guirguis, a igreja (também copta-católica) de São Marcos; e um convento e uma escola das irmãs de São José. Em Beni Souef, na zona central do norte, os extremistas atearam fogo ao convento franciscano do Imaculado Coração de Maria. Na localidade de Asyut na zona central do Egito, o ataque foi também à Igreja franciscana Santa Teresa e a um convento de irmãs franciscanas.


Os extremistas muçulmanos também atacaram a Basílica de Nossa Senhora de Fátima no Cairo, apedrejaram e bateram nas portas, mas não conseguiram entrar. O Papa Francisco, reunido a milhares de Fiéis para a Missa e Ângelus da Festa da Assunção de Nossa Senhora, elevou uma oração pelas vítimas do massacre no Egito: ‘chegam infelizmente notícias dolorosas do Egito. Desejo assegurar minha oração por todas as vítimas e seus familiares. Pelos feridos e por quantos sofrem’. E acrescentou: ‘Oremos juntos pela paz, o diálogo, a reconciliação nessa querida terra e no mundo inteiro. Maria, Rainha da paz, rogai por nós’”.


Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

Patriarca de Antioquia: "Escutemos o apelo do Papa pela paz na Síria"


O Patriarca Greco-católico de Antioquia, de todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém dos Melquitas, Gregório III Laham, advertiu nesta quarta-feira que um ataque dos Estados Unidos contra Síria vai abalar a confiança do mundo árabe em relação ao Ocidente e seria um crime. “Escutemos o apelo do Papa pela paz na Síria. Se os países ocidentais desejam criar uma verdadeira democracia devem construí-la com a reconciliação, com o diálogo entre cristãos e muçulmanos, não com as armas. O ataque planejado pelos Estados Unidos é um ato criminoso, que provocará outras vítimas, além das milhares deste dois anos de guerra. Isto irá abalar a confiança do mundo árabe com o mundo ocidental”.

“A voz dos cristãos – afirmou o Patriarca – é aquela do Papa. Neste momento devemos ser pragmáticos. A Síria tem necessidade de estabilidade e não tem sentido um ataque armado contra o governo”.


Gregório III se pergunta: “Quais são as partes que levaram a Síria a esta linha vermelha? Quem levou a Síria a este ponto sem volta? Quem criou todo este inferno em que vive a população há meses? A cada dia – observou – entram na Síria extremistas provenientes de todo o mundo com o único objetivo de matar e nenhum país fez nada para pará-los, antes pelo contrário, os Estados Unidos decidiram enviar ainda mais armas”.


O prelado reitera que um ataque dos Estados Unidos vai atingir, sobretudo, a população síria e não é menos grave que o uso de armas químicas”. (JE)
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Nobel da Paz defende solução política para Síria: "Ação militar vai desestabilizar todo o Oriente Médio"


“Uma ação militar das forças norte-americanas ou da OTAN não resolverá os problemas da Síria. Poderá, ao contrário, levar à morte milhares de sírios e à fragmentação do país. Significará uma ulterior fuga dos sírios em direção aos países circundantes e desestabilizará todo o Oriente Médio, deixando a área entregue à violência sem controle”. Foi a advertência de Mairead Maguire, Prêmio Nobel da Paz em 1976 pelo trabalho desenvolvido na Irlanda do Norte pela pacificação entre católicos e protestantes. Atualmente é responsável pela ONG ‘Peace People’.

Em nota enviada à Agência Fides, Maguire, que realizou missão de paz na Síria em maio de 2013, explicou que “o povo da Síria clama pela paz e a reconciliação e uma solução política à crise síria, que continua a ser inflamada por forças externas, com milhares de combatentes estrangeiros, financiados por países estrangeiros, movidos pelos próprio interesses políticos”.


Maguire contou ter encontrado na Síria muitas pessoas e grupos que, também no conflito civil, “trabalhavam pela construção da paz e da reconciliação”. A Nobel da Paz apela aos Ministros do Exterior da França e Grã-Bretanha para que, como desejado pelo povo sírio, usem o diálogo e a negociação como caminho para resolver o conflito. Ela recordou o fracasso das ações militares no Iraque, Afeganistão e Líbia. (JE)
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Patriarca Maronita: "As tragédias de Dahieh e Trípolis são tragédias também nossas, pois formamos um só corpo e uma só família"


O Patriarca Maronita de Antioquia e de todo o Oriente, Bechara Boutros Raí caracterizou como “um crime contra Deus, contra a humanidade e contra o Líbano” os atentados às mesquitas em Trípoli e em Roueiss, ao sul da capital libanesa. Na homilia proferida neste domingo em Dimane, o Patriarca manifestou solidariedade e proximidade na oração às vítimas e às famílias das duas áreas onde ocorreu o atentado, invocando a unidade nacional e exortando os responsáveis pelo governo a tirar o país do impasse.

O Líbano não tem um governo há meses, devido aos obstáculos levantados pelo Hezbollah e pelas diversas posições dos partidos da situação sobre a Síria. Dirigindo-se à classe política, o Patriarca afirmou: “Diante da monstruosidade que atingiu o Líbano, do sul de Beirute até o coração do Norte, os homens no poder e as partes em conflito rejeitam sentar-se à mesa do diálogo, impedem a formação de um novo governo, paralisam o parlamento e estancam a vida pública, e deveriam tomar consciência de que são eles os responsáveis pelo caos na segurança, pela proliferação das armas ilegais, pelos carros-bomba itinerantes, pelas explosões e pelo sangue dos inocentes. A grande responsabilidade deles diante destas catástrofes nacionais impõe a eles o dever de fazer o país sair das coordenadas do conflito confessional regional, liberando-o da influência estrangeira e separando-o do que acontece na Síria”.

“O diálogo é o objetivo que pode salvar – acrescentou -, pois promete resultados positivos e supera todas as condições. Este é o apelo das vítimas inocentes”.


O Patriarca recordou ainda que a população já vive a reconciliação de que os partidos e o país tem necessidade: “ficamos muito tocados pelas mulheres e pelas crianças dos bairros ao sul, onde ocorreu um atentado, pois distribuíram rosas em sinal de solidariedade com os filhos de Trípoli, onde ocorreram os dois últimos atentados”.


Após a Missa, o Patriarca dirigiu-se à Mesquita de al-Taqwa, em Trípoli, um dos locais atingidos, para oferecer seu pesar pela morte de 45 pessoas e cerca de 900 feridos. “Após dez dias das bombas de Roueiss – disse o Cardeal Raí – as mesmas mãos orquestraram os atentados em Trípoli e em nome da Igreja Maronita, vos digo que a tragédia de Dahieh e a de Trípoli são nossas tragédias também, porque somos um só corpo e uma só família”. (JE)
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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Esperamos uma força internacional que ajude a dialogar e não a fazer a guerra

Palavras do Bispo de Aleppoe presidente da Caritas na Síria, 

Dom Antoine Audo,em entrevista à Radio Vaticano


“Fiquei realmente muito contente por ter sentido que o Santo Padre se faz próximo a nós, falou sobre a Síria, sobre essa "amada nação", expressou o seu sofrimento e o seu empenho para ajudar a Síria” - afirmou Dom Antoine Audo em entrevista à Radio Vaticano.

Sobre o apelo do Papa à comunidade internacional para que faça todo o possível em prol da paz, pelo diálogo entre as diferentes partes em conflito Dom Audo expressou que “foi realmente uma coisa muito pessoal, muito clara, muito direta... Com esse gesto o Papa transmite confiança a todos nós que agora estamos, sobretudo em Aleppo, numa situação muito difícil. A mensagem do Santo Padre é muito, muito positiva, e foi muito apreciada por grande parte da população”.

A respeito de uma intervenção militar o Bispo de Aleppo afirmou que isso “poderia significar uma guerra mundial. Novamente há esse risco... A situação não é nada fácil! Esperamos que as palavras do Papa para favorecer um verdadeiro diálogo entre as diferentes partes em conflito, para encontrar uma solução, seja o primeiro passo para não usar armas, mas para fazer de modo que as pessoas tenham liberdade de movimento, de viajar, de comunicar, trabalhar... Todo o país agora está em guerra! Esperamos o seguinte: uma força internacional que ajude a dialogar e não a fazer a guerra."



Na breve entrevista Dom Audo falou ainda sobre a total falta de liberdade em Aleppo: "Como situação, no momento Aleppo é a pior! Todos falam isso, comparando com as outras zonas do país. Em Damasco – por exemplo – se pode viajar, o aeroporto funciona, se pode viajar para o Líbano, enquanto em Aleppo não se tem liberdade de movimento! Geralmente, na região litorânea se vive tranquilamente, muitas pessoas em Aleppo fugiram para essa região."


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Fonte: ZENIT

Jeová ou Javé?


Queridos irmãos católicos:

Nas Bíblias evangélicas encontramos que Deus é nomeado como “Jeová” e nas Bíblias católicas lhe damos o nome de “Javé”. Muitos cristãos se perguntam: Por que esta diferença no nome de Deus? Que devemos pensar disto?

No fundo não adianta nada discutir sobre o nome antigo de Deus. Nós vivemos agora no N.T. e o que nos importa é falar de Deus como Jesus falava d’Ele. Jesus veio esclarecer o mistério mais profundo que existe no ser Divino: “Deus é amor”. Deus é um “Pai” que ama todas suas criaturas e os homens são seus filhos queridos. Jesus mesmo nos ensinou que devemos invocar a Deus como “nosso Pai” (Mt 6,9).

Para os estudiosos da Bíblia quero esclarecer nesta carta o nome antigo de Deus, aquele nome que os israelitas do A.T. usavam com profundo respeito. A explicação é um pouco difícil, porque devemos compreender algo do idioma hebreu, a língua na qual Deus se manifestou a Moisés.


1. Os nomes de Deus no A.T.

Os israelitas do A.T. empregavam muitos nomes para referir-se a Deus. Todos estes nomes expressavam uma relação íntima de Deus com o mundo e com os homens. Nesta carta quero indicar somente os nomes mais importantes, por exemplo:

Em Ex 6,7 encontramos no texto hebreu o nome “Elohim”, que significa: “O Deus forte e poderoso”.
No Salmo 94 encontramos “Adonay” ou Edonay”, que é “O Senhor”.

Em Gn 17, fala-se de Deus como “Shadday”, que quer dizer: “o Deus da Montanha”. O profeta Isaías (7,14) fala de “Emmanuel” que significa “Deus conosco”.

E existem muitos nomes mais no A.T., como por exemplo: Deus poderoso, o Deus Vivo, o Santo de Israel, o Altíssimo, Deus Eterno, o Deus da Justiça, etc.

Mas o nome mais empregado naquele tempo era “Javé” que significa: “Eu sou” ou “O que é”.

Lemos no Êxodo cap. 3 que Deus apareceu a Moisés numa sarça ardente e o mandou, de sua parte, falar ao Faraó. Moisés perguntou a Deus: “Mas se os israelitas me perguntarem qual é teu nome, que lhes vou responder?” E Deus disse a Moisés: “EU SOU AQUELE QUE SOU”. Assim dirás aos israelitas: “EU SOU me manda a vocês”. Isto lhe dirás: “EU SOU, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó me manda a vocês. Este é meu nome para sempre” (Ex 3,13-15).

2. De onde vem a palavra Javé?

Esta palavra é uma palavra hebraica, o hebreu é o idioma dos israelitas ou judeus do A.T.. Neste idioma não se escreviam as vogais de uma palavra, mas unicamente as consoantes. Era bastante difícil lê-lo corretamente, porque ao ler um texto hebreu, a própria pessoa devia saber de cor, que vogais tinha que pronunciar no meio das consoantes. O nome de Deus: “EU SOU” se escrevia com estas quatro consoantes: Y H V H que os judeus pronunciavam assim “Yahveh”, e em português se escreve JAVÉ. A pronúncia “Javé”, é sem dúvida a pronúncia mais correta do hebreu original para indicar Deus como “Eu sou o que sou” (Os judeus do A.T. nunca disseram Jeová).

3. De onde vem a palavra Jeová?

Os israelitas do A.T. tinham um profundo respeito pelo nome de Deus: “Javé”. Era o nome mais sagrado de Deus, porque Deus mesmo se havia dado este nome.

Com o tempo os israelitas, por respeito ao nome próprio de Deus, deixaram de pronunciar o nome de “Javé”, e quando eles liam na Bíblia o nome de “Javé”, em vez de dizer “Javé” diziam outro nome de Deus: “Edonai” (o Senhor). Aconteceu que depois de cem anos os israelitas esqueceram por completo a pronúncia original (Y H V H, Javé) porque sempre diziam “Adonay” ( o Senhor).

Na Idade Média (1.000 a 1.500 anos depois de Cristo), os hebraístas (que estudavam o idioma hebreu antigo) começaram a colocar vogais entre as consoantes do idioma hebraico. E quando foram colocar vogais na palavra hebraica Y H V H (o nome antigo de Deus) encontraram dificuldades.

Por não conhecer a pronúncia original das quatro consoantes que em português correspondem a Y H V H e em latim a JHVH, e para recordar ao leitor que por respeito devia dizer: “Edonay” em vez de “Javé”, puseram as três vogais (e,o,a) da palavra Edonay; e resultou Jehovah em latim; isto é, tomaram as 4 consoantes de uma palavra (J H V H) e colocaram simplesmente 3 vogais de outra palavra (Edonay) e formaram assim uma nova palavra: Jehovah. Está claro que a palavra”Jehovah” é uma combinação de duas palavras em uma. Por suposto a palavra Jehovah nunca existiu em hebraico, isto é, a pronúncia “Jehovah” é uma pronúncia defeituosa do nome de “Javé”.

Nos anos de 1600 começaram a traduzir a Bíblia em todas as línguas, e como encontraram em todos os textos bíblicos da Idade Média a palavra “Jehová” como nome próprio de Deus, copiaram este nome “Jehová” literalmente nos diferentes idiomas (castelhano, alemão, inglês...) E desde aquele tempo os católicos e os evangélicos começaram a pronunciar como nome próprio de Deus do A.T. a palavra “Jehová”.

As Bíblias católicas ainda não usam o nome de “Javé” e não o de “Jehová”. Está bem? Está bem porque todos os hebraístas modernos (os que estudam o idioma hebreu) estão de acordo que a maneira original e primitiva de pronunciar o nome de Deus devia ter sido “Javé” e não “Jehová”.

“Javé” é uma forma do verbo “havah” (ser, existir) e significa: “Eu sou o que é” e “Jehová” não é nenuma forma do verbo “ser”, como antes explicamos. Por isso a Igreja Católica tomou a decisão de usar a pronúncia original “Javé” em vez de “Jehovah” e por que os israelitas do tempo de Moisés nunca disseram “Jehová”.

4. Qual é o sentido profundo do nome de “Javé”?

Já sabemos que “Javé” significa: “Eu sou”’. Mas que sentido profundo tem esse nome?

Para compreende-lo devemos pensar que todos os povos daquele tempo eram politeístas, isto é, pensavam que havia muitos deuses. Segundo eles, cada nação, cada cidade e cada tribo tinha seu próprio Deus ou seus próprios deuses. Ao dizer Deus a Moisés: “EU SOU O QUE SOU”. Ele quer dizer: “Eu sou o que existe: o Deus que existe; e os outros deuses não existem, os deuses dos egípcios, dos assírios, dos babilônios, não existem. Eu sou o único Deus que existe”.

Deus, dando-se o nome de JAVÉ (EU SOU), queria inculcar nos judeus o monoteísmo (um só Deus), e rejeitar totalmente todo politeísmo (muitos deuses) e a idolatria de outros povos.

O Deus dos judeus (Dt 4,35 e 32,39).

O profeta Isaías explica bem o sentido do nome de Deus. Deus disse por meio do profeta: “EU SOU JAVÉ e nenhum outro”. “Eu sou o Senhor e não existe outro” (Is 45,18)..

A conclusão é: A palavra “Javé” significa que “Ele é o ÚNICO DEUS”. O único e verdadeiro Deus, e que todos os outros deuses e seus ídolos não são nada, não existem e não podem fazer nada.

5. O nome de Deus no A.T.

Mais importante para nós, que vivemos no N.T. é saber como Jesus falava sobre o mistério de Deus. Jesus e seus apóstolos, segundo o costume judeu daquele tempo, nunca pronunciavam o nome de “Javé” ou “Jeová”. Sempre liam a Bíblia dizendo: “Edonay” – o Senhor – para indicar o nome próprio de Deus.

Todo o N. T. foi escrito em grego, por isso encontramos no N. T. a palavra Kyrios ( o Senhor) que é a tradução de “Edonay”.

Mas Jesus introduziu também uma novidade nos costumes religiosos e chamou Deus de “Pai”: “Te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra”. “Meu Pai continua agindo até agora e eu ajo também”. “Por isso os judeus tinham vontade de matá-lo: porque Ele chamava Deus de seu Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5,17-18).

Além disso Jesus ensinou a seus seguidores a fazer o mesmo: “Por isso, orem vocês assim: Pai nosso, que estais nos céus” (Mt 6,9). Agora, o nome mais bonito que nós podemos dar a Deus é o de “Pai nosso”.

6. É verdade que nas Bíblias dos Testemunhas de Jeová aparece o nome Jeová no Novo Testamento?

Sim. Os Testemunhas de Jeová fazem aparecer no N. T. 237 vezes a palavra “Jeová” mas isso não é correto. Quando no N. T. se fala de Deus com o nome “Senhor”(Kyrios em grego, Edonay em hebraico) eles o traduzem como Jeová, mas isto é claramente uma adulteração dos textos bíblicos.

O N. T. fala de Deus como “Pai”! ou “Senhor”, mas nunca como “Jeová”. Uma vez mais desconhecem a grande revelação de Jesus Cristo que foi a de anunciar-nos Deus como Pai.

7. O que é o melhor para nós?

O melhor é falar de Deus como Jesus falava dele. Meditando os distintos nomes de Deus que aparecem na Bíblia, percebemos que há uma lenta evolução acerca do mistério de Deus, e cada nome revela algo deste grande mistério divino.

1) Deus se manifestou a Moisés como o único Deus que existe, significando isto que os outros deuses não existem. É o que significa a palavra “Javé”.

2) Em seguida este único Deus se manifestou aos profetas como o Deus da justiça.

3) Finalmente em Jesus Cristo, Deus se manifestou como um Pai que ama todos seus filhos. Deus é amor e nós temos esta grande vocação para viver no amor. A oração do Pai Nosso é a melhor experiência de fraternidade universal.

8. Que devemos fazer quando os Testemunhas de Jeová, os Mórmons e os seguidores de outras seitas chegam à casa de alguém para uma conversação?

Em primeiro lugar precisar qual é a verdadeira intenção de sua visita. Em geral, eles dizem que querem falar sobre Bíblia e conversar acerca de Deus e da religião.

Mas a verdadeira intenção não é esta, e sim a de arrebatar a fé aos católicos. O que querem é isso e nada mais. Tirar a fé católica dos fiéis. Falar da Bíblia ou de Deus é apenas o pretexto para chegar a este final que é tirar a fé dos católicos. E os fatos comprovam esta afirmação, porque sabemos de alguns bons católicos que por cortesia, boa educação, ou por outras razões, aceitaram conversar com eles sobre a Bíblia ou sobre Deus, e pouco depois passaram a ser Testemunhas de Jeová, Mórmons ou de outras seitas e condenaram depois a sua antiga fé católica.

Temos que ter muito claro que esta visita dos Testemunhas de Jeová, dos Mórmons ou de outras seitas às casas e famílias católicas não tem outra intenção nem outro propósito senão arrebatar-lhes sua fé católica.

Diferente é a atitude das primitivas Igrejas reformadas que em geral são respeitosas e não degeneram em ataques frontais contra a Igreja Católica. Com estas se pode fazer ecumenismo e se podem empreender em conjunto ações de bem comum e de promoção humana, mas não assim como as seitas provenientes dos Estados Unidos.


Conhecendo esta realidade, a resposta é óbvia. Você quer conservar e defender sua fé católica? Não os receba. Você quer por em perigo sua fé católica? Dê-lhes liberdade para entrar em sua casa. Pense melhor o que deve fazer.
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OBS:
No início da Idade Média a pronúncia do vocábulo continuava como Adonay. A pronúncia Jeová é atestada pela primeira vez por Raimundo Martini em sua obra "Pugio Fidei" de 1270. Parece, porém, que já estava sendo usado nas escolas rabínicas anteriores a esse ano.

Foi adotado pelos cristãos no século XVI, principalmente pelos protestantes, tendo à frente o calvinista Teodoro Beza, de Genebra. É por isso que as Bíblias protestantes em língua inglesa frequentemente aludem ao nome Jeová. Contudo, a forma correta de Yahweh seria Javé, sem interpolações.
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O Avesso da Missa


O bispo, preocupado com as missas da diocese, convocara os principais cantores e ele mesmo na manhã de sábado deixara claro que esperava que no Ato Penitencial, no canto à Glória de Deus, no Santo e no Cordeiro de Deus fossem escolhidas canções que o povo cantasse junto.

Nada de solos. Que os cantos não fossem compridos demais. Que não se cantasse na hora do abraço da paz. Que houvesse respeito ao silêncio da ação de graças e que os músicos não tocassem naqueles três minutos de oração silenciosa. Sobretudo que não houvesse canções em tom que o povo não alcança.

No dia seguinte, a cantora de voz maravilhosa que não fora ao encontro fez o avesso de tudo. Tocou e cantou tudo em tom operístico, cantou no abraço da paz e não respeitou o silêncio enfiando pelos ouvidos do povo a sua mais recente exibição, uma linda canção que nada tinha a ver com aquela parte da missa. Foi uma crise de queda de ministério quando o pároco pediu a ela que seguisse as normas dada pelo bispo. Ali mesmo e voz alta de generala, ela pediu demissão, desafiando o padre a encontrar alguém que soubesse música como ela e seus três acompanhantes… Por três semanas o padre presidiu as missas sem canção alguma, até que o pároco da cidade vizinha ofereceu um de seus grupos que cantava e tocava de acordo com liturgia.


Quem viaja há mais de 40 anos a serviço da catequese e assiste ou participa de missas no Brasil e no mundo não pode deixar de perceber a boa e a má qualidade das celebrações, por conta do presidente da assembléia, do pregador e dos músicos e cantores. Há os ótimos, os bons e os intragáveis. Não sejamos negativos. Os ótimos e os bons, felizmente são muitos. Dá gosto ouvir alguns sacerdotes a explicar a missa daquele dia. Dá gosto ouvir o coral e os músicos em algumas paróquias.

Mas o inverso da missa também existe. Percebe-se em alguns casos que nem o padre, nem cantores, nem músicos levam a sério as instruções da Igreja sobre o seu papel na celebração que não é deles e, sim, da Igreja. O povo fica por amor a Jesus Cristo. Se fosse um teatro pago esvaziaria o lugar, em protesto pelo que tem de ouvir á sua frente: pregador repetitivo que nunca se fundamenta e cantores que não ensaiam.

Os biógrafos de São Pio X registram o que ele já percebera nos inícios de 1900 a respeito da missa dos católicos. O papa autor do Motu Próprio, preocupado com a liturgia e sua dignidade via o que hoje ainda vemos: às vezes os cantores extrapolam, improvisam a missa cinco minutos antes do canto de entrada, e, seja por desconhecimento das normas, seja por desprezo das mesmas, inverte a missa: canta-se mais do que se fala e canta-se diante do povo, mas não com o povo. Somados os minutos, a missa cheia de canções compridas com refrões cansativamente repetidos, dá 40 minutos de música e 30 de fala… O templo vira anfiteatro, o altar vira palco, e a missa vira opereta. Escolhem-se canções que só o solista consegue executar. Assim, ele ou ela aparece com sua linda voz em mais uma brilhante exibição de talento para Jesus e para a assembléia. Falta penas a claque com a tabuleta escrita: “aplausos”…

Na biografia de São Pio X que governou a Igreja por 9 anos, se lê que dos pregadores ele esperava que não pregassem o enrolez, isto é, não fossem engroladores de oremus, mas preparassem os sermões e pregassem de verdade; não fossem peudo-Bossuet, imitadores de linguagens, com sermões calcados em frases óbvias, daqueles que se tira da estante sem nenhum cuidado de estudar o texto do dia. Dos cantores ele pedia mais dignidade ao cantar nas missas. Era melhor regressar ao canto gregoriano do que cantar árias de óperas na Igreja. Fugissem de cantos água com açúcar. As canções tivessem conteúdo teológico sólido e as melodias fossem adequadas a uma celebração.

Um século depois em algumas paróquias nada mudou. Não esquecendo os elogios a comunidades onde a missa é levada a sério e ninguém aparece demais, não há como silenciar diante das missas estruturadas para revelar padres e cantores televisivos. Fogem ao conceito de Celebração Eucarística. Em missas televisionadas a discrepância é ainda maior porque os câmeras, despreparados para a fé católica teimam em salientar detalhes que nada têm a ver com a celebração; gastam 70% do tempo mirando o padre, como se a missa fosse ele ou dele. Se o Cristo aparecesse em pessoa provavelmente continuariam mirando o padre, tal a força e o charme do mais novo celebrante televisivo da região. Exageros à parte reflitamos sobre a missa como ato da assembléia e não de uma ou duas pessoas.

As normas existem há séculos. Com o advento da Internet e da Televisão a missa tornou-se cada dia mais virtual. A figura do celebrante ganhou closes e relevância. Alguns não resistiram ao protagonismo e passaram a celebrar mais para as câmeras do que para os presentes, desfilando garbosos, para cá e para lá, suas vestes multicoloridas como o manto de José do Egito. Esqueceram o detalhe de que apenas presidem a assembléia e de que não estréiam mais um espetáculo de luz e de som.

A dignidade da função não permite ao presidente da assembléia que extrapole em funções que não são suas, tanto quanto não permite ao cantor que dê seu show de talento. O padre que pega do violão na ação de graças e canta sua mais nova canção procure uma boa explicação para aquele gesto, porque uma ou duas vezes em festas especiais passam, mas três vezes por mês é excesso… E aquele que insiste em improvisar a melodia do prefácio, pagando um enorme mico porque criar melodia não é dom para qualquer um, tome lições de canto. Os músicos presentes saem todos rindo do padre que começou cheio de si e acabou causando dó…


Que se reveja tudo isso! Falar, a Igreja fala, mas ouvir, nem todos ouvem! Com isso, sofre o povo que merecia sermões bem fundamentados e canções que sustentam o texto daquele dia. Quem sabe, um dia, as missas em todas as paróquias cheguem ao que os documentos da Igreja propõem que sejam…A Igreja muda devagar, mas muda!


Como apreciar sua esposa


Depois de ter escrito o artigo Como apreciar seu marido, onde meu marido e outros amigos listaram o que eles gostam e, inclusive, o que gostaria que eu fizesse mais para que ele se sentisse apreciado, eu disse alto e em bom tom que “agora vem a vingança!” Nem preciso dizer que meu marido caiu na gargalhada.

Pois bem, chegou a hora de nós mulheres listarmos o que os maridos fazem ou dizem que nos fazem sentir apreciadas. Depois de conversar com muitas amigas, sim, as esposas daqueles amigos, aí vai a lista das coisas, pequenas e grandes, que os homens podem e devem fazer se quiserem suas esposas felizes fazendo tudo da outra lista. É bom lembrar que mais do que reciprocidade, se tratar bem sua esposa, ela será um anjo e companheira, e o maior ganhador será você mesmo.


1.     Deixar o trabalho no trabalho e dar atenção à esposa e à família quando chegar em casa.
2.     Dar flores por nenhuma razão específica, mas apenas para dizer "Eu te amo".
3.     Colaborar para manter a casa limpa, cozinhar e ajudar no que for necessário, principalmente se a esposa também trabalha.
4.     Fazer o possível para deixar a tampa do vaso do banheiro abaixada, mas limpa.
5.     Respeitar suas opiniões e entrar num acordo incluindo-as.
6.     Planejar encontros com pequenas surpresas.
7.     Deixar bilhetes românticos antes de sair para o trabalho.
8.     Verificar as portas e janelas da casa se estão trancadas antes de dormir, ou seja, assumir o papel de protetor da família.
9.     Cobri-la à noite caso esteja frio e sua coberta estiver fora da cama.
10.   Agir como "Homem" nas situações que exigem coragem e honestidade.
11.   Quando estiver pronto para a sessão "beijos e abraços", tenha certeza de estar perfumado e com os dentes escovados.
12.   Colocar em prática o poder de seu toque. O toque produz oxitocina, um hormônio que diminui o estresse e aumenta a confiança, seja através de suas mãos, abraços, beijos.
13.   Estar interessado no que ela tem a dizer e prestar atenção em suas ideias. Olhar no olho, conversar.
14.   Jamais diminuir a mulher, principalmente em frente às outras pessoas.
15.   Planejar momentos a dois e lutar para fazer acontecê-los demonstra que você a ama e quer passar seu tempo com ela.
16.   Pedir desculpas quando errar e saber perdoar quando ela erra.
17.   Ser grato por sua dedicação à família e a tudo que faz, e ajudá-la sempre que possível.
18.   Demonstrar que a aprecia mais por ações que por palavras.
19.   Sempre lembrar de datas importantes, como aniversário, aniversário de casamento e outras.
20.   Ser um pai presente, passar tempo de qualidade com os filhos.
21.   Ser um pai unido à mãe nas decisões relacionadas aos filhos.
22.   Elogiar sua aparência, mesmo de manhã, com a cara amassada e o cabelo despenteado.
23.   Querer ficar mais na cama com ela pela manhã.
24.   Não apressá-la.
25.   Mandar um SMS sem motivo, somente para dizer coisas boas.
26.   Ser carinhoso, abraçar e beijar, mesmo quando não estiver interessado em sexo.
27.   Incluir a esposa quando faz planos para o futuro.
28.   Correr do trabalho para casa, porque está com saudade da família e fazer do seu lar um refúgio.
29.   Preocupar-se com sua saúde e agir para cuidar da mesma.
30.   Fazê-la sorrir, com uma brincadeira, ou com um sorriso maroto. Detalhe, o sorriso terno também a fará sorrir.

Confesso que foi mais fácil arranjar 30 itens a partir dos homens quando disseram o que suas esposas fariam para se sentirem mais apreciados do que a lista das mulheres. Isso pode ter duas explicações:

1.     Os homens estão muito carentes e nós esposas precisamos demonstrar mais nossa apreciação por eles ou;

As mulheres são mais fáceis de agradar que os homens ou muitas ainda pensam que somente os homens precisam fazer muitas coisas. De qualquer maneira, se ambos estiverem dispostos a fazer ou melhorar em algumas coisas dessa lista, tenha certeza que a chama se manterá acesa, que o convívio progredirá e muito, e que, mais do que nunca, seu casamento será um sucesso, pois a comunicação fluirá como deve, e, consequentemente, todas as outras coisas necessárias à felicidade estarão presentes. Comece hoje a apreciar sua esposa e o casamento!


Chris Ayres
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Fonte: Família