sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Um grito oportuno e responsável



Neste domingo entramos na Semana da Pátria, neste ano de 2013.

Desta vez, emerge com mais evidência o valor cívico de uma iniciativa, que vem se sustentando ao longo dos últimos 19 anos. Trata-se do “Grito dos Excluídos”. Ele surgiu em 1995, ano em que a Campanha da Fraternidade era, exatamente, sobre os Excluídos.

Esta circunstância mostra bem uma das características do “Grito dos Excluídos”, de ter sua realização sintonizada com o contexto histórico de cada ano.

Pois bem, neste ano, o Grito confirma seu significado e sua importância, colocado no contexto das surpreendentes manifestações populares, que abalaram o país, e deixaram perplexa a sociedade. O “Grito dos Excluídos” se apresenta com a firmeza de sua experiência, e com o acerto de suas intuições, que o acompanham desde a sua primeira realização.


Quando a sociedade se surpreende diante do peso que pode assumir a manifestação pública de suas demandas e a afirmação clara de valores e princípios que precisam animá-la, o Grito pode apresentar o seu atestado de maturidade, fruto de uma longa sequência de edições anuais ininterruptas, com a clareza das causas levantadas, e com o rigor dos procedimentos democráticos que sempre caracterizaram o Grito.

Ele foi circundado, desde o seu início, de providências que lhe foram angariando credibilidade, sobretudo pelo cuidado em respeitar as instituições e em evitar ambiguidades, sempre pautando suas demonstrações com temas pertinentes e com atitudes democráticas.

Tendo como referências uma data histórica, o 7 de Setembro, e um lugar simbólico, o Santuário Nacional de Aparecida, o Grito sempre procurou equacionar bem o seu espírito unitário, e ao mesmo tempo sua estratégia de descentralização.  A manifestação de Aparecida é paradigmática, incentivando outras manifestações, em milhares de localidades, em todos os Estados do País.

Outra circunstância, que fortalece seu espírito e ilumina o seu alcance, é o fato de ser realizado em parceria com a Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras, que acontece também no mesmo dia e no mesmo lugar.

Com estas características, foi-se elaborando uma espécie de “teologia do grito”, que foi aglutinando em torno dele um leque de valores com que sempre ele é preparado, com a escolha democrática do seu lema, e com o empenho solidário que supera a falta de recursos e multiplica as adesões gratuitas em organizar suas manifestações simbólicas.

De tal maneira que o Grito se tornou um evento que transformou a praxe com que era festejado o 7 de Setembro, que já tinha se esvaziado de suas finalidades. O Grito veio devolver à cidadania a promoção do Dia da Pátria.
A ideia do Grito nasceu muito despretensiosa. Foi numa reunião do Secretariado Nacional da Cáritas. Estávamos buscando iniciativas para dar continuidade ao tema da Campanha da Fraternidade. Como já existisse, na época, o “grito da terra” e o “grito da Amazônia”, alguém sugeriu fazer também o “grito dos excluídos”.

O que parecia uma sugestão inconsistente, aos poucos foi sendo aceita, pela fecundidade de simbologias que o “Grito dos Excluídos” poderia ter.

Para que continuasse, era preciso tomar uma rápida providência: inserir o “Grito dos Excluídos” na programação oficial da CNBB. Esta providência foi garantida já no ano seguinte.

Aquilo que para alguns parecia incômodo, agora se constata que foi muito providencial. A CNBB pode oferecer à sociedade uma maneira democrática, responsável e providencial de “gritar” as causas urgentes que precisamos assumir, como Pátria onde todos podem se sentir incluídos.

Viva o Grito dos Excluídos!


Dom Demétrio Valentini

Bispo de Jales (SP)

“Não é possível tentar resolver os problemas através da força”: CNBB adere à iniciativa do Papa em prol da Síria


“Não é possível tentar resolver os problemas através da força”: palavras do Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Leonardo Steiner. 

Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Leonardo manifesta a total adesão da CNBB ao dia de oração e jejum convocado pelo Papa Francisco em prol da Síria:

Em primeiro lugar é bom ressaltar a iniciativa do papa Francisco de convocar um dia de jejum e oração. Jejum é busca de abertura, de sensibilidade, de compreensão. 
Jejuar abre toda a nossa pessoa ao diálogo, e no momento a Síria exige muito diálogo. Mas também de oração: nós nos unimos, nós nos congregamos, nós estabelecemos com Deus e com os irmãos um momento da intimidade, de uma relação mais profunda. Então esses dois elementos que o Papa nos convoca são muito importantes. A Igreja no Brasil entendeu esse pedido do Santo Padre. Em todas as paróquias, as dioceses, nós estamos insistindo para que os nossos irmãos e irmãs realmente participem deste momento, atendam este apelo do Santo, porque não é possível nós somente tentarmos resolver os problemas através da força. Existem outras forças muito mais importantes, existem buscas muito mais profundas que podem nos ajudar na solução da questão da Síria.

RV:- Dom Leonardo, a vigília coincide no Brasil com o Grito dos Excluídos, que este ano tem como tema a juventude. Dom Leonardo, este é um motivo a mais para rezar e jejuar?



É um motivo a mais. E os nossos jovens têm sensibilidade para isso. Nós vimos, especialmente na visita que o Santo Padre fez ao Brasil, a presença dele na Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, como os nossos jovens são sensíveis a essas questões que dizem respeito à pessoa humana, aos pobres e aos conflitos. Eles certamente no momento do Grito dos Excluídos haverão de ver e analisar também esta questão. Ainda hoje, a presidência da CNBB publicará uma nota incentivando todos os cristãos, não somente os católicos, a participarem deste dia de jejum e oração.

(BF)
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O Ocidente parece estar brincando com a Síria


O patriarca católico de Antioquia, com sede em Damasco, Gregorio III Laham, mostrou-se contrário a uma intervenção militar e se uniu ao apelo do Papa Francisco: "Não mais guerra!".

Em uma interessante entrevista publicada por Paginadigital.es, o patriarca explica que "a Europa poderia fazer mais para resolver os problemas da Palestina, ao invés de criar mais desconcerto na Síria. Nós, os sírios, já somos vítimas, e o país já é um inferno, sem necessidade de uma intervenção para piorar mais a situação".

Na entrevista, Gregorio III Laham manifesta sua preocupação pelo que possa ocorrer se levarem a cabo os planos de Obama: "Haverá ainda mais vítimas e teremos uma guerra regional que envolverá o Líbano, onde já há milhões de refugiados sírios".

E acrescenta: "Todo o Oriente Médio está em chamas, está se transformando em um inferno".


O Patriarca Católico de Antioquia afirma que os países ocidentais
vendem armas a "bandidos e criminosos, e não à oposição

Muito crítico diante da intervenção dos EUA, o patriarca católico convida Obama a "ficar em sua casa"; e mostra que, "se o Ocidente e os demais países estrangeiros deixarem de interferir nas nossas questões internas, a situação voltará a melhorar. Na Síria, cristãos e muçulmanos, xiitas e sunitas, viveram pacificamente durante mais de 1.400 anos".

Para Gregório III Laham, grande parte da culpa do que ocorre agora na Síria é de países como o Reino Unido, a França e a Bélgica, que "financiam grupos armados presentes no nosso país, enquanto bastaria com que as potências estrangeiras deixassem de dividir o povo sírio".

"O verdadeiro problema são os financiamentos que não se dirigem à oposição política, mas a bandidos e criminosos do mundo inteiro e que chegam à Síria para fazer a guerra", comenta.

A Conferência de Genebra 2 é a solução defendida pelo patriarca, que explica: "O governo sírio sempre esteve disposto a dialogar e a participar da Conferência de Genebra".

"O motivo pelo qual as negociações não ocorreram é a falta de uma oposição unida e com um programa claro. Os grupos armados tiveram prioridade sobre qualquer outra forma de dissidência, e assinar um acordo de paz com Al Qaeda seria impossível para qualquer governo", explica.

Finalmente, a iniciativa do Papa Franciscode um dia de jejum e oração foi qualificada por ele como "magnífica". O patriarca comentou que "o meu patriarcado está preparando uma carta aos fiéis greco-católicos do mundo inteiro para pedir-lhes que participem da oração e do jejum organizados pelo Papa Francisco".


"Todas as igrejas sírias são convidadas a unir seus esforços e a acolher os fiéis, das 19h à meia-noite, para permitir-lhes rezar e cantar pela paz", concluiu.
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Fonte: Aleteia

Casamentos que o Papa não abençoa


No sábado, dia 13 de julho, poucos dias antes da chegada do Papa Francisco ao Brasil, casaram-se no Rio de Janeiro, Beatriz Barata, neta do maior empresário de ônibus do Rio de Janeiro, e Francisco Feitosa Filho, dono de outra grande empresa do ramo, no Ceará. Entre os mil convidados, fizeram-se presentes nomes renomados da aristocracia social e econômica do país, inclusive um ministro do Supremo Tribunal Federal. Tudo muito bonito! O único inconveniente foi o casamento – cujas despesas teriam girado em torno de três milhões de reais – ter sido realizado no clima de protestos que varria então o país. Centenas de pessoas se aglomeraram diante da igreja Nossa Senhora do Carmo – julgo, por isso, que os noivos fossem católicos – e, em seguida, em frente ao Copacabana Palace, reclamando contra a ostentação e o esbanjamento que julgavam exorbitante num país onde a saúde está um caos e a imensa maioria do povo se mata para sobreviver...

Contudo, os gastos do casamento da Beatriz e do Francisco nada são se comparados com a espada de Dâmocles que ameaça a população brasileira, dividida em castas sociais. Enquanto uns poucos se banqueteiam num verdadeiro paraíso, longe dos problemas do povo, com salários que bradam vingança aos céus, outros morrem à míngua pela falta dos recursos mais indispensáveis. Ante uma realidade tão injusta e absurda, é tolice e hipocrisia queixar-se da violência que cresce em toda a parte. Felizmente, o povo está despertando, exigindo que, de fato e não só na teoria, o Brasil seja um país de todos e para todos.


Enquanto se celebrava o casamento no Rio de Janeiro, o Papa Francisco preparava a sua viagem ao Brasil. Em avião de carreira, como qualquer outro mortal comum. Embarcou carregando, ele próprio, a sua bagagem de mão. Nada de extraordinário para quem não quer que a religião se transforme numa válvula de escape para saciar os apetites visíveis ou subliminares de seus membros...

Por falar em casamentos, o que é que Francisco pensa de sua celebração religiosa? Seu pensamento foi expresso no livro “Sobre o Céu e a Terra”, uma entrevista que concedeu quando arcebispo de Buenos Aires: «Se os atos litúrgicos se convertem em eventos sociais, perdem a sua força. Um exemplo é a celebração do casamento. Há casos em nos perguntamos o que há de religioso nessas cerimônias... O ministro, talvez, faz um sermão sobre os valores, mas as pessoas aí presentes estão em outra sintonia. Certamente, se casam porque querem a bênção de Deus, mas esse desejo parece tão escondido... que quase não se vê! Em algumas igrejas, o que se percebe nos casamentos é uma competição feroz entre as madrinhas e a noiva no vestido (ou no “desvestido”). Para tais mulheres, o ato religioso nada significa: estão aí apenas para se exibir. Isso pesa em minha consciência, pois, como pastor, estou permitindo algo que não sei como É por esse e por outros motivos que o casamento religioso deveria ser reservado somente para quem acredita em seu valor e vive a fé que recebeu da Igreja.


Quando assumida conscientemente, a celebração litúrgica purifica, fortalece e diviniza um amor que, apesar de maravilhoso, é incapaz, por si só, de durar a vida inteira. Quem não tem a força para cumprir o que promete, não case – ou melhor, antes de dar o passo, busque a sua força em Deus! Se só casassem no religioso os que praticam a fé, então seria maravilhoso aderir ao que pede o “Catecismo da Igreja Católica”: «A celebração do matrimônio entre dois fiéis católicos ocorra normalmente dentro da santa missa, em vista do vínculo de todos os sacramentos com o mistério pascal de Cristo. É conveniente que os esposos selem seu consentimento de entregar-se um ao outro pela oferta de suas próprias vidas, unindo-o à oferta de Cristo por sua Igreja e recebendo a eucaristia, a fim de que, comungando no mesmo Corpo e no mesmo Sangue de Cristo, eles formem um só corpo. No “sim” a Deus os esposos encontram a força para renovar o “sim” entre si todos os dias “na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte os separe” – se é que o consegue, já que «o amor é forte como a morte» (Ct 8,6)!


Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados (MS)

Bartolomeu I aplaude e adere à iniciativa do Papa Francisco em prol da paz


O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, acolheu o apelo do “irmão em Cristo, Papa Francisco” de rezar e jejuar pela paz na Síria, pedindo também aos líderes internacionais reunidos em São Petesburgo, na reunião do G20, para favorecerem uma solução negociável e não militar ao conflito sírio.

“O Patriarcado ecumênico e nós pessoalmente – lê-se numa nota entregue à Agência Fides – estamos acompanhando com ansiedade o desenvolvimento da situação na Síria e de forma geral em todo o Oriente Médio. Rezamos para que prevaleça a paz. Somente a paz consentirá também aos cristãos do Oriente Médio continuar a viver sem nenhum impedimento naquelas terras onde nasceram”.

O Patriarca Ecumênico, dirigindo-se aos participantes do G20, deseja “que as decisões ali tomadas ajudem a favorecer uma solução pacífica e não militar do conflito sírio”. “Além disto – lê-se na declaração – a Igreja de Constantinopla aplaude a iniciativa promovida pelo Bispo de Roma Francisco em apelar aos cristãos de toda a terra para que no sábado próximo unam-se em oração e jejum, para pedir que prevaleça a paz na martirizada terra da Síria, na esperança de que Deus ilumine a mente dos responsáveis políticos, e sejam assim evitadas ações militares que inevitavelmente provocarão a morte de vítimas inocentes”.



“Também nós – concluiu o Patriarca Ecumênico – acolhemos o apelo do nosso irmão em Cristo Papa Francisco em rezar no próximo sábado pela mesma intenção, como sempre fizemos desde que iniciou o sangrento conflito na Síria”. (JE)
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Igreja Católica: Frequência de jovens aumenta após a Jornada Mundial

Vinda do Papa mobilizou pessoas de todas as idades,
inclusive católicos e pessoas que professam outra fé

Um mês após a visita do Papa Francisco ao Brasil ocasionada pela realização da 28ª Jornada Mundial da Juventude, a juventude católica já começa a colher os frutos dos ensinamentos do Sumo Pontífice.

Pregando ensinamentos de humilde e proclamando palavras de simplicidade que tocam, inclusive, pessoas que não comungam dos preceitos católicos, a JMJ despertou, sobretudo, os jovens para as vocações sacerdotais e religiosas, bem como para o papel desse público desempenhado na contemporaneidade.

O assessor arquidiocesano da juventude, Padre Ronald de Carvalho, afirma que a vinda do Papa mobilizou pessoas de todas as idades, inclusive católicos e pessoas que professam outra fé. Desde antes da Jornada, comenta o sacerdote, “já se falava dessa ocasião como um kairós, um momento de graça dentro da Igreja”.


“Certamente, temos, agora, jovens que se interessam pela igreja, pelos ensinamentos de Cristo, que sentiram que o Papa falava diretamente ao coração deles, que foram suscitados a uma ousadia de vida, que ouviram os clamores do Papa no sentido de uma revolução da juventude no sentido de sair do comodismo e de assumirem sua juventude”, comenta o assessor arquidiocesano.

Segundo Padre Ronald de Carvalho, no último mês, os jovens têm buscado aconselhamento na Arquidiocese de Teresina sobre vocação, o que tem estimulado, inclusive, o engajamento em movimentos católicos, a exemplo das Comunidades Shalom e Ore.

“Essas pessoas estão buscando um direcionamento espiritual para discernimento da sua vocação, justamente porque foram tocados pela presença de Jesus nas palavras do Papa. A Juventude da Arquidiocese de Teresina, a partir de agora, está se organizando com acampamentos de jovens e surgimento de novos grupos”, acrescenta o padre.

O Dia Nacional da Juventude também será comemorado em Teresina, em novembro deste ano, com o incentivo à missão, que também foi resultado da Jornada. “Serão realizadas visitas a comunidades mais carentes, sendo estimuladas ações missionárias e despertando nos jovens a proximidade com os irmãos e valores como compaixão e caridade com a situação dos que mais sofrem”, pontua.



Repórter: Ceres Passos
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Mensagem de Dom Paglia às famílias: "Não tenham medo de explicar o jejum aos seus filhos"


Um jejum a ser explicado às crianças, um almoço feito com pouca comida e muitas palavras a serem partilhadas com os avós: quem pede é Dom Vincenzo Paglia, Presidente do Pontifício Conselho para a Família, em uma carta dirigida a todas as famílias por ocasião do Dia de Oração e Jejum pela paz na Síria, indicada pelo Papa Francisco para o próximo sábado 7 de setembro. 

“Queridos pais, não tenham medo de propor aos vossos filhos um almoço austero e mínimo”. Dom Vincenzo Paglia dirige-se assim às mães e aos pais de todos os continentes, para que expliquem aos seus filhos “o que está acontecendo no mundo” e “junto à dureza das notícias”, não esqueçamos “de comunicar a esperança da paz oferecida por Jesus Ressuscitado que reconciliou o mundo não com gestos violentos e vingativos, mas com o dom de si mesmo”.


“As imagens que giraram o mundo e as contínuas e trágicas notícias interpelam o nosso coração, a nossa inteligência, a nossa fé – escreve o prelado, referindo a quanto a mídia tornou conhecida a realidade da Síria”. “Por este motivo – lê-se ainda na carta – vos convido a acolher a proposta do Papa a viver também nas vossas casas um gesto de jejum e oração”.

Para o 7 de setembro, o Presidente do Pontifício Conselho para a Família recomenda um almoço com a participação também dos avós, dos anciãos, recomendando àqueles que viveram momentos de guerra para contar “o que significa viver sob as bombas e na incerteza do amanhã e qual era o sentido da suas orações naqueles dias”.

Aos jovens, o Presidente do Pontifício Conselho para a Família pede que peçam explicações aos seus pais sobre o sentido do Dia de Oração e Jejum desejado pelo Santo Padre e “os motivos pelos quais vale a pena continuar a habitar esta terra marcada, frequentemente, por lutas e violências!.

“Juntos, à mesa, rezem! – conclui Dom Paglia - pelas famílias da Síria, pelas crianças que morrem todos os dias pelo ódio e pela fome, pelos governantes chamados a encontrar uma solução de paz não violenta...cada família escolha o modo que melhor conhece para interceder”. (JE)
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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Padre da cidade de Sanharó foi suspenso pelo Bispo após celebrar missa para Maçons


O padre José Gomes de Melo (Padre Nilson), responsável pela paróquia do Sagrado Coração de Jesus, na cidade de Sanharó - PE, foi suspenso de suas atividades paroquiais pelo bispo diocesano de Pesqueira, Dom José Luiz Ferreira Salles, após celebrar uma missa em homenagem ao dia do Marçom (20 de agosto) para membros das lojas maçônicas de Sanharó, Belo jardim e Pesqueira.

Uma missa celebrada no ano passado em homenagem ao dia do Maçom causou grande repercussão. Desta vez, os maçons foram mais discretos — deixaram o avental do ano anterior e usaram apenas um pequeno broche na hora da celebração. Mas, diferente do ano passado, agora, o bispo quis dar um basta.

Na ultima sexta-feira, dia 30, após reunião com a Comissão Diocesana de Pastoral para a Doutrina da Fé, o bispo de Pesqueira Dom José Luiz Ferreira Salles divulgou uma Nota Oficial afastando o Padre Nilson das suas funções paroquiais. Leia abaixo a Nota emitida pelo bispo:



COMUNICADO


Aos padres, religiosos (as), leigos (as) e a todos aqueles que as presentes letras virem, saudação, paz e bênção em nosso Senhor Jesus Cristo. 

A respeito da celebração presidida pelo Pe. José Gomes de Melo realizada em Sanharó, no dia 20 do corrente mês, que deu margem a comentários na Internet que denigrem a Santa Igreja, faço saber a todos que:

- Lamento profundamente a reincidência neste erro gravíssimo que traz muitos transtornos à nossa Igreja Diocesana. Por ocasião de denúncia sobre fato semelhante ocorrido em Belo Jardim, foram tomadas as medidas cabíveis de admoestação ao padre envolvido naquele triste e reprovável episódio, conforme o Direito Canônico e as orientações da Santa Sé.

- Também o Pe. José Gomes de Melo foi severamente advertido e está afastado de suas funções paroquiais em Sanharó e das demais funções diocesanas. Ao mesmo, visivelmente arrependido, recomendamos recolhimento, penitência, oração e exigimos retratação perante a Igreja. Imediatamente, o citado padre nos apresentou uma carta escrita, assinada de próprio punho, na qual pede perdão e compromete-se a se retratar publicamente.

- Esta Igreja Diocesana reafirma a comunhão com a Doutrina da Igreja e não permite que seja celebrada qualquer função em união com qualquer associação que não esteja em comunhão com a Doutrina. Não é permitido que se realize nenhuma ação litúrgica para a Maçonaria, nem consentido que sejam apresentados seus símbolos nas celebrações, muito menos que se celebre em ambiente de denominação maçônica.

- Os presbíteros desta Diocese receberão um comunicado oficial do ocorrido tornando-os cientes de que será determinada a sumária suspensão do padre que porventura cometa qualquer abuso litúrgico ou ouse expor a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo a qualquer situação vexatória desta ou de outra natureza.


- Aproveito esta Nota para ratificar a fidelidade desta Igreja diocesana a Cristo e à sua Igreja, sempre pronta a testemunhar a fé e anunciar a Boa Nova do Reino, percorrendo os caminhos da missão – frequentemente árduos – para santificar a todos. 


Pesqueira, 30 de agosto de 2013. 



Dom José Luiz Ferreira Salles
CSsR Bispo Diocesanoabrir loja de roupas