sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Católicos e balada: #partiu?


Qual é a posição da Igreja em relação aos jovens católicos em festas e baladas do mundo? Vale aquela ideia de que “posso ir numa boate, tudo bem, é só ser cristão lá…”? É sobre isso que vamos refletir aqui.

As festas e baladas “do mundo”, em geral, NÃO são condenadas pela Igreja (estamos falando de festas normais, não de inferninhos com show de striptease). Se fossem condenáveis, certamente tal advertência estaria exposta no Catecismo. Afinal, o Papa e bispos sabem que muitos jovens católicos de todo o mundo gostam de sair à noite para dançar e se divertir, e fazem isso com a consciência tranquila.

Sei que vai ter gente aqui nos comentários citando São João Maria Vianney, que aboliu os bailes na cidade de Ars, e via as danças sempre como algo pecaminoso (conheça seu sermão sobre os bailesaqui).

Porém, entendo que, como Mãe, a Igreja jamais deixaria de alertar os jovens de modo claríssimo, caso frequentar festas “do mundo” fosse pecado. E, se a dança em si fosse algo mau, os dois últimos papas não teriam recebido grupos de dança no Vaticano, e muito menos demonstrariam prazer em ver suas apresentações (Bento XVI acompanhava muitas danças com palmas ritmadas).

Entretanto, não podemos ser ingênuos e pensar: “vou às festas que eu quiser, não há problema, basta ser cristão lá!”. Não é bem assim! Há festas e festas; há jovens católicos maduros e jovens católicos que ainda estão dando os primeiros passos na fé; há companhias e companhias para a night…


São Francisco de Sales dizia: “As danças e os bailes são coisas de si inofensivas; mas os costumes de nossos dias tão afeitos estão ao mal, por diversas circunstâncias, que a alma corre grandes perigos nestes divertimentos”(livro Filotéia). Essas palavras estão de acordo com o que dissemos aqui: as festas do mundo não são más em si, mas não podemos fingir que não sabemos quanta “m” a galera faz nos agitos. Mesmo os católicos.

Às vezes, olhamos a nossa fé, o cristianismo, como um conjunto de regras a seguir. Não! Cristo nos dá amor pelo bem e pela verdade, de forma que, em qualquer situação, possamos, com a luz do Espírito Santo, julgar o que é bom e o que é mau para a alma.

Então,se nas festas você costuma agir como um pagão, certamente é uma coisa má.Se você entra na ondinha de se embebedar, de se drogar, de “ficar” como se o outro fosse um pedaço de carne, sem verdadeiro afeto… Aí, amigo, o melhor mesmo é você evitar essas ocasiões de pecado. Sem falar, no caso das meninas, da tentação de aderir ao uniforme de piriguete.

Mas se você, com sinceridade, percebe que não trai a sua identidade cristã ao ir em determinadas festas, então… HAVE FUN!


Vou dar o meu testemunho. O período em que eu comecei a frequentar a Igreja – aos 15 anos – coincidiu com a fase em que eu comecei a sair à noite com um grupo de amigos não-católicos. Em muitos pontos, isso não foi legal. Não impediu a minha conversão, nem tampouco impediu que eu desse muitos passos na fé… Ainda assim, dessa fase, carrego arrependimentos. Sei que agi como pagã algumas vezes.

Por outro lado, já no meu tempo de universitária, o grupo de amigos cuja companhia eu priorizava era de católicos. Saímos à noite e nos divertíamos de forma muito digna. Desses momentos, só me lembro de ter me alegrado e de ter apertado os laços de amizade. Examinando a minha consciência, não vejo no que posso ter ofendido a Deus.
Quanto aos amigos da faculdade, em quatro anos de convivência, fui a, no máximo, três festas com eles. Afinal, eu chegava lá e em pouco tempo ficava sem companhia para conversar ou dançar. Umas amigas estavam drogadas, outras quase desmaiadas de tanto beber e outras se esfregando com os caras pelos cantos.

Assim, creio que, para os mais jovens, não há mal em frequentar baladas na companhia de outros cristãos que desejam se divertir sem ofender à própria humanidade e a Deus. Não estou pregando uma regra intransponível. Mas é fato que, para quem ainda dá os primeiros passos na fé, pode ser confuso saber o limite entre a diversão inofensiva e o pecado (o que foi o meu caso, aos 15 anos). E os amigos católicos podem nos ajudar a não esquecermos quem nós somos, e a quem nós pertencemos.

Mais tarde, no ambiente de trabalho, esses mesmos jovens católicos serão convocados a frequentar agitos noturnos – como as confraternizações da maioria das empresas. E, nesses ambientes, muitas vezes não terão nenhum amigo cristão para lhes acompanhar. Porém, já tendo a experiência de que é possível se divertir sem avacalhar, creio que poderão frequentar essas ocasiões sem que seja, necessariamente, uma ocasião de pecado.

Sei que vai ter muita gente torcendo o nariz pra esse post. Desejam ardentemente a proclamação de regulamentos morais rígidos que devem ser aplicados universalmente por todos os católicos. Bem, catolicrentes estão sempre querendo transformar as santas recomendações – que servem muito bem para determinadas pessoas, em determinados casos – em mandamentos indiscutíveis da lei divina.

Conclusão: em alguns casos, o melhor será evitar as festas do mundo (como foi o meu caso na faculdade) e, para outros, não haverá mau no #partiu #balada (se você, honestamente, não se sente tentado a agir como pagão ou se está cercado de amigos católicos e conscientes).

Então, vá às festas. Mas entenda os seus limites e não minta para si mesmo e, acima de tudo, seja verdadeiro com Jesus. Com olhar atento e amor, você saberá se as festas estão sendo ocasião de pecado ou não para você.


E, na dúvida, já sabe: S.O.S diretor espiritual!
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Padroeira de todos os brasileiros


No dia 12 de outubro, nossos olhares se voltam para Aparecida do Norte, onde está localizado o Santuário da Padroeira do Brasil. Os trabalhadores interrompem seus trabalhos, os estudantes dão um tempo em seus estudos, as comunidades católicas se reúnem em suas igrejas e grandes multidões se dirigem ao Santuário de Aparecida, para juntos festejarmos Nossa Senhora Aparecida, a padroeira de todos os brasileiros.

Muitas pessoas tem seus santos de devoção pessoal e muitas comunidades se organizam em torno de santos que são referência para os moradores da localidade. Existem, inclusive, municípios e estados que se consagram a um santo.

O Brasil, que nasceu sob o signo da Santa Cruz, carecia de um santo que fosse referência para todos os brasileiros. Por isso, em 1930, o Papa Pio XI proclamou Nossa Senhora Aparecida “Rainha e Padroeira do Brasil”. Desde 1980, o dia 12 de outubro é feriado nacional e “a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil”. Além do grande santuário que existe em Aparecida do Norte, existem muitos outros pequenos santuários e inúmeras comunidades que adotaram a “santa Mãe morena” como sua principal protetora.


Em visita ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, o papa Francisco fez questão de visitar o santuário de Aparecida, onde pediu proteção para o povo, as famílias e “a Pátria inteira”, confirmando que a “Virgem Nossa Senhora Aparecida não se esquece de nós, ela nos ama e cuida de nós”. Antes dele, outros papas haviam rezado junto ao Santuário de Aparecida. Em 1980, João Paulo II rezou: “Rainha da Paz e Espelho da Justiça, alcançai para o mundo a paz, fazei que o Brasil tenha paz duradoura, que os homens convivam sempre como irmãos, como filhos de Deus! Abençoai todos os vossos filhos, abençoai o Brasil”. Em 2007 foi a vez de Bento XVI, que pediu: “Mãe nossa, protegei a família brasileira! Amparai, sob o vosso manto protetor, os filhos dessa Pátria querida que nos acolhe. Vós que sois a advogada junto ao vosso Filho Jesus, dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade completa”.

Por ocasião das comemorações da Mãe Aparecida neste Ano da Fé, renovemos o nosso compromisso de fazer tudo o que Jesus nos disser (Jo 2,5) “confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria”. Confiemos a ela as nossas crianças que também comemoram o seu dia em 12 de outubro. Confiemos a ela também o diácono Joacir Meotti, que será ordenado padre na paróquia São José do Patrocínio de Itapuca na véspera do feriado. Que Joacir siga os conselhos da Mãe de Jesus nas bodas de Caná – “fazei o que Ele vos disser” – e que as crianças experimentem a segurança do manto protetor da Mãe Aparecida!


Nossa Senhora Aparecia, rogai pelas crianças, pelo diácono Joacir e pelo povo brasileiro!


Dom Canísio Klaus
Diocese de Santa Cruz do Sul (RS)

3º Mandamento: Lembra-te do dia de Domingo para o santificar.


O TERCEIRO MANDAMENTO

Lembra-te do dia do sábado para santificá-lo. Trabalharás durante seis dias e farás todas as tuas obras. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor, teu Deus. Não farás nenhum trabalho (Ex 20,8-l0).

O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado, de modo que o Filho do Homem é senhor até do sábado (Mc 2,27-28).

O dia do Sábado

§2168 O terceiro mandamento do Decálogo lembra a santidade do sábado: "O sétimo dia é sábado; repouso absoluto em honra do Senhor" (Ex 31,15).

§2169 A propósito dele, a Escritura faz memória da criação: "Porque em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, o mar e tudo o que eles contêm, mas repousou no sétimo dia. Por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou" (Ex 20,11).

§2170 No dia do Senhor, a Escritura revela ainda um memorial da libertação de Israel da escravidão do Egito: "Recorda que foste escravo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te fez sair de lá com a mão forte e o braço estendido. E por isso que o Senhor teu Deus te ordenou guardar o dia de sábado" (Dt 5,15).

§2171 Deus confiou o sábado a Israel, para que ele pudesse guardá-lo em sinal da aliança inquebrantável. O sábado é, para o Senhor, santamente reservado ao louvor de Deus, de sua obra de criação e de suas ações salvíficas em favor de Israel.

§2172 O agir de Deus é o modelo do agir humano. Se Deus "retomou o fôlego" no sétimo dia (Ex 31,17), também o homem deve "folgar" e deixar que os outros, sobretudo os pobres, "retomem fôlego". O sábado faz cessar os trabalhos cotidianos e concede uma pausa. E um dia de protesto contra as escravidões do trabalho e o culto do dinheiro

§2173 O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei do sábado. Mas Jesus nunca profana a santidade desse dia. Dá-nos com autoridade sua autêntica interpretação: "O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado" (Mc 2,27). Movido por compaixão, Cristo se permite, no "dia de sábado, fazer o bem de preferência ao mal, salvar uma vida de preferência a matar. O sábado é o dia do Senhor das misericórdias e da honra de Deus. "O Filho do Homem é senhor até do sábado" (Mc 2,28).

Filho perdoa pai que lhe injetou o vírus HIV para não pagar pensão alimentícia


O americano Brryan Jackson, 22 anos, concedeu uma entrevista ao canal Fox News 2 contando que perdoa seu pai e que está orando por sua salvação, uma reação surpreende já que seu pai está preso por tentar matá-lo quando ele ainda era um bebê.

Quando tinha 11 meses de idade Brryan foi infectado com sangue contaminado pelo vírus HIV. Foi Brian Stewart, seu pai, quem injetou o vírus com uma seringa querendo matá-lo para não pagar pensão alimentícia.

Stewart foi processado por agressão de primeiro grau e foi condenado à prisão perpétua. Brryan tem o vírus da AIDS desde os cinco anos e não guarda mágoas de seu pai, dizendo que a fé cristã o ensinou a ter compaixão.


Apesar da doença, o jovem não se abateu e com apoio de médicos conseguiu estudar e evitar obstáculos como o preconceito. Hoje ele trabalha em uma ONG voltada para ajudar pessoas contaminadas com HIV e pretende seguir carreira política e trabalhos missionários.

Sua história de superação lhe rendeu um prêmio em 2009, o canal Nickelodeon entregou a Brryan o prêmio TeenNick HALO voltado para jovens que inspiram outras pessoas com suas histórias de vida.

Ao subir no palco para receber o prêmio ele declarou que o perdoar não é fácil, mas que ele não culpava mais o seu pai pela doença. “O perdão não é fácil. Eu sabia o que meu pai fez para mim desde quando tinha 5 anos, mas não quero me rebaixar ao nível que ele se encontrava. Quero ser um homem melhor. Eu quero ser alguém que saia desta deixando rostos felizes”, disse.
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Fonte:The Christian Post.
Disponível em: Central Católica

E as crianças cresceram!

Temer o investimento nos filhos é não acreditar na própria vida, é esconder-se nos 
argumentos empobrecidos de que o mundo é perigoso, violento, injusto

Desde muito pequeno o movimento das crianças é para longe dos pais, o bebê busca a mãe para sentir-se seguro e alimentar-se e à medida que percebe que pode ir e vir como o pai, por exemplo, ele começa a desbravar o mundo a sua volta. A criança sobe nos móveis da casa, entra nos lugares onde cabe, explora as casas que visita, ela quer ser livre! Este movimento é constante e quanto mais o tempo passa mais longe ela percebe que pode ir, mas o que faz com que se sinta tão auto-confiante para explorar um mundo tão vasto de distintas possibilidades? A segurança de que há alguém que lhe oferece o conforto do amor. Quanto mais amada, mais livre é uma criança para crescer e desenvolver-se integralmente. O resultado desta dinâmica, quando bem elaborada? Paz!

O momento atual parece nos brindar com um grande aumento da criminalidade, a taxa de mortalidade entre os jovens é a maior de todas. Quantos são os crimes cometidos na adolescência, na vida adulta e contra as crianças! Quantos são os jovens que não suportam as regras sociais, flertam com o crime, com a polícia, com os traficantes, com as doenças sexualmente transmissíveis e com a própria morte! Um comportamento de alto risco que revela como estes jovens não se sentem livres de fato, e a causa desta falta de liberdade não é, como muitos pensam, os limites impostos pelos pais. Muito pelo contrário, o que se vê em nossos dias é uma ausência de limites, mas por que mesmo assim os jovens não se sentem livres? Justamente porque a liberdade não é fruto da permissividade, mas sim do amor!


Ofereça a uma criança todo seu amor e saiba que o amor não é prisão, isso é desamor, o amor significa segurança, certeza de que aconteça o que acontecer você estará sempre ali para acolhê-la, mas também amor significa confiança. Acredite sempre! Dê a ela a certeza de que você não tem medo de investir sua confiança nela. A criança vai seguir, porque liberdade é seu objetivo, não simplesmente para ser livre, mas porque sendo livre ela também poderá amar de fato e o amor realiza, traz felicidade, imprime no outro o sentido maior da própria existência.


Quando os adultos de hoje olham para as crianças e para os adolescentes com medo e com descrença, revelam não a fraqueza dos mais jovens, mas a incapacidade dos mais velhos! Temer o investimento nos filhos é não acreditar na própria vida, é esconder-se nos argumentos empobrecidos de que o mundo é perigoso, violento, injusto! Não são as crianças que matamos no ventre da mãe ou nas esquinas as que sofrem a maior enfermidade de nosso século, nem são os jovens que se entorpecem e perdem sua vida em tenra idade, o maior mal de nosso tempo está em nós mesmos, nos adultos, nas autoridades, nos educadores, nos líderes religiosos, nos pais, o maior mal de nosso tempo é o desamor!



E por mais antagônico que possa parecer, a cura para os adultos está também nas crianças. Se me permitem oferecer-lhes uma terapia comportamental para o desamor, lhes recomendo que visitem um bebê e deixem de lado suas preocupações e afazeres, tirem uma hora por dia para admirarem e observarem, se ao final de uma semana, você não se apaixonar, me procure, seu caso é bem mais grave do que eu podia imaginar! Feliz dia das crianças!
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Fonte: Aleteia

Qualquer um pode ser santo?

A santidade não é um privilégio de pessoas excepcionais, 
mas um convite a todos; ela não significa separação do mundo, 
e sim coerência de vida

"Sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo" (Lev 19,2).
 
No Antigo Testamento, o termo hebraico "kadosh" (santo) significava ser separado do secular ou profano e dedicar-se ao serviço de Deus.

 
O povo de Israel era conhecido como santo por ser o povo de Deus. Este mesmo conceito se expressa em grego, por meio do termo "agiós" (santo, puro, dedicado).

 
Muitas passagens bíblicas nos convidam a ser santos. Mas, às vezes, pensamos que este é um estado de vida destinado somente a alguns fiéis reconhecidos. No entanto, o convite à santidade é para todos, uma santidade que não significa separação do mundo, mas coerência de vida.
 
Muitos santos se distinguiram por isso: por sua conduta, pela sua generosidade e fidelidade, por superar as provas da fé. Em poucas palavras, poderíamos dizer que eles se tornaram santos na vida cotidiana.

 
Concebendo a santidade desta maneira, você pode saber se está trilhando o caminho da santidade ou não. Como está respondendo à missão que lhe foi confiada? Sua vida prática coincide com os princípios básicos da fé? Você é uma pessoa feliz? Você se preocupa em ajudar os outros?



Vale a pena mencionar um texto do Evangelho de Mateus, que relata como um jovem se aproximou de Jesus para lhe perguntar o que era preciso fazer para alcançar a vida eterna. A resposta de Jesus foi: "Observe os mandamentos".
 
Mas o jovem, tendo cumprido todos os mandamentos desde pequeno, ansiava mais. Então, Jesus lhe disse: "Vá, venda tudo o que você tiver, distribua entre os pobres e terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me". O jovem não respondeu, apenas foi embora triste, porque tinha muitos bens (cf. Mt 19,16-22).

 
Todos nós estamos chamados à santidade e, para isso, é preciso escutar e seguir a Palavra de Deus, viver os mandamentos e levar uma vida coerente, em meio a todas as nossas limitações.


 
Finalmente, vale a pena lembrar do mandamento mais importante: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Como sabemos, nisso se resumem a lei e os profetas.
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Fonte: Aleteia

Nada justifica a violência contra a mulher

Diante das tristes e assustadoras estatísticas sobre a violência doméstica,
conheça algumas respostas pastorais e caminhos oferecidos pela Igreja

Em muitos países, outubro é o mês de conscientização sobre a violência doméstica. As estatísticas são assustadoras. Segundo uma pesquisa de 2010, realizada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, uma em cada quatro mulheres, e um em cada sete homens foram vítimas de violência física grave por parte do seu parceiro(a) – namorado(a), cônjuge – em algum momento da vida.
 
Quase 50% das mulheres e homens sofreram agressões psicológicas por parte do parceiro(a). A violência doméstica começa cedo: em mais da metade das pessoas que sofreram algum tipo de violência doméstica, esta ocorreu pela primeira vez antes dos 25 anos de idade.

 
A violência doméstica destrói a paz que deve residir nas relações e sobretudo na família, considerada como "igreja doméstica". O Beato João Paulo II descreveu a família como "berço da vida e do amor".



A violência doméstica substitui a vida pelo dano e inclusive pela morte; substitui o amor pela ira e pelo medo; rompe a confiança entre marido e mulher, entre pais e filhos. Infelizmente, é um ciclo que tende a se repetir na seguinte geração, porque as crianças imitam seus pais abusivos e as meninas aprendem a esperar o abuso dos homens.

 
Por trás das tristes estatísticas sobre a violência doméstica, há pessoas, homens e mulheres criados à imagem de Deus. Qual é a resposta da Igreja Católica a esta experiência tão trágica, que atinge tantas pessoas?
 
Em sua declaração "Quando peço ajuda:uma resposta pastoral à violência contra a mulher", publicada em 1992 e reafirmada em 2002, os bispos dos EUA rejeitaram inequivocamente a violência doméstica.

 
"Como pastores da Igreja nos EUA, nós nos unimos aos bispos de outros países, especialmente do Canadá e de Nova Zelândia, ao declarar fortemente que a violência contra a mulher, no lar ou fora dele, nunca se justifica. Aviolência, em qualquer forma – física, sexual, psicológica ou verbal –, é pecaminosa e, muitas vezes, também é crime."

 
"Quando peço ajuda" continua sendo a pedra angular da resposta da Igreja à violência doméstica. Nela, os bispos se dirigem a quatro tipos de pessoas: as vítimas da violência doméstica (especialmente – ainda que não exclusivamente – mulheres), o clero e funcionários da Igreja, os abusadores (predominantemente – ainda que não exclusivamente – homens) e a sociedade em geral.

 
A declaração oferece primeiramente uma visão geral da violência doméstica, definindo-a como "qualquer tipo de comportamento utilizado por uma pessoa par controlar outra por meio do medo e da intimidação".

 
O abuso não é só físico, mas inclui também abuso sexual, psicológico, verbal e econômico. Além disso os bispos identificam a esterilização forçada e o aborto como formas de abuso.

 
Os prelados afirmam claramente que a Bíblia e o magistério da Igreja nunca podem ser usados para justificar aviolência. "Uma interpretação correta das Escrituras permite que as pessoas construam relações baseadas no amor", destaca o documento, acrescentando que as vítimas dos maus tratos não têm culpa.

 
Com relação às mulheres que sofrem abusos dos seus maridos, os bispos afirmam claramente que, em última instância, "elas devem tomar suas próprias decisões quanto a permanecer ou sair de casa".

 
Na última seção de "Quando peço ajuda", os bispos oferecem sugestões para a ação das mulheres maltratadas, dos homens que maltratam, dos sacerdotes e os agentes de pastoral, que costumam ser os primeiros em responder a uma situação de abuso.

 
O comunicado conclui com uma oração extraída do Salmo 55. Para ler o documento completo (em inglês ou espanhol), clique aqui.

 
(Artigo original publicado em inglês e traduzido pela Aleteia)


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Disponível em: Aleteia 

5 motivos para dizer "não" às "capelas ecumênicas"

Capela ecumênica do hospital São Luiz, em São Paulo

1-O fim das imagens: Você já viu imagens da Virgem Maria ou dos santos numa capela dessas? Como não há normas claras para a construção de "capelas ecumênicas", não se pode dizer quantos símbolos cada confissão religiosa pode ter; ou ainda, se é permitido ter símbolos religiosos. As capelas ecumênicas que já visitei não têm símbolo algum. São espaços vazios com bancos. Quando muito estes espaços têm uma cruz. Porém, se o objetivo é ser um local comum a mais de uma confissão cristã, como contemplar democraticamente os iconoclastas e aqueles que veneram as imagens sacras?

2-Incentivo ao “pancristianismo”: o ecumenismo surgiu com missionários protestantes que queriam solapar as diferenças interdenominacionais em prol do anúncio do Evangelho. Estima-se que existam cerca de 33.800 diferentes denominações protestantes no mundo, cada uma com suas diferenças doutrinárias, de espiritualidade e organizacionais. Ainda assim é, de certa forma, fácil encontrar pontos em comum que de forma falaciosa poderiam levar as pessoas a acreditarem que existiria uma religião cristã tendo como vértice a figura de Jesus Cristo. Porém, para os católicos existe um erro crucial nesta história toda: Cristo não escolheu apóstolos, deixou um líder (“Tu és Pedro”), fundou uma Igreja (“Sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”) e inspirou os evangelistas para que cada um interpretasse a Verdade de forma particular. Claro que Jesus não disse “Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a Igreja Católica” ou “deixarei sete sacramentos que devereis observar”. Ainda assim, a compreensão de que precisa haver uma só Igreja verdadeira é lógica. Existem protestantes que são salvos? Claro que sim. Porém, os meios que tiveram para salvarem-se têm uma raiz na Igreja dos Apóstolos – a Católica Apostólica Romana, seja por meio das Sagradas Escrituras, seja por meio dos sacramentos válidos que algumas ainda observam.


3-Confusões sincréticas: o sincretismo no Brasil é algo fortíssimo. A relação entre o candomblé e o catolicismo, por exemplo, remonta da proibição por parte da Igreja do culto aos orixás trazidos pelos escravos vindos da África. Para burlar tal proibição, eles utilizavam as imagens católicas que paulatinamente foram associadas aos deuses africanos. É muito comum no Brasil vermos católicos lendo livros espíritas, espíritas que freqüentam uma sessão num dia e a missa no outro ou mesmo protestantes que freqüentam o culto, mas andam com uma imagem da Virgem na carteira. Sabe-se que o Espírito Santo sopra onde quer, assim, podemos afirmar que existem coisas boas nas mais diversas religiões, porém a indivisibilidade da Verdade impede que uma pessoa possa salvar-se (respeitada a ignorância) sem acreditar de modo pleno no que a Igreja prega. Isto porque quando criamos uma forma particular de seguir Cristo, não estamos aceitando plenamente sua mensagem (o ônus e o bônus) que é a mesma para todos. Estamos construindo de forma egoísta um cristianismo ao nosso modo, que claramente distoa do projeto de salvação desejado pelo Filho de Deus. A pessoa até se alimenta com o biscoito esfarelado, mas muito será perdido quando ele é passado de uma mão para outra.

4-O império do relativismo: um grande expoente da Igreja no Brasil, o padre Fábio de Melo certa vez afirmou que “se nós somos cristãos, não importa que você seja evangélico, que eu seja católico…não importa!”. Você imaginaria um muçulmano falando nestes termos? Pergunte a um protestante fiel da Assembléia de Deus se, para ele, não há nenhum problema em ser católico. Mais uma vez o problema aqui está na coerência. Se eu acredito que a Igreja Católica é a verdadeira, fundada por Jesus Cristo e quero anunciar esta verdade para os outros, como fazê-lo se “a religião não importa”? Recentemente vimos um movimento de anglicanos entrando em comunhão com a Igreja Católica. Sim, eles buscaram os bispos e declararam: “eu era protestante, hoje aceito que a Igreja católica é a verdadeira e única Igreja de Cristo”. Bom, se a Igreja dissesse que todas as religiões eram boas e que nada se perde em ser protestante, qual o motivo que eles teriam para tornarem-se católicos? Isto é relativismo “brabo”! Parte-se do pressuposto que há uma forte crise na identidade católica – identidade esta que remonta aos apóstolos. Será que é isto que devemos defender? Muitos opõem-se ao que disse acima afirmando: “mas assim você só cria divisões e guerras santas”, mas pelo que sei, o cristianismo é uma proposta, um convite. Nada deve ser imposto. Porém, não é por isso que eu devo mitigar o que acredito para agradar gregos e troianos. A Verdade é um motor que se move por energia própria. Quem seria tolo de forçar o motor e danificar a máquina? Ademais, vou explicar-vos de modo prático como funciona o ecumenismo destas capelas: cada um, NO SEU HORÁRIO, reza ao seu modo. Isto é unidade?


5-A desvalorização da arte católica: se o ecumenismo destas capelas é bom e deve ser proclamado dos telhados, por que eu, como padre católico, deveria gastar tempo, dinheiro e ter dores de cabeça com a arte sacra? A arte cristã é admirável até mesmo pelos não-crentes. É um patrimônio da humanidade em honra ao Deus altíssimo. As obras oferecidas em honra a Deus vêm desde o antigo testamento. Quem não se lembra da lendária arca da aliança que, segundo o livro do Êxodo, era ricamente adornada por anjos? Hoje em dia vemos Igrejas desnudas, como verdadeiras recepções de hospitais. São brancas, estéreis, rapidamente construídas, sem Sacrifício. Antigamente a construção das igrejas durava séculos. A dimensão do eterno estava em cada detalhe. O homem fazia por amor a Deus e este amor era tão grande que precisava ser expressado de uma forma concreta. Assim, este falso ecumenismo, quando aplicado à arte cristã, culmina num empobrecimento e numa simplificação dos templos. Eu me sinto muito mal quando entro num lugar assim. Sinto a presença de qualquer coisa, menos de Deus porque aquilo foi construído para agradar o convívio humano, não para a glória de Deus. Ademais, tudo convida para uma falta de respeito com o local. Existe um ditado que diz: “aquilo que é de todo mundo acaba não sendo de ninguém”. E o respeito pelo que não pertence a ninguém é preservado? O que impediria um protestante de levar um bolo para comemorar o aniversário de um irmão depois do culto e colocá-lo em cima do altar (se ele existir)? O que impediria um espírita que crê em Jesus Cristo de invocar as entidades no mesmo lugar em que se invoca o Espírito Santo? Para mim isto tudo é muito estranho…Por fim, não vejo prejuízo para um protestante que usa um local sem adornos artísticos, menos ainda para um espírita. Só há uma parte que sai perdendo. Nisto tudo deveríamos abraçar a queda das almas pelo respeito humano e em prol do políticamente correto. Não sei se as capelas ecumênicas caem tão bem ao projeto de unidade entre os cristãos.


Cleiton Robsonn.
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Disponível em: Salvem a Liturgia!