sábado, 4 de janeiro de 2014

Solenidade da Epifania do Senhor (6 de janeiro*): "Deus, em Cristo, armou a sua tenda no meio de nós".

A Igreja celebra hoje a manifestação de Jesus ao mundo inteiro. Epifania significa “manifestação”; e os Magos representam os povos de todas as línguas e nações que se põem a caminho, chamados por Deus, para adorar Jesus. Epifania é uma festa da Luz. “Ergue –te, Jerusalém, e sê iluminada, que a tua luz desponta e a Glória do Senhor está sobre ti” ( Is 60, 1). Com estas palavras do profeta Isaías, a Igreja descreve o conteúdo da festa. Sim, veio ao mundo  Aquele que é a Luz verdadeira, Aquele que faz com que os homens sejam luz.

A luz que brilhou na noite de Natal iluminando a gruta de Belém, onde permanecem em silenciosa adoração Maria, José e os pastores, resplandece hoje e manifesta – se a todos.

Na Vinda dos Magos a Belém, Jesus inicia a reunião de todos os povos (Ev. Mt 2, 1-12). Os Magos do Oriente vão à frente. Inauguram o caminho dos povos para Cristo. Os Magos seguiram a estrela. A grande estrela, a verdadeira estrela que nos guia é o próprio Cristo. Ele é, por assim dizer, a explosão do amor de Deus, que faz brilhar sobre o mundo o grande fulgor do seu coração. E podemos acrescentar: tanto os Magos do Oriente, como os Santos em geral, pouco a pouco, tornaram – se eles mesmos  constelações de Deus, que nos indicam o caminho.

A festa da Epifania incita todos os fiéis a partilharem dos anseios e fadigas da Igreja que “ora e trabalha ao mesmo tempo, para que a totalidade do mundo se incorpore ao Povo de Deus, Corpo do Senhor e Templo do Espírito Santo” (LG. 17). Aqui temos o plano de Deus de fazer toda a humanidade participante da salvação em Cristo! Esta é a boa-nova, o Evangelho. Por isso, devemos hoje dar graças a Deus por nossa vocação cristã. Para que isso aconteça é preciso que trilhemos o caminho dos Magos. Qual será este caminho? Primeiramente é preciso estarmos atentos aos sinais de Deus e termos o desejo de adorá-Lo.

“Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo” (Mt 2,2). Em segundo lugar, é preciso procurá-Lo, onde Ele se encontra! Depois, é preciso partir sempre de novo, recomeçar, sair à procura! Então, a estrela há de aparecer e pousar sobre o lugar onde se encontra o Menino. Serão momentos de grande alegria!


Quem encontra Jesus Cristo muda de caminho! Toma outro caminho. Um caminho novo, o caminho de Jesus Cristo que se apresenta como o Caminho (Jo 14,6).

Catolicismo "iliberal"


Vou começar projetando algumas cenas reais. Eu fui testemunha ocular ou pelo menos ouvi o relato detalhado em primeira mão de cada uma delas. Além disso, posso fornecer um link para documentá-las.

Cena 1. Logo depois que o governo chinês esmagou as manifestações na Praça da Paz Celestial, um seminarista me disse que gostaria de "estar no controle de um daqueles tanques" que avançavam sobre os manifestantes e sobre a sua improvisada Estátua da Liberdade. "O americanismo é uma ameaça muito maior para a Igreja do que o comunismo", declarou ele, que hoje é sacerdote. Eu mesmo o vi no altar em outubro.

Cena 2. Era uma noite festiva numa pequena faculdade católica. Um farto banquete foi servido depois da missa em honra do santo padroeiro da instituição. Os estudantes, professores e diretores se reuniram ao redor de uma fogueira, após o jantar, cantando e continuando a festa. O ponto alto da noite foi a “piñata”, aquele boneco recheado de doces que é pendurado num gancho para ser acertado a bastonadas por pessoas de olhos vendados. Quem pendurou aquela piñata foi o coordenador do campus. Ela tinha a forma de um porco. Num dos lados, estava escrito "Americanismo". O coordenador do campus levantou o bastão e conclamou: "Vamos lá, pessoal, vamos estraçalhar o americanismo!". Os estudantes fizeram fila atrás dos professores, do reitor e do presidente da instituição para estraçalhar o que quer que eles entendessem por “americanismo” (ninguém jamais explicou a eles o que o papa Leão XIII tinha de fato querido dizer com aquela palavra).

Cena 3. Na mesma faculdade, durante uma discussão acadêmica, o reitor explicou que os países protestantes capitalistas obtiveram mais sucesso econômico que as nações católicas agrícolas graças aos "efeitos da maçonaria". O presidente da faculdade rapidamente acrescentou outro fator crítico: "a intervenção diabólica".

Cena 4. O mesmo reitor, numa conversa comigo, aventou possíveis “reformas democráticas” a ser implantadas nos Estados Unidos. A reforma moral, explicou-me ele, só aconteceria depois de um golpe de estado em que "os homens de virtude" impusessem a sua vontade a todo o povo, de modo que “as pessoas entrariam na linha quando percebessem que não tinham escolha”. Aquele reitor, antes disso, já tinha criticado a Espanha de Franco por ser “relaxada demais”.


Cena 5. Um historiador de uma grande universidade católica dos Estados Unidos reúne seus familiares e amigos na data que o resto dos norte-americanos chama de “Dia de Ação de Graças”. Mas eles a chamam de "Quinta-feira Maldita". Todos os anos, naquele dia, eles ridicularizam as origens protestantes dos Estados Unidos enforcando um boneco que representa um puritano. Esse mesmo historiador orienta os seus alunos a se referirem à Estátua da Liberdade como "aquela deusa maçônica cadela".

Cena 6. Em outra pequena faculdade católica norte-americana, professores e funcionários assam um porco uma vez por ano, durante um evento que eles chamam de "auto da fé". O porco recebe o nome de algum "herege" ilustre, antes de ser imolado e comido.

Cena 7. Em mais outra pequena faculdade católica dos Estados Unidos, um dos professores, que conheci numa conferência, falou efusivamente sobre as "lacunas" que um estudioso tinha supostamente encontrado nas bases doutrinais do Vaticano II sobre a liberdade religiosa. A Dignitatis Humanae, segundo ele, proibiria apenas o Estado de usar a força física em assuntos religiosos. A Igreja, no parecer do jovem estudioso, não sofre a mesma proibição: ela pode prender qualquer pessoa batizada e puni-la por heresia. "Isso quer dizer que o papa tem o direito de prender qualquer luterano?", perguntei eu, cético. “Sensacional, né?”, respondeu ele, sorrindo. Semanas depois, ele me enviou "provas" de que George W. Bush estaria por trás dos ataques de 11 de setembro.

Cena 8. A propósito da Ethika Politika, um escritor católico levou a sua rejeição ao liberalismo americano e ao capitalismo até um extremo lógico diferenciado: ele tentou reabilitar Karl Marx absolvendo-o de todos os males historicamente perpetrados pelos comunistas e exortando os seus leitores a serem bons marxistas católicos.

Cena 9. Na revista America, um colunista escreveu com desdém sobre um dos maiores colaboradores que a revista já teve, o pe. John Courtney Murray, SJ, criticando a sua tentativa de abraçar a liberdade americana e de permeá-la com a compreensão da lei natural. Era claro que tais tentativas já tinham falhado, opinava o colunista desdenhoso, e que os católicos deveriam abraçar a indiferença política, retirar-se em comunidades isoladas e esperar que os outros simplesmente os tolerassem.

Eu poderia multiplicar essas histórias, mas vocês já captaram a ideia.

À primeira vista, todos esses eventos parecem desconexos. O que é haveria em comum, afinal, entre católicos nostálgicos da Renascença e neomarxistas? O que é que católicos segregacionistas ao melhor estilo Amish teriam em comum com reencenadores da Inquisição? Qual seria a ligação entre o cardeal Dolan, com a sua “torcida” pelo chamado “Obamacare”, e os direitistas católicos norte-americanos que minimizaram o apelo dos bispos do país pela liberdade religiosa em face da nova lei sobre saúde pública do governo Obama, argumentando que os católicos deveriam questionar a própria legalidade da contracepção?

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Fonte: Aleteia

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Igreja quer combater bruxaria na Papua Nova Guiné


No combate às crenças e práticas de bruxaria – problema comum na Papua Nova-Guiné – a contribuição das Igrejas é crucial para promover uma real mudança na mentalidade das pessoas.

As Igrejas cristãs têm um papel vital a desempenhar, ao lado de outras instituições como o governo, a escola e os serviços de saúde pública. É o que afirma, em nota enviada à Fides, pe. Giorgio Licini, da Assessoria de comunicação da Conferência Episcopal da Papua Nova-Guiné e Ilhas Salomão.

Recentemente, ao fenômeno de bruxaria foi dedicada uma conferência nacional com especialistas, sacerdotes, teólogos e líderes civis, realizada na Universidade de Goroka.


Dentre os participantes, o verbita Pe. Franco Zocca, SVD, docente no “Melanesian Institute”, afirmou: “O cristianismo na Papua Nova Guiné não conseguiu até agora desarraigar a convicção de que a magia e a bruxaria são causas de doenças, desastres naturais e mortes”. É urgente, portanto, desenvolver uma "resposta nacional" para superar na mentalidade atual essa convicção. Deve ser dito que, mesmo na Europa, até séculos atrás, especialmente durante as epidemias de peste, se acusavam pessoas de terem causado doença e morte através de bruxaria.

"Na moderna Papua Nova Guiné, a situação é a mesma e muitos líderes cristãos continuam acreditando que a doença, a morte e os desastres são causados por bruxaria", observa Pe. Zocca. As acusações e processos contra pressupostos bruxos no Ocidente terminaram somente depois que as descobertas científicas e médicas explicaram as causas naturais da doença.


Com base nesta experiência, a conferência Goroka convida as igrejas a trabalhrarem de forma eficaz, junto com as instituições públicas, para desarraigar as crenças esotéricas. Quando se trata de "crenças", de fato, a teologia tem um papel importante a desempenhar. "A fé cristã no poder de Jesus Cristo é, de fato – concluiu Pe. Licini - o antídoto mais forte para combater tais crenças demoníaca".
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Disponível em: Aleteia

Maria é mãe de Deus, porque é mãe de Jesus que é Deus


Se perguntarmos a alguém se ele e filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lançara um olhar de espanto. E teria razão. O homem como sabemos é composto de corpo, alma e espírito. A minha mãe me deu meu corpo, a parte material deste conjunto trinitário que eu sou; sendo minha alma e espírito dados por Deus. E minha mãe que me deu a luz não é verdadeiramente minha mãe?

Apliquemos, agora, estas noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Nossa Senhora. Há em Nosso Senhor Jesus Cristo duas naturezas: a humana e a divina, constituindo uma só pessoa, a pessoa de Jesus. Nossa Santa Mãe é mãe desta pessoa, dando a ela somente a parte material, como nosso mãe também o faz. O Espírito e Alma de Cristo também vieram de Deus. Nossa mãe não é mãe do nosso corpo, mas mãe de nossa pessoa. Assim também Maria é Mãe de Cristo. Ela não é a Mãe da Divindade ou da Trindade, mas é mãe de Cristo a segunda pessoa da Santíssima Trindade, que também é Deus. Sendo Jesus Deus, Maria é Mãe de Deus.

Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem. Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Santa Mãe, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano.

A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, uma negação ao ensino dos Apóstolos de Cristo.

Provas da Sagrada Escritura

A Igreja Católica sendo a única Igreja Fundada por Cristo, confirmada pelos Apóstolos e seus legítimos sucessores; sendo Ela a escritora, legitimadora e guardiã da Bíblia, jamais poderia ensinar algo que estivesse contra o Ensino da Bíblia.

Vejamos o que a Sagrada Escritura ensina sobre a Maternidade Divina de Nossa Senhora:

O profeta Isaías escreveu: "Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel [Deus conosco]." (Is 7,14). Claramente o profeta declara que o filho da virgem será divino, portanto a maternidade da virgem também é divina, o que a faz ser Mãe de Deus. 

O Arcanjo Gabriel disse: "O Santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1,35). Se ele é filho de Deus, ele tb é Deus e Maria é sua Mãe, portanto Mãe de Deus. Isaías também escreveu o mesmo em Is 7,14. 

Cheia do Espírito Santo, Santa Izabel saudou Maria dizendo: "Donde a mim esta dita de que a mãe do meu Senhor venha ter comigo"? (Lc 1,43) E Mãe de meu Senhor quer dizer Mãe do meu Deus, portanto Mãe de Deus.

São Paulo ainda escreveu: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei." (Gl. 4,4). São Paulo claramente afirma que uma mulher foi a Mãe do filho de Deus, portanto Mãe de Deus. 

Tendo a Sagrada Escritura seu berço na Igreja - portanto sendo menor que Ela - , vemos como está de acordo com o ensino da mesma.

Um Menino para a todos conduzir


Já no início da missa da noite de Natal, a atenção dos fiéis se viu atraída para a procissão. Vinha à frente o crucifixo, seguido das velas carregadas pelos coroinhas. Após um breve intervalo e precedendo os sacerdotes, veio uma criança carregando outra menor que ela: o Menino Jesus, que seria colocado na manjedoura.

À medida que a procissão avançava, eu me lembrava do versículo da profecia de Isaías: "um Menino os guiará a todos". O profeta prevê tempos em que o leão se deitará ao lado do cordeiro. A paz repousará sobre todos e virá a reconciliação a um mundo esfacelado. Ao falar do rei vindouro, ele proclama: "... a justiça e a fidelidade serão os seus cintos. O lobo há de habitar com o cordeiro e o leopardo há de deitar-se ao lado do cabrito; o bezerro, o leãozinho e o filhote do bezerro estarão juntos e um menino a todos guiará".

No Natal, Jesus Cristo é o menino que conduz o mundo à paz e à harmonia.

Ele vem para reconciliar e renovar o mundo e o faz tornando-se pequeno. Como escreve São Paulo, "embora fosse igual a Deus, Ele não se aferrou à igualdade com Deus, assumindo, em vez, a forma de escravo". Este exemplo de humildade nobre reverbera em todo o evangelho e pelas vidas dos santos. Jesus pedirá aos seus discípulos que não impeçam as crianças de virem a ele, e, tomando uma criança sobre o joelho, recorda aos adultos que, se não se tornarem como crianças, não poderão entrar no reino dos céus.

Estamos tão acostumados a ouvir os ensinamentos de Jesus sobre as crianças que nos esquecemos do quanto eles são radicais. No primeiro século, as pessoas não tinham a visão sentimental que temos hoje sobre as crianças. Naquele tempo, uma criança era tida por inferior a um escravo e só estava um grau acima dos animais. Jesus declarar que todos tinham de ser como as crianças deve ter soado absurdo e desconcertante. Eram os sábios anciãos os que ocupavam o lugar mais alto. Como é que alguém ia ter que se tornar como as crianças para entrar no reino dos céus?


Só depois de longa reflexão é que a Igreja entenderia que Jesus nos pedia ser como as crianças porque ele próprio se tornou uma criança. E ele não nos pede “ser crianças”, mas “ser como as crianças”. Há uma diferença. Uma “pessoa criança” é imatura, centrada no próprio umbigo e tem a mente estreita. Uma pessoa “que é como as crianças” revela as boas características da infância: a inocência, o coração aberto, o maravilhamento, a genuína curiosidade e uma mente aberta. Ser como as crianças, neste sentido, é ser... mais maduros. Esse tipo de “infância” é o resultado do crescimento adulto, que nos leva a descobrir uma nova inocência combinada com a experiência, uma nova maravilha combinada com o conhecimento e uma nova curiosidade combinado com a certeza. Ser como as crianças é conquistar a liberdade pela disciplina e a abnegação pelo serviço ao outro. É conquistar a liberdade da mestria e o desapego que se consegue através do sacrifício do próprio eu.

Santa Teresinha de Lisieux é uma das santas mais queridas do mundo porque ensinou um novo jeito de viver a infância espiritual. Ela permaneceu criança morrendo à tenra idade de vinte e quatro anos, mas alcançou, naquele espaço curto de vida, uma grande medida de maturidade e de sabedoria.

São Bento nos mostra o tipo de infância espiritual que vem com a idade. Ele é retratado como o velho sábio que realcança a inocência. A regra de São Bento transborda de uma espiritualidade pé-no-chão, de uma simplicidade e confiança que evoca a alegria da criança nas coisas comuns, nos prazeres simples e na gratidão do coração inocente.


O Natal lembra a nós todos que precisamos voltar para a simplicidade e para a confiança da infância. Como a pequena Teresa de Lisieux, nós podemos colocar toda a nossa confiança em nosso Pai celestial, para então, como Bento, "correr pela estrada dos mandamentos de Deus, com o coração transbordante de indizível alegria".
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Fonte: Aleteia

Mensagem dos Reis Magos: por favor, sem mais Herodes


Queridos amigos do mundo: há mais de 2015 anos, tivemos a fortuna de ter sido escolhidos pelo Altíssimo como os primeiros homens estrangeiros que veriam a luz de um novo ser, o Ser mais incorruptível desta terra, o Príncipe da Paz, o Homem que livraria o mundo das trevas.
 
Dedicamos dias a seguir uma estrela, sem saber onde Ele nasceria nem as condições em que o encontraríamos, mas o nosso coração ansiava por ver esse rosto iluminado pelo amor. Nosso ser terreno nos levou a buscá-lo em um palácio ou pelo menos pedir que nos dessem referências desse Ser. Mas, infelizmente, o homem que mantinha o poder naquelas terras não entendia a mensagem proveniente do alto.
 
Cego pelo egoísmo e pela sua ambição de poder, pensando que o novo Ser o tiraria do trono, ele armou seu exército e executou milhares de inocentes indefesos. Depois de ter encontrado este pequeno em uma humilde manjedoura, cujos lençóis eram o pasto seco, com o abrigo quente de dois jovens pais, percebemos que o Rei Messias formaria um reinado de amor e paz.
 
Felizmente, foi-nos avisado em sonhos sobre a ordem criminosa de Herodes e ajudamos a família a escapar. Algum tempo depois, milhares de bebês foram executados. Seu crime foi ter a mesma idade do pequeno Menino de Belém.


Queridos amigos, já se passaram mais de 20 séculos e, com tristeza, vemos que a história do criminoso Herodes o Grande se repete milhões de vezes, quando as nações e os indivíduos privam da vida tantos inocentes que não pediram para vir ao mundo, nem pretendem destruir os sonhos de ninguém.

 
Muitos se deixaram guiar pelo egoísmo, pensando que uma criança pode roubar os sonhos ou aspirações de alguém, sem perceber que são esses pequeninos os que alimentam os sonhos e aspirações de cada pessoa.
 
Não roubemos a inocência dos pequenos. Não nos tornemos mais um Herodes.
 
Abracem as crianças e sintam esse fogo de ternura que derruba qualquer espada de poderio. Sintam a mesma coisa que sentimos ao ver aquele que agora é o Salvador do mundo.
 
Recebam um abraço e todo o amor do Senhor.

 
Seus irmãos,

Reis Magos do Oriente
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Fonte: Aleteia

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A verdade científica rejeita suposta influência dos astros na vida das pessoas através do "horóscopo".


O céu noturno, quando a Lua não está presente, é sempre uma visão maravilhosa. Se tivermos sorte de estar em um lugar pouco iluminado e sem poluição, como ainda é o caso em algumas localidades no interior do Brasil, podemos ver, em uma única noite, milhares de estrelas. No alvorecer da consciência humana, há milhares de anos, aprendemos a olhar para o alto e nos impressionar com as estrelas. Aqueles pequenos pontos de luz, de diferentes tamanhos e cores, dia após dia estimulavam a curiosidade de indivíduos que, embora sem entender o porquê daquele espetáculo, contemplavam e indagavam se aquilo influenciaria de alguma forma suas vidas.

Tamanha beleza somente poderia ter origem divina. As constelações, o nome que se dá aos agrupamentos de estrelas, eram vistas de diferentes maneiras para cada povo. Alguns enxergavam em sua disposição animais, monstros e seres mitológicos. Outros viam objetos do seu cotidiano e divindades das suas crenças. Contudo, as estrelas que constituem uma constelação não têm nenhuma ligação física entre si. A estrela Alfa-Centauri, por exemplo, a mais brilhante da constelação do Centauro (figura mitológica grega, meio homem, meio cavalo), está a 4,4 anos-luz (41 trilhões de quilômetros) de distância da Terra. Já a segunda mais brilhante, a Beta-Centauri, está à distância de 525 anos-luz.

Além disso, todas as estrelas da Via-Láctea se movimentam, girando em torno do centro dessa galáxia. O Sol, por exemplo, completa uma volta a cada 250 milhões de anos terrestres. Portanto, as constelações, por mais bonitas que nos pareçam, são apenas figuras que queremos enxergar nos céus – uma configuração momentânea, diferente das que existiram no passado e de outras que existirão no futuro, um reflexo dos nossos sentimentos, medos e crenças. Na Antiguidade também se observavam alguns pontos luminosos que caminhavam perdidamente entre as constelações. A eles atribuímos atualmente o nome “planeta”, palavra que tem origem grega e significa “errante”. Os gregos, em particular, batizaram os planetas com os nomes das suas divindades mais importantes, designações que mantemos até hoje.


Devido à periodicidade dos movimentos celestes foi possível aprender a fazer previsões dos seus movimentos. Em particular, o período de um ano é definido pelo tempo que o Sol leva para retornar a uma mesma posição no céu em relação às constelações. O movimento do Sol no céu, que na verdade é decorrente do movimento da Terra ao seu redor, determina as estações do ano. Dessa maneira, conhecer precisamente o início das estações do ano permite planejar plantios e colheitas. No Egito antigo, por exemplo, o cultivo às margens do Nilo era definido em função das cheias anuais do rio, que podiam ser previstas pelas observações dos astros – um segredo guardado pelos sacerdotes. Eles sabiam que as cheias começavam quando a estrela Seped, conhecida hoje como Sírius – a mais brilhante do céu –, aparecia antes do amanhecer.

Por volta de 3000 a.C., os mesopotâmios e babilônios, que viveram no vale dos rios Eufrates e Tigres, onde atualmente é o Iraque, acreditavam que os movimentos dos planetas, do Sol e da Lua afetavam a vida dos reis e das nações. Nascia então a astrologia. ( Não confundir com a Astronomia, que é uma ciência! ) Quando os babilônios foram conquistados pelos gregos, essa crença se espalhou de forma gradual pelo resto do Ocidente. No século 2 a.C. esse conhecimento alcançou grande disseminação e se incorporou ao cotidiano da maioria dos povos. Muitos acreditavam que a configuração dos planetas no céu no momento do nascimento das pessoas definia aspectos da sua personalidade bem como de seu destino. Esse tipo de astrologia, conhecida como astrologia natal (que faz os horóscopos), teve seu apogeu quando o astrônomo grego Claudius Ptolomeu (85-165 d.C.) publicou o livro Tetrabiblos , que representa até hoje a base da astrologia. Jornais, revistas e portais de notícias costumam apresentar previsões astrológicas (quase sempre muito genéricas) sobre o comportamento das pessoas a partir do estudo das posições das estrelas e planetas. Será que isso é de fato algo em que se pode confiar?

A astrologia precedeu a astronomia no estudo e observação do céu. A diferença fundamental entre elas é que a astronomia é a ciência que estuda os movimentos dos astros e procura compreender a sua causa com base nas leis físicas. A astrologia relaciona a posição dos planetas em relação às constelações do zodíaco e tenta correlacioná-las com o destino e com as tendências humanas. Contudo, ela não explica as causas por trás dessa relação e suas previsões não podem ser verificadas. Por isso se diz que a astrologia é uma pseudociência, ou seja, se apresenta como ciência, mas não é.

A prática astrológica mais popular é baseada no chamado signo solar, que considera a posição do Sol em relação a uma região do céu de 30 graus, na eclíptica, que representa o caminho que esse astro faz através das constelações. O signo é definido por essa região, chamada casa zodiacal e associada a uma das 12 constelações do zodíaco (o que conhecemos como “signos”). No entanto, em seu caminho o Sol passa anualmente por 13 constelações, e não 12 (a constelação extra se chama Ofiúco, na qual o Sol transita entre 30 de novembro e 17 de dezembro). Para refletir a realidade dos astros, portanto, o horóscopo teria que conter 13 signos e não apenas levar em conta aqueles definidos pelos povos antigos há quase 2 mil anos.

De acordo com essa definição, quem nasce entre o dia 22 de dezembro a 20 de janeiro será do signo de Capricórnio. Entretanto, devido ao movimento de precessão, semelhante ao que faz um pião balançar quando começa a perder velocidade de rotação, o eixo de rotação da Terra se modifica ao longo do tempo, completando uma volta a cada 25.770 anos. Com o passar dos séculos, esse fenômeno acabou modificando nossa visão das constelações. Há 2 mil anos o Sol passava pela constelação de Capricórnio na época do ano delimitada no horóscopo. Atualmente, no entanto, no período entre 17 de dezembro e 18 de janeiro ele passa pela região da constelação de Sagitário. Como explicar então a influência dos astros sobre a vida da pessoa que nasce nesse período? Essa discrepância vale também para todas as outras constelações, ou seja, todas as datas estão equivocadas.

Haveria ainda muitos outros pontos questionáveis quanto à validade científica da astrologia, como por exemplo a possível influência de outros astros do Sistema Solar que ela não leva em conta, como os milhares de asteroides, cometas, meteoroides, etc. E como ficaria o caso de Plutão, considerado um planeta desde sua descoberta, e que em 2006 passou a ser considerado um planeta-anão, ao lado de centenas de outros corpos celestes do Cinturão de Kuiper? Além disso, depõem contra a astrologia o fato de gêmeos idênticos terem comportamentos diferentes, as grandes diferenças nos horóscopos traçados por astrólogos diferentes para os mesmos dados de nascimento, entre outros.

Talvez o argumento mais contundente, em minha opinião, seja a falta de um modelo consistente para explicar de que forma e por meio de qual interação ou força os astros influenciariam o destino e a personalidade das pessoas. Talvez as posições das estrelas no céu realmente influenciem as pessoas. A sensação de olhar para elas e contemplar toda a beleza de um céu estrelado realmente toca no fundo da alma da maioria das pessoas. Sem dúvida esta é a maior influência que elas exercem sobre nós – que o digam os poetas, pintores e compositores.


Artigo de Adilson de Oliveira, professor de física da Universidade Federal de São Carlos (SP), no site do Instituto Ciência Hoje. No texto, o professor explica como surgiu a astrologia e questiona sua validade para prever o destino dos homens.
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Disponível em: Central Católica

Cristãos Norte-Coreanos celebram o Natal escondidos por causa da perseguição comunista.


Ser cristão na Coreia do Norte é arriscar a vida todos os dias. Mas isso não os impediu de comemorar o Natal como milhões de outras pessoas fizeram em todo o mundo. A diferença é que para isso precisaram se reunir em túneis subterrâneos, escondidos das autoridades.

Eles sabem que podem ser presos cada vez que fazem uma oração ou cantam um louvor em voz alta. “Os cristãos do resto do mundo não têm ideia de como são fervorosas as orações daqueles que vivem na Coreia do Norte”, disse Han Min, um norte-coreano que fugiu do regime ditatorial de Pyongyang.

Han hoje vive na Coreia do Sul e congrega na Igreja Durihana, em Seul, liderada pelo pastor Chun Ki-won. Desde 1999, esta comunidade tem o compromisso de ajudar aqueles que desejam sair da parte norte da península.

Segundo a igreja, eles já ajudaram cerca de 1.000 norte-coreanos a fugir. Geralmente pela fronteira com a China, menos protegida. Depois de atravessarem, iniciam sua viagem até a Coreia do Sul.

“Na Coreia do Norte, o culto é aos líderes políticos… Tudo está focado em Kim Il-sung, que tenta tomar o lugar de Deus na vida deles”, explica o pastor Chun. Ele lamenta ainda que o regime tem intensificado as restrições e matado muito mais cristãos do que fazia antes da troca de governo. Chun, que já foi preso e torturado em uma das viagens que fez para a Coreia do Norte para auxiliar a igreja perseguida, conta que antigamente eles atravessavam de 30 a 40 pessoas em um mês. Em dezembro, ele só consegui ajudar 3 a escaparem.


Em 3 de novembro, segundo o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo, foram executados publicamente 80 norte-coreanos. Cerca de 10.000 pessoas foram até um estádio esportivo na cidade de Wonsan para assistir os condenados enfrentarem um pelotão de fuzilamento. A prática é uma maneira de a liderança ditatorial do país disseminar sua mensagem à população. Segundo a imprensa, os mortos “foram amarrados a estacas com sacos cobrindo suas cabeças. Seus corpos foram crivados por tiros de metralhadora enquanto eram acusados” de práticas consideradas traição ao regime, como assistir TV sul-coreana ou terem Bíblias em casa.

O irmão Simon, pseudônimo de um refugiado norte-coreano que não quer se identificar, afirma: “É claro, os cristãos da Coreia do Norte refletem sobre o nascimento de Jesus Cristo… Só que eles não podem simplesmente ir juntos a uma igreja para cantar ou ouvir um sermão. Ser cristão na Coreia do Norte é algo muito solitário”. Segundo ele, a maioria das vezes as celebrações são em pequenos grupos. Normalmente encontros de cristãos reúnem apenas duas pessoas.

Simon explica: “Por exemplo, um cristão vai e se senta em um banco no parque. Um outro cristão vem e senta-se ao lado dele. Às vezes é perigoso até mesmo falar uns com os outros, mas eles sabem que ambos são cristãos, e isso já é o suficiente. Se não houver ninguém por perto, podem compartilhar um versículo da Bíblia que eles sabem de cor e brevemente comentar algo sobre isso. Também contam seus motivos de oração um ao outro. Então eles se levantam e saem”.

O nascimento de Jesus também é comemorado desta maneira. Não há decoração nas casas nem cultos natalinos. “O Natal é principalmente comemorado no coração do cristão. Por medo de represálias é necessário manter a sua fé escondida dos vizinhos. Às vezes, é possível realizar uma reunião em áreas remotas com um grupo de 10 a 20 pessoas. Muito raramente é possível que um grupo vá discretamente para as montanhas e faça um culto em um local secreto”, explica Simon. 

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Com informações Christian News Wire e Asia News.
Disponível em: Central Católica