quarta-feira, 18 de junho de 2014

Publicada a mensagem Pensando o Brasil


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou a mensagem “Pensando o Brasil: desafios diante das eleições 2014”, disponível nas Edições CNBB e nas livrarias católicas. O texto, aprovado durante a 52ª Assembleia Geral da Conferência, realizada em Aparecida (SP), entre os dias 30 de abril e 9 de maio, contém orientações sobre o período eleitoral, no qual os brasileiros escolherão representantes para os cargos de presidente da República, governador, senador e deputados estaduais/distritais e federais.

Focado no voto consciente e na participação política, o texto está dividido em tópicos que tratam dos desafios da realidade sociopolítica, da participação dos cristãos na política, da urgência da Reforma Política, do desenvolvimento econômico e da sustentabilidade social.
Na apresentação da publicação, o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, afirma a importância do processo eleitoral, uma vez que “está em jogo o projeto político, social e econômico para o Brasil”.

“Os cristãos comprometidos com a sua fé e todos os homens e mulheres de boa vontade são chamados a uma participação ativa e efetiva. Esta participação é um modo de contribuir para a construção de nosso país”, lembra dom Leonardo.

Ainda a respeito da participação, o texto propõe uma experiência cristã “madura”, capaz de impor “o enfrentamento da realidade e sua transformação para que todos tenham vida em plenitude”. Uma frase do papa Francisco a respeito da participação política busca motivar as ações dos cristãos. “Devemos envolver-nos na política, pois a política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum”, recorda o texto.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Procissões Eucarísticas


O aspecto público da liturgia propõe a realização de atos de fé que extrapolam os lugares dedicados ao culto, isto é, as igrejas, capelas, catedrais, afluindo com a multidão dos fiéis para as ruas e praças. Como diz o salmo: “Vi a água saindo do lado direito do Templo”, assim também os fiéis são chamados a tomar parte nas ações litúrgicas que fluem para fora dos lugares sagrados.

Tais celebrações, fundadas sobre o sólido alicerce da tradição da Igreja e da piedade do povo, possuem em seu ponto mais alto as procissões. E essas, segundo a riqueza do Rito Romano, podem ser de vários tipos: procissões de enterro, procissão de ramos, procissões penitenciais da quaresma, as belíssimas procissões da Semana Santa. De todas essas, porém, destacamos um tipo singular de procissão; aquela em que não apenas o povo de Deus caminha, mas aquela em que o próprio Jesus sacramentado caminha com seu povo.

Essas procissões, ditas eucarísticas, possuem todo um cerimonial próprio que condiz perfeitamente com o respeito e adoração que a Igreja Militante presta a seu maior tesouro – a eucaristia. De maneira particular, essa procissão tem lugar em ocasiões especiais da vida da Igreja. Em Corpus Christi aparece de maneira singular, mas não apenas nessa data; também é costume realizar procissão eucarística, nalguns lugares, no Domingo de Páscoa, nos congressos eucarísticos, e em outras grandes festas do ano, embora nessas datas não apareçam os elementos populares da festa do Corpo de Cristo de que falaremos mais adiante.

Os corruptos matam, a única saída é o arrependimento – o Papa em Santa Marta


Os corruptos matam e a única saída possível é o arrependimento – esta a mensagem fundamental da homilia do Papa Francisco na Missa em Santa Marta na manhã desta terça-feira. Partindo da Leitura do Livro dos Reis o Santo Padre anota o que diz o profeta Elias sobre o rei Acab dizendo que ele vendeu-se. É como se tornasse numa mercadoria – afirmou o Papa Francisco:

“Esta é a definição: é uma mercadoria!... Ontem vimos que haviam três tipos: o corrupto político, o corrupto negociante e o corrupto eclesiástico. Os três faziam mal aos inocentes, aos pobres, porque são os pobres que pagam a festa dos corruptos!”

“O corrupto vende-se para fazer o mal, julgando que apenas o faz para ter mais dinheiro”. “O corrupto é um escândalo para a sociedade, é um escândalo para o povo de Deus” – com estas frases fortes e duras o Papa Francisco apresentou três aspetos que definem o corrupto:

Discurso do Papa aos participantes do encontro “Investir para os pobres”


Discurso do Papa aos participantes do 
Encontro “Investir para os pobres”
Segunda-feira, 16 de junho de 2014

Caros irmãos e irmãs,

Dou as boas- vindas a todos e  agradeço porque com esta Convenção, vocês oferecem uma contribuição importante para a pesquisa de vias naturais e viáveis para uma maior equidade social. Agradeço ao Cardeal Turkson por  sua cortês introdução.

A solidariedade para com os pobres e excluídos impulsionou vocês a  pensarem em uma forma emergente de investimento responsável, conhecida como Investimento de Impacto (Impact Investing ). Participam também da  reunião  representantes da Cúria Romana para estudar formas inovadoras de investimento, o que pode trazer benefícios para as comunidades locais e ao ambiente, bem como um retorno justo.

O investidor de  impacto é configurado como um investidor consciente da existência de situações graves de desigualdade, de desigualdades sociais profundas e dolorosas condições de desvantagem enfrentados por populações inteiras. Ele se dirige às instituições financeiras que utilizam  recursos para promover o desenvolvimento econômico e social dos pobres, com fundos de investimento para satisfazer as suas necessidades básicas relacionadas com a agricultura, acesso à água, a possibilidade de  casas decentes com preços acessíveis, bem como os serviços básicos de saúde e educação.

Diocese de Roraima divulga nota sobre Mineração e Hidrelétricas em Terras Indígenas



Mineração e Hidrelétricas em Terras Indígenas

“A Igreja está na Amazônia
não como aqueles que têm as malas na mão,
para partir depois de terem explorado
tudo o que puderam”.
(Papa Francisco aos Bispos do Brasil, Rio de Janeiro,
27 de julho de 2013.)

O nosso país intensificou, nos últimos anos, uma política de crescimento econômico que passa pela exploração dos recursos naturais para a exportação. Este modelo econômico não é novo e já nos legou marcas de desigualdade social e de injustiça ambiental: os benefícios ficam na mão de poucos, enquanto os impactos e prejuízos, muitos deles irreversíveis, pesam sobre as costas de comunidades indígenas, camponesas, ribeirinhas e quilombolas; repercutem ainda no inchaço de muitas de nossas cidades. Mesmo não sendo um modelo novo, estamos assistindo a sua intensificação, fazendo lembrar as políticas do mal chamado “desenvolvimento”, que o Regime Militar impulsionou na década de 1970.

Tal realidade é mais gritante na região amazônica. Dezenas de projetos de médias e grandes hidrelétricas estão barrando o curso dos rios que formam a bacia amazônica. Do Teles Pires ao rio Branco, do Madeira ao Tapajós e o Xingu, passando por outras barragens projetadas sobre rios amazônicos de países vizinhos, como Peru e Bolívia. Os impactos ambientais desses grandes projetos são incalculáveis e irreversíveis, já suficientemente demonstrados por estudos científicos e pela própria experiência de projetos passados. E os impactos sobre os territórios e a vida de tantas comunidades ribeirinhas e indígenas, considerando particularmente os povos indígenas isolados, serão gravíssimos.

Papa envia mensagem ao Dia Mundial das Missões


MENSAGEM DO PAPA 
DIA MUNDIAL DAS MISSÕES
19 de outubro de 2014

Queridos irmãos e irmãs! Ainda hoje há tanta gente que não conhece Jesus Cristo. Por isso, continua a revestir-se de grande urgência a missão ad gentes, na qual são chamados a participar todos os membros da Igreja, pois esta é, por sua natureza, missionária: a Igreja nasceu «em saída». O Dia Mundial das Missões é um momento privilegiado para os fiéis dos vários Continentes se empenharem, com a oração e gestos concretos de solidariedade, no apoio às Igrejas jovens dos territórios de missão. Trata-se de uma ocorrência permeada de graça e alegria: de graça, porque o Espírito Santo, enviado pelo Pai, dá sabedoria e fortaleza a quantos são dóceis à sua ação; de alegria, porque Jesus Cristo, Filho do Pai, enviado a evangelizar o mundo, sustenta e acompanha a nossa obra missionária. E, justamente sobre a alegria de Jesus e dos discípulos missionários, quero propor um ícone bíblico que encontramos no Evangelho de Lucas (cf. 10, 21-23).

1. Narra o evangelista que o Senhor enviou, dois a dois, os setenta e dois discípulos a anunciar, nas cidades e aldeias, que o Reino de Deus estava próximo, preparando assim as pessoas para o encontro com Jesus. Cumprida esta missão de anúncio, os discípulos regressaram cheios de alegria: a alegria é um traço dominante desta primeira e inesquecível experiência missionária. O Mestre divino disse-lhes: «Não vos alegreis, porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos no Céu. Nesse mesmo instante, Jesus estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo e disse: “Bendigo-te, ó Pai (…)”. Voltando-se, depois, para os discípulos, disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que vêem o que estais a ver”» (Lc 10, 20-21.23).

As cenas apresentadas por Lucas são três: primeiro, Jesus falou aos discípulos, depois dirigiu-Se ao Pai, para voltar de novo a falar com eles. Jesus quer tornar os discípulos participantes da sua alegria, que era diferente e superior àquela que tinham acabado de experimentar.

No Angelus, Papa fala da Santíssima Trindade


ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 15 de junho de 2014

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje celebramos a solenidade da Santíssima Trindade, que apresenta à nossa contemplação e adoração a vida divina do Pai, do Filho e do Espírito Santo: uma vida de comunhão e de amor perfeito, origem e meta de todo o universo e de cada criatura, Deus. Na Trindade, reconhecemos também o modelo da Igreja, na qual somos chamados a nos amar como Jesus nos amou. É o amor o sinal concreto que manifesta a fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. É o amor o emblema do cristão, como nos disse Jesus: “Nisto todos saberão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35). É uma contradição pensar em cristãos que se odeiam. É uma contradição! E o diabo procura sempre isto: fazer-nos odiar, porque ele semeia sempre o ódio; ele não conhece o amor, o amor é de Deus!

Todos somos chamados a testemunhar e anunciar a mensagem de que “Deus é amor”, que Deus não está distante ou insensível aos acontecimentos humanos. Ele está próximo, está sempre ao nosso lado, caminha conosco para partilhar as nossas alegrias e as nossas dores, as nossas esperanças e os nossos cansaços. Ama-nos tanto a ponto que se fez homem, veio ao mundo não para julgá-lo, mas para que o mundo seja salvo por meio de Jesus (cfr Jo 3, 16-17). E este é o amor de Deus em Jesus, este amor que é tão difícil de entender, mas que nós sentimos quando nos aproximamos de Jesus. E Ele nos perdoa sempre, Ele nos espera sempre, Ele nos ama tanto. E o amor de Jesus que nós sentimos é o amor de Deus.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Congresso da Pastoral Familiar abordará a importância do matrimônio


A arquidiocese de São Luís (MA), regional Nordeste 5 da CNBB, sediará o XIV Congresso Nacional da Pastoral Familiar, de 26 a 28 de setembro. A proposta do encontro é debater a experiência familiar, a relação do casal e a importância do matrimônio na construção da família cristã, motivados pelo tema "Família, transmissora da fé" e lema “Anunciai a fé com ousadia e coragem”.

O arcebispo de São Luís e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva, explica que o lema do encontro quer ajudar na reflexão sobre os desafios e perspectivas da evangelização da família, hoje.  “Sem a família a sociedade não anda. Uma das grandes questões no mundo atual gira em torno das fragilidades das famílias. Temos muita esperança que esse Congresso possa nos ajudar a trabalhar mais pela família”, disse o bispo.

Para dom Belisário, a família deve superar os momentos de crises próprias da cultura e contexto em que vive. “É certo que a família, em cada época, tem sua maneira de se organizar. No entanto, eu acredito que sem a família, realmente, a sociedade não caminha. É importante que formemos grupos familiares equilibrados, firmes e perseverantes; mesmo nas dificuldades da vida”.