sexta-feira, 11 de julho de 2014

A arma não é a solução para o Iraque


Qual é a situação dos cristãos que estão ainda em Mossul?

Podemos dizer que a situação dos cristãos não mudou depois que a cidade
 passou ao controle doEIIL (Estado Islâmico do Iraque e do Levante). Poucas famílias permanecem ali e elas não têm nenhum contato com os homens armados.

Dizem por aí que Igrejas foram transformadas em quartéis do EIIL, é verdade?

Eles entraram em duas Igrejas, uma siríaca e outra caldeia, mas pelo momento não as transformaram em quartel general. 

É verdade que o EIIL impõe uma taxa especial para os cristãos iraquianos?

Pelo momento não soubemos de impostos especiais para os cristãos, porque permaneceram poucos cristãos em Mossul.

O Patriarca pediu aos cristãos que permaneçam, mas como é possível, visto que também a arquidiocese está sob o controle dos extremistas?

Permanecer ou não é uma escolha pessoal, mas a Igreja precisa continuar a oferecer os seus ensinamentos, a mensagem cristã e sua tarefa na vida. O Patriarca fala de maneira pessoal, relembrando os fiéis a mensagem da Igreja, a sua
 missão e a suaresponsabilidade, mas a escolha de ir ou permanecer depende de cada um. Todos conhecem a realidade do lugar e as circunstâncias, e cada um pode escolher, na alma e na consciência, aquilo que acha mais apropriado. 

Campanha mobiliza contra a perseguição de cristãos no Oriente Médio


“Save Middle East Christians” (Salvem os cristãos do Oriente Médio) é o nome do website que surgiu nos últimos dias, diante do contexto dramático da invasão do Iraque pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

Os idealizadores do site, que publicaram na versão em espanhol e inglês, apresentam-se como “um grupo de cristãos e de pessoas de boa vontade, de vários ambientes profissionais”, que buscam “ajudar mais de 8.000 famílias no Iraque, Síria, Jordânia e Israel (Oriente Médio)”.

Aquilo que o grupo deseja é “dar uma voz à realidade que vivem os nossos irmãos cristãos do Oriente Médio”, difundindo as informações sobre o tema via web e nas redes sociais.

A iniciativa promoveu a hashtag #SaveMEChristians, que se difundiu rapidamente. Até a conta do Vaticano no Twitter utilizou a hashtag para falar da situação dos cristãos do Oriente Médio.

Save Me Cristians confirmou no último 7 de julho que a situação dos cristãos no norte do Iraque piorou dramaticamente. 

Estado de Israel: a causa da revolta muçulmana e palestina?


Mais uma vez a questão Palestina se acentua com a guerra decretada entre as duas partes: judeus e palestinos. Centenas de foguetes e bombas caem de lado a lado. E as nações assistem perplexas dois povos confrontando-se numa guerra insana.

Desde o ano 70 de nossa Era, quando Jerusalém foi destruída pelos romanos, os judeus ficaram dispersos pelo mundo. Esta dispersão e destruição de Jerusalém estão previstas em várias profecias, inclusive do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. É a famosa diáspora judaica que perdura até os dias atuais. No decorrer de quase 2 mil anos os judeus ficaram dispersos pelo mundo sem terra onde pudessem se estabelecer politicamente no concerto das nações.

Foi o judeu Theodor Herzl que lançou o “movimento sionista”, visando criar o Estado de Israel. Em 1904, Herzl obteve uma audiência com o Papa São Pio X, do qual obteve a seguinte resposta ao pedido de apoio ao seu movimento: “De duas uma: ou os judeus guardarão sua antiga fé e continuarão a esperar pelo Messias, que nós cristãos cremos já ter vindo à terra, - e nesse caso negarão a divindade de Cristo, e não poderemos ajudá-los; ou então irão para a Palestina não professando nenhuma religião, e nesse caso nada teremos a ver com eles”.

Mais adiante, São Pio X acrescenta: “A fé judaica foi o fundamento de nossa própria fé, mas foi ultrapassada pelo ensinamento de Cristo e não podemos admitir que ela tenha qualquer validade hoje em dia. Os judeus, que deviam ser os primeiros a reconhecer Jesus Cristo, não o fizeram ainda”.

Papa pede a jogador que organize partida de futebol pela paz


“Uma partida de futebol em nome da paz”, é o pedido feito pelo Papa Francisco ao ex-jogador argentino Javier Zanetti. Em conversa particular com o Pontífice, o jogador aceitou a sugestão de organizar uma partida de futebol com profissionais de diversas religiões, de modo a promover a paz e o diálogo.

O jogo está previsto para 1º de setembro no Estádio Olímpico de Roma. Segundo o jornal Vaticano L’Osservatore Romano, entre os jogadores estarão: Roberto Baggio, Zinedine Zidane, Francesco Totti, Gianluigi Buffon e, possivelmente, Lionel Messi, que já foi convidado.

De acordo com Zanetti, a “Partida inter-religiosa pela paz”, será um símbolo de diálogo entre as diferentes crenças e um apelo a paz entre os povos.

“Reuniremos jogadores de todas as religiões para mostrar, com um gesto simbólico, que é possível construir um mundo de paz, feito de diálogo e respeito pelos outros. Para mostrar que aquele que tem ideias diferentes das minhas não é meu inimigo,  mas uma oportunidade de crescimento e riqueza”, destaca o jogador argentino.

Depois de perder a Copa


Perder é ruim. Perder de goleada é pior. Sofrer a maior derrota de nossa história nos deixa sem palavras. Dói, incomoda, chateia, dá raiva, frustra. Um misto de sentimentos que é difícil traduzir...

Ainda durante o jogo já começaram as análises dos entendidos. Algumas interessantes, outras nem tanto. A imagem que transparece é que todo mundo agora diz "eu avisei". Todo mundo sabia que ia dar errado e que era impossível dar certo. Cabe não esquecer, no entanto, que a certeza de agora, até pouquíssimo tempo atrás era apenas talvez. Talvez um talvez provável, mas ainda assim um talvez. E o talvez sempre traz espaço para a esperança...

A esperança é simplesmente o gosto de um bom futuro. O futuro que acreditamos que estamos destinados. E que às vezes não vem. E quando não vem sentimos vergonha. Hoje a vergonha é multiplicada porque foi em casa. Parece que a visita quebrou o decoro e chamou para si um lugar que julgávamos nosso.

E agora?

Agora vamos reclamar, chiar, xingar. Reclamar muito da derrota da seleção. E vamos reclamar tanto porque sentimos a derrota como nossa. Nós tomamos de 7 a 1. Nós. É claro que se racionalizarmos não foi bem assim. Nós não jogamos, não recebemos o salário dos jogadores. Mas mesmo racionalizando, a sensação incômoda fica lá. E fica lá porque, embora "racionalmente" nós não sejamos a seleção, ela funciona como um símbolo que nos congrega. Um símbolo nos quais o clubismo se dissolve. Um lugar em que nos encontramos. Por mais que falemos mal deles, tais símbolos existem... E nós precisamos deles para sermos um povo.

Claro que há a "solução" de transformar o nós em eles. E lembrar agora de tudo o que nos separa da seleção. Fazer isso é natural, mas um pouco injusto. Afinal se o resultado tivesse sido uma vitória, continuaríamos dizendo "nós".

Então tá tudo bem?

Claro que não. Tem muita coisa ruim. Ruim com o futebol. Ruim fora do futebol. Ruim com a CBF. Ruim com o país. Só que perceber esse ruim como nosso e não como deles nos dá certo poder... Não, não vamos mudar os rumos da seleção ou recriar o país do dia para a noite. Mas assumir-se como parte do problema, nos oferece um pequeno espaço de manobra. Afinal, dá para começar alguma coisa em nós.

Nessas horas, lembro do inglês Chesterton. Vou deixar minhas palavras de lado e utilizar algumas dele. No texto em questão substituirei "Pimlico" por Brasil. Acho que assim me farei compreender.

São Bento, abade - 11 de julho


São Bento, que hoje é o Patriarca vários religiosos, nasceu na região de Núrsica - hoje Norcia - em 480 d. C. Filho de pais nobres quesempre tentaram dar a ele boa educação e brinquedos os quais ele não fazia gosto. Como diz São Gregório: "Ainda criança, já trazia em si um coração de ancião". Ainda mais, com pouca idade já mostrava um amor declarado a oração, e a aversão aos bens materias.

Quando atingiu um desenvolvimento espiritual maior, os pais do santo o levaram para estudar belas artes, letras e retórica, em uma escola pública em Roma. O meio ambiente onde vivia não o agradava, havia grande decadência moral e espiritual, cercado por rapazes de vidas desregrades e repreensivas e receando perder sua terna inocência ele se retira, abandonando todos os projetos humanos, para as montanhas almejando somente agradar a Deus.


Ficou isolado em uma gruta de difícil acesso onde hoje existe um mosteiro construido em sua homenagem. Durante sua estadia neste mosteiro teve muitos embates com o inimigo. O mais notável de todos foi quando o tentador lhe ofereceu uma visão de uma jovem deslumbrante que havia visto em sua juventude. Procurou fugir de todas as formas possíveis através de orações e súplicas ao Senhor. Quando percebeu que suas forças estavam esvindo-se, retirou sua roupa e atirou-se sobre uma roseira que alí estava. Claro que as feridas provocadas pelos espinhos, muito dolorosas fizeram com que aquela tentação abandonasse sua mente!

Lutou bravamente contra o tentador, combatendo o Bom combate. Por muitas vezes, a batalha tornava-se tão intensa que seus irmãos de habito podiam escutar as ofensas que ele recebia, sem com isso ver que estava a ofender este Santo Varão.

Dentre muitos milagres vamos citar aqui aquele que originou a sua imagem, ou seja muitas delas trazem uma taça com uma pequena cobra saindo dela.Após ter ficado muitos anos em retiro isolado nas montanhas o Santo Varão foi convidado a assumir a vaga de um abade que acabara de morrer em um mosteiro próximo de onde ele estava.


Relutou muito, recusando diversas vezes, avisando aos monges que sua regra de vida seria dura em demasia difícil para eles, já que o Santo vivia em estrema pobreza e dedicação a oração e ao trabalho, conduta que estava diferente nos mosteiros na época.


Após muita inistência aceitou o convite e aceitou dirigir o mosteiro. Impôs aos irmãos tantas regras e não permitia a nenhum deles que se desviasse do caminho certo como era permitido antes, incluindo aí a retirada de todos os atos ilíticos que esles praticavam.


Os irmãos após algum tempo não suportavam mais tamanha perfeição na conduta e ficaram irritados com tamanha severidade durante a correção.


Como para os maus a vida dos justos é intolerável, planejaram matá-lo. todos os dias era apresentado ao Abade uma taça de cristal que continha uma bebida, e neste dia a taça, além da bebida, trazia dentro um veneno.

Segundo o costume do mosteiro o Abade deveria abençoar a taça, e quando bento ergeu a mão e fez o sinal da cruz a taça quebrou-se, mesmo quando ele ainda estava a certa distância. Disse então o Santo: "Que Deus onimpotente tenha piedade de vós, irmãos; porque quisestes fazer comigo? Por acaso não vos disse antecipadamente que eram incompatíveis meus modos de proceder com vossos. Ide pois procurar um pai de acordo com caprichos, porque a partir de agora de modo algum podereis contar comigo."
Depois disso retornou para o lugar de solidão que estava.


Muitos foram os combates e milagres feitos por este santo que modificou a conduta de todos os mosteiros, mudança necessária na sua época. Por este motivo, até os dias de hoje ele é considerado o patriarca dos mosteiros. Também pelos combates que ele venceu é invocado, através da oração da medalha, quando é necessário combater o inimigo!


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Este é o momento mais sombrio do Iraque


Em entrevista exclusiva, o Patriarca Louis Sako Rafael I, chefe da Igreja Católica Caldeia, fala à Oliver Maksan, correspondente da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) no Oriente Médio, sobre a situação atual no Iraque e afirma temer êxodo cristão.

AIS: Vossa Excelência tem alguma esperança de que o Iraque possa permanecer um estado único?

Patriarca: Não. Talvez uma unidade simbólica e o nome do Iraque continuem a existir, mas de fato, haverá três regiões independentes, com seus próprios orçamentos e exércitos.

AIS: Quais são as consequências da desintegração do Estado para os cristãos no Iraque?

Patriarca: Essa é a questão. Para ser honesto, os bispos estão um pouco perdidos atualmente. O futuro pode estar no Curdistão. Muitos cristãos já estão morando lá depois de todos os acontecimentos. Mas também há muitos que vivem em Bagdá, e há também em Basra, no sul xiita. Devemos esperar e ver como as coisas se desenvolvem.

AIS: Este é o momento mais sombrio para o cristianismo iraquiano?

Patriarca: É o mais sombrio para todos. Não há perseguição dos cristãos; muitos mais muçulmanos fugiram de Mossul e arredores, mas o que nos preocupa muito é o fato de que o êxodo de cristãos do Iraque está aumentando. Quando eu estava na Turquia, recentemente, dez famílias cristãs de Mossul chegaram lá e, no intervalo de apenas uma semana, mais de vinte famílias deixaram Alqosh, uma cidade completamente cristã não muito longe de Mossul. Isso é muito sério. Estamos perdendo a nossa comunidade. Se os cristãos no Iraque chegarem ao fim, esse será um hiato em nossa história. Nossa identidade estará ameaçada.

AIS: Então não há esperança?

Patriarca: Talvez os mais velhos retornem quando a situação se estabilizar. Mas os mais jovens não. Em dez anos, estima-se que 50.000 cristãos deixem o país. Antes de 2003, esse número era de cerca de 1,2 milhões. Dentro de dez anos, estaremos reduzido à uma comunidade de, talvez, 400 a 500 mil fiéis.

Nota oficial da Arquidiocese do Rio em resposta a matéria do Jornal O Globo


A Arquidiocese do Rio de Janeiro, em razão da entrevista publicada no dia 8 de julho, no Segundo Caderno do Jornal O Globo, denominada “O veto é censura, representa um enorme retrocesso”, esclarece o seguinte:

1 - A utilização da imagem do Cristo Redentor deve ser autorizada pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, detentora dos direitos patrimoniais de autor sobre o Monumento que não só é um símbolo da Cidade do Rio e do Brasil, mas é um Santuário que comporta dentro da Imagem uma capela.

2 - Consultada acerca da possibilidade de uso da imagem do Monumento ao Cristo Redentor no filme “Inútil Paisagem”, a Arquidiocese do Rio de Janeiro comunicou à Produtora ter constatado que as cenas produzidas, acaso exibidas ao público, atentariam contra a Fé Católica, caracterizando inclusive o crime de vilipêndio, razão pela qual recomendou fortemente a exclusão da cena que considerou atentatória;