sábado, 19 de julho de 2014

Sobre o Cristo Redentor do Rio de Janeiro (III)


A Igreja, em sua Tradição recebida de Cristo e dos Apóstolos, venera as representações do Senhor, da Virgem Maria, dos Anjos e dos Santos(as) contidas nos templos ou fora deles, pois são sinais que do visível pretendem ajudar-nos, enquanto seres psicossomáticos que somos, a chegar ao invisível.

É dentro deste princípio, muito válido, que a Arquidiocese do Rio de Janeiro, não concedeu permissão para a imagem do Cristo Redentor ser veiculada em cenas consideradas desrespeitosas no filme “Rio, eu te amo”.

De imediato, a pergunta que pode aflorar é a seguinte: além do importante aspecto religioso, já mencionado, que outra grande razão teria a Arquidiocese para não autorizar o uso da estátua do Senhor no Corcovado nas filmagens de José Padilha?

A resposta é simples: porque o grande ícone, embora esteja localizada em um espaço público, como estão as igrejas nas praças das cidades, é propriedade da Arquidiocese do Rio e cabe a ela, portanto, ser consultada para autorizar ou não o uso de imagem da estátua que contém nos pés um santuário (templo dedicado a peregrinações dos fiéis e também de turistas brasileiros e estrangeiros).

Importa lembrar que o Cristo Redentor não foi construído pelo Estado e doado à Igreja, como se constroem e doam estádios de futebol a alguns clubes. Ao contrário, aquela estátua é fruto de grandes esforços do povo católico brasileiro desejoso de secundar, em 1888, um sonho da Princesa Isabel – a redentora dos escravos africanos que aqui viviam por meio da Lei Áurea – de erigir no Morro do Corcovado uma imagem do Sagrado Coração de Jesus.

Em 1921, porém, o General Pedro Carolino Pinto de Almeida, por meio do Círculo Católico, novamente, levantou a ideia de se construir uma imagem de Cristo, no Morro do Pão de Açúcar, abençoando a Cidade Maravilhosa. Ideia que o Cardeal Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti aprovou, embora ainda se restassem dúvidas quanto ao local exato da construção: Pão de Açúcar, Santo Antônio ou Corcovado? Venceu, como se sabe, por votação, este último.

Apresentados, pois, três projetos arquitetônicos, o de Heitor da Silva Costa foi o vencedor. Com esses passos dados, um grupo de 20.000 senhoras cariocas, sob a liderança da escritora Laurita Lacerda, pediu a Epitácio Pessoa, então presidente da República, a autorização para a referida construção no Corcovado, cuja bênção da pedra fundamental se deu em 1922 e a inauguração, em 12 de outubro de 1931, sob os cuidados do Cardeal Sebastião Leme.

Isso posto, importa darmos a palavra ao Cardeal Dom Eusébio Scheid que, em 10 de outubro de 2006, escrevia: “É bom que todos os nossos amigos do Brasil e, especialmente, do Rio de Janeiro, saibam que esta obra foi financiada pelas doações de católicos, desde ricas damas da sociedade, até humildes trabalhadores. E, inclusive, há um pormenor: até indígenas ajudaram, com suas pequenas esmolas, para a construção do colossal monumento ao Cristo Redentor” (A Voz do Pastor).

Esclarecendo foto do arcebispo de Viena Innitzer apertando a mão de Hitler


O site Terra, sabe-se lá com que intenção, publicou o texto a seguir sobre a antiga foto acima:

“Hitler é recebido pelo arcebispo de Viena Theodor Innitzer (de batina) em hotel no dia 15 de março. O religioso assinou uma declaração de apoio ao Anschluss, acrescentando "Heil Hitler!"”

Esta foto tem sido exaustivamente usada por inimigos da Igreja como uma cabal “prova” de apoio da Igreja ao nazismo, o que é uma grotesca mentira.

A Verdade:

A foto que mostra o arcebispo de Viena Theodor Innitzer apertando a mão de Hitler, não representa nenhum apoio da Igreja ao nazismo. Tudo não passou de um momento de desinformação do arcebispo quanto a pessoa de Hitler. Assim que informado pela Igreja, o arcebispo Innitzer voltou atrás ao que antes havia pronunciado em nome dos bispos de Viena, passando a ser perseguido pelos nazistas junto a toda Igreja.

Ao saber deste ato, o Papa Pio XI ordenou o cardeal Innitzer a assinar um esclarecimento, que foi publicado em L'Osservatore Romano.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Extremistas muçulmanos exigem que o governo não ajude os cristãos no Iraque


Os extremistas muçulmanos do chamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS) que proclamaram o Califado Islâmico no Iraque, ordenaram aos funcionários públicos para suspender toda a ajuda em comida e gás aos xiitas, curdos e aos poucos cristãos remanescentes em Mosul, desde a tomada da cidade em 9 de junho.


Fontes cristãs confirmaram a notícia à Agência Fides, após sua publicação no site árabe www.ankawa.com. Segundo informou o funcionário local Fadel Younis, os representantes do Califado Islâmico anunciaram que cada infração à proibição será punida com base nas regras da Sharia, a lei religiosa muçulmana aplicada ao âmbito civil.

Por que não há mulheres sacerdotes na Igreja Católica?


Esta não se trata de uma questão de disciplina ou de direito. Se fosse, a regra poderia ser revisada. 

1) As mulheres desempenharam uma grande função no Novo Testamento e em toda a história da Igreja. No entanto, nenhuma foi ordenada sacerdote.


As mulheres compõem o entorno de Jesus. Marta e Maria são propostas como exemplos: uma é modelo de escuta, a outra de fé na ressurreição. São precisamente as mulheres as primeiras beneficiárias de uma aparição do Ressuscitado. A elas é encarregada a missão: “Ide, dizei aos discípulos e a Pedro...”. Igualmente, entre os colaboradores de Paulo são nomeadas várias mulheres.


Na história da Igreja, certamente as mulheres desempenharam funções importantes de diversos tipos: Santa Blandina e inumeráveis mártires femininas; Santa Genoveva, padroeira de Paris; Santa Joana D’Arc, que libertou a França; Santa Catarina de Sena, que não duvidou em recordar aos pais os seus deveres; Santa Teresa D’Ávila, reformadora do Carmelo; Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões, “a maior santa dos tempos modernos”, segundo Pio X; a beata Teresa de Calcutá, a quem João Paulo II tanto admirava...


Mas elas poderiam ser ordenadas diaconisas? A questão é discutida, mas seria difícil apoiar-se na Escritura e na Tradição da Igreja para introduzir esta novidade; o que é certo é que nunca houve uma sacerdotisa.

Sobre o Cristo Redentor do Rio de Janeiro (II)


A reflexão em torno da “polêmica” acesa, no jornal O Globo, depois que a Arquidiocese do Rio de Janeiro não deu licença para que fossem exibidas filmagens com a imagem do Cristo Redentor no filme “Rio, eu te amo”, de José Padilha, há de levar em consideração que a negação de direitos foi coerente por duas razões: a) as cenas eram atentatórias à fé e b) a estátua é propriedade da Arquidiocese, portanto, cabe a ela a tutela daquele ícone religioso que é também uma das grandes maravilhas do mundo.

Neste contexto, importa entrarmos no campo da legislação lembrando que há o Acordo bilateral entre a Santa Sé e a República Federativa do Brasil. Esta é “uma norma internacional recepcionada pelo ordenamento jurídico brasileiro por Decreto Legislativo – no caso o de n. 7.107, de 11 de fevereiro de 2010 – possuindo, portanto, status de Lei Ordinária.

Desse Acordo interessa-nos, especialmente, os artigos 6º e 7º. O 6º assim reza: “As Altas Partes reconhecem que o patrimônio histórico, artístico e cultural da Igreja Católica, assim como os documentos custodiados nos seus arquivos e bibliotecas, constituem parte relevante do patrimônio cultural brasileiro, e continuarão a cooperar para salvaguardar, valorizar e promover a fruição dos bens, móveis e imóveis, de propriedade da Igreja Católica ou de outras pessoas jurídicas eclesiásticas, que sejam considerados pelo Brasil como parte de seu patrimônio cultural e artístico”. 

“§ 1º. A República Federativa do Brasil, em atenção ao princípio da cooperação, reconhece que a finalidade própria dos bens eclesiásticos mencionados no caput deste artigo deve ser salvaguardada pelo ordenamento jurídico brasileiro, sem prejuízo de outras finalidades que possam surgir da sua natureza cultural.”  

“§ 2º. A Igreja Católica, ciente do valor do seu patrimônio cultural, compromete-se a facilitar o acesso a ele para todos os que o queiram conhecer e estudar, salvaguardadas as suas finalidades religiosas e as exigências de sua proteção e da tutela dos arquivos. (destaque nosso)”

Parentes de vítimas do voo MH17 que caiu na Ucrânia chegam ao aeroporto da Malásia

Foto: UOL

Os primeiros parentes dos passageiros e da tripulação do avião malaio acidentado na Ucrânia começaram a chegar nesta sexta-feira (18) ao aeroporto internacional de Kuala Lumpur para obter informações.

As autoridades ucranianas acusam os rebeldes pró-russos de terem abatido ontem o avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo na região ucraniana de Donetsk, controlada pelos separatistas.

Mulher chora ao ver o nome da filha 
em lista de passageiros de avião 
que caiu na Ucrânia (Foto: Reuters)
Em entrevista coletiva realizada na madrugada desta sexta, primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse que a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) tinha declarado segura a rota que passa pelo território ucraniano e também não havia restrições por parte da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês).

O governante malaio explicou que conversou por telefone com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e com o americano Barack Obama. Najib afirmou que os dois concordaram com uma investigação minuciosa do acidente para esclarecer se a aeronave foi abatida. "Se for confirmado que (o avião) foi abatido, os responsáveis deverão ser levados à Justiça", opinou Najib.

"Este é mais um dia trágico em um ano trágico para a Malásia. Os passageiros do avião eram de muitas nações, mas estamos todos unidos na dor", acrescentou.

Bombardeios na Faixa de Gaza: Pároco argentino decide ficar com os seus fiéis


“Os crimes estão aumentando. As crianças pequenas começam a adoecer pelo medo, o estresse, as ondas de choque, o barulho contínuo. Os pais fazem todo o possível para distraí-los para que esta violência não os aflija”, relata o sacerdote argentino Pe. Jorge Hernández, pároco da Sagrada Família, na Faixa de Gaza, que assinalou que permanecerá junto com os seus fiéis apesar de três mísseis terem caído ontem perto de sua paróquia.

Faz uns dias, as Irmãs da Madre Teresa com 28 crianças deficientes e nove idosas sob seu cuidado se refugiaram na paróquia porque a consideravam um lugar mais seguro. Todas elas permanecerão em Gaza, junto com o padre Hernández.

A trégua de cinco horas, proclamada para permitir a entrada de ajuda humanitária à Faixa de Gaza deveria permitir a evacuação da zona de umas poucas centenas de pessoas.

As que receberam a indicação de deixar suas casas na Faixa de Gaza são as três argentinas, religiosas do Instituto do Verbo Encarnado que também trabalhavam na paróquia católica.

O Patriarcado Latino de Jerusalém iniciou na paróquia uma adoração eucarística permanente e hoje será celebrada uma Missa “para implorar o perdão, a justiça e a paz para todos”.

Homens armados atacam religiosas em Bangladesh


“O ataque foi massivo e pelo lapso de uma hora e meia. Os atacantes atacaram as religiosas brutalmente… O convento foi seriamente devastado”, afirmou o Bispo de Dinajpur (Bangladesh), Dom Sebastian Tudu, em relação ao fato lamentável.

O ataque sofrido pelas religiosas ocorreu nas primeiras horas de 7 de Julho na missão Boldi Pukur. Pelo menos 60 homens armados entraram no reitorado, no convento e no hospital, que está localizado a 70 quilômetros ao leste de Dinajpur. “Só quando a polícia chegou, os atacantes deixaram a missão”, disse Dom Tudu.

Isto seria um fato sem precedentes, já que as religiosas são muito respeitadas neste país. Elas agora se encontram em Daka, a capital de Bangladesh, para receber tratamento médico.


“O ataque é obviamente uma tentativa dirigida e planejada de intimidação. As religiosas e sacerdotes estão sendo atacados porque defendem os desfavorecidos e as minorias”, enfatizou o Bispo.