O site Terra, sabe-se lá com que
intenção, publicou o texto a seguir sobre a antiga foto acima:
“Hitler é recebido pelo arcebispo de
Viena Theodor Innitzer (de batina) em hotel no dia 15 de março. O religioso
assinou uma declaração de apoio ao Anschluss, acrescentando "Heil
Hitler!"”
Esta foto tem sido exaustivamente
usada por inimigos da Igreja como uma cabal “prova” de apoio da Igreja ao
nazismo, o que é uma grotesca mentira.
A Verdade:
A foto que mostra o arcebispo de
Viena Theodor Innitzer apertando a mão de Hitler, não representa nenhum apoio
da Igreja ao nazismo. Tudo não passou de um momento de desinformação do
arcebispo quanto a pessoa de Hitler. Assim que informado pela Igreja, o
arcebispo Innitzer voltou atrás ao que antes havia pronunciado em nome dos
bispos de Viena, passando a ser perseguido pelos nazistas junto a toda Igreja.
Ao saber deste ato, o Papa Pio XI
ordenou o cardeal Innitzer a assinar um esclarecimento, que foi publicado em
L'Osservatore Romano.
A Rádio do Vaticano recentemente
havia transmitido uma veemente denúncia da ação nazista, e o Cardeal Pacelli
(que logo se tornaria o Papa Pio XII) ordenou Innitzer informar ao Vaticano.
Antes de se encontrar com o Papa Pio XI, Innitzer reuniu-se com Pacelli. Ele
deixou claro que Innitzer devia rever seu ato, e isso foi feito quando Innitzer
assinou uma nova declaração, emitida em nome de todos os bispos austríacos, que
previa: "A declaração
solene dos bispos austríacos ... não pretende ser uma aprovação de algo que não
era e não é compatível com a lei de Deus " .
O jornal do Vaticano também informou
que a declaração anterior, foi emitida sem a aprovação da Santa Sé, com o
bastante neutro Papa Pio XI discordando totalmente de Innitzer.
Nos meses subseqüentes, a Alemanha
passou a perseguir a Santa Sé e as instituições da Igreja, proibindo os jornais
católicos.
Em outubro de 1938 milhares de jovens
católicos seguiu um convite feito por Innitzer a se reunir na Catedral de St.
Stephen , em Viena para a oração e meditação. Em seu sermão Innitzer declarou: “Há apenas um Führer: Jesus Cristo.” No dia seguinte, cerca de 100 nazistas, entre eles muitos membros mais
velhos da Juventude Hitlerista, saquearam a residência do arcebispo.
Em Lublin, o oficial chefe da Gestapo
– que se destacara em Viena pelos ataques ao Cardeal Innitzer – foi responsável
por cruel perseguição ao clero.
Em meados de outubro de 1939, a
Gestapo deteve o Bispo Monsenhor Fulmann e seu Bispo Auxiliar, Monsenhor Goral,
com todo o clero. 150 padres foram presos em Lublin e 36 jesuítas em Cracóvia.
O Bispo auxiliar de Lodz, Monsenhor
Tomczak foi espancado com varas nos braços até sangrar, e depois foi forçado a
limpar as ruas.
Padres foram espancados a tal ponto
que tiveram o crânio fraturado, os dentes partidos e as mandíbulas deslocadas.
Enquanto os espancavam gritavam para os padres: "Você crê em Deus? Se você
crê, você é um idiota. Se você não crê, você é um impostor".
Enfim, Theodor Innitzer, retirou em
tempo, seu momentâneo apoio particular ao receber o líder nazista, e tornou-se
dedicado à reconstrução da Igreja austríaca. O demais é calúnia já investigada
pela Igreja sobre sua pessoa.
A Arquidiocese de Viena
concede anualmente o prêmio “Kardinal-Innitzer-Preis” aos cientistas e
escolares, prêmio este nomeado em honra de Innitzer.
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Fonte: Fim da Farsa
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